PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
S.L. 7º, 165, 1-4; Capitão Francisco Velho de Moraes, fal. com testamento em 1679 em S. Paulo e foi C.c. Francisca da Costa Albernaz, fal. em 1665. Teve (C. O. de S. Paulo) 7 f.os:
2-1 Felippe de Moraes Madureira que estava casado.
2-2 Paulo Rodrigues Sobrinho † sem descendência.
2-3 João Sobrinho de Moraes casou com Maria Gonçalves Cabral.
2-4 Urbano de Moraes com 11 anos em 1679.
2-5 Anna de Moraes Madureira casou em 1679 com Mathias de Oliveira
2-6 Diogo de Moraes, falecido solteiro.
2-7 Francisco Velho de Moraes, falecido solteiro.
Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Moraes Junqueira)
Francisco Velho de Moraes, nasceu por volta de 1600, filho de Francisco Velho, natural do Reino, e Ana de Moraes natural de São Paulo. Faleceu em 1679, com testamento datado de 1677, quando estava para sair em viagem. Foi casado com Francisca da Costa Albernaz, falecida em 1670 (SAESP vol. 18º, neste site).
Tiveram filhos nascidos ao longo de 20/25 anos, com intervalos sugerindo que Francisco Velho de Moraes se ausentou da Villa de São Paulo por longos períodos.
Pelo menos duas vezes ele foi à Bahia apelar de sentenças de prisão que lhe passaram em São Paulo, conforme declarou em inventários já disponíveis neste site.
Nestas apelações teria usado os papéis de pureza de sangue e nobreza, buscados em Portugal por seu avô Baltazar de Moraes (nobres tinham direito a procedimentos especiais e privilégios jurídicos, e como Francisco Velho era mameluco, provavelmente usava os papéis usufruir dos benefícios próprios da nobreza).
Por estarem muito gastos, pediu o Capitão Francisco que fossem transcritos no Registro Geral da Camara. Os originais lhe foram entregues e se perderam, mas a transcrição foi preservada e graças a ela se conhece a origem dos Moraes de São Paulo.
Capitão Francisco e sua mulher Francisca da Costa Albernaz tiveram sete filhos que compareceram no inventário materno, sendo que ao menos dois deles deixaram grande geração no sul de Minas Gerais:
1- Felipe de Moraes Madureira nascido por 1647, já casado em 1679. Em 1683 detinha a herança de seu irmão Urbano, na qualidade de curador.
2- .Diogo de Moraes, nasceu por volta de 1648, e faleceu antes de 1679, Não compareceu no inventário do pai.
3- Francisco Velho de Moraes, o moço, nascido por 1649, já falecido em 1679,
4- Paulo Rodrigues Sobrinho, nascido por 1658, já era falecido em 20-3-1683, sem descendência.
5- João Sobrinho de Moraes, com 17 anos em 1679. Casou com Maria Gonçalves (Cabral), S.L. 8º, 96, 3-1. Geração deste casal encontrada nos documentos sul mineiros neste site, em “Famílias- Aportes à Genealogia Paulistana”.
6- Anna, batizada na Sé de SP em julho de 1665 (Sé de SP, Bat. fls 164) foi herdeira no testamento materno do remanescente da terça. Em 16-4-1679 Ana de Moraes Madureira estava casada com Mathias de Oliveira. Entre seus filhos:
6-1 Ana Pires de Oliveira que casou na Sé de São Paulo em 1720 com Antonio Vieira de Moraes, natural de São Paulo e morador no sul de Minas Gerais, onde o casal se estabeleceu às margens do Rio Grande. Ana faleceu em fins de 1740 deixando cinco filhos dos quais quatro tiveram geração, povoadores que foram da região. Familia Antonio Vieira de Moraes, neste site.
7- Urbano, nascido por 1668
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FRANCISCO VELHO DE MORAES, capitão
Inventário e Testamento
SAESP vol. 19, fls. 347 a 378
Inventário: 27-3-1679
Local: vila de São Paulo nas casas e moradas que foram do defunto.
