PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)
Henrique da Costa, filho de Izabel Paes, falecida em 1616 (SAESP vol. 11º, neste site) casou com Custódia Lourenço.
Faleceu pouco depois de sua mãe de forma que sua viúva também teve direito à herança da sogra, conforme se vê pelas petições de Calixto da Motta, seu segundo marido.
Custódia Lourenço era prima de Simão Álvares (sogro de Frederico de Mello Coutinho), filho de Maria Afonso (SL 1º, 3, 2-1).
Nota: Por esta identificação, Custódia pode ter sido filha de irmão ou irmã de: Maria Afonso, Marcos Fernandes , qualquer outro marido de Maria Afonso, já que não se sabe ao certo de qual leito proveio Simeão Alves Martins.
Teve Henrique o filho legitimo:
1- Miguel da Costa, nascido por 1608
e o filho natural:
2- Pedro (Francisco?), nascido por 1606
HENRIQUE DA COSTA
Inventário e Testamento
(anexo o de Henrique da Cunha Lobo - 1672)
SAESP - Vol 4, fls 107 a 200
Testamento: 1-6-1616
Inventário Data: 1616
Inventariado: Henrique da Costa.
Local: vila de São Paulo, no termo Ebirapoeira, nas casas e fazenda que ficou do dito defunto Henrique da Costa.
Juiz dos órfãos: Bernardo de Quadros.
Escrivão: Simão Borges Cerqueira.
Avaliadores: Antonio Lopes Pinto e Belchior Ordas de Leão
Declarante: Custódia Lourença, viúva do dito, e a Antonio Rodrigues irmão do defunto e cunhado da dita viúva.
fls. 110 TESTAMENTO
(...) aos 1-6-1616 me pediu Henrique da Costa lhe quizesse fazer este estando preso das mãos ---- de Deus com seu juízo perfeito.
mando se enterre meu corpo na matriz.
(deixa esmolas, pedidos pios).
Deixo a meu irmão Antonio Rodrigues por meu testamenteiro.
(lista bens, dividas, devedores)
(...) devo a meu irmão Antonio Rodrigues oito cruzados e a meu --- André de Burgos uma pataca (...) e Luzia Teixeira lhe devo ---- vintens (...).
A minha terça deixo a meu filho Miguel que é o legitimo --- o remanescente dela tirado os meus legados e as dividas se tirarão do monte-mor.
Declaro que a minha mulher Custodia Lourença com quem sou casado não a avexe o meu testamenteiro senão que aquilo que se achar dessa pobreza se partira igualmente com ela e a minha parte com meus filhos assim o legitimo como o que houve sendo solteiro e um menino por nome Pedro declaro que é meu filho e por tal o tenho que o tratem como esse é por ser assim minha vontade e estar ainda com todos os meus cinco sentidos perfeitos pedi a Luiz de Alvernas que este me fizesse e assinasse com as mais testemunhas necessárias hoje o primeiro do mes de junho de mil e seiscentos e dezesseis anos. - Luiz de Alvernas.
Deixo uma rapariga a minha irmã que tem em seu poder por nome Angela e a minha sobrinha deixo um rapaz por nome Diogo filho de Margarida digo a Betriz Gomes e por não estar em tempo de assinar pedi a Luiz de Alvernas assinasse por mim. - Henrique da Costa - Francisco Pereira da Silva - Balthazar Gonçalves - João Gomes Sardinha.
(declara mais pedidos de missas e devedores).
Cumpra-se este testamento como nelle se contem. São Paulo 20 de junho de 616. - Pimentel.
Título dos filhos:
- Pedro, digo Francisco filho natural que houve em solteiro de idade de oito ou nove anos.
- Miguel, filho legitimo dentre o defunto e a viúva, de idade de sete anos pouco mais ou menos.
Curador a Antonio Rodrigues tio dos menores irmão do defunto.
Procurador da viúva a Luiz de Alvernas aqui morador.
Avaliações.
