PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
SL. 7º, 457, 2-2 Miguel Rodrigues Garcia (filho de Garcia Rodrigues Velho e Catarina Dias) casou-se em 1640 em S. Paulo com Catharina de Mendonça, f.ª de Pedro Gonçalves Varjão e de Catharina de Mendonça; faleceu em 1650 e teve 6 f.ºs:
3-1 Maria Rodrigues, que foi casada com Pantaleão Pedroso Bayão, f.º de João Pedroso de Moraes e de Izabel Corrêa. Com geração à pág. 151 deste.
3-2 Manoel
3-3 Anna
3-4 Izabel Rodrigues casou-se com Manoel da Cunha, que casou 2.ª vez em 1706 com Maria Pires Pimentel
3-5 Miguel
3-6 Anna Maria
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
Miguel Garcia Velho, assim inventariado, e falecido em 1654 teve além dos 6 filhos legítimos citados por Silva Leme, mais os seguintes bastardos que entraram na partilha:
- Domingos Rodrigues, nascido por 1628
- Maria, nascida por 1640.
- Francisco Rodrigues, nascido por 1641
- Jorge, nascido por 1642
MIGUEL GARCIA VELHO
Inventário e Testamento
Vol 15, fls 303
Data: 5-4-1654
Local: Vila de São Paulo, em casa da viúva Catarina Varejão
Juiz: Simão de Toledo Piza
Avaliadores: Manoel Álvares de Souza e Heitor Fernandes Carneiro
Declarante: Catarina Varejão
TESTAMENTO
Em nome da Santíssima Trindade .....
Saibam quantos este instrumento virem como no Ano de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e cincoenta e quatro aos 13 dias do mês de Janeiro eu Miguel Rodrigues Velho estando doente ..... faço este meu testamento na forma seguinte:
Primeiramente (encomenda a alma)
Rogo a meu irmão Garcia Rodrigues Velho e a Francisco Nunes de Siqueira por serviço de Nosso Senhor e por me fazer mercê queiram ser meus testamenteiros.
(Encomenda missas e ofícios)
Declaro que sou casado com Catarina Varejão de quem temos 6 filhos os quais são meus legítimos e universais herdeiros. Também se tem por meus filhos bastardos naturais a Domingos Rodrigues que é o mais velho, Francisco Rodrigues e Jorge Rodrigues e uma Maria ao dito Domingos Rodrigues se lhe dará um negro por nome Bartolomeu e seu filho digo dois filhos pelos trazer do sertão e pelos mais se repartirá o remanescente de minha terça pagos os meus legados e dívidas.
Declaro que devo a Domingos da Rocha dois mil réis ou o que ele disser e a Francisco Barreto pataca e meia ou o ele disser e a Pedro de Matos de umas meias 4 patacas e o que mais disser de resto de dez oitavas de retroz e havendo mais alguma divida de que estou esquecido justificando se pague.
........
Declaro que em todo o monte ha esta fazenda a saber nas casas nesta vila em que moro outras casas que me deu meu sogro de dote defronte a João Pires as quais estão alugadas a Gaspar Vaz por preço de pataca e meia cada mês .... e tenho mais um sítio na paragem chamada Juraracanga que foi de Luiz Rodrigues Cavalinho ...... um sítio que foi de Domingos Garcia.....
E porquanto esta é minha última vontade que tenho dito assino hoje dia e mês era acima dito...
Miguel Rodrigues Velho
Testemunhas
Francisco Nunes de Siqueira
João Pires
Fernão Dias Paes
Francisco Dias Velho
João Pires de Medeiros
Baltazar Pires Ribeiro
Manoel Dias da Silva
CUMPRA-SE: 3-2-1654
TITULO DOS FILHOS:
1. Maria Rodrigues, 14 anos
2. Manoel, 10 anos
3. Ana, 9 anos
4. Izabel, 3 anos
5. ........... 6 anos
6. ........... 9 meses
TITULO DOS BASTARDOS
7. Domingos Rodrigues, 26 anos
8. Francisco Rodrigues, 13 anos
9. Jorge, 12 anos
10. Maria, 14 anos
Segue avaliação dos bens
GENTE FORRA: 82
Procurador da viúva: Antonio de Madureira Moraes
Procurador à Lide dos órfãos legítimos: João Pires
Procurador à lide dos bastardos: Garcia Rodrigues Velho
MONTE MOR: 608$740
Filhos que comparecem nas partilhas
Legítimos:
1. Maria Rodrigues
2. Ana Maria
3. Ana
4. Miguel
5. Manoel
6. Izabel
Bastardos:
1. Domingos Rodrigues
2. Francisco Rodrigues
3. Jorge
4. Maria
17-7-1654: comparece o Capitão Garcia Rodrigues Velho como procurador de sua mãe Catarina Dias, pedindo a curadoria de seus sobrinhos por lhe pertencer. E pedindo também o quinhão da moça Izabel que tinha em seu poder. E que seu defunto irmão Miguel Rodrigues tinha em seu poder peças que pertenciam à sua mãe Catarina Dias e a Domingos Garcia Velho, seu irmão falecido.
Respondeu Antonio Madureira Moraes que as peças tinham sido dadas pela mãe do defunto Miguel Rodrigues e que só deveriam ser levadas à colação no inventário de Catarina Dias e que no particular do que o dito defunto Miguel Rodrigues levou da fazenda que ficou do defunto seu irmão Domingos Garcia Velho, tinham vindo por acordo amigável entre os irmãos e o cunhado João Pires.
Catarina Varejão é feita curadora de seus filhos, abonada por Francisco Nunes de Siqueira. Testemunhas: Antonio de Madureira Moraes, Manoel Garcia, Bartolomeu Nunes do Passo e Domingos Luiz Sobrinho.
Seguem partilhas das peças entre a viúva, cinco órfãos e Pantaleão Pedroso, (por morte de seu sogro e de sua avó Catarina Dias)
Seguem recibos dos serviços fúnebres
9-8-1661: Pantaleão Pedroso aparece como procurador de sua sogra Catarina de Mendonça (como passam a chamar a viúva deste ponto em diante)
PRESTAÇÃO DE CONTAS
25-5-1668
Catarina de Mendonça diz que casou a filha Maria Rodrigues com Pantaleão Pedroso, e tinha pago sua legítima. Que o filho Manoel tinha morrido. Os mais moravam com ele a “portas a dentro”.
Entre os recibos:
Recebi do Capitão Francisco Nunes de Siqueira quatro patacas que Miguel Rodrigues Velho que Deus tem ficou a dever a meu marido Pedro de Mattos outrossim defunto e como testamenteira do defunto meu marido pedi a meu cunhado Pantaleão de Souza Pereira esta por mim fizesse.
Fiz a rogo de minha cunhada Maria de Souza Pereira – Pantaleão de Souza Pereira
Recebi do Capitão Francisco Nunes de Siqueira testamenteiro de Miguel Rodrigues Velho pataca e meia que ficou devendo a meu sogro Francisco Barreto por de presente não estar na vila .... – Jorge Lopes Ribeiro.