PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
SL. 3º, 444, Cap. 2º: Antonio Pedroso de Barros, faleceu em 1652 com testamento. Casou em 1639 em S. Paulo com Maria Pires de Medeiros f.ª do capitão Salvador Pires de Medeiros e de Inez Monteiro de Alvarenga, a matrona.Teve 4 f.ºs. legítimos e 4 bastardos:
1-1 Pedro Vaz de Barros, tinha 6 anos em 1652, foi casado com Maria Leite de Mesquita
1-2 Antonio Pedroso de Barros, faleceu em 1677 e foi casado com Maria Leite da Silva.
1-3 Ignez Pedroso de Barros, faleceu solteira, quando noiva de Estanislau de Campos
1-4 Luzia Leme de Barros, foi casada com Manoel de Campos Bicudo
Os bastardos:
1-5 Sebastiana, f.ª de Maria pequena.
1-6 Paulo, f.º de Maria pequena
1-7 Paschoal, f.º da índia Victorina
1-8 Ventura, f.º da índia Iria
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
Maria Pires, a mulher de Antonio Pedroso de Barros, faleceu em 1651 (SAESP vol. 42º, neste site) e sua mãe, Ignez Monteiro já era falecida em novembro de 1671.
Antonio e Maria tiveram os filhos:
1- Pedro, nascido por 1643
2- Ignez Pedroso, por 1645, já falecida em 11-12-1670, herdou a avó materna.
3- Luzia, por 1647
4- Salvador, nascido por 1650, mudou depois o nome para Antonio.
Corrigir em:
SL. 5º, 370, 2-8 Bento de Alvarenga Gutterres, fal. em. 1670, foi casado com Maria Pacheco de Lima f.a de Manoel Pacheco de Lima.
Maria Pacheco de Lima foi filha de Matheus Pacheco de Lima (ver inventário abaixo) e foi em segundas casada com Bento de Alvarenga Guterres. Casou primeira vez com João Pires Monteiro conforme está na GP:
SL. 2º, 132, 1-10, Capitão João Pires Monteiro, (omitido por Pedro Taques) foi casado com Maria Pacheco f.a. de Matheus Pacheco de Lima. Faleceu com testamento na paragem chamada Juquery, districto de S Paulo, em 1667.´
ANTONIO PEDROSO DE BARROS
Inventário e Testamento
SAESP vol. 20, fls. 3 a 253
Ano: 1652
Local: vila de São Paulo
Juiz dos Órfãos: Antonio de Madureira Moraes; Dom Simão de Toledo Piza; Antonio Raposo da Silveira; Paulo da Fonseca; Lourenço Castanho Taques
Escrivão dos Órfãos: Luiz de Andrade
Avaliadores: Francisco de Ogaia e Domingos Coutinho
TESTAMENTO
Digo eu, Antonio Pedroso de Barros que por não poder escrever pedi a Francisco Dias Velho fizesse este codicilo visto eu estar no artigo da morte.
Encomenda a alma.
Declaro que tenho quatro filhos legítimos de matrimonio os quais são meus herdeiros forçados e como tais herdarão na minha fazenda irmãmente.
Declaro que tenho uns apontamentos do que se me deve.
Declaro que não sei as peças que tenho devem ser pouco mais ou menos quinhentas.
Declaro que ficam alguns bastardos que não sei a verdade de quantos são meus conforme as mães disserem aos quais deixo de esmola que lhe dêm ------- amparo da ---- ametade ------------ outra ametade --- (faltam várias linhas )------------------------
Deixa pedido de missas e legados pios.
Declaro que é meu testamenteiro Fernão Paes de Barros.
Tenho um pouco de gado aqui e em Guaré aquilo que se achar.
Deixo as terras de Guativai de que tenho cartas ---- tenho 500 braças de terras de Cahajossara que me vendeu meu cunhado Salvador Pires por -------------.
Declaro que meu cunhado Bento Pires me levou ------ .
As peças que dei a minha sogra Ignez Monteiro e as que tem minha mãe Luzia Leme que lhe não tirem enquanto elas viverem.
Os brincos e gargantilha deixo a minhas filhas Ignez e Luzia na ----.
. - Barros.
- de que fiz este termo --------- Luiz de Andrade escrivão dos órfãos o escrevi (*)
(*) este trecho deve ser o final do termo de acostamento do testamento, pois falta a primeira folha do inventário, onde estava a assentada e o começo do termo de acostamento do testamento.
