PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Nota: inventário de Domingos Barbosa, SAESP vol. 11º, neste site)
MARIA RODRIGUES
Inventário e Testamento
Vol 37, fls 139
Data: 9-8-1648
Juiz ordinário: André Mendes Ribeiro
Avaliadores: Luiz Lopes Brabo e Álvaro Rodrigues do Prado
Local: Vila de São Paulo, paragem chamada Ibirapueira
Declarante: Diogo Barbosa, filho da falecida
TITULO DOS FILHOS
1. Joana Barbosa, C.c. Roque Furtado
2. Francisco Barbosa
3. Domingos Barbosa Calheiros, C.c. Maria Maciel
4. Maria da Mota, C.c. Simão da Mota Requeixo
5. Diogo Barbosa, 40 anos
6. Ana Barbosa, C.c. Miguel Garcia
TESTAMENTO
Em nome de Deus amen.
Saibam todos quantos esta cédula de testamento virem como no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e quarenta e oito anos aos vinte e oito dias do mês de junho da sobredita era nesta vila de São Paulo estando eu Maria Rodrigues doente em uma cama de doença que o senhor Deus foi servido dar me mas em meu perfeito juízo e entendimento e temendo me da morte por não saber o dia e nem a hora em que o Senhor será servido levar me deste mundo determinei fazer meu testamento para descargo da minha consciência pela maneira seguinte:
Primeiramente (encomendou a alma)
Mando que meu corpo seja sepultado no Convento de Nossa Sra do Carmo na minha sepultura em habito da mesma religião e me acompanharão os Religiosos a que se dará a esmola acostumada.
Encomendou mais acompanhamentos, ofícios e missas.
Declaro que fui casada em face da igreja com Domingos Barboza já defunto e entre ambos houvemos seis filhos, três machos e três fêmeas a saber Domingos Barboza/Francisco Barboza/ e Diogo Barboza/ e Joana Barboza/ e Maria Barbosa e Ana Barboza/ as quais filhas casei, dei seus dotes por igual como se verá nas escrituras e os filhos não lhes dei nada nem das legítimas que por morte de seu pai lhe ficou que de tudo estou eu entregue até o presente e mando que se lhe entregue.
Declaro que o remanescente de minha terça pagos os meus legados deixo a meu filho Diogo Barbosa por boas obras que dele tenho recebido.
Deixou por testamenteiros os filhos Domingos e Diogo.
Declaro que a meu filho Francisco Barbosa ensinei um negro tecelão a João Martins de redea por preço de seis mil réis a qual conta tenho em meu poder dois milheiros que se lhe descontará.
Deixou uma rapariga da terra, chamada Ana, a Maria, filha de Gaspar Gonçalves.
Deixou algumas peças aos filhos Diogo, Domingos e Maria.
Simão Rodrigues Henriques fez o testamento a rogo e assinou pela testadora.
Aprovação: 28-6-1648
Testemunhas: Francisco Dias Barriga, João Paes, Simão Rodrigues Enriques, Manoel Fernandes Barros.
Cumpra-se: 20-7-1648 – Lima
Cumpra-se: 20-7-1648 – Ribeiro
Avaliação dos bens
Bens ficaram em mãos de Diogo Barbosa, até virem seus irmãos do sertão.
17-2-1650: Em casa de Domingos Barboza Calheiros, disseram Domingos e Diogo Barboza que não se fazia partilhas por estarem os herdeiros ausentes e que agora estavam presentes e citados, e pediam ao juiz que mandasse acabar o inventário.
Citados em 14-2-1650
Francisco Barbosa
Simão da Motta e sua mulher Maria Barbosa
Roque Furtado e sua mulher Joana Barbosa
Miguel Garcia Coiros e sua mulher Ana Barbosa
(Disseram que não queriam herdar)
Domingos Barbosa Calheiros e Diogo Barbosa, queriam herdar
Liquido para partir entre os dois: 33$656 em uma conta, 35$980 em outra
Seguem quitações de despesas pagas por André Mendes Ribeiro até julho de 1648, em 6-10-1648 por Domingos Barbosa Calheiros.
Digo eu Ana Moreira, viúva, que recebi de meu tio Diogo Barbosa uma rapariga que deixou a defunta sua mãe Maria Rodrigues a minha filha Maria da Conceição a qual rapariga se chama Ana e por assim passar na verdade pedi a meu cunhado Luiz Lopes Bravo que este fizesse por mim = 7-10-1648.
Digo eu Manoel Fernandes Velho que é verdade que estou pago do Capitão Domingos Barbosa Calheiros da quantia de vinte e seis mil e tantos réis que minha tia Maria Rodrigues que Deus tem me era a dever..... 5-10-1648