PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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S.L. 3º, 90, Cap. 8º. Suzana de Góes

S.L. 3º, 89, Cap. 7º;  ... de GÓES, casada com DIOGO DIAS DE MOURA falecido em 1627, sendo ela já falecida em 1633 ano do inventario do seu pai.

1-1 Antonio Dias de Moura

1-2 Simão 

1-3 Diogo

1-4 Antonio

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)

 

O Cap. 7º e 8º citados por Silva Leme são a mesma filha.

Suzana de Góes, inventariada em janeiro de 1630 com testamento de 14-5-1629, casada com Diogo Dias de Moura, pais de:

- Antonio, nascido por 1618

- Simão, nascido por 1619

- Diego, nascido por 1623

- Antonio, nascido por 1625

 

DIOGO* DIAS DE MOURA (anexo o de Suzanna de Góes)

Inventário e Testamento

 

* (nota de rodapé- fls. 241) na capa dos autos está escrito Domingos Dias de Moura. Como as capas dos autos, embora muito antigas, não foram colocadas na época em que foram feitos os inventários o engano tem fácil explicação

 

SAESP Vol. 7, fls. 239 a 272

Testamento: 1627

Inventário Data: 26-3-1627.

Local: Vila de São Paulo, nas pousadas de Antonio Raposo o velho.

Juiz de Órfãos: João de Brito Cassão

Tabelião e escrivão dos Órfãos;. Ambrosio Pereira

Avaliadores: Manoel da Cunha  e Pero Madeira

Declarante: Suzanna de Góes, dona viúva mulher do dito defunto e a Antonio Raposo o velho.

 

fls. 242 - Título dos filhos:

- Antonio, o mais velho de idade de oito anos pouco mais ou menos

- Simão, de idade de sete anos pouco mais ou menos

- Diego, de idade de tres anos pouco mais ou menos

- Antonio, de ano e meio pouco mais ou menos.

 

fls. 243 - Testamento (resumo)

 

---- (varias linhas em branco).

(...) e que por este testamento hei por bem de hoje em diante e em todo o tempo que qualquer outro testamento cedulas codicilos apontamentos que se acharem feitos por quebrados nulos e de nenhuma força nem vigor posto que digam que em nenhum tempo sejam quebrados porque esta é minha ultima e derradeira vontade sem embargos que se possam alegar (...).

(encomendações pias).

(...) mando que meu corpo seja enterrado em Nossa Senhora do Carmo com o hábito de sua santa casa.

Sou casado com Suzana de Góes em face da igreja da qual tenho quatro filhos vivos a saber o mais velho por nome Antonio e o segundo Simão e o terceiro Diego e o quarto Antonio os quais meus filhos legítimos herdam  meus bens na parte que lhes tocar e minha terça deixo a minha mulher Suzanna de Góes para que me faça bem pela alma.

(pedido de missas).

(dividas que tem).

Deixo por meus testamenteiros a minha mulher Suzanna de Góes e a meu sogro Antonio Raposo para que façam por minha alma e minha cousas como eu fizera pelas suas.

Esta é minha ultima e derradeira vontade (...)  lhe dem cumprimento como nele se contem testemunhas que presentes estavam Antonio Raposo ---- Barbosa Gabriel Pinheiro  Manuel Correa --- Peixoto ---- Saavedra --- (várias linhas em branco)..

São Paulo 18 dias do ----- seiscentos e vinte e sete anos. Diogo Dias de Moura - Diogo Rodrigues de Salamanca - Diogo Barbosa Rego - Gabriel Pinheiro Costa - Geraldo de Medina -1627 anos - Raposo - Francisco de Paiva.

 

Aprovação: 19-2-1627 vila de São Paulo.  Cumpra-se. Brito.

 

Cumpra-se como nele se contem, hoje 19 de fevereiro de 1627 anos - Pimentel

 

fls. 247 a 258  avaliações, dividas que devem ao defunto , o defunto deve.

 

fls. 259 - quinhão da viúva

 

fls. 260: curador Antonio Raposo e avô dos ditos órfãos.

- procurador da viúva:  seu pai Antonio Raposo.