Título dos filhos legítimos:
- Pedro, de idade de 7 anos.
- Salvador, de idade de 2 anos.
- Ignez, de idade de 5 anos.
- Luzia, de idade de 4 anos, todos pouco mais ou menos.
Filhos naturais, digo bastardos que hão de receber a esmola da terça que o defunto Antonio Pedroso de Barros lhe deixou em seu testamento.
Título dos bastardos:
- Paulo e Bastiana filhos de Maria.
- Paschoal, filho de uma índia por nome ---itaina.
- Ventura, femea filha de uma índia por nome Iria,.
Avaliações.
Aos 14-5-1652 continuação das avaliações.
- umas casas nesta vila as quais houve o defunto de Estevão de Brito Cassão que de uma banda partem com outras casas do dito defunto e da outra com chãos de Luzia Leme. 32$000
- outras casas que estão pegado --- Manuel de -.
- chãos na vila na rua Direita da Misericórdia que de uma banda partem com casas de Francisco Rodrigues da Guerra e da outra com casas dos herdeiros de Pedro Vaz de Barros.
Dividas que se devem a esta fazenda e que esta fazenda deve.
- deve-se ab intestado da mulher do defunto por morrer antes de seu marido. 10$000 rs.
fls. 26- aos 18-5-1652 nesta vila o tutor e curador deste inventário o Capitão Pedro Vaz de Barros fazia seus procuradores para assistirem em seu lugar no beneficio deste inventário para assistirem na praça na venda e arrematação desta fazenda a Francisco Barreto e Domingos Coutinho.
fls. 51 - Juiz dos órfãos 22-5-1653: Dom Simão de Toledo Piza
Arrematações.
fls. 57: aos 3-11-1653 apresentou o Capitão Pedro Vaz de Barros por seu fiador ao Capitão João Martinez de Eredia nesta curadoria.
Aos 4-11-1653 nesta vila de São Paulo, na paragem Itaquoatira onde veio o Juiz dos Órfãos Dom Simão de Toledo com os partidores e avaliadores Antonio Domingues e Pedro da Silva Leitão para continuarem no beneficio deste inventário.
Partilha-
Soma a fazenda 1:275$151
dividas 92$600
Liquido 1:182$551
que partidos ao meio - 591$275
e de outra tanta quantia se tira a terça que importou 197$025
- se abate de legados e obras pias 193$080 fica de remanescente da terça 3$045.
para partir pelos quatro órfãos 985$528
- quinhão do órfão Pedro
- quinhão do órfão Salvador
- quinhão da órfã Luzia
- quinhão da órfã Ignez.
Dinheiro dado a ganhos.
(entre eles)
- aos 3-10-1654 a Mathias Cardoso, fiador Domingos Affonso
- aos 25-4-1656 a Marcos --- Machado, fiador seu irmão Agostinho Freire Raposo.
- aos 27-12-1657 a Antonio Delgado da Silva, fiador seu sogro João de Godoy Moreira
fls. 95-
- aos 12-2-1657 a Gaspar Soares, fiador a seu irmão Antonio Soares.
fls. 98
- a Domingos Lopes, genro do defunto Mathias Cardoso, pelo qual foi dito que seu sogro tinha tomado a ganho neste inventário, pagou e foi desobrigado.
fls. 99 a João Paes Malio, fiador João Paes o velho.
fls. 107-aos 27-6-1658 Álvaro Gonçalves, genro de Jeronymo da Veiga, fiador Antonio da Cunha Gago.
fls. 114 aos 30-9-1659 João de Godoy Moreira e disse que estava obrigado a pagar aos órfãos as dividas que o defunto Mathias Martins devesse.
fls. 121 - Juiz dos órfãos 24-6-1661: Antonio Raposo da Silveira
fls. 128 digo eu Anna Borges, dona viuva, recebi do Capitão Pero Vaz de Barros, uma esmola que deixou o defunto Antonio Pedroso de Barros (...) e roguei a meu primo Romão Barreto fizesse este hoje 16-6-1660.
idem, idem Paschoa Barreto, dona viuva (...)(...) e roguei a meu primo Romão Barreto fizesse este hoje 16-6-1660.
fls. 136: aos 1-10-1662 o Capitão João Pires Monteiro pagou e houve por desobrigado da importância principal e juros de 37$690 réis e por ele entregou seu sogro Matheus Pacheco.
