PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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Pedro Dias

 

Este texto não é uma carta dos primeiros jesuítas mas de Serafim Leite, padre jesuíta, autor da História da Companhia de Jesus, que escreveu com base nos documentos por ele compilados.

 

Em contraposição ao que diz Silva Leme, escreve o Padre Serafim Leite:

 

“Antes de concluir esta matéria de saídas da Companhia, deslindemos um facto, que tem sido muito explorado literariamente. Em 1566, estava na Baia “o Irmão Pedro Dias, ainda noviço, nascido aqui na terra”. O seu nome já não se acha no catálogo de 1567. Saiu da Companhia nesse meio tempo. Dele se escreveu a seguinte notícia, aliás romance: “Pedro Dias foi leigo da Companhia de Jesus e não podia casar, mas foi tal a simpatia que o gentio lhe votava e tal a insistência de Tibiriçá de te-lo por genro que ele, obtida a precisa licença de voto, casou-se com a princesa Terebé, que foi batizada Maria e tomou o apelido da Grã pelo respeito que votava ao padre da Companhia Luiz da Grã”.

 A lenda é maviosa! Mas os documentos são inexoráveis. Pedro Dias era “nascido cá na terra”. Mameluco, provavelmente. E o noviciado não o fez em Piratininga, mas na Bahia”.

 

Serafim Leite, História da Companhia de Jesus, Vol II, 454.