PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Adenda Geral Vol. 9º (ao vol. 8º, 328, 2-2, ) 3-6 Sebastiana de Victoria casou com João Gomes de Escobar, com geração, entre outros, Manuel Gomes de Escobar e Antonio Gomes de Escobar.
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
Segundo o inventário abaixo (em testemunhas), acrescente-se a filha: Maria Gomes de Escobar.
Adenda Geral. Vol. 9º (ao vol. 8º, 328, 3-6) 4-1 Manoel Gomes de Escobar c1c Maria Falcão.
SL. 2º, 312, 3-1 Antônio de Almeida Cabral casado com Maria da Silva Falcão,.
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
acrescente-se a filha Maria Falcão (inventário abaixo)
MARIA FALCÃO
Inventário
SAESP - vol. 26, fls. 155 a 162
Inventário, sem testamento
Data: 19 agosto de 1683
Local: vila de Santa Ana da Parnaíba, em pousadas e morada de Manuel Gomes de Escovar.
Juiz Ordinário: Jeronymo Gonçalves
Tabelião: Antonio da Rocha do Canto.
Avaliadores: Manuel de Chaves e Pero Correa Dias.
Declarante: o viúvo Manuel Gomes de Escobar
... que a defunta sua mulher morrera apressadamente e fizera testamento vocalmente perante as testemunhas que se acharam presentes: Manuel Bicudo de Brito e Fernão Dias e Maria Gomes.
- Manuel Bicudo de Brito ... que a defunta sua cunhada Maria Falcão lhe dissera que não tinha dinheiro.... que a fazenda que possuíam a deixava a seu marido e outrossim disse mais que a defunta sua cunhada declarara tinha uma criança filha de uma escrava sua que dissera era filha de um parente seu a qual criança dissera a deixava forra.
- Fernão Dias de Almeida, que tudo que havia dito seu cunhado Manuel Bicudo de Brito era tudo verdade que assim o dissera sua irmã defunta Maria Falcão.
-Thomazia de Almeida... que tudo que dissera seu marido Manuel Bicudo era verdade, que assim o ouvira á defunta sua irmã de que fiz esta inquirição que assinou por ela seu irmão Fernão Dias de Almeida.
- Maria Gomes de Escovar ... disse ela testemunha que tudo o que jurara Manuel Bicudo de Brito era verdade que assim o declarara a defunta sua cunhada Maria Falcão de que fiz esta inquirição e assinou por ela seu irmão Manuel Gomes. Assino por minha Maria (sic) Gomes de Escobar, Manuel Gomes de Escobar.
- ..por o dito Manuel Bicudo de Brito foi dito que estando praticando sua cunhada que tem em sua casa órfã que ficou do defunto Antonio de Almeida que a fazenda de sua irmã Maria Falcão herdava seu marido Manuel Gomes ao que respondera Izabel de Almeida que o que lhe tocava á sua parte lho não o perdoava ao que disse seu curador Manuel Bicudo de Brito ......... e outrossim disse Fernão Dias de Almeida que ouvira dizer a sua irmã Izabel de Almeida que se os mais herdassem que tambem herdaria e se não herdassem que nem ela queria herdar........
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SL. 5º, 200, 1-7 Maria da Cunha, foi casada com Amador Lourenço, falecido em 1639, e ela faleceu em 1667. Teve (C. O. de S. Paulo) os 6 f.ºs:
2-1 Amador Lourenço da Cunha, que foi casado com Maria de Góes
2-2 Maria da Cunha, casou em 1641 em S. Paulo com Manoel Fernandes Pimentel.
2-3 Catharina de Unhatte, casou em 1640 em S. Paulo com Pedro Lourenço.
2-4 Anna Maria da Cunha, casou com Alberto Nunes de Bulhões, falecido em 1722.
2-5 Marianna da Cunha
2-6 Izabel da Cunha
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette e Regina Junqueira)
Maria da Cunha teve mais filhos do que consta em SL
Um destes foi Gaspar Lourenço, já falecido em 1667, que teve a filha Mariana, bastarda reconhecida pela avó em testamento e que comparece no rol dos herdeiros de Maria da Cunha.
Considerações
Maria da Cunha declara ter tido nove filhos, depois declara sete filhos., sendo vivos 1 filho e 3 filhas (cremos que uma destas três filhas vivas pode ter sido neta).
