PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
SL 7º, 167, 1-3 Maria de Moraes em 1654 estava casada com Manoel Nunes de Souza.
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
Maria de Moraes faleceu em 1655, sem filhos, foram herdeiros suas irmãs e o sobrinho Paulo. Nesse ano seu marido estava ausente.
Nota: inventários de Izabel de Moraes (SAESP vol. 47º) e Manoel Fernandes de Moraes (SAESP vol. 33º) neste site.
MARIA DE MORAES
Inventário (sem testamento)
Vol 25, fls 127
Data: 7-8-1655
Juiz: Frederico de Mello Coutinho
Avaliadores: Francisco Preto e Manoel Alves de Souza
Local: Vila de São Paulo, pousada de Ana de Moraes
Juiz: Dom Simão de Toledo
Declarante: Ana de Moraes, irmã da falecida
Titulo dos herdeiros:
1. Manoel Nunes de Souza, casado com a defunta, ausente
2. Ana de Moraes, viúva
3. Manoel Fernandes de Moraes, seu filho
Quitações
Segue a avaliação dos bens móveis
E da casa na rua de N. Sra do Carmo, vizinha a Diogo de Lara e Justo Maciel.
Devedores a esta fazenda:
Padre Manoel da Camara
Órfão filho que ficou de Manoel de Moraes
Antonio Mendes de Mattos
Ana de Moraes
Gente forra: Alberto, negro solteiro
Dividas que deve a fazenda
A Pedro de Moraes, a ---- (166$000), a Francisco Velho de Moraes, a Maria velha, a Doroteia Sobrinho.
“E logo pelos herdeiros Antonio Mendes Mattos Paulo da Costa como tutor e curador do órfão Paulo foi dito que eles estavam e tinham por certas as dívidas que a defunta devia a sua irmã Ana de Moraes e assim consentiam e eram contentes se lhe satisfizesse na forma que estão lançadas neste inventário e que a ela se lhe entregasse todos os bens para que com eles se satisfizesse e por assim ser se obrigaram todos como herdeiros a nenhum tempo inovarem cousa alguma e aquele que inovasse pagaria duzentos cruzados para despesa da Relação deste Estado de que fiz este termo em que todos assinaram –Paulo da Costa – Antonio Mendes Mattos”.
Fazenda: 105$381
Dividas: 208$220
E toda a fazenda foi entregue a Ana de Moraes para o pagamento das dívidas.
9-7-1656:
Antonio Mendes Mattos, cunhado de Maria de Moraes a inventariada, vai à casa de D. Simão de Toledo, dizendo que no inventário que foi feito haviam muitas dívidas “sem clareza” e que ele estava com “muita perda e desfraudo” e que não tinha sido lançada parte dos bens a saber um negro Pascoal, alguns porcos, roça de mandioca, serviço de mesa de prata,seis porcos salgados, pelo que protestava que “fosse tudo nulo”!.
Mandou o juiz tomar no5a de seu protesto e notificar Ana de Moraes. – Antonio Mendes Mattos – Dom Simão de Toledo Piza