PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL. 1º, 417, 1-3 Bartholomeu Bueno, f.º do Cap. 7.º, faleceu em 1685, e foi casado com Izabel de Freitas f.ª de Lucas de Freitas de Azevedo e de Lucrecia de Mendonça do § 2.º retro. Teve (C. O. S. Paulo) 6 f.ºs:

2-1 Bartholomeu Bueno habilitou-se de genere para ser admitido na ordem de S. Bento em 1697.

2-2 Joanna Baptista Bueno casou com Francisco Corrêa de Lemos f.º de outro de igual nome e de Maria de Moraes.

2-3 Pedro

2-4 Lucrecia de Mendonça casou com o capitão José Corrêa de Lemos.

2-5 José de Freitas.

2-6 Izabel Bueno casou em 1700 com João Pires Rodrigues

 

Subsídios à Genealogia Paulistana ( Bartyra Sette)

 

Bartolomeu Bueno e Izabel de Freitas, moradores em Atibaia, tiveram cinco filhos:

1 Frei Bartholomeu da Conceição, nascido por 1671

2 Joana, por 1672

3 Pedro, por 1674

4 Lucrécia, por 1675

5.  Frei José Bueno, por 1679

6. Izabel, filha última, nascida por fins de 1683

 

Bartolomeu teve (provavelmente) de outro leito uma filha, casada com José Tavares que, citado às partilhas, não quis herdar.

Esta seria Maria Bueno, havida em solteiro, que casou com José Tavares de Ledesma, conforme está na GP. (SL. 3º, 509, 3-2)

 

BARTHOLOMEU BUENO CACUNDA

Inventário

 

Vol 22, fls 17 a 57

Data: 24-1-1685

Local:  bairro de São João de Ativaia, termo da Vila de São Paulo, no sitio do defunto.

Juiz: Salvador Cardoso de Almeida

Escrivão: Domingos Gonçalves Moreira

Avaliadores: Manuel de Oliveira e Hieronimo Pedroso de Oliveira

Declarante: a viúva Izabel de Freitas, assinou a seu rogo Jose Ortiz de Camargo.

 

Título dos filhos:

- Bartholomeu, de idade de 13 anos;

- Joana, de idade de 12 anos;

- Pedro, de 10 anos;

- Lucrecia, de 9 anos

- José de 5 anos

- Izabel de um ano.

Todos pouco mais ou menos.

 

 

Avaliações, escravos, prata, gente forra.

(entre elas)

- um sitio em Ivitirapuá

- sitio de Itapetingá

 

Dividas que a esta fazenda se deve:

- Catharina de Freitas viuva que ficou de Antonio da Silva Homem 40$000 rs.

- Domingos Freire Farto de principal e ganhos 29$600 rs.

- Capitão Francisco Pinto Guedes 3$000 rs

- Jose de Faria 2$560 rs.

 

Dividas que esta fazenda deve:

- a Sebastiana da Rocha por uma escritura 165$000 rs;

- a Gonçalo Lopes, a Francisco Pinheiro, a João Barreto, ao Capitão Pedro Taques, Manuel Lobo Franco 16$000 rs, João Franco 6$400 rs, //Francisco Correa, João de Siqueira Ferrão, a órfão Helena do Espirito Santo, Jeronymo Pedroso 3$000 rs, Maria Freire 10$400 rs, Manuel Pereira Padilha, Gonçalo Simões Chassim, Gabriel de Mariz Loureiro, Theodosio Mendes, nos órfãos no inventário de Alberto de Oliveira resto de maior quantia.

 

Aos 26-1-1685 Capitão Francisco Bueno de Camargo curador dos órfãos, e Joseph Ortiz de Camargo procurador da viúva.

 

fls. 29: aos 26-1-1685 foi dito pelo procurador da viúva Joseph Ortiz, que sua constituinte não tinha mais bens que dar a inventário (...) como tambem se botou de fora 5$000 rs que deve Salvador Pires, e 6$000 rs Thomaz Ferreira e uns chãos na vila de Santos de valor e requereu  que se passasse mandado contra Salvador Pires e Thomaz Ferreira para se cobrar (...) e tambem carta precatória para Santos para efeito de se avaliarem os ditos chãos e por-se na praça para vender (...).

 

Citados para as partilhas:

- Capitão Francisco Bueno curador dos órfãos

- José Ortiz procurador da viúva e a

- Jose Tavares que respondeu que não queria nada, e todos os outros responderam que queriam herdar.

 

Orçamento: ficou liquido da fazenda para se partir entre a viúva e seis órfãos 600$000 rs.

 

fls. 36: declarou-se haver algumas cartas de datas na vila de Jacareí que compete á viuva e órfãos como tambem outras sortes de terras na dita vila de que o defunto tinha posse mais o que tocar de sua posse nas terras de Itapetingá.

 

Está obrigada uma tenda por o defunto ser depositário que compete aos herdeiros do defunto Manuel Gonçalves de que resta ao dever ao defunto 4$000 rs e tem recebido 5$000 rs de Simão Luiz.

 

Inventário de Parnaíba

 

Data: 8-11-1684

Local: vila de Nossa Senhora da Conceição de Parnaíba, em o sitio e fazenda do defunto Capitão Bartholomeu Bueno Cacunda, morador na vila de São Paulo.

Juiz: Sebastião Fernandes Camacho

Escrivão: Bartholomeu Marques de Araújo

Avaliadores: Capitão Ignacio Madeira e Manuel de Barros

Declarante: Capitão Francisco Bueno de Camargo e Paschoal Fernandes Lamim

 

Avaliações (entre elas)

- um sitio da outra banda do rio da Paraíba, termo desta dita vila 40$000 rs.