Dos vivos, três comparecem no inventário materno: Amador, Maria e Ana Maria, sendo os mais provavelmente falecidos. (para os filhos falecidos, Maria da Cunha deixa missas, e ao longo do texto refere-se ao falecido filho Gaspar e à filha Izabel, falecida).
No mesmo rol de filhos consta a neta Mariana (filha de Gaspar) e a seguir Izabel de Unhate, de 20 anos em 1667. Esta não pode ser filha de Maria e de Amador, pois este faleceu em 1639.
Izabel da Cunha de Unhate, nascida por 1647, também foi neta e não filha de Maria da Cunha, “criada a portas a dentro” e foi a única herdeira de seus pais Maria (sic) de Unhate e Pedro Lourenço, nominalmente citados em requerimento ao fim do inventário da avó. Era solteira em 1667, enquanto Maria, citada como única filha do casal Pedro/Catarina já era viúva em1666 (SL. 5, 376, 3-1). Izabel retirou-se para a Ilha Grande, durante o inventário da avó e aí vivia em 1670, quando requer a sua herança por precatória.
MARIA DA CUNHA (anexo ao de Maria Falcão)
Inventário
SAESP vol. 26 - fls. 162 a 184
Inventário de Maria da Cunha, com testamento
data: 28 agosto 1667
local: vila de São Paulo, nas casas que ficaram da defunta Maria da Cunha.
Juiz dos Órfãos: Lourenço Castanho Taques.
Tabelião: Domingos Machado
Avaliadores: Miguel da Costa e Theodosio Coutinho.
Declarantes: genros da dita defunta, Manuel Fernandes e Alberto Nunes Bulhões.
fls. 164: Titulo dos filhos:
- Amador Lourenço, casado
- Maria da Cunha casada com Manuel Fernandes
- Ana Maria casada com Alberto Nunes
- Mariana filha de Gaspar Lourenço
- Izabel de Unhate de 20 anos pouco mais ou menos.
fls. 164 - Testamento em 06 maio de 1667 (resumo)
Declaro que fui casada com Amador Lourenço já defunto de que tive nove filhos; declaro que tenho três filhas vivas a saber Maria da Cunha mulher de Manuel Fernandes Pimentel.
Declaro que lhe dei cem patacas de sua legitima e outras cem patacas que lhe prometi de dote mais uma negra que lhe coube de sua legitima, dei-lhe mais (...).
Clareza do que dei a minha filha Anna Maria mulher de Alberto Nunes Bulhões, primeiramente lhe dei uma peça que lhe coube de sua legitima, mais tres peças que lhe dei em dote que lhe deu seu tio mais (...).
Clareza do que dei a minha filha Izabel defunta e Catharina de Unhate mulher do defunto Pedro Lourenço primeiramente lhe dei cem patacas de sua legitima mais (...).
Declaro que tive cinco filhos e duas filhas que é Anna Maria Izabel de ---- deixo a minha filha Izabel de Unhate um lanço de casas ....
Declaro que outro lanço de casa ---- dizer de missas pelos defuntos meus filhos onde entrará minha --- e do dinheiro das casas se dará o que couber de sua ---.
Declaro que tenho mais uma neta bastarda filha do defunto meu filho Gaspar Lourenço.
Deixo a meu genro Manuel Fernandes Pimentel por meu testamenteiro.
Deixo que me enterrem na Igreja Matriz.
Declaro que a Francisca e Camilla com as tres crias deixo a minha filha Izabel de Unhate.
Declaro que meu filho Alberto Nunes Bulhões me fez merce de me emprestar .... para o enterro ... o qual se entregara a meu filho Manuel Fernandes Pimentel o dito dinheiro para dar satisfação do meu enterro.
Declaro que visto estar eu no centro dos mattos cinco ou seis leguas --- haver visinhos pedi e roguei a Estevão de Aguiar que esta fizesse por mim e me escrevesse esta e assinasse por mim e o reverendo padre vigario e o senhor juiz dos orfãos lhe dêm inteiro cumprimento como o Senhor Deus manda e Sua Magestade e os mais ministros de Igreja eu Estevão de Aguiar o escrevi por seu mandado e rogos dela o escrevi como testemunha achando-se ao presente meu irmão Antonio da Cunha Gago que fica por testemunha desta verdade hoje em 6 de maio era de mil e seiscentos e sessenta e sete anos. - Estevão de Aguiar - Antonio da Cunha Gago.