 

Recibos, quitações, arrematações.

 

fls. 267 e seguintes:  quinhão que coube:

- ao  órfão Antonio Dias 34$376 réis.

- ao órfão Simão Dias  34$376 réis

- ao órfão Diogo Dias 34$376 réis.

- ao órfão Antonio 34$376 réis

 

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SUZANNA de GÓES (anexo ao de Diogo Dias De Moura

Inventário e Testamento

 

SAESP Vol. 7, fls. 273 a 327

Testamento: 14-5-1629

Inventário Data: 29-1-1630,

Local: Vila de São Paulo, nas pousadas de Antonio Raposo o velho

Juiz de Órfãos: João de Brito Cassão

Tabelião e escrivão dos Órfãos:. Ambrosio Pereira

Avaliadores: Manoel da Cunha  e Pero Madeira

Declarante: Antonio Raposo pai da defunta, mulher que foi de Diogo Dias de Moura.

 

fls. 273: Título dos filhos:

- Antonio, de idade de sete anos;

- Simão, de idade de seis anos;

- Diogo, de idade de quatro anos e

- Antonio, de tres anos.

 

fls. 274 - Testamento (resumo).

 

(...) Aos 14-5-1629 em pousadas de Antonio Raposo o velho, estando ali doente em uma cama em seu juízo perfeito por ela dita Suzana de Góes foi dito (...).

Disse que fora casada com Diogo Dias de Moura que Deus haja e que dele houvera quatro filhos machos todos a saber Antonio e Simão e Diogo e Antonio os quais eram seus filhos naturaes e herdeiros em sua fazenda (...).

(...) deixava seu pai Antonio Raposo o velho por seu testamenteiro e curador de seus filhos netos seus (...).

(...) testemunhas que foram presentes João Pires o velho e Gaspar Gomes e Francisco da Cunha e Romão Freire e Pero De Lara (...)

(...) a dita testadora rogou a mim tabelião que por ela assinasse e a seu rogo assinei  e eu Ambrosio Pereira tabelião que o escrevi assino pela testadora Suzanna de Góes Ambrosio Pereira João Pires Gaspar Gomes Romão Freire Francisco da Cunha Pero de Lara (...)  o qual translado de testamento eu tabelião o transladei do meu livro de notas na verdade com a entrelinha que diz Suzanna de Góes e me assinei em publico e raso em os 19 de janeiro de 1630. - Ambrosio Pereira.

 

Seguem avaliações, arrematações, recibos, quitações.

 

fls. 284 Digo eu  padre frei Manuel dos Anjos prior deste convento de Nossa Senhora do Carmo de São Paulo, que é verdade que neste dito convento se disseram cem missas a saber 50 pela alma de Izabel de Góes mulher que foi do senhor Antonio Raposo, e outras cincoenta por Suzana de Góes, e Diogo Dias de moura seu marido ambos já defuntos; as quais sem missas mandou dizer e pagou o dito senhor Antonio Raposo (...) e declaro que já destas missas entendo ter passado a outra quitação, e por não aparecer, e me ser pedida a demos. Hoje 5 de outubro de 1631 anos.- Frei Manuel dos Anjos - Frei Domingos da Encarnação.

 

fls. 285- termo de curador feito aos órfãos filhos de Diogo Dias de Moura -

Aos 18-5-1633 nesta vila de São Paulo, a Estevão Raposo morador nesta vila de São Paulo para que ele fosse curador de seus sobrinhos filhos de Diogo Dias de Moura porquanto o curador Antonio Raposo o velho era morto para que ele olhasse pelos ditos órfãos. (...).

- Fiadores que deu Estevão Raposo a curadoria: Manuel Francisco Pinto e Clemente Alves. (aa) Manuel Francisco Pinto - Estevão Raposo - Clemente Alveres.

