PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
SL. 8º, 328, 1-6 Maria Lucas foi casada com Bartholomeu Rodrigues, falecido com testamento em 1610 em S. Paulo, 2.ª vez com Gaspar de Pinha; faleceu Maria Lucas em 1635 sem geração do 2.º marido, porém teve do 1.º 4 f.ªs:
2-1 Ana Rodrigues, fal. solteira em 1672.
2-2 N (...), casada com Bernardo da Motta. Ad. Geral. Vol. 9 : 2-2 Maria da Victoria casada com Bernardo da Motta, natural da Bahia; faleceu com testamento em 1657 em S. Paulo e seu marido em 1646.
2-3 ...
2-4 Domingas Antunes casada com 1612 com João de Pinha
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
Bartolomeu faleceu com testamento de 1608 que recebeu o cumpra-se eclesiástico em 1609. Em 1600, já estava casado com Maria Lucas (SAESP vol. 1º - Gaspar Fernandes - neste site), falecida em 1632.
2-3 filho, mencionado no testamento,
BARTOLOMEU RODRIGUES
Inventário e Testamento
Vol 2, fls 275
Data: 10-9-1610
Juiz: Pedro Taques
Avaliadores: Gonçalo Madeira e Antonio Lopes
Local: Imbiassaba, termo da Vila de São Paulo
Declarante: Maria Lucas, assinou por ela Gonçalo Madeira
TESTAMENTO – 13-7-1608
Em nome de Deus Amém
Abertura de praxe
Declarou que ser casado com Maria Lucas de quem teve três filhas e um filho.
Deixou a mulher por testamenteira enquanto não se casasse. Se ela casasse, deixava a Lourenço Gomes por testamenteiro.
Encomendou missas e ofícios.
Pediu para ser sepultado na Misericórdia.
Deixou esmolas pias.
Deixou o restante da terça à mulher para criar os filhos e 10 rezes para a sogra.
Rogou a Fernão Dias que fizesse o testamento.
APROVAÇÃO: 13-7-1608 – vila de São Paulo – João Pimentel – Bartolomeu + Rodrigues – Antonio + de Milão – Lourenço Gomes – Antonio Alves – Fernão Marques
Cumpra-se eclesiástico: 25-12-1609 – O Vigário João Pimentel
Cumpra-se civil: 2-2-1610 – Pedro Taques
Seguem as avaliações
PEÇAS FORRAS: 7 (tememinós e carijós)
Curador dos órfãos: Manoel Fernandes, tio dos ditos
Seguem as partilhas
Do gado tiraram 5 rezes para Domingas Antunes, sogra do defunto por lhe deixar em testamento.
Segue leilão dos bens dos órfãos.
Arrematantes e fiadores: Fernão Alvares fiado por Baltazar Alvares, Inocêncio Preto por Pedro Madeira, Manoel Afonso por Francisco Saraspe, Crisóstomo Alves por Inocêncio Preto, João Pereira por Gonçalo Madeira, Gonçalo Madeira por Belchior da Costa, Manoel Afonso por Diogo Moreira, Pedro Madeira, Francisco Saraspe.
Novo curador dos órfãos: Manoel Afonso porque Manoel Antunes lhe pediu porque estava a caminho para fora.
Seguem as quitações das esmolas pias e o encerramento da testamentária em 8-3-1612
18-5-1613 – Novo curador: Gaspar Gomes, porque Manoel Afonso estava a caminho do RJ.
8-4-1616 - Sebastião Preto entra com petição dizendo que a curadoria pertencia a ele, por serem os órfãos seus sobrinhos.
Gaspar Gomes o curador velho presta contas e Sebastião Preto lhe dá quitação.
6-7-1612 – Manoel Afonso diz que a órfã Domingas Antunes está casada com João de Pina, e João da Pina passa quitação da legítima da mulher a Manoel Afonso que era então o curador.
30-6-1620 – O Juiz Antonio teles reclama que as 10 vacas que se daria a Domingas Antunes tinham que sair todas da terça e não da parte dos órfãos.
4-10-1625 – Bernardo da Mota, cunhado dos órfãos assume a curadoria, fiado por Crisóstomo Alves.
MARIA LUCAS
Inventário
Data: 7-6-1632
Local: Embuassava, roça de Gaspar da Pinha
Juiz: Fradique de Mello
Avaliadores: Manoel da Cunha e Francisco Gaia
Declarante: Gaspar da Pinha
Declarou que não tinha filho nenhum
Requereu Bernardo da Mota que o testamento não fosse cumprido porque era nulo, que a testadora estava fora de seu juízo.
