PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
S.L. 8º, 323, Cap. 6, Domingas Antunes, f.ª de Antonio Preto, foi casada com Gaspar Fernandes falecido em 1600 com testamento, irmão de Lucas Fernandes; faleceu Domingas Antunes em 1624 e teve: 1.1 a 1.7
Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)
Domingas Antunes, falecida em 1624 (SAESP vol. 6º, neste site)
Acrescente-se o filho
1-8 Gabriel Fernandes, já falecido em 1624.
Gaspar pediu Sesmaria em 1592, alegando que “havia trinta anos que estava na terra”. Chegou portanto por 1561, quando já teria seus 18/20 anos ao menos, o que o faz nascido por 1540, pouco antes ou depois. (Sesmarias, vol 1º, neste site)
GASPAR FERNANDES
Inventário e Testamento
Vol 1, fl 375
Data: 17-4-1600
Local: Termo da Vila de SP, fazenda do defunto em Embiassaba
Juiz: Bernardo de Quadros
Declarante: Domingas Antunes e seu genro Bartolomeu Rodrigues
Avaliadores: João Maciel e Simeão Alves
Testamento: 13.3.1600
TESTAMENTO
13-3-1600
.....Santíssima Trindade Pai Filho e Espírito Santo Amen.
.... cédula de testamento virem e nela com direito pertencer ... verdade que estando eu Gaspar Fernandes morador nesta ... enfermo em uma cama em todo o siso e entendimento que Nosso Senhor teve por bem me dar para com ele me reger e governar como é sua santa vontade e porquanto não sou sabedor do que o Senhor será servido fazer de mim pelo que como fiel cristão determinei fazer esta cedula de testamento o qual faço em lugar de codicillo para nele declarar minha ultima vontade e descarregar no melhor modo que puder minha consciência e porquanto ao presente nesta vila não há escrivão pedi e roguei ao meu compadre Miguel Pinheiro esta cédula fizesse a qual é a seguinte:
Primeiramente encomendo a minha alma (a Deus, À Virgem Maria, todos os santos)
Primeiramente mando sendo Nosso Senhor servido levar-me desta vida presente meu corpo seja enterrado dentro da Igreja de Nossa Senhora do Carmo a qual casa mando de esmola dez cruzados os quia lhe serão pagos de minha terça da qual deixo por herdeira minha mulher Domingas Antunes para que dela cumpra minhas mandas e faça bem por minha alma. Declaro que a dita minha mulher assim mesmo deixo por minha testamenteira.
(Encomenda missas)
A Gonçalo Madeira devo que se deve pagar do monte mor de minha fazenda dez cruzados em porcos vivos e há de se entregar uma vaca.
Hão de tornar ao dito Gonçalo Madeira uma sela que tinha me vendido.
Devo aos herdeiros de Salvador de Chaves três cruzados em ... era ou em criação.
Devo ao genro de Gonçalo Madeira cinco galinhas em milho.
Devo a meu genro Bartolomeu Rodrigues duas peças de escravos que lhe prometi em casamento de mais das que lhe tenho entregue deixando fora Pero que ele me tornou a enjeitar.
Mais declaro que o dito meu genro há de haver da milharada desta presente novidade e da mandioca e mais legumes (faltam linhas) que eu prometi ao dito meu genro.
.....vila de dois lanços de taipas ... outra de palha na roça as quais lhe não ...guma feitas nem pagas como mais largamente se verá em uma escritura prometidas a meu genro mando se lhe dêm mais cincoenta braças porque lhe tenho prometido de fora parte.
Deve-me Belchior da Veiga ...es patacas em dinheiro que lhe emprestei.
Deve-me José de Camargo cinco patacas e meia em dinheiro contado que lhe emprestei.
Deve Simeão Alves duas patacas e meia em dinheiro que lhe emprestei.
Mais devo a meu genro quinhentos reis.
Deve por um conhecimento Silvestre Francisco uma peça dos carijós o qual conhecimento levou Antonio Soares do Rio de Janeiro para dele arrecadar.
Mais deve o dito Silvestre Francisco dez cruzados que lhe dei de resgate.
Deve o ourives um cruzado.
Deve André Peres o alfaiate mil réis em dinheiro que lhe emprestei.
Levou-me Manoel Nunes do Espírito santo de encomenda trinta varas de lingüiça e dói cabaços de manteiga de porco de que lhe há de trazer retorno.
Devo a Francisco Martins digo ao rendeiro que foi Maldonado um porco cevado e mando que se lhe dem.
Devo mais dois porcos cevados a Diogo de Lara e mando que se lhe dem.
Declarou ele testador que lhe devia João Fernandes procurador quinhentos réis em dinheiro.
E com isso disse que ele era casado com Domingas Antunes filha de Antonio Preto a face da Igreja da qual tinha seis filhos machos e uma filha solteira e outra casada com Bartolomeu Rodrigues e disse com isto havia por feita e acabada esta cédula de testamento e pede às justiças (faltam linhas)
Manoel Pinheiro o escrevi que é feito nesta vila de São Paulo aos treze de março de mil e seiscentos anos.
Manoel Pinheiro – Gonçalo Madeira – Baltazar Rodrigues – João Maciel – Diogo+Pires – Antonio Preto – Bartolomeu+Rodrigues
FAZENDA QUE SE ACHOU
Roupas e alguns panos
Caixas
Espada e adaga
Castiçal de latão
Tachos
Ferramentas
Mesa e cadeiras
Vacas e “um touro que fugiu das vacas”
Leitões
Roças
PEÇAS: 8
Requerimentos: 18-4-1600
Lucas Fernandes, irmão do defunto diz que seu irmão lhe devia ferros e ferramentas, ao que a viúva declara não saber de nada que se devia ao cunhado.
Antonio Preto avô dos órfãos pede algumas coisas para sustenta-los.
MONTE MOR: 165$665
Antonio Preto e Baltazar Rodrigues, sogro e genro do defunto, pedem que a legitima dos órfãos fique com a viúva porque os órfãos eram muitos e precisavam de sustento.
(seguem as quitações dos credores, do enterro e das deixas)
16-3-1618
O Juiz Antonio Teles convoca Domingas Antunes para dar conta dos órfãos, por “ter informação ser Antonio Preto seu avô que Deus tem”...
10-1-1623
Pero Leme foi às roças de Domingas para cita-la e ela disse que seus filhos eram todos maiores, não precisando de curador algum.
Sebastião, Gaspar, Inocêncio e Custódio Fernandes dão quitação de suas legitimas a sua mãe.