- uma carta de data do capitão Gaspar Gonçalves Conqueiro feita por mim escrivão de meia légua de terra para a banda de Birassoiaba rio abaixo do Anhembi feita em janeiro de 610 anos.
Arrematações.
fls. 121: Concerto que houve entre Simeão Alveres e a viuva Custodia Lourença - 5-12-1616.
fls. 123
Aos 22-10-1616 nesta vila, requerimento que faz Calixto da Motta sucessor do defunto Henrique da Costa marido da viuva Custodia Lourença, fizesse partilhas neste inventário.
Aos 29-10-1616 partilhas e contas feitas neste inventário entre Calixto da Motta e os órfãos:
Calixto da Motta sucessor do defunto e marido da viuva Custodia Lourença e os órfãos estando presente o curador deles Antonio Rodrigues.
Líquido para a partilha 21$840 réis.
- Cabem a parte de Calixto da Motta por ser casado com a viúva Custodia Lourença 10$920 réis.
- ao filho Miguel 5$812 réis por lhe caber o remanescente da terça.
- ao outro filho bastardo digo natural 4$006 réis.
Recibos.
fls. 128 - ao 1-1-1617 Calixto da Motta sucessor do defunto Henrique da Costa e por ele foi dito que um filho natural por nome Francisco que ficou do dito seu sucessor ele o queria ensinar e doutrinar e alimentar á sua custa pelo que lhe pedia houvesse por bem que ele o tivesse em seu poder e administração (...).
fls. 134- Recebi uma vaca de Antonio Rodrigues Paes que seu irmão deixou a Santa Misericordia e como que fui por verdade lhe dei este hoje 21-3-618. O Vigario João Pimentel.
fls. 135, certifico eu frei Gaspar dos Reis vigario do Convento de Nossa Senhora do Carmo da vila de São Paulo que eu recebi de Antonio Rodrigues Paes a esmola de quatro missas que seu irmão Henrique da Costa deixou em seu testamento a esta casa e por estar do dito testamenteiro pago lhe dei esta quitação por mim feita e assinada hoje 22-3-618. - Frei Gaspar dos Reis vigario.
- digo eu Antonio Rodrigues que é verdade que recebi de minha cunhada Custodia Lourença mulher que foi de meu irmão Henrique da Costa oito cruzados e meio e por verdade lhe dei esta quitação e roguei a João Paes que fizesse e assinasse como testemunha, hoje 2-4-618. - Antonio Rodrigues - João Paes.
fls. 136- digo eu Maria Rodrigues do ---- mulher que fui de Domingos Barbosa que é verdade que recebi de Custodia Lourença uma pataca que seu marido Henrique da Costa era a dever e por ser verdade roguei a Manuel de Oliveira que este fizesse e o assinasse como testemunha e por mim assinou meu irmão e procurador André de Burgos feita hoje 2-4-618 anos. - André de Burgos - Manuel de Oliveira.
Digo eu André de Burgos que é verdade que recebi de Custodia Lourença mulher que foi de Henrique da Costa uma pataca que seu marido me devia e por ser verdade roguei a Manuel de Oliveira que este fizesse e o assinasse como testemunha feita hoje 2-4-618. - André de Burgos - Manuel de Oliveira.
fls. 138 - Calixto da Motta nesta vila morador, lhe é necessário o translado da provisão que passou o capitão e ouvidor Gonçalo Correa de Sá sobre o indio Marcio e sua mulher e o translado do mandado que passou o ouvidor Balthazar de Seixas Rebello // e certidão em como é verdade que Simeão Alveres alcançou sentença contra o antecessor dele suplicante Henrique da Costa de nove peças (...).
fls. 139/140: translado do pedido de petição acima.