 

fls. 291: Aos 9-9-1633 nesta vila de São Paulo em pousadas do doutor Miguel Cisne de Faria provedor-mor das fazendas dos defuntos e ausentes capelas resíduos  e órfãos em todo o estado do Brasil apareceram João de Brito Cassão e Estevão Raposo e João Raposo Bocarro e Pero de Góes e Antonio de Andrade moradores nesta vila de São Paulo e por eles foi dito que ele dito provedor mor tinha mandado passar mandado de 75$666 réis contra ele João de Brito Cassão por razão de não tomar fiança a Antonio Raposo o velho tutor que foi dos órfãos filhos de Diogo Dias de Moura o qual por  lhe não ficarem bens não tece com que pagar a dita quantia aos órfãos e porquanto o dito João de Brito Cassão não tomara nem gastara o  dito dinheiro aos ditos órfãos e por descuido deixara de tomar a dita fiança queriam  e eram contentes de pagar cada um deles aos ditos orfãos 15$120 réis que por serem cinco os obrigados faz a dita quantia de 75$666 réis  (...) e o assinam com o dito provedor-mor sendo testemunhas presentes Sebastião Fernandes Camacho e Geraldo Correa e declaro que não assinaram Pero de Góes nem Antonio de Andrade por não estarem presentes e eu Manuel Godinho de Mattos escrivão da Provedoria-mor que  o escrevi. Miguel Cisne - João Raposo Bocarro - João de Brito Cassão - Estevão Raposo - Geraldo Correa - Sebastião Fernandes Camacho.

E logo no dito dia mes e ano atras escrito apareceu Antonio de Andrade conteudo na obrigação acima e disse que na conformidade  dos acima assinados se obriga --- 15$120 réis (...) assinou com o dito provedor-mor sendo presentes por testemunhas João Tenório e Luiz Freire todos moradores nesta vila e eu Manuel Godinho de Mattos escrivão da provedoria-mor que o escrevi. Miguel Cisne - Antonio de Andrade de Araújo - Luiz Freire - João Tenório.

 

fls. 293 - fiança que da Estevão Raposo tutor dos filhos de Diogo Dias de Moura de 80$400 réis - aos 25-10-1633 fiador Manuel Francisco morador nesta e sogro do dito tutor. Testemunhas: Manuel da Cunha, Geraldo da Silva.

 

fls. 298: Termo de curador dos órfãos

Aos 25-10-1638 no termo desta vila no sitio de Mathias de Oliveira, o juiz dos órfãos Dom Francisco Rendo9n deu juramento a Manuel de Góes para que seja curador neste inventário dos órfãos visto não estar na terra seu irmão Estevão Raposo ha tres anos., (aa) Manuel de Góes Raposo.

 

fls. 299 - aos 22-01-1639  apareceram o curador Manuel de Góes Raposo e Clemente Alveres fiador de Estevão Raposo e sendo ai logo pelo dito  Clemente Alves foi dito que ele fora notificado depois que Estevão Raposo se foi para o sertão viesse como fiador do dito Estevão Raposo a dar contas do que carregava sobre o dito Estevão Raposo e que ele vinha para que se tomassem as ditas contas (...).

(...) por o fiador Clemente Alveres foi dito que lhe requeria  da parte de Sua Magestade lhe desse tempo para saber dos bens e fazenda de Estevão Raposo para  requerer se vendesse e outrosim para saber da fazenda do fiador que foi Manuel Francisco Pinto (...).

 

 

fls. 303- aos 4-11-1639  (...) deu a ganho a Fructuoso da Costa a quantia de 21$920 réis que são os que devia a viúva Feliciana Parenta do resto do tapanhuno moleque que lhe foi arrematado a seu marido o defunto Manuel Alves Pimentel  e os deu a ganho ao dito Fructuoso da Costa (...)  e deu por seu fiador a Francisco Cubas. (...) testemunhas: Antonio de Madureira Moraes e Domingos Teixeira.(...) (aa) Francisco  Cubas, Fructuoso da Costa - Domingos Teixeira Cide - Antonio de Madureira Moraes - Bueno - Manuel de Góes Raposo.

 

fls. 307 -

Aos 14-12-1627 nesta vila da Victoria capitania do Espirito Santo partes do Brasil de que é capitão mor Manuel de Escobar Cabral por Sua Magestade etc. por Simão Luiz estante nesta vila me foi apresentada uma petição com despacho ao pé dela do juiz ordinário Sebastião Cardoso para por ela se perguntarem testemunhas e de seus ditos testemunhos se lhe passassem instrumentos a qual logo tomei e autuei que é a que ao diante segue Antonio Fernandes Roxo tabelião o escrevi.

