PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
S.L. 1º, 419; 1-1 Catharina de Ribeira casou-se 1.o. em 1632 em S. Paulo com Antonio Preto f.o. de Manoel Preto, fundador da capella de N. S. do Ó, em S. Paulo, e de Agueda Rodrigues; segunda vez em 1634 em S. Paulo com Antonio Ribeiro de Moraes, Capitão-mor e governador da capitania de S. Vicente, f.o. de Francisco Ribeiro e de Maria de Moraes. Sem geração.
SL. 7º, 135, 2-1 Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes falecido em 1686 em SP com testamento. Foi casado com Catharina de Ribeira filha do capitão mor Amador Bueno de Ribeira e de Bernarda Luiz. Catharina faleceu com testamento em 1676 deixando a seu marido sua meação devendo por morte deste passar a sua sobrinha Bernarda de Alarcão filha de Dom Francisco Rendon de Quebedo. Sem geração.
ANTONIO RIBEIRO DE MORAES, capitão mor
e
CATHARINA RIBEIRO (*)
Inventário e Testamento
(*) falta a primeira folha do inventário.
Testamento de Catharina - 1676
Testamento de Antonio - 1686
1º Inventário - 1688
2º Inventário 1700
SAESP Vol 22, fls 333 a 373
2º Inventário
Inventariado: Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes
Data: 1700
Juiz: Fonseca
Escrivão: Jose Freire Farto
Avaliadores: Domingos da Silva e Domingos Rodrigues Moreira
Depositário Pedro Porrate Penedo e os mais herdeiros habilitados assinam:
- Pedro Porrate Penedo
- Joseph Correa de Moraes
- Luis Porrate Penedo
- Estanislau de Moraes
- assino como procurador de minha mãe Catharina Ribeiro, Joseph Dias Paes;
- assino como procurador do Capitão Francisco Correa de Lemos, Joseph Dias Paes.
Procuração apud acta
Que Faz: Catharina Ribeiro de Moraes
Data: 24-11-1700
Local: Vila de São Paulo
motivo: para bem de assistir as partilhas dos bens que ficaram por morte e seu tio o capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes.
Outorgado: a seu filho o reverendo padre Jose Dias Paes
Dinheiro amoedado 100$000 rs
Em dinheiro amoedado que repoz Catharina Ribeiro procedido dos bens desencaminhados conforme avaliações do 1º inventário. 25$020 rs.
peças de ouro - 18$000 rs
Bens de raiz:
- uma morada e casas nesta vila de São Paulo 150$000 rs
- um sitio no Porto Grande do Tiete 40$000 rs
Móveis de casa, ferramentas
- 400 braças de terras no bairro de Juquiry de uma banda partem com terras do reverendo padre Jose Dias Paes e da outra com terras de dona Anna de Quebedo conforme declaração do 1º inventário.
Dividas que se deve a esta fazenda, peças escravas, gentio da terra.
Dividas que esta fazenda deve (entre elas):
- a Diogo Gonçalves Moreira como procurador dos órfãos de Gaspar de Godoy 8$000 rs que fez a apelação na Relação da Bahia - são só 4$808 rs.
- a Jacintho Gomes do translado dos autos e apelação que foi para a Bahia (...) 13$583 rs.
- a fazenda do 1º depositário o Capitão Jose Dias Paes 12$500 rs que pagou ao capitão Jeronymo Bueno que Ds. tem, como consta do 1º inventário 12$500 rs.
- mais a fazenda do 1º depositário 12$000 rs
fls. 347: termo de requerimento feito pelos herdeiros abaixo nomeados.
- Catharina Ribeiro de Moraes, filha de Sebastiana Ribeiro de Moraes irmã do Capitão Mor Antonio Ribeiro de Moraes;
- Pedro Porrate Penedo por si, e por sua mulher Sebastiana Barbosa de Aguiar
- Luiz Porrate Penedo;
- Estanislau de Moraes;
- Francisca de Moraes, todos filhos herdeiros e habilitados de Sebastiana Ribeiro de Moraes irmão do Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes; e
- Capitão Francisco Correa de Lemos;
- Capitão Jose Correa de Lemos;
- o Alferes Luiz Correa de Lemos;
- Catharina de Lemos;
- e os órfãos filhos de Manuel Correa de Lemos, defunto;
- e os órfãos filhos de Estevão Barbosa e Maria da Luz de Moraes todos habilitados por filhos e herdeiros de Maria de Moraes já defunta filha de Sebastiana Ribeiro de Moraes irmã do Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes e;
- Capitão Domingos Leme da Silva por si e por sua mulher Ignez de Moraes Navarro filha de Anna Pedroso irmã do Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes.
