PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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SL. 5º, 399, 1-4 Antônio Rodrigues Baião foi 1.o casado com Isabel Ribeiro, fal. em 1662 (C. O. de S. Paulo) f.a de Isabel Afonso, por esta, neta de Bartolomeu Gonçalves, como se vê no testamento com que faleceu Isabel Ribeiro;

2-1 Maria Rodrigues, fal. com testamento em 1668, foi casada com Domingos Affonso de Escuderos, fal. em 1685. Teve 10 f.ºs.

2-2 Maria Ribeiro (omitida por Pedro Taques), casou 1.º em 1640 em S. Paulo com Domingos Furtado; segunda vez foi casada com Jeronimo Soares Quaresma. Com geração dos dois maridos.

 

Subsídios a Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)

 

Isabel Ribeiro, filha de Antonio Ribeiro Roxo, falecido em 1653 (SAESP vol. 45º, neste site) e de Domingas Gonçalves, por esta neta de Bartholomeu Gonçalves, falecido em 1626 (SAESP vol. 7º, neste site) e segunda mulher Barbara Nogueira.

Casou Izabel com Antonio Rodrigues, e teve duas filhas:

1- Maria Rodrigues, casada com Domingos Affonso Escudeiro, testamenteiro da sogra.

 

2- Maria Ribeiro, já falecida em 1661, casada duas vezes, com geração de ambos.

Do primeiro marido os filhos nascidos por:

- Antonio, 1643

- Domingos, 1647

- Estevão, 1649

 

IZABEL RIBEIRO

Inventário e Testamento

 

Vol 16, 175 a 194

Data: 09-9-1661

Local: Vila de São Paulo, nas casas da vivenda do viúvo Antonio Rodrigues.

Juiz dos Órfãos: Antonio Raposo da Silveira

Escrivão dos Órfãos: Domingos Machado

Avaliadores: Capitão Francisco Nunes de Siqueira e Francisco Pires de Siqueira

Declarante: o viúvo Antonio Rodrigues.

 

TESTAMENTO

 

Em nome da Santíssima (...)

Aos 19-7-1660 anos estando eu doente de cama, faço este meu testamento.

Encomenda a alma.

Peço a meu marido e a meu genro Domingos Affonso queiram ser meus testamenteiros.

Meu corpo será enterrado no Colegio na cova de meu avô Bartholomeu Gonçalves.

Declaro que sou casada com Antonio Rodrigues do qual tenho duas filhas as quais são minhas legitimas herdeiras as quais tenho satisfeito de seus dotes igualmente.

Declaro que tenho dado a minha neta Eugenia Rodrigues 120$000 réis com consentimento de meu marido no qual nenhum herdeiro meu entenderá com isso nem sobre esta matéria poderá inovar cousa alguma.

Declaro que tenho em meu poder uma negra por nome Aurélia que me deu minha filha Maria Ribeiro para me servir em minha vida a qual a não tirará senão por morte de seu pai que com esta condição nol-a deu,

Declaro que tenho feito patrimonio a meu neto Antonio Ribeiro de umas casas que tenho na vila e de umas terras que tenho em Juquery sendo que se ele ordene de clerigo.

Declaro que deve este casal 160$000 réis.

Deixo a minha terça a meu marido e dai se tirará uma rapariga por nome Serafina e se dará a minha bisneta Catharina filha de João Pinto.

Declaro que por morte de meu marido se se achar alguma ousa do que lhe deixo na minha terça o dêm a meus netos filhos de Domingos Furtado.

Deixo de esmola a mulher de Affonso Sardinha um manto de seda.

Deixo a minha neta Leonor filha de Domingos Affonso dois pares de arrecadas de ouro.

Declaro que tenho uma gargantilha de ouro e uns brincos os quais deixo se vendam para meu enterramento.

Declara bens.

Declaro que tenho uns chãos na vila entre Maria Ribeiro e Sebastião Alves os quais metade são de João Ribeiro meu cunhado; tenho mais outros chãos no oitão das casas -----rão de Dom Francisco Rendon.

