PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
S.L. 2º, 441, Cap. 4º. Braz Esteves Leme não foi casado, porém, teve de diversas mulheres do gentio da terra 14 filhos mamelucos, que foram deserdados por sentença em favor dos irmãos de Braz Esteves Leme, Pedro Leme e Lucrecia Leme.
Faleceu Brás Esteves Leme em 1636 e do seu inventário tiramos os seguintes f.os naturais (C. O. de S. Paulo):
1-1 Filippa Leme, 1.ª mulher de Domingos do Prado f.° de Martim do Prado.
1-2 Martha Esteves, casada com Antonio Barbosa.
1-3 Maria Esteves, casada com Sebastião de Proença.
1-4 Luzia Esteves
1-5 João
1-6 Salvador
1-7 Fernando
1-8 Antonio
1-9 Isabel
1-10 Margarida
1-11 Balthazar
1-12 Manoel
1-13 Jeronimo
1-14 Capitão Braz Esteves Leme casado com Antonia Dias. Faleceu em 1678 em Sorocaba (C. O. de Sorocaba).
Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)
Braz Esteves teve 13 filhos reconhecidos por sentença como sendo seus, todos naturais, sendo que as três filhas mais velhas foram assim apregoadas por ele mesmo na Matriz de São Paulo por ocasião de seus casamentos:
1. Felipa Leme, casada por 1615/16 com Domingos do Prado, falecida em 1636 , inventário neste volume.
2. Marta Esteves, casada com Antonio Barbosa irmão do Capitão Domingos Barbosa Calheiros. Faleceram ambos em 1646 (SAESP vol. 34º, neste site). Marta Esteves, como está no inventário paterno, é Maria Luiz em seu proprio inventário e no de seu marido.
3 Maria Esteves, casada com Sebastião de Proença.
4. Bras Esteves casado com Antonia Dias (há engano na transcrição que consta no rol dos filhos abaixo)
5. Luzia Esteves, nascida por 1621
6. João, 1625
7. Salvador, 1627
8. Fernando, 1628
9. Antonio, 1628
10. Izabel, 1629
11. Margarida, 1630
12 Baltazar, 1631
13. Manoel, 1633
14: Jorge e não Jeronimo como citado na GP, falecido em 1636 deixou os filhos: Jeronimo e Manoel
BRAZ ESTEVES
Inventário
Vol 10, fls 327
Data: 21-10-1636
Local: Termo da Vila de São Paulo
Juiz dos órfãos: Francisco Rendon
Juiz ordinário: Manoel Pires e Álvaro Neto
Avaliadores: Manoel da Cunha e Francisco Gaia
Declarante: Luzia Esteves, filha natural de Braz Esteves
...”para se fazer inventario da fazenda que se achasse de Braz Esteves por desaparecer e se dizer ser morto... foi dado juramento a Luzia Esteves filha natural de Braz Esteves que no seu sitio achou por ser dos filhos e filhas a mais velha...... e por não saber falar bem a língua portuguesa o Juiz dos órfãos deu juramento a Álvaro Neto o moço por ser homem prático na língua da terra que ele declarasse tudo que a dita Luzia Esteves declarasse...”
Deu-se juramento tambem a:
Domingos do Prado, genro do defunto, casado com filha natural
Marta Esteves, mulher de Antonio Barbosa, filha do defunto
Pero Leme, o velho, irmão do defunto, não estava presente, foi notificado para que aparecesse no sítio.
Assinaturas: Álvaro Neto por si e por Luiza Esteves, Pedro Nunes por Marta Esteves, Domingos do Prado, Dom Francisco Rendon
Titulo dos filhos naturais de Braz Esteves por não ser casado nunca
1.Felipa Leme, c.c. Domingos do Prado
2. Marta Esteves, c.c. Antonio Barbosa
3. Maria Esteves c.c......
4. ...... Esteves c.c. Antonio (sic) Dias
5. Luzia Esteves, 15 anos
6. João, 11 anos
7. Salvador, 9 anos
8. Fernando, 8 anos
9. Antonio, 8 anos
10. Izabel, 7 anos
11. Margarida, 6 anos
12 Baltazar, 5 anos
13. Manoel, 3 anos
Jeronimo e Manoel, filhos naturais de Jorge Esteves, filho de Braz Esteves
Avaliação da fazenda que se achou no sítio
Geraldo da Silva, notificado para ser procurador dos órfãos disse estar indisposto, mas prestou juramento a 2-10-1636.
Gente forra: 159
Fazenda estava entregue a Pedro Leme por ordem do juiz ordinário Antonio Pedroso, por um agravo, por dizer Pedro Leme o velho que lhe pertencia a fazenda.
Curador dos órfãos: Custódio Nunes Pinto
Geraldo da Silva, procurador dos órfãos pede para se tirar testemunhas de como seus procurados eram filhos de Braz Esteves.
Órfãos:
Luzia Esteves
João
Salvador
Fernando
Izabel
Margarida
Baltazar
Dois filhos que ficaram de Belchior Esteves
Casadas:
Felipa Leme
Marta Esteves
Maria Esteves
Braz Esteves
Rol das Testemunhas oferecidas por parte dos filhos que ficaram por morte de Braz Esteves, seu pai:ouvidas em 25-10-1636
1. Capitão Fernão Dias Paes
2. Manoel Fernandes
3. Bernardo de Quadros
5. Pascoal Leite
6. Pedro leme o velho
7. Francisco de Proença
8. Pedro Nogueira das Pazes
Testemunhas ouvidas em 25-10-1636
1. João Fernandes Saavedra, morador, 41 anos, ouviu publicamente que Braz Esteves tinha 13 filhos naturais e casara trez filhas apregoando na matriz como suas.
2. Inofre Jorge, 57 anos, disse o mesmo
3. Pedro Nogueira das Pazes, morador, 73 anos, declarou que ouvira dizer a Pedro Leme o velho irmão de Braz Esteves, que Braz tinha filhos naturais e que casara as filhas na vila e apregoara na Matriz como filhas naturais de Braz Esteves.
4. Pedro Madeira, 52 anos, disse que falara com Braz Esteves e perguntara porque não se casara e ele respondeu que tinha muitos filhos naturais como era público, e sabia ele testemunha que Braz casara na vila três filhas apregoando-as como suas.
5. Custódio Nunes Pinto, 36 anos, declarou que era publico que órfãos eram filhos naturais de Braz Esteves.
6. João Clemente, 56 anos, disse o mesmo. (fls. 346)
Ouvidas as testemunhas declarou o Juiz Dom Francisco Rendon de Quevedo os suplicantes nomeados na petição por filhos e universais herdeiros de Braz Esteves.