PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
S.L. 4º, 383, 1-1 Francisco de Proença, Foi 1.º casado com Izabel Ribeiro, natural de S. Paulo e ali falecida em 1627 com testamento, f.ª de Estevão Ribeiro, o moço, e de Maria Duarte, Tit. Bayão; segunda vez foi casado com Maria Bicudo, f.ª de Vicente Bicudo e 1.ª mulher Anna Luiz. Tit. Bicudos. Faleceu Francisco de Proença com testamento em 1638 e foi sepultado na igreja do colégio dos jesuítas em S. Paulo. Teve:
Errata vol. 9.: Maria Bicudo leia-se: Mécia Bicudo
Da 1.ª.:
2-1 João Ribeiro de Proença,
Da 2.ª.:
2-2 Anna de Proença, que foi casada em 1638 em S. Paulo com Salvador Pires de Medeiros, f.º do capitão do mesmo nome e de Ignez Monteiro. Sem geração.
SL. 4º, 383, Deixou Francisco de Proença 4 f.ºs mamelucos que foram:
2-3 Gines de Proença casado 1.º em 1631 em S. Paulo com Magdalena Dias, f.ª de Balthazar Nunes e de Izabel Dias; 2.ª vez com Catharina Moreira; com geração dos 2 casamentos
2-4 Maria.
2-5 Anna de Almeida, que casou-se e teve geração.
2-6 Izabel.
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
Alem dos 2 filhos legítimos, teve Francisco de Proença:
3. Genes de Proença, casado com Magdalena Dias f.ª de Balthazar Nunes (SAESP vol. 6º, neste site), e em segundas com Izabel Dias, citado por SL como tendo geração dos dois casamentos.
Teve também dois meninos criados por seu pai, os quais poderia levar se pagasse a criação.
4. Maria, irmã inteira de Ana abaixo, ambas filhas de moça solteira
5. Anna de Almeida, citada por SL, ou Ana de Proença casada com Pero Nunes, a quem o pai casou e dotou, e a quem deixou algum gado de legado, recebido por seu marido..
6. Izabel.
7. Luzia, (mameluca e bastarda), reconhecida por seu meio irmão João Ribeiro
8. Bastião, citado no testamento paterno.
Os dois últimos não constam da GP
FRANCISCO DE PROENÇA
Inventário e Testamento
Vol 11, fls 421
Data: 27-6-1638
Juiz: Francisco Rendon de Quebedo
Avaliadores: Manoel da Cunha e Manoel Álvares de Souza
Local: Ipiranga termo da Vila de São Paulo
Declarante: João Ribeiro, filho do falecido
TITULO DOS FILHOS
1. João, 29 anos, filho legítimo da primeira mulher Izabel Ribeiro.
2. Ana de Proença casada com Salvador Pires de Medeiros, filha da segunda mulher Messia Bicudo
3. Genes de Proença, filho natural, casado
4. Maria filha natural 1 anos
5. Izabel, filha natural, 2 anos
Todos pouco mais ou menos
TESTAMENTO
Jesus Maria
Em nome da Santíssima Trindade ....
Saibam quantos este instrumento de testamento virem que no ano de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil seiscentos e trinta e oito aos dez duas do mês de junho desta dita era estando eu Francisco de Proença em meu perfeito juízo ... faço ora assim este meu testamento da forma seguinte:
Primeiramente (encomenda a alma)
Declaro que meu corpo será enterrado no Colégio desta vila na sepultura aonde está enterrado meu pai e minha mãe ........
Declaro que deixo por meu testamenteiro a Salvador Pires, meu genro ....
(encomenda missas)
Declaro que deixo por curador e tutor de meus filhos a meu cunhado Pedro Taques ....
(deixa esmolas pias e mais encomendas de missas)
Declaro que se darão a meu sobrinho Antonio Castanho seis (faltam letras) para ajuda de um vestido que lhe dou de esmola.
Declaro que deixo a meu filho Bastião cinco vacas parideiras e sua filha.
Declaro que deixo a minha filha Ana casada com Pedro Nunes lã para um colchão que serão duas arrobas.
Declaro que se darão a meu genro Pedro Nunes doze .... quaes lhe prometi por dote de casamento.
Declaro que fui casado com Izabel Ribeiro primeira mulher de quem tenho um filho por nome João Ribeiro o qual é meu herdeiro.