Balthazar de Seixas Rebello capitão mor e ouvidor (...) mando a qualquer oficial de justiça a quem este meu mandado for apresentado logo com efeito empraze e traga preso a qualquer das pessoas conteudas e declaradas neste meu mandado e assim mais as peças que se acharem ser de Simeão Alveres aqui morador porquanto estou informado serem-lhe dadas em partilhas no sertão e me constar serem notificadas as pessoas que as tem e até agora não quizeram aparecer com as ditas peças perante mim para prover e mandar o que me parecer justiça (...) os nomes das pessoas conteudas na petição do suplicante e são os seguintes Manuel Fernandes Giga Domingos Cordeiro Henrique da Costa Diogo Pires o Tigre Francisco de Mendonça todos aqui moradores (...) 16-2-1617
Declarou Simeão Alveres que Henrique da Costa lhe tinha nove peças entre grandes e pequenas Manoel Fernandes Giga um negro Domingos Pires Tigre uma negra Francisco de Mendonça uma negra Domingos Cordeiro duas peças estas são as peças que são de Simeão Alveres o velho.
fls. 143 - translado de um escrito de Simeão Alveres que fez a Calixto da Motta. (resumo)
- digo eu Simeão Alveres morador nesta vila em como é verdade que eu largo a meu cunhado Calixto da Motta graciosamente para ele as nove peças entre grandes e pequenas que seu antecessor Henrique da Costa tinha em seu poder e eram minhas e dom Francisco de Sousa por sua provisão mandou que me fossem entregues (...) as quais faço delas graça ao dito Calixto da Motta somente para que delas se sirva como forras e livres são e para que conste como lhe dou as ditas peças e ele as ter por suas lhe fiz este assento que assinei pelo dito Calixto da Motta ser casado com uma prima minha em vinte de setembro de seiscentos e dezenove anos e roguei a Simão Borges Cerqueira este fizesse e assinasse como testemunha. Simeão Alveres Simão Borges Cerqueira. os quais translados de papeis eu Simão Borges Cerqueira escrivão dos orfãos nesta vila de São Paulo trasladei dos proprios a que me reporto em os 17-4-1622 e tudo vae na verdade sem cousa que faça duvida e o corrigi e convertei com oficial de justiça comigo abaixo assinado.
Concertado com os proprios a que me reporto.
- Simão Borges Cerqueira -
E comigo escrivão da Ouvidoria.
- Francisco Rodrigues Raposo.
partilhas de peças forras a:
-a parte da viúva.
- a Miguel, filho legitimo
-coube ao filho bastardo Francisco.
fls. 151- protesto que fez Manuel da Cunha como procurador abondante de Calixto da Motta ante o juiz dos órfãos Antonio Telles.
Aos 2-1-1621
fls. 153 -
Aos que a presente certidão nossa virem passada por mandado e autoridade certificamos nós Domingos Mourato Betancor tabelião do público e judicial e notas desta vila e Antonio Lopes Pinto meirinho das minas que pelo juramento de nossos oficios em como é verdade que sabado vinte e oito dias deste presente mes de setembro deste presente ano de 1619 nas pousadas do capitão mor e ouvidor Gonçalo Correa de Sá foi dito por Simeão Alvares o velho conteudo na petição que ele ora de hoje em diante desistia como de feito desistiu de todo direito pretenção que tinha ou possa ter nos negros que trouxe Henrique da Costa do sertão da nação tumiminó e não queria nada deles de hoje até o fim do mundo e tudo largava a Calixto da Motta que presente estava de sua livre vontade (....). 30-9-1619. Gratis - Antonio Lopes - Domingos Morato de Betancor.
fls. 155 - digo eu Fradique de Mello que eu largo todo o direito que tenho em umas peças que foram de meu sogro as quaes trouxe Henrique da Costa do sertão as quaes peças me tinha dado meu sogro este lhe largo todo o direito que tinha nelas a Calixto da Motta hoje 30-9-1619 - Fradique de Mello Coutinho.
fls. 156 (...) e depois de tudo passado o dito Simeão Alvares lhe deu um escrito ao dito Calixto da Motta em que lhe largava as ditas peças a Custodia Lourença por ser sua prima mulher dele dito Calixto da Motta e a mesma pretenção lhe largou Fradique de Mello genro do dito Simeão Alvares por lh’as ter prometidas em dote e casamento pela qual razão ele dito Calixto da Motta tinha direito nas ditas peças visto ser-lhe feito a ele a dita amizade e graça.