Todos moradores nesta vila de São Paulo e por eles todos foi requerido que eles foram autores em uma causa que se movera contra o testamento de seu tio o Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes e que alcançaram sentença a seu favor, dando-se o dito testamento por nulo; e como herdeiros ab intestado do dito defunto pretendiam suceder nos bens do sobredito defunto, com exclusão dos mais remotos (...).
(...) requeriam eles ditos herdeiros que se fizesse a partilha dos bens entre eles somente ficando excluídos os mais remotos.
(...)
Para deferir ao requerimento dos herdeiros requerentes e habilitados - Em 24-5-1701
Determinação da partilha.
Total 1:014$889 para partir por quatro herdeiros por serem quatro as cabeças herdeiras desta fazenda caber a cada um 253$722 rs.
Pagamentos:
- ao herdeiro habilitado Domingos Leme da Silva; (aa) Domingos da Sylva - Domingos Rodrigues Moreira - Domingos da Silva Leme.
- a Catharina Ribeiro de Moraes; (aa) Domingos Rodrigues Moreira - domingos da Sylva - Joseph Dias Paes.
- aos herdeiros habilitados de Serafina de Moraes que Ds. haja (aa) Domingos da Sylva - Domingos Rodrigues Moreira - Pero Porrate Penedo - Luis Porrate Penedo - Estanislau de Moraes;
- aos herdeiros habilitados filhos de Maria de Moraes- (aa) Joseph Dias Paes - Domingos Rodrigues Moreira - Domingos da Sylva - Joseph Correa de Moraes - Luis Correa de Lemos - Manuel Lopes de Siqueira;
fls. 364 - 7-1-1701 nesta vila de São Paulo, contas que deu a senhora Catharina Ribeiro de Mores viúva que ficou do Capitão Jose Dias Paes do depósito que o dito seu marido em seu poder tinha da fazenda embargada do Capitão Mor Antonio Ribeiro de Moraes.
Aos 6-5-1701 Catharina desobrigada dos bens da administração do qual era depositária.
fls. 372 - digo eu Pedro de Moraes da Cunha, como procurador de minha mãe Maria de Moraes, que recebi do reverendo padre José Dias Paes como depositário dos bens que ficaram por morte do Capitão Antonio Ribeiro de Moraes 12$000 rs de dinheiro de contado procedidos de uma peça de pano que á custa de meu pai que Deus haja, enviaram os autores do pleito para gastos da apelação que se interpôs para a apelação da Bahia sobre a fazenda do dito defunto Antonio Ribeiro de Moraes. 23-2-1700 - Pedro de Moraes da Cunha.
1º Inventário de Antonio Ribeiro de Moraes e Catharina Ribeiro
DAESP Vol 22, fls 373 a 402
Data dos autos: 30-1-1688
Local: vila de São Paulo, em casas e moradas de Jose Dias Paes
Juiz: Salvador Cardoso de Almeida
Escrivão: Diogo Gonçalves Moreira
Avaliadores: Jeronimo Pedroso de Oliveira e Lourenço da Costa
Declarante: o testamenteiro José Dias Paes e Salvador Bicudo e disseram que fizeram testamentos e por parte de Catharina Ribeiro foi instituída por morte do dito seu marido dona Bernarda de Alarcon a quem ficaram três filhos órfãos e por morte de Antonio Ribeiro ficaram os bens em administração.
fls. 375: titulo dos herdeiros de dona Bernarda:
- D. Angela dos Reis, de idade de 20 anos;
- Cosme do Rego, de 18 anos;
- D. Ana de Quebedo, de 16 anos, todos pouco mais ou menos.
Avaliações, metais, peças escravas, gado, dividas que se deve a esta fazenda, lançamento de gente forra,
fls. 387: certifico que citei as duas órfãs e um órfão da defunta D. bernarda, e ao capitão D. João Matheys curador dos ditos órfãos e a Salvador Bicudo para separação desta fazenda administrador nomeado no testamento de Antonio Ribeiro de Moraes.
