PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
SL. 3º, 443, Cap. 1; Casou-se o Capitão Valentim de Barros na Bahia com Catharina de Góes e Siqueira, natural da Bahia. Faleceu o capitão Valentim de Barros em S. Paulo em 1651 e teve 2 f.ºs: A viúva Catharina casou-se 2.ª vez com dom João Matheus Rendon, viúvo de Maria Bueno de Ribeira e foram morar na Ilha Grande
1-1 Fernando
1-2 João
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
1-1 Fernando, nascido por 1642
1-2 João, por 1644
Em 1654 Catharina já casada em segundas nupcias.
VALENTIM DE BARROS, capitão
Inventário e Testamento
anexo: Antonio de Almeida Pimentel
e
Lucrecia Pedroso de Barros
SAESP vol. 15, fls. 191 a 232
Inventário 3-11-1651
Local: vila de São Paulo, nas casas da morada de dona Catharina mulher que ficou do defunto
Juiz dos Órfãos: Antonio de Madureira Moraes
Tabelião: Domingos Machado
Avaliadores: Francisco de Gaia e Manuel Ferreira Proença.
Declarante: a viuva Catharina de Góes. Assinou por ela Antonio Pedroso de Barros.
TESTAMENTO
Em nome de Deus amen.
Estando eu pra fazer viagem ao sertão fiz estes apontamentos.
Encomenda a alma, que seus ossos sejam trazidos, sejam enterrados em São Francisco na cova de seu pai.
Sou casado com dona Catharina de Góes meeira da fazenda de quem tenho dois filhos legitimos herdeiros Fernando e João e minha mulher deixo por testamenteira e curadora de seus filhos.
Testamenteiros os seguintes Pero Vaz de Barros, Antonio Pedroso de Barros, Antonio de Pimentel, Paschoal Leite Paes aos quais encomendo-lhe não tirem a fazenda de seus filhos de poder de dona Catharina salvo se ela se casar.
Declara missas.
Declaro que tenho algumas fazendas de partes como é de Diogo de Leão, algumas outras estão em ser em mão de Diogo Coutinho, na cidade da Bahia tenho contas com Francisco Pantoja de Sisneiros.
Devo a Francisco Lopes, a Antonio Vaz Pinto.
Hoje 22 de fevereiro de 1648 anos. Valentim de Barros.
E assim se cumpra e guarde. São Paulo 18 de janeiro 651 anos. - Paes.
Título dos filhos:
- Fernando, de idade nove anos
- João, de idade sete anos, todos pouco mais ou menos.
Avaliações.
Paschoal Paes de Barros, procurador da viúva
Manuel Carvalho, procurador dos órfãos.
Auto de partilha
- coube a viúva 680$130 réis
-ficou para se partir entre os dois órfãos 316$065 ½
Aos 14-12-1651 nesta vila de São Paulo no termo e limite dela na paragem Itaquatiaia na casa que ficou do defunto o Capitão Valentim de Barros, foi encarregada a viuva dona Catharina de curadora de seus filhos órfãos, sendo fiador o Capitão Paschoal Leite Paes.
Dinheiro dado a ganhos.
fls. 223 - aos 8-4-1654 seja dona Catharina de Góes notificada venha dar contas dos órfãos seus filhos e seus bens visto casar-se.
Aos 15-5-1654 apareceu Dom João Matheus Rendon ora casado com a tutora dona Catharina de Góes e veio dar conta em nome da dita sua mulher.
Aos 25-5-1654 apareceu Dom João Matheus Rendon e por ele foi dito que queria ser curador dos órfãos seus enteados o que visto pelo dito juiz e a muita qualidade da pessoa do dito dom João, o dito juiz o elegeu por tal.
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SL. 3º, 511. Cap. 8. Lucrecia Pedroso de Barros foi casada com Antonio de Almeida Pimentel de conhecida nobreza pela qual teve em S. Paulo e na Bahia grandes estimações. Foi natural de Portugal. Segundo refere Pedro Taques, Antonio Pimentel, enviuvando em 1648 de Lucrecia Pedroso, passou para a cidade da Bahia onde casou 2.ª vez e deixou f.ºs com descendência ali muito conhecida pela sua qualidade. Da Bahia passou Antonio de Almeida Pimentel para o reino de Angola onde faleceu em 1653.
Lucrecia Pedroso Cap. 8.º teve a f.ª única. (C. O. de S. Paulo):
1-1 Maria de Almeida Pimentel, com um mês e meio de idade quando faleceu sua mãe, batizada em 1648 em S. Paulo, casou com o capitão-mor Thomé de Lara e Almeida e foram moradores em Sorocaba.
ANTONIO DE ALMEIDA PIMENTEL
Inventário
SAESP vol. 15, fls. 233 a 240
Morreu em Angola.
Inventário 30-4-1653
Local: vila de São Paulo, em pousadas de Luzia Leme dona viuva
Juiz dos Órfãos: Antonio de Madureira Moraes
Tabelião: Domingos Machado
Avaliadores: Francisco de Gaia e Manuel Ferreira Proença.
Declarante: Luzia Leme, dona viúva, sogra do defunto. Assinou por ela seu filho Pedro Vaz de Barros.
Título dos filhos:
- Maria, de idade de cinco anos.
Avaliações
Soma a fazenda 67$800 réis
Ficam de fora os chãos da vila de Santos por não se saber a quantidade.
Ficam de fora as terras de São Vicente e bem assim as que estão no termo de Itanhaem,
Por serem mais as dividas que a fazenda se não faz partilha.
13-6-1653 termo de curadora á órfã sua neta a viúva Luzia Leme, fiada por seu filho o Capitão Pedro Vaz de Barros.
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LUCRECIA PEDROSO DE BARROS
Inventário
SAESP vol. 15, fls. 240 a 254
Inventário 3-11-1648
Local: vila de São Paulo, em casa de morada de Antonio de Almeida Pimentel
Juiz dos Órfãos: Dom Simão De Toledo
Escrivão dos Órfãos: Luiz de Andrade
Avaliadores: Manuel da Cunha e Domingos Machado.
Declarante: o viúvo Antonio de Almeida Pimentel.
Título dos filhos
(não consta)
Avaliações
Quinhão do viúvo: 302$940
coube para a menina menor 291$960
Terras:
- chãos que estão na vila de Santos
- no termo e limite da Conceição onde chamam Aragoahi umas terras que doou Antonio Pedroso de Barros a defunta sua mulher.
- umas terras em São Vicente no termo as Areias, também doadas pelo mesmo Antonio Pedroso de Barros a dita defunta.
Aos 30-5-1653 em pousadas da viuva Luzia Leme avó da órfã conteuda neste inventário para que como cabeça de casal desse a inventario os bens e fazenda que ficaram por morte de Antonio de Almeida Pimentel pai da dita órfã e marido da defunta Lucrecia Pedroso.
fls. 251 contas que dá o Capitão Pedro Vaz de Barros como fiador e principal pagador da curadora deste inventário sua mãe Luzia Leme-
aos 9-10-1656
Foi dada a curadoria a Fernão Paes de Barros que apresentou como fiador ao Alferes Francisco Rodrigues Penteado.