----- deixo ---------- Delgado.

(...) e roguei a Antonio de Azeredo que este por mim fizesse e como testemunha assinasse. - Antonio de Azeredo Magalhães.

Declarou a dita testadora que um manto de seda que deixava á mulher de Affonso Sardinha manda lh’o não dêm e  por ser esta sua ultima vontade rogou a Antonio de Azevedo que por ela assinasse. - Assino a rogo de Izabel Ribeiro - Antonio de Azevedo.

Aprovação:  Vila de São Paulo mil seiscentos e sessenta e um anos -  (...) e pela dita Izabel Ribeiro me foi dito que ela tinha feito testamento o qual me deu de sua mão.

Testemunhas: Thomaz Dias - Antonio de Sousa Dormundo - João de Mongelos - Gabriel Barbosa - Luiz Fernandes Francez.

Cumpra-se: 7 de julho de 1661 - Albernás

 

Título dos filhos:

- Maria Ribeiro já defunta que primeiramente foi casada com Domingos Furtado outrossim já defunto do qual matrimonio tiveram os filhos seguintes:

- Antonio, de 18 anos

- Domingos, de idade de 14 anos

- Estevão, de 12 anos, todos quatro (sic) mais ou menos.

Casou segunda vez a dita Maria com Jeronymo Soares do qual matrimonio tiveram os filhos que se seguem: Manuel // e Maria // Antonio // e Izabel.

- Maria Rodrigues, casada com Domingos Affonso Escudeiro.

 

Avaliações.

Dividas que se devem a esta fazenda:

- deve seu genro Jeronymo Soares 10$000 réis

- deve Antonio de Freitas 6$000 réis.

 

Dividas que deve o casal.

- deve ao rendeiro Lourenço Castanho 4$000 réis.

 

Aos 11-4-1662 continuação do beneficio deste inventário.

 

Lançou-se mais neste inventário em dinheiro de contado 20$000 réis.

Mais dividas que deve esta fazenda:

- deve aos netos filhos que ficaram do defunto Domingos Furtado 94$058 réis.

 

Citados para as partilhas:

- ao viúvo Antonio Rodrigues

- a Domingos Affonso

- a Jeronymo Soares

pelos quais todos me foi dito por Domingos Affonso que ele estava inteirado de sua parte que sendo lhe coubesse alguma cousa o aceitaria e o mesmo disse Jeronymo Soares que se lhe coubesse alguma cousa não queria mais que o que coubesse a seus filhos.

 

Monte mor liquido: 400$502 réis

- ao viúvo 200$251

- para se partir entre dois herdeiros 133$500 réis de que vem a cada um 66$750

E outra tanta quantia se partiu entre sete órfãos a saber três que ficaram do defunto Domingos Furtado e quatro de Jeronymo Soares que repartida entre todos vem a cada um 9$535 réis.

o que coube aos três órfãos do defunto Domingos Furtado ficou em poder de seu tutor Antonio Rodrigues.

E aos quatro menores de Jeronymo Soares foi entregue ao dito Jeronymo Soares.

E assim o que coube a Domingos Affonso por ter recebido deu quitação geral.

 

fls. 194: Vista ao promotor

(...) a testadora Izabel Ribeiro nomeou em seu testamento por seus testamenteiros a seu marido Antonio Rodrigues e a Domingos Affonso seu genro, os quais não ajuntaram quitação alguma por onde conste terem dado cumprimento aos legados que a testadora declara, havendo passado 15 anos.  (...) mande ajuntem as quitações. São Paulo 13 de outubro de 1677 - O Promotor.

 

Com pena de excomunhão, acostem as quitações e se lhe passará quitação geral. São Paulo 22 de outubro de 1677 anos. - O Visitador Siqueira (*)

 

(*) A este inventário está apenso o de João de Sant’Anna, feito em 1612, e que está publicado a pags. 59 do vol. III dos “Inventários e Testamentos”.