PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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S.L. 8º, 12, 1-2; Maria Jorge casou em primeiras com Francisco Barreto (irmão do capitão mor Roque Barreto e do capitão Nicolau Barreto) faleceu 1607 com testamento em SP, filho de Álvaro Barreto. Casou em 2as. Pero Nunes falecido em 1623 sem geração deste..

Faleceu Maria Jorge  em 1611 em SP com testamento e teve: 2-1 e 2-2

2-1 Roque Barreto

2-2 Maria Jorge

 

SL. 8º, 12, 2-2 Maria Jorge casou com Jose (sic) Tenório filho de Clemente Álvares e 2ª mulher Maria Tenório (4º, 430) com geração.

SL. 4º, 430, 1-2 João Tenório, falecido em 1634 e representado por seus f.ºs no inventário de seu pai em 1641, foi casado com Maria Jorge, f.ª de Francisco Barreto e de Maria Jorge, esta falecida em 1611 em S. Paulo. Tit. Dias. Teve f.º único legítimo:

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette e Regina Junqueira)

Maria Jorge, em primeiras núpcias casou com Francisco Barreto, falecido em 1607 no sertão (SAESP vol. 2º, neste site) e em segundas com Pedro Nunes, falecido em 1623 (SAESP vol. 6º, neste site), sem geração deste.

Teve do primeiro consórcio duas filhas e não uma filha e um filho,  (Roque citado por Silva Leme seria irmão de Francisco Barreto). Conforme está bem claro no testamento de Maria Jorge e nos inventários do casal , tiveram:

1. Maria Jorge, casada com João Tenório, falecido em 1634 (SAESP vol. 9º, neste site).

2. uma filha, póstuma, cujo nome não aparece.

Note-se:

-no inventário paterno: “20-6-1611 – Novo curador das órfãs: Álvaro Barreto, avô delas, fiado por Jorge Neto Falcão, tendo Gonçalo Madeira prestado as contas”

-no testamento materno: “com minhas filhas o que será com sua vontade e não primidos nem os tirando fora da ---- confio que nisto se haverá meu pai com que minha consciencia não fique carregada nem minhas filhas perdendo”.

no inventário materno: Partilhas de peças:

- que couberam ás órfãs ambas.

 

MARIA JORGE

Inventário

 

Vol 3, fls 199 a 243

Juiz: Pedro Taques

Escrivão: Antonio Rodrigues

Avaliadores: João da Costa

Local: Vila de São Paulo, na fazenda de Pero Nunes.

Inventário: 30-5-1611

Declarante: Pero Nunes, o viúvo

Aprovação do Testamento: 18-3-1610

 

fls. 203 - TESTAMENTO

(...) saibam quantos esta cédula de testamento virem que eu Maria Jorge, mulher que sou de Pero Nunes, moradora nesta vila de São Paulo, ordenei testamento da maneira seguinte:

(encomendações pias)

mando que meu corpo seja enterrado em o Convento de Nossa Senhora do Carmo na sepultura  de --------.

(pedidos de missas).

Declaro que deixo por meu testamenteiro a meu pai Gonçalo Madeira e a minha mãe Clara Parenta a quem deixo a minha terça para que m’a gastem por minha alma.

(...) e os serviços forros que em consciencia ----- me couberem lh’os entregarão para que os reparta - com minhas filhas o que será com sua vontade e não primidos nem os tirando fora da ---- confio que nisto se haverá meu pai com que minha consciencia não fique carregada nem minhas filhas perdendo.

----------------- (em branco)---------

(*) o testamento estende-se por meia pagina de papel seguinte, mas está de tal forma apagada a escrita e sujo o papel de borrões de tinta, que só se podem decifrar algumas palavras insuficientes para se saber as ultimas disposições do testamento).

 

Aprovação: 18-3-1610 nesta vila de São Paulo, nas casas de morada de Gonçalo Madeira adonde eu público tabelião fui, sendo alí doente em uma cama Maria Jorge, filha do dito Gonçalo Madeira, mulher que é de Pero Nunes aqui morador ---- ela mandara fazer este testamento pelo reverendo padre frei Luiz dos Anjos vigário do Mosteiro de Nossa Senhora do Carmo desta vila (...) mandou a mim tabelião fizesse esta aprovação por ela assinada testemunhas que a todo o presente foram presentes Jusepe de Camargo aqui morador Belchior de Pontes filho de Bartholomeu Gonçalves e por ela não saber assinar rogou ao padre frei Luiz assinasse por ela, eu Simão Borges tabelião do publico e judicial e notas desta vila que este escrevi. Assina por ela testadora frei Luiz dos Anjos - Jusepe de Camargo - Antonio Alvres - Francisco João - Belchior de Pontes - André de Burgos.

 

Seguem-se avaliações, gado vaccum, trastes, ouro, prata etc...)

 

fls. 211-

Tiram-se do monte-mor seis vacas para os órfãos conforme a verba do inventário do defunto Francisco Barreto a folhas 24 dos quais o curador Álvaro Barreto se houve por entregue e assinou com o dito juiz Antonio Rodrigues escrivão o escrevi.- Álvaro Barreto - Pedro Taques.

 

fls. 218

- 250 braças de terras da Banda de Alem nas cabeceiras das terras de pero Dias em que tem Pero Nunes ametade.

- uns chãos que estão entre a casa de Diogo Moreira e a casa das órfãs deste inventário.

- uma data de terras de 375 braças nos matos de Ipiranga.

- uma roça deste ano que está em Goarapiranga deste ano 4$000 réis.

 

partilhas de peças:

- que couberam a Pero Nunes

- que couberam ás órfãs ambas.

 

E logo ai o curador Álvaro Barreto se deu por entregue das peças que couberam a suas netas atrás declaradas.

 

Soma toda a fazenda deste inventário 351$880 réis.

Com mais dezoito mil réis que é a  ametade do dinheiro que custou Leonor e seu filho Lourenço a Estevão de la Cruz que tudo torna a fazer a soma de 369$880 réis.

Abateram-se desta quantia acima  38$000 réis que se hão de tirar deste monte-mor que ficam com Pero Nunes na sua mão  que é o remanescente da terça de sua primeira mulher e restam para se partir entre Pero Nunes e os órfãos filhos de Maria Jorge  331$380 réis // que partidos ao meio cabe a cada quinhão 165$690 réis.

 

Dividas que deve Pero Nunes.

Mandou o juiz dos órfãos que lhe lançassem estas dividas no inventário e que cada um pagasse o que se lhes coubesse.

 

fls. 229 - 19-7-1611

Fiança que deu Álvaro Barreto, curador de suas netas : fiador e principal pagador a Jorge Neto Falcão.

 

seguem-se arrematações.

 

fls. 241

Satisfazendo despacho (...) pelo inventário de minha mulher Maria Jorge em que deixa a seu pai Gonçalo Madeira e a sua mãe Clara Parenta por seus testamenteiros e dela não tive filhos nenhuns nem herdei cousa sua de que haja de dar conta ou satisfação porque por sua morte se fez inventário e se entregou a sua ametade por autoridades deste juízo a Álvaro Barreto morador no Rio de Janeiro como curador de seus netos que eram filhos de minha mulher Maria Jorge e de seu filho Francisco Barreto (...). São Paulo hoje 20 de abril de 1621 anos - Pero Nunes.