Petição:- Simão Luiz que a ele lhe é necessário para bem de sua justiça mandar vossa mercê perguntar as testemunhas que apresentar pelos artigos abaixo  (...) provará que por o dito Diogo Dias de Moura ser seu amigo e homem de confiança ele suplicante lhe não quiz aceitar escrito que ele lhe dava pela confiança que dele fazia (...)

Inquirição das testemunhas tiradas pela petição atras:

Aos 14-12-1627 eu tabelião Antonio Fernandes Roxo com o inquiridor Amador de Souza começamos a tirar e perguntar testemunhas.

- Diogo Dias Sanches, que disse ser de 60 anos pouco mais ou menos (...) disse ser compadre do suplicante e primo do dito Diogo Dias de Moura (...).

-Luiz de Mello estante e residente nesta dita vila de idade que disse ser de 50 anos pouco mais ou menos (...).

Aos 20-12-1627

- Francisco Rodrigues Moreno, morador nesta vila de idade que disse ter de 50 anos pouco mais ou menos (...)  disse que era verdade que vindo a esta capitania de Angola um Diogo Dias de Moura e indo para São Paulo donde era morador (...).

- Francisco Rodrigues estante e residente nesta vila de idade que disse ser de 50 anos  (...) que era verdade que desta capitania foi um Diogo Dias de Moura morador em São Paulo que de Angola veiu aqui (...) (aa) Francisco Rodrigues Costa.

 

fls. 314 - Nós os abaixo assinados  certificamos (...) que a letra deste instrumento e sinais públicos e raso é de Antonio Fernandes Roxo e outrossim o concerto junto e sinal é de Estevão Fernandes ambos tabeliães do publico judicial e notas nesta capitania do Espirito Santo (...) hoje 14-3-1628 anos. - Henrique Lopes de Duenhas - Jeronymo Feijó - Antonio Velho Barreto - Amador de Sousa.

 

fls. 314 Digo eu, Jorge Rodrigues Deniza como procurador de Simão Luiz (...) hoje 5 de outubro de 631 anos.

 

fls. 314/317 Procuração

Outorgante: Simão Alves

Data: 14-3-1628

Local: vila da Victoria.

Procuradores na vila de São Paulo: Jorge Rodrigues Deniza e Francisco Rodrigues da Guerra, moradores na dita vila de São Paulo.

 

fls. 319 - Termo de partilhas aos 30-3-1643 nesta vila de São Paulo, entre os órfãos filhos que ficaram da defunta Suzanna de Góes.

 

fls. 320 e seguintes - Requerimento.

Que faz Francisco Velho de Moraes, aos 29 de agosto de 1643 anos nesta vila de São Paulo, como procurador da viúva Anna de Freitas mulher que ficou de Clemente Alvares (...) por sua constituinte dizer o defunto Clemente Alvares fizera uma fiança neste inventário de Diogo Dias de Moura e de sua mulher,  (...)  e foi a dita fiança  in solitum que não outorgou sua mulher Anna de Freitas  como do dito inventário e termo de fiança consta e assim não é obrigada a dita sua constituinte a pagar cousa nenhuma, como diz e manda a Ordenação de Sua Magestade do quarto livro, titulo sessenta do homem casado que faz fiança sem a outorga de sua mulher, como foi a de que se trata (...).

 

fls. 326 -  Requerimento -

Aos 20-8-1644 nesta vila de São Paulo, em pousadas do juiz dos órfãos dom Simão de Toledo, apareceu Antonio Dias de Moura, e por ele foi dito e requerido ao dito juiz conforme um despacho que ele dito juiz tinha posto nos inventários de seu pai Diogo Dias de Moura e de sua mãe Suzanna de Góes sobre litigio que corriam ele e seus irmãos contra a fazenda de Clemente Alvres fiador que fora  dos ditos inventários mandasse dar vista aos herdeiros do dito Clemente Alvres conforme por seu despacho consta (...).