Juiz dos Órfãos: Salvador Cardoso de Almeida.
Escrivão dos Órfãos: Antonio da Rocha do Canto
Avaliadores:Lopo Rodrigues e Mathias da Costa.
Declarante; Felippe de Moraes Madureira e Paulo Rodrigues Sobrinho, filhos do defunto. (aa) Phelippe de Moraes Madureira e Paulo Rodrigues Sobrinho.
TESTAMENTO
Em nome de Deus amén.
Eu Francisco ---------- tratando de fazer viagem não sabendo ---- pode ordenar de mim, e ser servido determinei fazer este meu testamento.
Encomenda a alma.
Meu corpo seja enterrado na igreja do bemaventurado São Francisco nesta vila na sepultura que nele tenho, onde esta enterrada minha mulher.
Pede missas, declara legados pios.
Declaro que fui casado com Francisca da Costa Albernás, que Deus haja, tivemos entre ambos alguns filhos a saber Felippe de Moraes, e Paulo Rodrigues, e João, e Urbano, e a menina Anna que são meus universais herdeiros.
Declara peças do gentio, contas e dividas.
Deixo por testamenteiros a meu compadre Gonçalo Lopes e a João de Lara de Moraes e a Gaspar João Barreto.
Deixo o remanescente da minha terça aos três meus filhos mais pequenos João, Urbano e Anna.
Roguei a João de Lara de Moraes este fizesse e assinasse comigo com as testemunhas abaixo assinadas, hoje primeiro de maio de mil e seiscentos e setenta e sete anos, Francisco Velho de Moraes - João de Lara de Moraes - Antonio Francisco - Francisco da Cunha Vaz - Antonio Cardoso - Francisco Ribeiro Baião - Joseph Nunes Ribeiro - Theodozio Mendes.
Cumpra-se 8 de março de 1679.- Siqueira
Recibos pios.
Título dos herdeiros>:
1- Felippe de Moraes, casado
2- Paulo Rodrigues, de maior idade
3- João Sobrinho, de 17 anos
4- Anna de Moraes, de 14 anos
5- Urbano de Moraes, de 11 anos, todos pouco mais ou menos.
Avaliações, dividas (entre elas)
- deve Jorge Peres, filho de Francisco Dias Peres 1$440 réis.
Lançamento de terras:
- terras de Moqa conforme carta de confirmação do sesmeiro que foi do capitão Antonio Raposo da Silveira
- terras de Tacoapinindiva conforme a antiga posse.
- 18 braças de chãos nos campos de são Francisco velho.
Procurador a lide dos órfãos: Manuel Bicudo.
Quinhão dos herdeiros.
27-3-1679 Felippe de Moraes e Paulo Rodrigues Sobrinho curadores e tutores de sua irmã órfã, e deram por fiador a Manuel Bicudo.
fls. 374: recebi meu quinhão das partilhas, hoje 16-4-1679 - Phelippe de Moraes Madureira.
- Estou entregue da legitima de meu pai e minha mãe. 16-4-1679 Paulo Rodrigues Sobrinho.
Termos de dinheiro dado a ganhos.
fls. 376: recebi de meus cunhados Felippe de Moraes e Paulo Rodrigues toda a legitima de minha mulher Anna de Moraes. 16-4-1670 - Mathias de Oliveira.
fls. 376 : fico entregue dos conhecimentos pertencentes a meus curados irmãos órfãos João e Urbano. 16-4-1679 - Paulo Rodrigues sobrinho.
fls. 377: aos 20-3-1683 nesta vila de São Paulo por João Sobrinho de Moraes foi dito que seu irmão Paulo Rodrigues Sobrinho ficara com sua legitima que ele requerente herdara de sua mãe e como o dito seu irmão morreu sem bens alguns se queria ficar com a parte que o dito defunto ------ em o resto se queria penhorar nas terras que compete ao defunto seu irmão porquanto só ele estava diminuto por outro seu irmão ter sua legitima na mão de outro curador Felippe de Moraes (...).