Termo aos partidores aos 1-2-1688
Somou a fazenda 1:126$040
- cabe aos órfãos de D. Bernarda 563$005 rs da qual quantia se tira:
- para os padres da Companhia por constar ser ametade deixa de Catharina Ribeiro ----
- e para a filha de Sebastião Preto se tira a negra Vitória em 40$000 rs
- e para Maria Bueno mulher de Manuel Lobo se tirou um tacho 13$670 rs;
Que soma todas as deixas de Catharina Ribeiro 64$410 rs e fica liquido para os órfãos de D. Bernarda 498$595 rs.
Importa a parte de Antonio Ribeiro de Moraes 563$005 rs, da qual se tira para as deixas onde entram 2 tapanhunos 401$650 rs.
- tira-se mais 92$000 rs de quatro escravos que entram na administração.
Fica de remanescente 69$340 rs da qual quantia se há de pagar as custas.
400 - sentença do juiz dos órfãos Salvador Cardoso de Almeida aos 2-2-688 anos
1º Inventário de Antonio Ribeiro de Moraes
DAESP - Vol 22, fls 403 a 478
Data dos autos: 23-10-1686
Local: vila de São Paulo, em pousadas do defunto Antonio Ribeiro de Moraes, onde se achou a Salvador Bicudo e a sua mãe Maria de Moraes como familiar da casa.
Juiz: Capitão Manuel de Camargo
Tabelião: Roque Mendes da Silva
Avaliadores: Jeronimo Pedroso de Oliveira e Lourenço da Costa
Requerente: a requerimento de D. João Matheus Rondon como procurador e curador que disse ser de suas primas filhas que ficaram de Dona Bernarda dons bens e fazenda que ficaram do defunto o Capitão Mor Antonio Ribeiro de Moraes.
Declarante: Salvador Bicudo e a sua mãe Maria de Moraes e o testamenteiro o Capitão Jose Dias Paes. Assinou a rogo de Maria de Moraes Manuel Alves da Cunha.
fls. 405 - TESTAMENTO
Em nome da Santíssima (...).
Aos 1-2-1686 eu Antonio
Ribeiro de Moraes estando doente, faço este meu testamento.
Encomenda a alma.
Rogo a meu sobrinho José Dias Paes e a José Ortiz de Camargo queiram aceitar serem meus testamenteiros.
Meu corpo será sepultado na igreja do Colegio de Santo Ignacio desta vila na mesma sepultura onde está enterrada minha mulher, acompanhamentos e pedidos de missas.
Declaro que fui casado com Catharina Ribeiro já defunta --- matrimonio --- tido filho nem filha por ser assim Deus -----.
Declaro que minha mulher Catharina Ribeiro me deixou por sua morte por seu herdeiro universal de tudo o que lhe pertencesse para que eu em minha vida lograsse e que por minha morte deixava a sua sobrinha D. Bernarda de Alarcão, o que mais largamente consta e seu testamento.
Declaro que instituo a meu sobrinho Salvador Bicudo de Mendonça por administrador de toda a gente assim da terra como da de Guine, que me tocar á minha parte, para que este olhe por elas (...).
Declaro que deixo:
- a meu sobrinho Jose Dias Paes um negro de Angola (...)
- a minha sobrinha Maria de Moraes mulher que foi de Salvador Bicudo, uma negra do gentio da terra (...).
- umas casas que tenho nesta vila, em que moro, a dita minha sobrinha viuva Maria de Moraes e assim mais lhe deixo um sitio que está sobre o rio de Aginbú com suas limitadas terras. Está o sitio nas terras que foram do Capitão Jose Preto, que por composição de todos os herdeiros tomei naquele lugar o meu quinhão partindo com Balthazar de Godoy, que Deus haja. Estes bens que deixo a dita minha sobrinha, quaisquer que sejam e os reditos deles, que se não façam com eles pagamentos de nenhuma divida antecedente, ou divida do defunto seu marido, ou qualquer outra que seja, porque minha vontade é que ela logre sem embargo, nem contradição alguma o pouco que aqui lhe deixo.
- a meu sobrinho Jose Dias Paes uma cruz de ouro;
- a Jose Ortiz de Camargo 1$000 rs em dinheiro pelo muito que zelará do que aqui disponho.
Declara bens.
Declaro que satisfazendo a parte de minha mulher, deixo um quinhão de terras que me vendeu Dom Francisco Rondon a Dona Bernarda de Alarcon e seus herdeiros.
Declaro que do outro quinhão, que me cabe a minha parte deixo 200 braças de testada, e de sertão o que se achar na data, a meu sobrinho Jo-- Dias Paes, e a mais terra, que sobejar do dito quinhão deixo por esmola as filhas de Francisco Ribeiro, que Ds. haja, e peço lavrem ------- sem contenda alguma.