fls. 141 - aos 01-1-1673 Bento Pires Monteiro tomou a ganhos 25$130 rs, deu por fiador a seu irmão João Pires Monteiro. (aa) João Pires Monteiro - Bento Pires Ribeiro - Antonio Raposo da Silveira.
fls. 144, aos 4-2-1663 Bento de Alvarenga disse que sua mãe Izabel Ribeiro era a dever neste inventário, pagou e se desobrigou.
fls. 148, aos 27-3-1663 o Capitão Henrique da Cunha Gago e disse que o defunto João de Mattos era a dever neste inventário, pagou e se desobrigou.
fls. 152, aos 24-6-1663 Manuel de Figueiró e o juiz o abonou.
fls. 152 - Juiz dos órfãos 24-6-1662 até 21-4-1664 (ultimo termo em que aparece como juiz): Paulo da Fonseca
fls. 161 - Juiz dos órfãos 10-10-1664: Lourenço Castanho Taques
fls. 161 aos 10-10-1664 nesta vila de São Paulo, perante o juiz dos órfãos Lourenço Castanho Taques, Diogo Bueno e disse que o defunto seu sogro Paulo da Fonseca se tinha obrigado neste inventário por dois termos de obrigação de dinheiro que tinha tomado a ganho (28$000 rs por um ano e um mes; e 50$000 rs por sete meses) (...) e como testamenteiro do dito seu sogro pagou.
fls. 170: aos 4-4-1665 a Lucas de Borba, fiador a Cornélio de Arzão.
fls. 172 aos 5-4-1665 Lazaro Machado e disse que seu genro Manuel Borges da Costa está a dever neste inventário (...) e houve por quite e livre desta quantia.
fls. 182 - digo eu Pedro Vaz de Barros, o moço, que estou pago que era a dever Izabel Ribeiro dona viuva conforme consta de minha folha de partilha, a qual quantia me pagou Bento de Alvarenga por sua mãe. São Paulo 4-10-666 . Pedro Vaz de Barros o moço.
fls. 183, digo eu Pedro Vaz de Barros, o moço, que estou pago que era a dever estar pago de Lucrecia Moreira, viuva que ficou de Matheus Martins que Deus tem,. 21-12-1666 Pedro Vaz de Barros.
fls. 191: aos 4-11-1667 notifiquei Pedro Vaz de Barros o moço (...) o qual deu em resposta que seu sogro Domingos Rodrigues de Mesquita era seu procurador e ele estava de partida para fora.
fls. 192- aos 28-12-1668 Matheus Pacheco de Lima em nome de sua filha Maria Pacheco de Lima, dona viúva, e por ele foi dito que a dita sua filha fizera inventário por morte de seu marido João Pires que Deus tem, que era a dever neste inventário 52$901 réis a cuja conta entregou 32$000 pela dita sua filha e o resto que são 22$801 réis lhe fica correndo a ganhos a dita sua filha na conformidade do primeiro termo feito neste inventário debaixo da mesma pena e obrigação;
fls. 193: aos 29-12-1668 era que já assim se conta por ser passado o dia de Natal, nesta vila de São Paulo, João Pires Rodrigues tomou a ganhos 32$000 rs para pagar uma divida que os órfãos seus sobrinhos de quem é curador, filhos do defunto Antonio Pires, a qual divida se devia á órfã filha de João Pires Monteiro que Ds tem (...).
fls. 194 - aos 26-2-1668 Paschoal Leite de Miranda, o qual pediu em nome de sua irmã Mariana de Miranda 32$440 rs para pagar umas peças que comprou do curador João Pires Rodrigues as quais peças são de seus sobrinhos órfãos de que ele é curador, e o dito defunto Antonio Pires pai dos ditos órfãos estar devendo neste juízo perto de 200$000rs com ganâncias, e por Paschoal Leite de Miranda foi dito que ele fiava a dita sua irmã, e outrossim se obrigou seu irmão João Leite pela dita sua irmã desaforando-se um e outro (...). fls. 200 - pagou aos 3-10-1668 Paschoal Leite de Miranda por sua irmã Marianna de Miranda dona viúva.
fls. 213 - aos 1-10-1669 Bento de Alvarenga Guterres tomou a ganho (...).
fls. 216- aos 24-5-1670 Francisco Affonso Vidal, fiador a seu irmão Antonio Affonso Vidal.