(...) pelo dito juiz mandou que se louvassem e logo pelo dito curador Antonio Rodrigues Paes foi dito que ele louvava por parte dos órfãos em Pedro Nogueira de Pazes aqui morador e pelo dito Calixto da Motta foi dito que ele se louvava em Diogo Mendes outrossim aqui morador sem embargo de ser casado com uma sobrinha dos ditos órfãos por serem pessoas de consciência e suficientes (...)
fls. 168- confessou perante mim tabelião Maria Rodrigues receber de Calixto da Motta uma rapariga que lhe deixou seu irmão Henrique da Costa por nome Angela e outrossim confessou sua filha Beatriz Gomes sobrinha do dito defunto receber do dito Calixto da Motta um rapaz por nome Diogo que o dito defunto lhe deixou e por estarem entregues e safisfeitas do acima dito pediram a mim tabelião Custodio Nunes Pinto esta quitação fizesse e por elas assinasse por não saberem assinar hoje 20-7-1625. Assino pelas ditas Maria Rodrigues e Beatriz Gomes sua filha e a seu rogo. Custodio Nunes Pinto.
fls. 169
Calixto da Motta por Miguel da Costa herdeiro da terça de Henrique da Costa. 16-9-1633
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SL. 8º, 262, 1-11 Mariana Ribeiro, foi C.c. Henrique da Cunha Lobo, falecido em 1672, f.o de outro de igual nome e de Agostinha Rodrigues.
SL. 8º, 494, 3-1 Henrique da Cunha Lobo, o moço falecido em 1672 com testamento feito em Taubaté em casa de Bernardo Sanches, C.c. Mariana Ribeiro, (irmã de Antônio Ribeiro Baião) f.a de João Maciel Valente e de Maria Ribeiro. Teve 12 f.os: (C. de São Paulo). 4-1 a 4-12.
Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)
Henrique da Cunha Lobo, falecido em Taubaté quando retornava do sertão. Casou com Mariana Ribeiro e tiveram os 12 filhos que constam da GP:
1- Estevão, já falecido em 1672
2- João, falecido no sertão dos Cataguazes por 1670, onde fora em companhia de seu pai na bandeira de Pedro Fernandes (DBS)
3- Manuel Maciel, já casado em 1672
4- Agostinha Rodrigues, em 1672 já estava casada com Manuel da Costa.
5- Henrique, nascido por 1656
6- Francisco, por 1658
7- Mathias, por 1660
8- Domingos, por 1662
9- Maria, por 1663.
10- José, por 1665.
11- Izabel, por 1666
12- Anna, nasceu quando seu pai já tinha saído na bandeira de Pedro Fernandes Aragonês a qual partiu em 1670 (DBS). Seu pai nunca a conheceu.
Henrique da Cunha Lobo teve mais, de uma india tabajara “nova” (i.é. recém descida do sertão) por nome Romana:
11- Um filho, não nominado.
Nota: ver inventário , neste site, de:
Henrique da Cunha Lobo, vol. 17
HENRIQUE DA CUNHA LOBO
Inventário e Testamento
SAESP - Vol 4, fls 172 a 200
Testamento: 20-9-1672
Apresentado neste juízo de resíduos da vila de São Paulo aos vinte dias do mes de fevereiro de mil e seiscentos e setenta e nove anos.
Inventário em Taubaté aos: vinte e seis dias do mes de dezembro de mil e seiscentos e setenta e dois anos.
Inventário na vila de São Paulo: Aos vinte e sete dias do mes de novembro de mil seiscentos e setenta e dois anos.
Inventariado: Henrique da Cunha Lobo
Local: vila de São Paulo, em pousadas de Antonio Ribeiro Baião.
Juiz dos órfãos: Salvador Cardoso de Almeida.
Escrivão: Simão Borges Cerqueira.
Avaliadores: Diogo de Cubas y Mendonça e João da Costa Barros
Declarante: Mariana Ribeiro, a viúva, assinou por ela seu irmão Antonio Ribeiro Bayão.