- a ferramenta que tenho de meu serviço, deixo a minha sobrinha ------- de Moraes, que parta com sua irmã Ignez Navarro Dantas que ---- encomendem a Deus.
Ordeno a meus testamenteiros que do enxoval da roupa branca de cama assim da vila como da roça, que me pertencer, deem e entreguem a meu sobrinho Salvador Bicudo de Mendonça, e as mais miudezas da casa deixo-as tambem ao dito meu sobrinho.
Declaro que minha mulher tomou a sua parte uma negra da Guiné por nome Victoria, e por minha morte ordena se dê a sua sobrinha Anna Ribeiro da Luz, filha de Sebastião Preto Moreira, e deixa mais um tacho grande de cobre de 40 libras a sua sobrinha Maria Bueno mulher de Manuel Lobo.
- deixo 200 patacas em dinheiro a Anna Pedroso filha de Domingos Leme da Silva, e a sua irmã mais moça deixo 100 patacas em dinheiro para ajuda de seus dotes e morrendo qualquer delas antes de se casar será para a que viva ficar, e se morrerem ambas sem se casar, ficará a sua mãe (...).
- deixo a Maria de Moraes Navarro filha de Maria Raposo 50$000 rs em dinheiro para ajuda de seu dote.
Declaro que meu sobrinho Salvador Bicudo de Mendonça administrador da gente e peças que me tocam á minha parte, se há de servir delas enquanto viver (...).
(...) roguei ao padre Matheus de Laya Leão, que este por mim fizesse e assinasse como testemunha. Assino pelo testador Antonio Ribeiro de Moraes, Matheus de laya Leão.
Aprovação: aos dois de janeiro de mil e seiscentos e oitenta -----.
Cumpra-se como nele se contem 18-10-1686 - Manuel de Camargo
Quitações pias.
fls. 421 TESTAMENTO
Em nome de Deus amem.
Aos 8-11-1676 nesta vila de São Paulo eu, Catharina Ribeiro estando doente em cama, ordenei fazer o meu testamento.
Encomenda a alma.
Ordeno e peço a meu marido o Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes e a meu cunhado Domingos da Silva queiram ser meus testamenteiros,
Mando meu corpo seja sepultado no Colegio de Santo Ignacio da Companhia de Jesus, acompanhamentos e pedido de missas.
Declaro que sou casada com o Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes. Até o presente não tivemos filho nem filha, e por assim ser, nem tambem ter pais nem avós por todos serem mortos, não tenho herdeiro forçado, o que visto deixo constituo ao dito meu marido por meu universal herdeiro em tudo o que me cabe da ametade dos bens do casal.
Declaro e ordeno que por morte do dito meu marido e herdeiro, instituo por herdeira na parte que se achar dos bens do casal da ametade que me toca a minha sobrinha, Dona Bernarda de Alarcon, filha de Dom Francisco Rondon de Quebedo.
mando que se dê a este mesma minha sobrinha três vestido de meu uso (...0 um afogador de ouro e os brincos e anéis que se achar.
Mando se dê a Maria Rodrigues, filha de João Rodrigues ou a sua irmã Anna que no tal tempo estiver por casar uma saia de serafina (...).
Mando que por morte de meu marido se dê:
- uma negra de Guiné por nome Victoria a minha sobrinha Anna Ribeiro da Luz filha de Sebastião Preto, se no tal tempo for viva.
- um tacho de 40 e tantas libras de cobre a minha sobrinha Maria Bueno mulher de Manuel lobo.
(...) roguei ao Capitão Francisco Nunes de Siqueira que este fizesse e por mim assinasse, nesta vila de São Paulo. Assino como testemunha pela testadora, e a seu rogo - Catharina Ribeiro - Francisco Nunes de Siqueira.
Aprovação: 8-11-1676
Cumpra-se São Paulo 16-4-1677 - Siqueira
Cumpra-se São Paulo 16-4-677 - Camargo
Recibos pios, quitações de legados (entre eles):
- recebi todo o conteúdo no testamento de minha tia, que tudo me entregou seu marido meu tio o Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes, hoje 23-5-1677 --------------------- Dona Bernarda.