 

Dividas que deve esta fazenda que fez o dito defunto:

- ao Capitão Ignacio Madeira 4$000 rs de uns chãos que vendeu o dito defunto o Capitão Bartholomeu Bueno Cacunda em a vila de São Paulo.

 

Dividas que se deve a esta fazenda:

- João Martins Bonilha 14 patacas que pagou este ---- defunto pelo dito João Martins Bonilha ao Capitão --- ordinário e dos órfãos Sebastião Fernandes Camacho e Salvador Pires de Medeiros deve a esta fazenda 12 patacas que lhe deu em dinheiro de empréstimo e o dito é morador em a v---- da Ilha Grande que o dito Paschoal Fernandes Lamim debaixo do dito juramento declarou.

 

Declarou o dito Paschoal Fernandes Lamim em como se achou nesta fazenda e sitio 31 almas do gentio da terra entre pequenos e grandes.

 

E todos os bens, assim como peças foram entregues ao Capitão Francisco Bueno de Camargo.

 

fls. 42: termo de declaração do que toca ao benfeitor da fazenda Paschoal Fernandes Lamim das benfeitorias do que toca ao dito o terço de tudo que se achar.

O benfeitor Paschoal Fernandes Lamim tomou posse deste sitio que é tempo de dois anos e três meses.

 

fls. 43: translado de escritura que passou Bartholomeu Bueno ao Doutor Matheus Nunes e Siqueira de dinheiro  a ganhos que pertence a Sebastiana da Rocha, dona viúva.

12-4-1679 nesta vila de São Paulo e foi dito que ele tinha recebido da mão do Doutor Matheus Nunes de Siqueira como procurador que é de sua irmã Sebastiana da rocha, dona viuva, 165$000 rs de dinheiro de contado (...) - Bartholomeu Bueno Cacunda.

 

Quitações (entre elas):

 

- digo eu João Rodrigues genro que fui do defunto Estevão Fernandes Porto que estou pago e 10 patacas de esmola que me deu o Capitão Francisco Bueno do defunto Bartholomeu Bueno, hoje 26-12-1685 - João Rodrigues.

 

- digo eu João de Sousa que recebi do Capitão Francisco Bueno de Camargo 177$100 rs a qual quantia era a dever o defunto seu irmão Bartholomeu Bueno a Sebastiana da Rocha que lhe havia tomado a ganhos. São Paulo 24-4-1685 - João de Sousa.

 

- recebi do senhor Francisco Bueno de Camargo, como tutor e curador de seus sobrinhos, órfãos que ficaram do Capitão bartholomeu Bueno Cacunda, 16$000 rs que o defunto me era a dever. São Paulo 10-4-1686 João Barreto.

 

fls. 48 - carta de sentença - autos civis de ação de um conhecimento entre partes.

Vila de São Paulo - 9-4-1685

amostrador: Jeronymo Pedroso de Oliveira autor.

réu: Luiz Pardo, ambos moradores nesta vila

Quantia 10$000 rs dinheiro de contado que o réu havia recebido da mão de João Barreto, morador nesta vila, cunhado do dito Jeronymo Pedroso de Oliveira amostrador do dito conhecimento.

Diz o dito conhecimento o seguinte: digo eu Luiz Pardo que devo ao senhor João Barreto 10$000 rs em dinheiro de contado  os quais lhe pagarei a ele ou a quem me este mostrar todas as vezes que mos pedir e por ser verdade lhe devo os ditos 10$000 rs lhe fiz este por mim assinado hoje 1-4-1663 - Luiz Pardo. (...)

Visto os autos o juiz condenou o réu (...) 7-5-1685

Diz Jeronymo Pedroso de Oliveira, morador nesta vila como procurador bastante de João Barreto que ele mandou citar a Luiz Pardo por quantia de 8$080 rs de resto de um conhecimento de que tem posto ação, e como no inventário que se fez por morte do Capitão Bartholomeu Bueno Cacunda se lançou uma divida de Maria Freire mulher do suplicante pertencente ao casal - Pede a Vossa Mercê mande fazer embargo e deposito na mão do Capitão Francisco Bueno de Camargo da quantia lançada no inventário até ele suplicante tirar sentença do processo para se pagar do resto do conhecimento da divida lançada no inventário do dito defunto no que R.J.M..

como pede - Almeida.

Aos 9-4-1685 nesta vila de São Paulo, (...) ao Capitão Francisco Bueno de Camargo foi lida a petição e despacho acima e ele declarou que havia ficado declarado 10$000 rs que se devia a Maria Freire e lhe dissemos que em sua mão ficava embargada e depositada dita quantia (...).

Recebi do Capitão Francisco Bueno de Camargo como procurador bastante de meu cunhado João Barreto 10$400 rs que era a dever a fazenda do Capitão Bartholomeu Bueno Cacunda a Luiz Pardo que m’os pagou por alcançar sentença e ter feito embargo na dita divida e fica devendo Luiz Pardo 1$120 rs das custas. 2-11-1685 - Hieronimo Pedroso de Oliveira.

Declaro que não deve nada Luiz Pardo que de tudo estou pago e satisfeito dia e ano acima - Hieronimo Pedroso de oliveira.

 

Quitações.

- recebi de Jose de Camargo -----  de Izabel de Freitas dona viúva que ficou do defunto Bartholomeu Bueno a quantia de 20 patacas que estava a dever a meu irmão João Franco Viegas, e por star ausente as recebi como seu procurador - 29-7-1688 Lourenço Franco.

 

fls. 57; aos 2-9-1698 nesta vila de São Paulo, a curadora e tutora deste inventário dá contas dos gastos que havia feito com seus filhos órfãos frei Bartholomeu da Conceição e mais frei José Bueno.