Titulo dos filhos:
1- Manuel Maciel, casado.
2- Henrique, de idade de 16 anos
3- Francisco, de 14 anos
4- Mathias, de 12 anos
5- Domingos, de 10 anos
6- José, de 7 anos.
7- Agostinha Rodrigues, casada com Manuel da Costa.
8- Maria, de 9 anos.
9- Izabel, de idade de 6 anos.
10- Anna, de 3 anos.
Todos pouco mais ou menos.
fls. 174- Termo de acostamento de testamento e traslado de inventário junto.
E logo no mesmo dia mes e ano atras escrito e declarado eu escrivão ao diante nomeado acostei neste inventario o testamento e inventário que veiu da vila de São Francisco das Chagas de Taubaté que é tal como dele se verá de que fiz este termo de acostamento eu Mathias Machado escrivão dos órfãos o escrevi.
Manoel da Costa do Canto morador em a vila de São Paulo ora estante nesta vila de São Francisco das Chagas de Taubaté que para bem de sua justiça lhe é necessário o translado do testamento e inventário que se fez nesta vila por morte e falecimento de seu sogro Henrique da Cunha Lobo.
O tabelião dê o traslado que o suplicante pede. São Francisco das Chagas 25 de outubro 672 annos - Cunha.
fls. 175 - Inventário que mandou fazer o juiz ordinário e dos órfãos pela lei Bartholomeu da Cunha por morte e falecimento de Henrique da Cunha Lobo.
Aos 26-12-1672 nesta vila de São Francisco das Chagas em o termo dela e sitio e fazenda de Bernardo Sanches de la Pimenta donde veiu o juiz ordinário e dos órfãos pela lei Bartholomeu da Cunha comigo escrivão dos órfãos a inventariar os bens que ficaram do defunto Henrique da Cunha Lobo o qual faleceu em casa do dito Bernardo Sanches de la Pimenta deixando encarregado seus bens a Francisco de Almeida filho do dito Bernardo Sanches de la Pimenta o qual deixou o dito defunto por seu testamenteiro ao qual Francisco de Almeida o dito juiz deu juramento (...) que bem e verdadeiramente desse a inventario todos os bens e fazenda que em seu poder estiverem do dito defunto (...).em que assinou com o dito juiz Sebastião Martins Pereira escrivão dos órfãos o escrevi // Bartholomeu da Cunha // Francisco de Almeida Gago.
Seguem-se avaliações.
fls. 177 - Testamento do dito defunto.
Em nome da Santíssima Trindade (...)
Saibam quantos este instrumento virem que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e seiscentos e setenta e dois annos aos vinte dias do mes de setembro eu Henrique da Cunha Lobo estando doente em cama (...) faço este testamento da forma seguinte:
(encomendações pias)
Rogo a meu primo Francisco de Almeida e a Francisco Borges Rodrigues e a meu primo Antonio da Cunha de Miranda e a Bartholomeu da Cunha queiram ser meus testamenteiros.
Meu corpo será sepultado na igreja matriz desta vila de São Francisco das Chagas de Taubaté (...)
(pedidos de missas).
Declaro que sou natural da vila do São Paulo filho de Henrique da Cunha Lobo e de sua mulher Agostinha Rodrigues de legitimo matrimonio // declaro que sou casado em face da igreja com Marianna Ribeiro e dentre ambos temos os filhos seguintes oito machos e quatro fêmeas dos quais são falecidos dois machos João e Estevão e são vivos Manuel Henrique Francisco Mathias Domingos Joseph Agostinha Rodrigues é casada com Manuel da Costa Maria e Izabel e outra que não sei o nome porquanto estando ausente nasceu os quais todos são meus legítimos herdeiros declaro que devo ao dito meu genro Manuel da Costa quatro peças do gentio da terra e um vestido de serafina a sua mulher minha filha com seu manto de tafetá e doze novilhas vaccum// declaro que tenho um filho adulterino feito em uma negra nova tabaiara por nome Romana (...) e deixo a dita negra forra e livre com o dito meu filho e poderá estar onde ela muito bem quizer.