TESTAMENTO – 27-3-1632
Abertura de praxe, encomendação da alma.
Declarou ser casada com Gaspar da Pinha, de quem não tinha filhos.
“Declaro que do primeiro marido deixo duas filhas uma casada com Bernardo da Mota e outra solteira e declaro que a Bernardo da Mota não devo nada”.
Deixou esmolas pias e o restante da terça à neta Izabel.
Pediu a Paulo da Silva seu vizinho, que fizesse o testamento.
Declarou que deixava o marido por testamenteiro.
Declarou que sua herdeira era a filha Ana Rodrigues, exceto o remanescente da terça que era da neta Isabel.
Testemunhas: Padre Manoel Nunes, João da Pinha, Gaspar Fernandes.
CUMPRA-SE: 28-4-1632
Seguem as avaliações
MONTE MOR: 90$148
Seguem as partilhas entre o viúvo, Ana Rodrigues, a mulher de Bernardo da Mota, João da Pinha.
Também a terça se partiu entre os herdeiros.
Seguem algumas quitações pias dadas por Bernardo da Mota.
21-4-1653
Apareceu Sebastião Fernandes Preto perante o juiz Antonio de Madureira Moraes, dizendo que cobrara do inventário de Bernardo da Mota 14$000 que pertenciam à órfão Ana Rodrigues e que estavam em poder do defunto Bernardo da Mota.
Seguem termos de dinheiro a ganho e respectivas quitações
16-5-1655 – apareceu Estevão Forquim para dar juramento da curadoria da mentecapta Ana Rodrigues, e recebeu a pessoa da dita e seus bens, jurando gerir o dinheiro que estava “à ganancia”.
2-6-1660 – Em Jaraguá, o juiz Simão de Toledo passa a curadoria a José de Camargo Ortiz, por ser falecido Estevão Forquim. José era irmão de Estevão.
6-8-1661 – José de Camargo diz que Ana Rodrigues mudou para Parnaíba, e que então ele não queria mais ser curador e prestou contas.
6-8-1661 – Baltazar da Costa assume a curadoria
Seguem termos de dinheiro a ganhos até 1672.
PROCURAÇÃO
Data: 4-7-1672
Local: Vila de Santa Ana do Parnaíba
Outorgante: Ana Rodrigues, filha legítima de Bartolomeu Rodrigues, defunto
Procurador: Manoel Franco de Brito
Efeito: Cobrar sua legítima de pai e mãe.
Testemunhas: João da Pinha e Antonio da Silva
Ana Rodrigues estava morando em casa de Manoel Franco de Brito, como sua parenta, “sendo mulher já velha e passando necessidades, pelo que pede para se lhe entregar a legítima da dita Ana Rodrigues.
O Juiz Salvador Cardoso de Almeida institui Manoel Franco de Brito por procurador de Ana Rodrigues.
8-11-1672 – Diz Manoel Franco de Brito como testamenteiro da defunta Ana Rodrigues...
ANA RODRIGUES
Testamento – 10-10-1672
Abertura de praxe, encomendação da alma, pede a Manoel Franco de Brito que seja seu testamenteiro.
Declara ser filha legítima dos defuntos Bartolomeu Rodrigues e Maria Lucas, nunca se casou nem tem herdeiros.
Deixa umas mulatas e uma negra da terra a sua sobrinha Ana Antunes pelos favores que dela recebeu.
Tirados as despesas fúnebres, institui por seu herdeiro Manoel Franco de Brito.
Francisco Pinto Guedes escreveu o testamento.
7-11-1672 - Manoel pede a herança e o juiz revendo o inventário de Maria Lucas chega à conclusão que se lhe devia 14$993 réis por 19 anos.
Lhe deram a dívida de João Maciel Bassam, fiado por Matias Martins, ou seus herdeiros.
Cumpra-se: Brito
Manoel Paes Farinha, alcaide de Santana do Parnaíba fez diligência à fazenda de Lucrecia Moreira em virtude do despacho do juiz Antonio Bicudo de Brito (faltam linhas) .....
... que se esperasse que viesse um negro do sertão para com ele pagar ....
E pediu a Francisco Paes este escrevesse.
29-12-1673 – fêz-se embargos na fazenda de Lucrecia Moreira, que ficaram depositados em mãos de João de Roxas como fiel depositário.
Vão a leilão casas que Lucrecia Moreira tinha na vila de São Paulo, na rua que vai para o Carmo, vizinhas às de Gaspar Cubas e José Dias Paes.
20-3-1673 - Antonio de Azevedo, como procurador de Manoel Franco de Brito, dá quitação ao que devia o defunto Matias Martins, como fiador de João Maciel Vasão (sic).