Declaro que fui casado com Messia Bicudo de quem tenho uma filha por nome Ana de Proença a qual casou com Salvador Pires.
Declaro que tenho um filho por nome Genes de Proença o qual é meu herdeiro porque o houve solteiro.
Declaro que tenho uma menina de sete anos por nome Maria e outra irmã pequena, ambas são minhas herdeiras.
Declaro que tenho uma menina de dois anos de nome Izabel.
Declaro que as mães destas três meninas são solteiras.
(Declara bens)
Declaro que minha sobrinha Izabel de Proença me deve sete patacas e tenho de penhor duas tamboladeiras de prata pagando se lhe darão.
Declaro que meu sobrinho Pedro Taques me deve sete patacas e meia e se cobrarão dele.
......
Declaro que Manoel Pires me deve de aluguel ....
Declaro que um menino filho de Martha se dará a Madalena Fernandes de Graça.
Declaro que meu cunhado Antonio Bicudo tem um filho por nome Antonio e querendo tirar dará outro pela criação.
Declaro que dois meninos filhos de Genes de Proença meu filho os poderá tirar dando alguma coisa pela criação.
.................
Declaro que deixo a meu filho Bastião um vestido de pano e ferragoulo.
Declaro que tenho em minha casa uma moça por nome Luzia filha de branco e m’a davam por filha e em caso que o fôra não é minha herdeira por ser adulterina a qual moça estará em companhia de meu genro e procurarão de a casar e lhe darão quinze mil réis casando ela e meia duzia de vacas para seu casamento.
E por aqui disse ele testador que tinha feito o dito testamento.....
TESTEMUNHAS:
Pedro Taques
Salvador Pires, o Ruibo
Inácio de Almeida
Salvador Pires de Medeiros
Luiz Feio
Pedro Dutra Machado
CUMPRA-SE: Junho de 1638
Segue avaliação da fazenda
Curador dos órfãos: Pedro Taques
30-6-1638 - Como Genes estava ausente e não se podia fazer partilhas foram ouvidas testemunhas que disseram que estava no sertão no Reino de Camã.
TESTEMUNHAS
1. Pedro de Moraes Dantas 70 anos pouco mais ou menos, disse ser parente de João Ribeiro e de Salvador Pires.
2. Gonçalo Mendes Peres, 34 anos pouco mais ou menos.
3. Pedro Dutra Machado, estante nesta vila, 40 anos pouco mais ou menos
4. João Moreira, 34 anos pouco mais ou menos.
5. Pedralves Moreira, 40 anos pouco mais ou menos
Citados para as partilhas
1. Genes de Proença por edital e citaram sua mulher Madalena Dias
2. Salvador Pires o moço e sua mulher Ana de Proença
3. Pero Taques, curador dos órfãos
4. João Ribeiro
MONTE MOR: 647$120
Custódio Nunes Pinto foi citado para representar Madalena Dias, por não haver advogados na terra.
Seguem mais avaliações e partilhas complicadas porque os dois legítimos tinham a receber o que ficara de suas mães antes de repartir com os filhos naturais.
3-8-1638
Apareceu Francisco Velho de Moraes dizendo que ele tinha uma grande roça no Ipiranga e que quando ele foi para a Bahia cinco vizinhos destruiram a plantação , entre eles a gente de Francisco de Proença que prometeu pagar.
Termo de Curador da órfã Luzia, mameluca: Salvador Pires de Medeiros (João Ribeiro a reconhece por sua irmã e queria casá-la dentro de quatro meses (em 27-11-1738).
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Entre os recibos e quitações:
4-8-1639- João Ribeiro declara ter recebido de Salvador Pires, testamenteiro, um vestido roupeta e calção que seu pai Francisco de Proença deixara para um filho bastardo chamado Bastião e um colchão de lã que o mesmo deixara para outra irmã bastarda, Ana de Proença, e entregou as peças a seus irmãos bastardos pelo que passava quitação.
14-2-1640 – diz-se que faltava dar:
- doze vacas de resto de dote a Pedro Nunes, genro do testador
- cinco vacas a Bastião de Proença, filho do mesmo testador.
- Duas arrobas de lã à filha Anna casada com Pedro Nunes
- Um menino a Madalena Fernandes
- O dote de Luzia, em ela casando
Pedro Nunes recebe dinheiro pelas vacas e dá quitação.