PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Subsídios à Genealogia Paulistana (Regina Junqueira)
Antonio Rodrigues do Prado, falecido em 1694, casou antes de 1690 com Catarina Vieira, filha de Guilherme de Novilhen. Foi irmão de Alexandre Rodrigues, curador de seus filhos e sobrinho de Francisco da Cunha.
Antonio e Catarina foram pais de:
1- Francisco Rodrigues do Prado, nascido por 1690, em 1621 estava casado com Maria Morgada. Era parente de um Miguel Pedroso, nascido por 1600, em 3º para 4º grau.
2- Jose, nascido por 1692, falecido menor
3- Timóteo, nascido em 1694, falecido menor.
Casou Catarina Vieira em segundas com Luiz Teixeira de Azevedo.
Luiz nasceu em Portugal por 1682. Foi ajudante de ordens em SP no governo de Rodrigo César de Meneses, mas já estava na Capitania muito antes da vinda do governador em 1721.
Viveu uns tempos em Santos com sua primeira mulher, Catarina Vieira, viúva de Antonio Rodrigues do Prado ou Dourado, falecido em 1694. Nessa data Luiz tinha apenas 12 anos e sua futura mulher já era viúva com três filhos.
Morava ainda em Santos em 1714 quando foi notificado a dar conta dos bens dos órfãos seus enteados.
Em 1721 tinha casa em São Paulo entre as moradas de Felipe da Silva e Manoel de Campos. Faleceu Catarina antes de 1714 e Luiz Teixeira casou em segundas com Izabel Colaço de quem teve 7 filhos. Este casamento e geração já está na GP:
SL. 5º, 375, 4-2 Isabel Collaço, foi casada com Luís Teixeira de Azevedo, natural do Porto, freguesia de S. Nicolau, Ajudante das ordenanças de S. Paulo, sob as ordens do gevernador e Capitão-general Rodrigo Cesar de Menezes. Foi depois morador em Santana do Parnaiba, onde fal., e sua mulher faleceu em 1751 nessa mesma vila.
ANTONIO RODRIGUES DO PRADO
Inventário e Testamento
SAESP, Inv e Test , vol 23, fls 361 a 401
Data: 3-11-1694
Local: vila de São Paulo, nas casas e moradas de Antonio Pimentel
Juiz Ordinário e dos órfãos: Paulo da Fonseca Bueno
Escrivão: Diogo Gonçalves Moreira.
Avaliadores:.Manuel Cardoso de Azevedo e Silvestre Gomes Madureira
Declarante: Catharina Vieira, a viúva. Assinou a seu rogo Antonio Pimentel.
Autuação do testamento aos 26-10-1695 nesta vila de São Paulo
TESTAMENTO
Em nome da Santíssima (...)
Aos dezenove de setembro de mil seiscentos e noventa e quatro eu, Antonio Rodrigues do Prado, morador na vila de são Paulo, ora estante nesta paragem de Nossa Senhora da Ajuda termo da vila Santana de Mogi, estando doente faço esta cédula de testamento.
Encomenda a alma.
Rogo ao Reverendo padre Antonio Lopes e --- Francisco da Cunha --------- meus testamenteiros.
Declaro que sou casado com Catharina Vieira de quem temos três filh9os Francisco, Jose e Timoteo que são meus herdeiros legítimos.
Pedido de missas.
Declaro que tenho em meu poder um tapanhuno por nome Ventura de Guilherme de Novilhen por me haver prometido uma mulata em dote de casamento dando a mulata ou pagando o valor dela se lhe entregará a valia dela se entregara o tapanhuno.
Declaro que me deve Anna de Proença moradora na vila de Santana de Parnaíba 80 ou 90 mil réis, o que na verdade se achar na folha de partilhas que está na minha casa; declaro que tenho em casa de Maria de Quadros duas novilhas em casa de meu compadre Bartholomeu Fernandes uma novilha.
Deixo por tutora de meus filhos a sua mãe Catharina Vieira.
Roguei a Diogo Rodrigues ------ este por mim fizesse e assinasse por eu estar incapaz para o poder fazer testemunhas que foram ------ são as abaixo comigo assinadas; eu Diogo Rodrigues que este fiz. ---------------------------- Mathias da Costa Gil - Antonio Pedroso Leite - Manuel Ribeiro - João da Costa - Manuel Rodrigues - Francisco Nunes de Siqueira.
Cumpra-se São Paulo o primeiro de novembro de 694. - Cunha
Cumpra-se São Paulo. Pimentel
Recibo de missas (a partir de 9-10-694).
- Recebi de meu sobrinho Alexandre Rodrigues sete patacas para a revista do testamento de seu irmão Antonio Rodrigues do Prado que Deus haja; hoje 5-11-1694. Francisco da Cunha.
Título dos herdeiros:
1- Francisco, de 4 anos;
2- Jose, de 2 anos
3- Timotheo, de sete meses
Todos pouco mais ou menos.
Avaliações, dividas que se deve a sta fazenda, gente forra, dividas que esta fazenda deve.
- deve-se ao convento de Nossa Senhora do Carmo da vila de Mogi 8$000 réis, seis de habito e dois do acompanhento.
Procurador da viúva: Antonio Pimentel.
procurador dos órfãos: Alexandre Rodrigues.
monte- mor liquido 32$640 réis
- coube a viúva 16$320
- e a cada um dos três órfãos 5$440.
