PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
S.L. 8º, 378, Cap. 3º; Onofre Jorge Velho, foi casado com Luzia da Paz, filha de (...) da Paz e de Domingas Rodrigues, falecida em 1630 estando casada 2.a vez com Bartolomeu Gonçalves.
Subsídios Genealógicos:
inventários (SAESP) neste site:
- Bartholomeu Gonçalves - 1626 ( vol. 7º)
- Catharina de Pontes - 1621 (vol. 5º)
- Pedro Nunes - 1623 (vol. 6º)
- Izabel Fernandes - 1607 (vol. 5º)
- Maria Jorge - 1611 (vol. 3º)
- Juzarte Lopes - 1635 (vol. 9º)
DOMINGAS RODRIGUES
Inventário e Testamento
SAESP, vol 8, fls. 191 a 212
Testamento Data:. 19-2-1630
Inventário Data: 25-2-1630
Local:.vila de São Paulo da banda de além do ribeiro onde morava a defunta.
Juiz Ordinário e dos Órfãos: João Maciel
Tabelião: Ambrosio Pereira
Declarante: os herdeiros da dita defunta: Inofre Jorge e Salvador de Lima e Juzarte Lopes que assinam: Inofre Jorge - Juzarte Lopes - Salvador de Lima.
Avaliadores: Manuel da Cunha e André Lopes
fls. 194 - TESTAMENTO (resumo)
Aos 19-2-1630 nesta vila de São Paulo da banda de alem ribeiro onde mora Domingas Rodrigues dona viuva onde eu publico tabelião fui chamado estando ela a[i em uma cama doente foi dito a mim publico tabelião em presença das testemunhas ao diante nomeadas que ela estava em seu siso e juizo perfeito e entendimento e doente e que ela queria fazer seu testamento.
(encomendações pias)
(*..) fosse seu corpo enterrado no Mosteiro de Santo Ignacio da Companhia de Jesus na sepultura de seu marido que está na dita casa enterrado.
(deixa esmolas pias).
Declarou que era curadora de seus netos filhos que ficaram de Pero Nunes e que lhes não devia nada.
Declarou que dera ela testadora uma moça a seu neto Salvador de Lima e que o dito seu neto lhe dera em lugar dela outra moça e um rapaz de nome Custódio para a servir em sua vida o qual se lhe entregará levando-a Deus desta.
Declarou que dera a Antonio Nogueira 6$000 réis por um moço da terra por nome Diogo para a servir e que querendo o dito Antonio Nogueira por sua morte tornará os 6$000 réis a seu testamenteiro declarou que no Espirito Santo lhe era a dever Angela Nogueira filha que foi de seu marido Bartholomeu Gonçalves o que se achar por papéis que o dito seu marido vendera a seu genro Manuel Antunes e declarou que Genebra e Luzia moças do gentio da terra deixa a sua filha Luiza da Paz por serem forras para servirem a dita sua filha e declarou deixava Ascenso a seu neto Pedro filho que ficou de Pero Nunes e declarou que deixava Antonio a sua neta Maria de Ponte mulher de Juzarte Lopes e declarou que deixava um rapaz por nome Jeronymo a sua neta filha que foi de Antonio da Paz e declarou que deixava (legados pios).
-(outros legados):
- uma vasquinha usada e uma camisa a uma órfã filha que foi de Francisco de Brito.
- uma vasquinha de raxeta azul e o manto e saio de baeta a sua filha Luiza da Paz, e que tudo o mais se achar ela ter assim móveis como de raiz e este quintal em que mora se parta irmanamente entre tres herdeiros que tem.
Deixava por seu testamenteiro e curador de sua alma o genro Inofre Jorge.
Declarou que o dito testamenteiro tinha em seu poder alguns papéis de contas que deram a seus digo que deviam a seus netos e ele os cobre e lhe dará satisfação.
Declarou que Pero Madeira lhe devia um cruzado .
(...) sua ultima e derradeira contade, sendo presentes por testemunhas Antonio Pacheco e João Clemente e Amador Nogueira.
E por não saber escrever a testadora rogou a mim tabelião por ela assinasse. Eu Ambrosio Pereira tabelião o escrevi assino por a testadora Domingos Rodrigues Ambrosio Pereira Antonio Pacheco João Clemente Amador Nogueira.
Cumpra-se como nele se contem, São Paulo 25-2-1630 - Maciel.
seguem-se avaliações.
dividas que devem a defunta:
- deve Pero Madeira $400 réis;
- deve Antonio Nogueira 6$000 réis
Coube a cada herdeiro 20$893 réis.
fls. 201: termo de procurador e curador dado aos filhos de Antonio de Paz herdeiros nesta fazenda a Inofre Jorge até o virem buscar.
fls. 202: termo do que requereu Calixto da Motta ante o Juiz João Maciel.
(...) Calixto da Motta morador nesta vila e por ele foi dito e requerido ao dito juiz que Lourenço Peres seu primo dele Calixto da Mota era casado com uma filha de Antonio da Paz net da defunta Domingas Rodrigues herdeira em seus bens pelo que requeria o fizesse seu procurador e curador neste por ser parente entregando-lhe sua parte que herdar.
fls. 203 - Termo das partilhas - quinhões:
- de Inofre Jorge;
- de Antonio da Paz e foi entregue a Inofre Jorge para dar conta.
- de Manuel da Paz]- de Pero Nunes em mão de Inofre Jorge.
- de Salvador de Lima e logo se deu entregue de tudo.
- de Juzarte Lopes e se houve entregue.
- de Lourenço Peres foi inteirado e o procurado Calixto da Motta se houve por entregue.
fls. 207 partilhas de gente forra.
- coube a Salvador de Lima e a seu cunhado Juzarte Lopes.
- coube a moça Genebra a Inofre Jorge;
- e ficou para Antonio da Paz e Manuel da Paz a moça Luzia.
- coube a Lourenço Peres um rapaz por nome Jeronymo declarado no testamento e foi entregue a Calixto da Motta procurador do mesmo.
- fica um rapaz por nome Ascenso a Juzarte Lopes.
fls. 210 - Digo eu Lourenço Peres de Tavora morador na Ilha Grande que eu recebi de meu tio Calixto da Motta um rapaz do gentio da terra de nome Jeronymo e uma caixa e tres vacas e tres guardanapos e dois pratos de louça os quais herdei por via de minha mulher Domingas Rodrigues que herdou de sua avó Domingas Rodrigues mulher que foi de Balthazar Gonçalves que Deus tem (...) lhe dei esta quitação como estou satisfeito ele desobrigado das ditas cousas que em seu poder tinha pedi a Gaspar Gomes esta por mim fizesse e assinasse como testemunha, hoje 6-7-1630 anos - Gaspar Gomes - Lourenço Peres de Tavora
fls. 211 Estou pago e satisfeito de minha avó Domingas Rodrigues de 10$000 réis que ficou a dever do inventário de meu pai Salvador de Lima e por assim ser verdade fiz esta quitação para seu resguardo hoje 6-5-1627 anos. - Salvador de Lima.