Cumpra-se o que nela se contem. São Paulo de maio 9 de 667. Cunha.
(seguem-se recibos, avaliações, dividas que deve esta fazenda)
fls. 175 Carta precatória e citação a Alberto Nunes de Bulhões na vila Santa Anna das Cruzes de Mogi. Com declaração que tambem citarão a mulher do dito Alberto Nunes de Bulhões.
.... e juntamente não estar sua cunhada na terra Izabel de Unhate que ela sabe dos bens que ficaram da defunta sua mãe (...) e assim não estou pelas contas, que deve Manuel Fernandes senão pelas contas de sua cunhada Izabel de Unhate como filha que estava de portas a dentro como filha e dar por rol o dito Alberto Nunes de Bulhões os bens que ficaram da dita sua sogra debaixo de seu juramento (...).
... respondo por minha mulher Marianna da Cunha .... 15 março 668 anos - Alberto Nunes de Bulhões.
fls. 178
Diz o padre vigário da vila de S. Sebastião Manuel Gomes Pereira como procurador bastante de Izabel de Unhate da Cunha, filha que ficou de Pedro Lourenço e de s/m Maria da Cunha, moradores que foram em esta vila de São Paulo que por morte de uma e outro, ficou a dita Izabel de Unhate por única herdeira dos ditos seus pais, como dos inventários mais largamente consta, e dos bens que se achou no casal, e herdade sua foi entregue a seu tutor, e curador Manuel Fernandes: o qual está de posse, sem até o presente haver dado contas de cousa alguma e a suplicante necessita de sua fazenda por estar passando muitas necessidades e somente seus parentes a sustentam á sua custa, e ora quer tomar estado, o que não pode ter efeito, sem vossa merce lha mandar entregar a sua legitima, para o que
Pede a Vossa Mercê lhe faça mercê mandar passar mandado executivo para que o meirinho e um escrivão vão a fazenda e sitio do dito seu tutor e curador e notifiquem a sua mulher, sito seu marido estar ausente venha a dar contas neste juízo de tudo o que constar e lhe foi entregue ao dito seu marido Pedro Fernandes o que seja em breve, e peremptório, (...).
Visto o que a suplicante alega qualquer tabelião desta vila passe mandado como pede por ausencia do escrivão deste juízo. São Paulo sete de agosto -----.- Bayão.
fls. 179 Antonio Ribeiro Baião juiz dos órfãos (...) mando ao meirinho do campo desta vila vá com um escrivão a casa sitio e fazenda de Manuel Fernandes tutor e curador da órfã Izabel de Unhate e o notifiquem a sua mulher visto o dito seu marido estar ausente venha a este juízo dar conta com entrega de todos os bens da dita órfã que lhe foram entregues ao dito seu marido Manuel Fernandes (...).8-8-1670 anos.
fls. 181 - Termo de entrega das peças do gentio do Brasil tocantes a órfã Izabel Unhate da Cunha, as quais peças eram a saber/ Camila com duas filhas a saber Luzia, e Ventura, e Marianna tambem filha sua e de homem branco, Izabel solteira, Francisca que está no sertão que levou o curador, com uma filha por nome Custodia, e seu filho Domingos a qual negra Francisca levada pelo curador Manuel Fernandes Pimentel levada ao sertão sem ordem do juiz dos órfãos e sendo caso que a dita morra no sertão dará o dito curador outra peça a contento da parte.
14-8-1670 anos entregues ao reverendo vigário Manuel Gomes Pereira como procurador de Izabel Unhate da Cunha.
fls. 183 vista ao promotor.
A testadora Maria da Cunha deixa dez varas de pano a uma neta sua bastarda por ser filha de Gaspar Lourenço seu filho e a Izabel de Unhate filha sua manda se lhe dê duas raparigas da terra e outras cousas seu genro Manuel Fernandes, é o testamenteiro, e não ajuntou quitações vossa merce mande as acoste alias satisfaça. SP 12 outubro 1677 - O promotor.