PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
SL. 8º, 259, 1-8 Sebastiana Ribeiro, foi casada com Martim Rodrigues Tenório, fal. em 1654, f.o do Capitão João Paes e de Suzana Rodrigues.
SL. 9º, 24, Cap. 1; Magdalena Clemente Cabeça de Vaca, casou-se em 1642 em S. Paulo com Martim Rodrigues Tenorio de Aguilar, f.º do capitão João Paes e de Suzana Rodrigues. Faleceu Martim Rodrigues em 1654 em S. Paulo, com geração no V. 4.º pág. 504; ali não se menciona a f.ª que Pedro Taques diz que se casou no Rio de Janeiro com Gaspar Correa pois não consta do inventário f.ª alguma com esse nome.
SL. 4º, 504, 1-4 Martim Rodrigues Tenorio de Aguilar, foi 1.º casado com Sebastiana Ribeiro, falecida em 1646, f.ª de João Maciel Valente e de Maria Ribeiro. Faleceu Martim Rodrigues com testamento em 1654 em S. Paulo e teve (C. O. de S. Paulo):
Da 1.ª mulher o f.º único:
2-1 João, com 8 anos em 1654
Martim Rodrigues Tenorio de Aguilar, 2.ª vez casou com Magdalena Clemente Cabeça de Vacca, f.ª de dom Francisco Rendon de Quebedo e de Anna Ribeiro. Teve:
2-2 Anna.
2-3 Izabel
2-4 Maria
Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)
Martim Rodrigues Tenório, filho de João Paes e Suzana Rodrigues a velha, foi casado duas vezes, conforme declarou em testamento e está na GP.
A primeira com Sebastiana Ribeira, filha de João Maciel, de quem teve:
1. João Paes Rodrigues, nascido por 1645, já casado em 2-2-1676 quando assumiu a tutela de suas meias irmãs, por ser falecido o avô materno delas Dom Francisco Rendon de Quebedo
Casou segunda vez com Madalena Clemente, ou Rondona, com quem teve três filhas que foram moradoras do Rio de Janeiro:
2. Ana Buena do Amaral, nascida por 1639/40, casou com Luiz Freire de Macedo (PFRJ, vol 3º, 116). Foram moradores da Ilha Grande, RJ.e tiveram: (PFRJ, vol 2º, 469):
2-1. Francisco de Macedo, C.c. Guiomar de Negreiro Silva, c.g.
2-2 Antonio de Macedo Bueno, C.c. Maria de Negreiros, s.g.
3. Izabel nascida por 1651/52 (PFRJ vol. 3º, 116, III-2)
4. Maria Buena, nascida em 1553, casada aos 20-9-1675 no Rio de Janeiro com Jose da Costa dos Reis (PFRJ, vol. 3, 116, III-3). Casou em segundas no mesmo lugar aos 6-7-1680 com João de Macedo Viegas, filho de Francisco de Macedo Viegas e Joana Coutinha.(PFRJ vol. 2º, 472, II-6). Sem geração do primeiro marido, porém teve do segundo cinco filhos segundo consta em PFRJ:
4-1. José de Macedo Bueno, C.c. Catarina da Silva Nunes
4-2. Francisco de Macedo
4-3. João de Macedo
4-4. Joana Coutinha, C. no RJ em 19-8-1717 c. José de Moura
4-5. Eliseu de Macedo Viegas, C.c. Tereza de Jesus, c.g.
Teve Martim Rodrigues mais:
5. Francisco Paes, bastardo, já casado em 24-12-1667
MARTIM RODRIGUES TENORIO
Inventário e Testamento
SAESP Vol. 47, fls. 261 a 319
Inventário Autos Data: 15-3-1654
Local: Vila de São Paulo, em as pousadas de Dom Francisco Rondon de Quevedo
Juiz Ordinário e dos Órfãos: Dom Simão de Toledo Pizza
Escrivão dos órfãos: Custódio Nunes Pinto
Avaliadores: Heitor Fernandes Carn.ro e Francisco Preto
Declarante: Madanela Clemente, dona viuva que ficou do defunto. E por ela assinou, a seu rogo, seu pai Dom Francisco Rondon de Quevedo
TESTAMENTO
Em nome de Ds. amem.
Aos 8-1-1654 nesta vila de são Paulo, eu Martim Rois, faço este meu testamento.
Encomenda a alma.
Rogo a meu pai João Paez e a meu sogro Dom Fran.co Rondon queiram ser meus testamenteiros.
Meu corpo será sepultado no convento do glorioso S. Francisco, acompanhamentos e missas.
Declaro que fui casado com Bastiana Ribr.ª filha de João Maciel do qual me ficou um filho que é meu herdeiros e agora sou casado com dona Magdalena Rondona a filha de D. Fr.co Rondon de Quebedo e de dona Anna Ribr.ª da qual tenho três filhas femeas que são minhas herdeiras forçadas, e declaro que tenho um filho bastardo por nome Fran.co.
Declaro que no dote que se me prometeu com a primeira mulher com quem fui casado que se prometeram umas casas (...) como constara pelo rol que em meu poder tenho.
Declaro que o Sr. D. Francisco pai desta senhora com quem eu estou casado me prometeu umas casas nesta vila mais (...).
Declaro que emprestei ao Capitão D.os Barbosa Calheiros 100$000 rs em dinheiro de contado sendo presentes a este emprestimo João Maciel Bação e Fran.co Ribr.º e Mel. Gracia e Mel. Frz Barros os quais me esta a dever.
Declaro que tenho em casa de Mel. Frz. Barros 73 varas de pano listrado para mas vender por preço de 12 vinteis a vara a cuja conta me deu cinco patacas acunhadas e se lhe pagara vendaje.