- eu João Rodrigues de Oliveira recebi do Capitão Antonio Ribeiro de Moraes uma saia de serafina (...) que sua mulher deixou no testamento de esmola a uma minha filha por nome Maria Rodrigues; hoje --- de maio de 6777 - João Rodrigues de Oliveira.
Avaliações, dinheiro, ouro, prata, peças escravas, conhecimentos, escrituras.
fls. 437 - todos os bens inventariados foram entregues a Salvador Bicudo para deles dar cota a todo o tempo que pela justiça lhe forem pedidos.
Aos 6-11-1686 - Termo de continuação do inventario dos bens que ficaram por morte e falecimento do defunto o Capitão mor Antonio Ribeiro de Moraes, nesta paragem chamada Anhemby, termo desta vila, na fazenda que ficou do defunto.
Sitio na roça, gado, metais, peças escravas, lançamento de gente da terra.
fls. 443 - titulo do que está despendido, deu-se:
- aos herdeiros da defunta Dona Bernarda, em ouro 17$400 rs.
- deu o defunto Antonio Ribeiro de Moraes a Estanislau Barbosa Soto Maior 50$000 rs;
- deu mais o dito defunto ao padre Jose Dias Paes 30$000 rs
- deu mais a Luiz Porrate Penedo sessenta e tantos mil réis.
Procurador a lide a viúva Maria de Moraes: Manuel de Madureira
Foram citadas as pessoas de:
- Salvador Bicudo e sua mãe Maria de Moraes e a seu procurador Manuel de Madureira;
- ao Capitão João Matheus Rondon como tutor e curador de suas primas filhas da defunta Dona Bernarda.
Ao que me responderam todos que queriam herdar.
Soma da fazenda liquida 1:040$010 rs para se partir por dois herdeiros
fls. 452- Termo de requerimento feito pelo testamenteiro o Capitão Jose Dias Paes.
E por ele foi dito que á sua noticia era vindo em como seus cunhados intentavam anular este testamento que ficou do dito defunto para o qual o convidavam e que ele desistia de toda a anulação e se dava por satisfeito do que o dito defunto lhe havia deixado em seu testamento de que estava já de posse e de como não queria inovar cousa alguma desistia de todo o direito que tivesse.
fls. 466 - aos 10-11-1686 nesta paragem de Juquery fazenda do defunto Antonio Ribeiro de Moraes foi publicada a sentença pelo juiz ordinário e dos órfãos Manuel de Camargo em presença das partes e mandou se cumprisse.
Termo de amigável composição feito entre partes - aos 18-11-1686 nesta vila de São Paulo, em pousadas de Luiz Porrate, ali presente o juiz ordinário Diogo Barbosa Rego e os herdeiros colaterais do Capitão Antonio Ribeiro de Moraes:
- Luiz Porrate Penedo por sua mulher Serafina de Moraes, e como procurador que mostrou ser de:
- Domingos Leme da Silva por marido de Ignez de Barros Dantas sua mulher e;
- Capitão Francisco Correa de Lemos por sua mulher Maria de Moraes e;
- Domingos de Sousa como herdeiro da defunta sua mãe Marianna Pedroso de Moraes e;
- Capitão Christovão da Cunha por sua mulher filha da dita Maria Pedroso de Moraes;
- Jeronymo Pedroso de Oliveira como procurador que disse ser de Gaspar de Godoi Colasso por sua mulher Sebastiana Ribeiro e ;
- como procurador que disse ser de Pedro de Moraes e;
- por parte do reverendo padre Manuel Pedroso, Luiz Porrate Penedo;
- Antonio Vieira por parte de sua mulher Francisca de Macedo;
- Manuel de Madureira por sua mulher Anna Pedroso e
- Maria Raposo como curadora de seus filhos menores órfãos Carlos de Moraes e Maria de Moraes e;
- Manuel Alves Muzelo por si e como curador de seus filhos órfãos Jose Alves, Anna Pedroso, Catharina Gomes, Antonio Pedroso, e
- Manuel Alves de Moraes e por sua irmã Helena Gomes de Moraes e
- o dito Capitão Christovão da Cunha por parte de Anna Pedroso mulher de Antonio Velho Cabral e;
- Salvador Bicudo administrador instituído pelo testador Antonio Ribeiro de Moraes.
E por eles todos juntos foi dito e requerido que eles estavam avindos conformes e concertados com o dito Salvador Bicudo dito administrador em quantia de 450$000 rs em os bens avaliados no dito inventário por se escusarem pleitos e disenções entre parentes e assim ficavam conformes e avindos (...).