fls. 217 - confessou Antonio Pedroso de Barros estar pago e satisfeito de Jeronymo Machado do que era a dever em sua folha de partilha. 8-4-1670 - Antonio Pedroso de Barros.
fls. 221 - aos 11-10-1670 Matheus Pacheco de Lima e disse que o defunto Bento de Alvarenga Guterres era a dever certa quantia neste inventário a qual coube em folha de partilha ao herdeiro Antonio Pedroso de Barros e porque à conta do que toca a sua filha mulher do dito Bento de Alvarenga já defunto, que lhe pertence pagar (...).
fls. 222 - aos 3-11-1670 João de Freitas em nome de seu pai Antonio de Freitas a pagar o que o dito seu pai devia neste inventário.
fls. 223 confessou Gonçalo de Almeida estar pago de 71$220 réis que deviam os herdeiros de Balthazar Martins os quais recebeu da viúva Ascensa Ramires que couberam na folha de partilha a Antonio Pedroso de Barros, e como seu procurador lhe dava esta quitação. 28-3-1671 anos.
fls. 226 - aos 31-3-1671 nesta vila de São Paulo recebimento de dinheiro a ganhos do reverendo padre d. Abade Frei Bento da Purificação e o dito juiz o houve por desobrigado e fica a dita quantia na mão do Capitão Francisco Dias Velho para com ela ir se juntado com o mais até chegar a quantia que tocar a Ignez Monteiro dona viúva na parte que lhe há de caber na herança de sua neta Ignez Pedroso.
fls. 227: aos 26-4-1671 diz o capitão Pedro Vaz de Barros que ele vinha dar conta em como era falecida a órfã Ignez sua sobrinha (...) e fica liquido a parte da órfã 110$907 réis do que ele é obrigado e tudo entregava ao Capitão Francisco Dias Velho, por ser procurador da herdeira da órfã Ignez Monteiro.
fls. 229: confessou Pedro Vaz de Barros o moço estar pago de tudo o que seu curador o Capitão Pedro Vaz de Barros tinha em seu poder tocante à sua legitima. 26-4-1671-
fls. 230: recebi do Capitão Pedro Vaz de Barros de esmola de cinco missas que mandou dizer pela alma de sua sobrinha defunta. hoje 2-1-1671
(mais recibos de missas pela defunta sobrinha).
fls. 230; aos 16-4-1672 Francisco Mendes Casado por parte de sua tia Catharina Ribeiro a qual esta obrigada neste inventário a quantias de 9$000 réis a qual tivera em seu poder 14 anos.
fls. 232: recebi do Capitão Pedro Vaz de Barros duas patacas, pelo acompanhamento da defunta Ignez Pedroso que Deus tem, (...) hoje 11-12-1670 - o Vigário Pedro Lemme do Prado.
fls. 233 termo de quitação geral que da Antonio Pedroso de Barros a seu procurador Gonçalo de Almeida de toda a quantia por ele cobrada do que coube em sua folha de partilha - 12-6-1672.
fls. 233 diz Francisco Dias Velho que ele ficou como testamenteiro da defunta sua sogra Ignez Monteiro (...) e como ele testamenteiro na ultima doença de que ela morreu esteve ausente (...) e porquanto na folha da partilha que se lhe passou a ela testadora por morte de sua neta Ignez Pedroso (...).
fls. 238 aos 21-4-1670 para lançar a gente que por lançar estava no inventário do defunto Antonio Pedroso de Barros e fazer dela partilha entre os herdeiros:
Titulo dos herdeiros:
- Pedro Vaz de Barros, casado.
- Antonio Pedroso de Barros e não faça duvida chamar-se no inventário Salvador porque mudou o nome em Antonio.
- Ignez Pedroso de Barros
- Luzia Leme
- Sebastiana, filha de Maria pequena que ficou do defunto Antonio Pedroso de Barros, bastarda, que herda parte das peças que deixou na terça o dito defunto como do testamento consta.
fls. 243 - Procuradores á lide das órfãs:
- a Antonio Rodrigues por parte da órfã Ignez Pedroso.
- a Francisco Dutra, por parte da órfã Luzia Leme
- a Dom João de Tobar, por parte da órfã Sebastiana que herda as peças da terça conforme testamento.
fls. 252 - aos 5-7-1671 nesta vila de São Paulo, Maria Pedroso, dona viuva, foram entregues 22$880 réis que seu marido Manuel Temudo era a dever neste inventário.