Declaro que me deve Francisco Barreto 10 patacas mais me deve meu irmão An.to Paez 10 patacas que eu paguei por ele a Fr.co de Camargo, mais me deve Manoel Duarte da Silva 4$000 rs menos quatro vinteis de cousas que lhe dei a vender de que se lhe pagara sua comissão.
Declaro que os 100$000 rs que acima digo que me deve o Capitão D.os Barbosa eu os pedi emprestados a João da Costa que mos emprestou e ainda lhos não paguei.
Declaro que tenho casas e sitios na roça e possuo peças do gentio da terra (...)
Mando que minha terça das peças se de a meu filho João duas peças com três familias de maneira que façam cinco almas e o remanescente das ditas peças deixo a minha mulher para com elas ajudar a criar minhas filhas.
Mando que da terça que me cabe dos bens, móveis depois de pagos meus legados o remanescente ao bastardo Francisco que dizem ser meu filho e da terça dos bens de raiz quero que fique a minhas filhas.
Declaro que deixo por curador de meu filho João da primeira mulher a meu pai o cap. João Paez.
Declaro que das 3 filhas q tenho da segunda mulher deixo por curador a meu sogro D. Fran.co Rondon de Quevedo.
(...) e roguei a João de Campos Carvajal este por mim fizesse e o Capitão An.to Ribr.ªº de Moraez o assinasse por eu não poder assinar. Assino pelo testador a seu rogo.- An.to Ribr.º de Moraes.
Aprovação: 8-1-1653 (sic)
Cumpra-se aos 27 jan 1654 - Godoy
Cumpra-se 27-1-1654 - Albernás.
Testamento de Martim Roiz, aprobado por mim tabelião Manoel Soeiro Ramirez em os 8 de janeiro de 1654 anos.
Quitações pias.
fls. 273 - Título dos filhos:
do primeiro matrimonio: João de 8 para 9 anos.
Do segundo matrimonio:
-Ana de idade de 4 anos;
-Izabel de idade de 2 anos;
-Maria de idade de 6 meses.
Todos pouco mais ou menos.
Avaliações, dividas que se devem a esta fazenda:
- deve Domingos Barbosa Calheiros de dote do primeiro casamento como consta do rol do dote por um conhecimento do dito Domingos Barbosa Calheiros dois lanços de casa na vila dando o Capitão João Paes os chãos para elas.
- deve Maria Ribeira primeira sogra do defunto um bofete em 12$000 rs.
- deve Dom Francisco Rondon de Quevedo dois lanços de casa na vila.
- deve Manoel Fernandes Barros de resto de contas; deve Francisco Barreto quinze patacas;
Dividas que deve esta fazenda:
Deve ao órfão do primeiro matrimonio da legitima materna 22$040 rs;
Gente forra.
foram citados para partilhas;
- dona Madanela Clemente
- Dom Francisco Rondon de Quevedo, como curador testamenteiro
- João Paes curador testamenteiro do órfão do primeiro matrimonio
Procurador a viuva e aos órfãos do segundo matrimonio: Dom Francisco Rondon de Quevedo
Procurador do órfão do primeiro matrimonio: João Paes
Fazenda líquida para se partir: 163$308 rs.
fls. 287: confessou João da Costa haver recebido de Domingos Barbosa Calheiros os 100$000 rs que era a dever ao defunto Martim Rodrigues e o dito defunto os devia ao dito João da Costa e ficou pago e satisfeito da dita quantia. 16-3-1654.
fls. 288 quinhão do órfão bastardo Francisco, lhe deram em mão de seu curador João Paes
fls. 290: lançou-se mais neste inventário por parte de Dom Francisco Rondon de Quevedo 200 braças de terras de testada e o comprimento que a data reza nas cabeceiras dos herdeiros de Salvador Pires no Rio de Janeiro a qual carta de data deu o Capitão mor Pero da Mota Leite.
Leilão e arrematações.
Dinheiro dado a ganhos.
fls. 309 - o curador deste inventario João Paes o velho seja notificado Recade o drº que neste inventário anda a ganhos ---- bicudo ---- conta dele e do ------------ todas as perdas e danos que os ---------- receberem por sua pessoa e bens S. Paulo 16-4-1659 - Toledo
fls. 314: aos 01 março 1665 na vila de São Paulo, João Pais, filho que ficou do defunto Martim Rois e de sua mulher Sebastiana Ribeira e era de presente casado e por ele foi dito que ele tinha tirado sua folha de partia da legitima que lhe coube por morte dos ditos seu pai e mãe e fora curador e tutor seu tio João Pais e porquanto estava entregue da dita legitima lhe dava esta plena quitação (...) para que em nenhum tempo seja pedido ao dito seu avô cousa alguma da dita sua legitima, João Pais - João Rois o moço.
fls. 316 aos 14 de janeiro de 1668 Francisco Paes e por ele foi dito ao juiz, que por morte de seu pai Martim Roiz lhe ficara uma esmola a qual montou com os ganhos 4$140 rs e por estar presente João Paes disse ele tinha recebido a dita quantia e logo entregou em juízo e por estar presente Fran.co Pais os recebeu de que passou esta quitação. (aa) Fran.co Pais.
fls. 317:Aos 02 fev 1676 João Paes Rodrigues para que fosse curador de suas irmãs, órfãs por ser morto seu curador D. Fran.co Rondon de Quevedos. (aa) João Paes Roiz.
fls. 317 Fran.co Pais, f. natural q ficou do defunto Martim Roiz, morador nesta vila de São Paulo, que hora estou casado nela e tenho noticia em como o dito meu pai por seu falecimento me deixou uma esmola de que necessito. 24 dez 1667.