(declara dividas, entre elas)
- devo um tostão ao genro de Simão da Costa por nome o Cavaco por alcunha.
(...) declaro que fui com armação de Pedro Fernandes Aragones no sertão na qual viagem me perdi donde tomei outra no sertão e no sertão me deram de partilha quatro peças donde me fugiram e me morreram pelo caminho ----- defunto Francisco dos Anjos donde me coube duas a mim e duas --- defunto trouxe oito peças do defunto meu ------ entregara a minha mulher Marianna Ribeiro.
Declaro que se digam oito missas pelo defunto meu filho João que em minha companhia morreu.
(...) e se esta cédula de testamento não valer como testamento valha como codicillo (...) e roguei a Sidiaco da Costa este fizesse e comigo assinasse em dito dia mez e anno atras escrito e declarado.// Henrique da Cunha // Sidiaco da Costa // declaro que devo mais dois tostões a um ourives por alcunha o Pé de Palheta // Cumpra-se como nele se contem São Francisco das Chagas de Taubaté 21-9-1672. Vigário Domingos Gonçalves Padilha.
Cumpra-se como nele se contem São Francisco das Chagas de Taubaté 26-9-1672 - Cunha.
Dividas que o defunto deve.
A negra com o menino que o defunto deixou forro conforme consta em seu testamento fez perguntas o dito juiz a dita negra a qual disse que queria estar em casa de Bernardo Sanches de la Pimenta ao qual o dito juiz lhe entregou com o dito menino bastardo filho do dito defunto encarregando-lhe o ensino e doutrina e criação do dito menino e bons costumes (...).
pagamento de dividas.
fls. 186 - traslado de petição.
Manuel de Linhares morador nesta vila de São Francisco das Chagas que a ele suplicante lhe é a dever o defunto Henrique da Cunha Lobo (...) indo para o sertão em companhia do capitão Antonio Gonçalves de Mendonça perante seu cunhado do dito defunto Sebastião Alves isto sem conhecimento e estando o dito nesta vila donde faleceu pedindo-lhe confessou ante testemunhas que apresentará em como o dito defunto confessou que lhe devia (...).
Despacho: apresente o suplicante as testemunhas (...) São Francisco das Chagas 24-9-1672 // Cunha.
Inquirição:
- Antonio Rodrigues del Canho morador nesta vila de idade que disse ser de 40 anos (...) é verdade que Gonçalo de Linhares filho de Manuel de Linhares (...).
- Sidiaco da Costa, morador nesta vila de idade que disse ser de cincoenta anos pouco mais ou menos (...)
Quitação: recebi de Francisco de Almeida oito patacas como procurador de Manuel de Linhares (...) hoje 3-10-1672// João Vieira da Maya.
(recibos, conhecimentos, quitações).
fls. 193: gente que se entregou ao procurador da viúva Manuel da Costa. (aa) Manuel da Costa do Canto.
O qual traslado de inventário eu escrivão dos órfãos Sebastião Martins Pereira trasladei bem e fielmente (...) aos vinte e cinco dias do mes de outubro de mil e seiscentos e setenta e dois anos nesta vila de São Francisco das Chagas. Sebastião Martins Pereira.
Avaliações, dividas que o casal deve, dividas que constam no testamento (entre as quais):
- a seu genro Manuel da Costa
ao defunto Manuel da Silva ou seus herdeiros
- ao sucessor de Manuel Rodrigues
- a Francisco da Costa ourives ou seus herdeiros.
Terras por escritura:
- 300 braças na paragem chamada Taiassupeva partindo com Manuel João e Manuel Paes de Linhares como consta pela escritura que passou Paulo Nunes.
fls. 199: termo de dinheiro dado a ganhos a Mathias Machado 20$000, fiador Capitão Francisco Correa de Lemos.
fls. 200 - Confessou Henrique da Cunha receber de Matheus Machado, por ordem de sua mãe tudo o que devia no termo acima de que lhe dá esta quitação.// Henrique da Cunha Lobo.