Aos 8-12-1696, vila de São Paulo Alexandre Rodrigues curador dos órfãos que ficaram de seu irmão Antonio Rodrigues do Prado.
fls. 385- aos 5-7-1721 a requerimento de Francisco de Freitas de Toledo como procurador de Francisco Rodrigues do Prado, vão a casa do ajudante Luiz Teixeira de Azevedo e lhe façam penhora em seus bens que bastem para satisfação da quantia de 110$000 réis que deve ao herdeiro Francisco Rodrigues do Prado que lhe tocou de sua legitima paterna, e não dando bens a penhora ou pagando, será preso na cadeia publica desta cidade donde não sairá sem primeiro satisfazer a sobredita quantia.
Auto de penhora em uma morada de casas do ajudante Luiz Teixeira de Azevedo - 7-7-1721
Aos 14-7-1721 apareceu o ajudante Luiz Teixeira de Azevedo e por ele foi dito que devia a Francisco Rodrigues do Prado e a seus irmãos já defuntos a saber Jose Rodrigues e Timotheo Rodrigues a quantia de 110$000 e como lhe tinha pago já 30$000 réis ficava restando 80$000 réis em dinheiro de contado para ser realmente pago do que tocasse da sua legitima e a seus irmãos defuntos, e que não ficava devendo mais nada aos ditos herdeiros que eram seus enteados.
fls. 389 - Precatório para ser notificado Luiz Teixeira de Azevedo morador na cidade de São Paulo remetido ao senhor juiz dos órfãos da mesma cidade por bem da justiça ex-oficio.
(...) faço saber ao capitão João Dias da Silva juiz de órfãos da cidade de São Paulo, que no juízo de órfãos desta vila se fez inventário dos bens que ficaram da defunta Catharina Vieira, e se continuou com seu marido Luiz Teixeira de Azevedo, cuja defunta havia sido casada primeira vez com Antonio Rodrigues Dourado (sic) e sendo visto o dito inventário em correição (...) era necessário se apensassem aos autos os do inventário que se fizera por falecimento do primeiro marido da dita defunta Catharina Vieira, e que satisfeito tornasse a correição. (...) Faça notificar ao dito Luiz Teixeira de Azevedo faça vir a este juízo o dito translado (...). Vila de Santos 23-12-1714. - Veríssimo da Silva.
Cumpra-se fazendo a diligencia como pede. São Paulo 15-1-715 anos. - Sylva.
fls. 392 - autuação de petição para inquirição de testemunhas oferecidas por Fernão Bueno da Silva por parte de Francisco Rodrigues do Prado.
10-5-1721, cidade de São Paulo por Simão Bueno da Silva me foi apresentada uma petição de Francisco Rodrigues do prado (...) que justificasse o suplicante ser casado.
Diz Francisco Rodrigues do Prado, filho de Antonio Rodrigues do Prado e de sua mulher Maria Vieira (*) por seu procurador Simão Bueno da Silva que ele está casado com Maria Morgada (...) porque neste juízo se acham as folhas de partilhas que se fizeram por falecimento do dito seu pai e para p suplicante poder arrecadas as suas legitimas lhe são necessárias as ditas folhas.
(*) no inventário e no testamento de Antonio Rodrigues do Prado ve-se que sua mulher se chamava Catharina. Há aqui portanto, engano do procurador de Francisco Rodrigues do Prado.
Inquirição das testemunhas - 2-5-1721 cidade de São Paulo.
1- Lourenço Bueno, morador da vila de Parnaíba de idade que disse ser de 33 anos: que sabia que era filho de Antonio Rodrigues do Prado e pela parte materna de Maria Vieira e de legitimo matrimonio e que era casado com Maria Morgado.
2- Manuel da Fonseca, morador na vila de Parnaíba, de idade de 38 anos pouco mais ou menos: idem.
3- Miguel Pedroso, morador na vila de Parnaíba, de idade de vinte para vinte e um anos: idem, e disse que era parente do justificante no terceiro para quarto grau.
fls. 397 - aos 14-7-1721 cidade de São Paulo.
Diz Francisco Rodrigues do Prado, filho legitimo de Antonio Rodrigues e de sua mulher Catharina Vieira que ele suplicante teve dois irmãos também legítimos a saber Jose e Timotheo os quais faleceram de menor idade com que ficou ele suplicante sendo legitimo herdeiro (...) dos bens que lhes tocou por falecimento de seus pais.
Inquirição de testemunhas: 14-7-1721
1- o ajudante Luiz Teixeira de Azevedo morador nesta cidade, de idade que disse ser de 39 anos pouco mais ou menos disse que o justificante era filho legitimo de Antonio Rodrigues do Prado e de sua mulher Catharina Vieira ambos já defuntos e que outrossim sabia que os dois irmãos do dito justificante a saber Jose e Timotheo era falecidos a vida presente e que ambos faleceram em menor idade e que tudo o que tem dito o sabia pela razão que tem dito de ser casado com a mãe do dito justificante e mais não disse,
2- Licenciado Francisco Correa de Lemos, morador nesta cidade de São Paulo, de idade que disse ser de vinte e um anos : idem, e que tudo o que tem dito o sabe pelo ouvir dizer seu pai dele testemunha o Capitão mor Antonio Correa de Lemos o qual era compadre dos ditos defuntos e padrinho de um dos menores já defunto.
3- Francisco de Freitas de Toledo morador desta cidade, de idade que disse ser de 46 para 47 anos: idem, e tudo o sabe pela razão de parentesco que tem declarado