PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

SL. 8º, 516, 3-1 Pascoal Delgado Lobo, foi C.c. Ana da Costa, f.a do Capitão Domingos Fernandes e de Ana da Costa, V. 7.o pag. 250; fal. em 1650 em Santana de Parnaíba. Teve 2 f.as (Nota 1):

(Nota 1) O seu inventário declara a f.a única Isabel, n. 4-2; porém o testamento de Antônio Castanho da Silva, que fal. em 1646 em Santana de Parnaíba, declara que sua mulher Felipa Gago da Costa, foi f.a de Pascoal Delgado Lobo e de Ana da Costa, e isto está de acordo com o que escreveu Pedro Taques, em Tit. Almeidas Castanhos: por isso descrevemos esta f.a Felipa Gago, sob n. 4-1 na suposição de que, se não está ela mencionada no título dos herdeiros de Pascoal Delgado, n. 3-1, foi por estar ela inteirada de sua legítima com o dote que recebeu em vida de seu pai.

SL. 8, 516, 4-1, Felipa Gago da Costa, foi C.c. Antonio Castanho da Silva, fal. em 1646 com testamento em Santana de Parnaíba, f.o do morgado do mesmo nome e de Catarina de Almeida.

 

SL. 4º, 385, 2-1 Antonio Castanho da Silva, que herdou de seu pai a grande fazenda de Parnaíba, e ali casou-se com Filippa Gago, f.ª de Paschoal Delgado Lobo (o moço) e de Anna da Costa. Faleceu com testamento em 1646, e teve (C. O. de S. Paulo) f.ª unica:

3-1 Izabel Castanho, que casou-se com Paulo de Anhaya.

 

SL. 4º, 405, 3-4 Paulo de Anhaya, casou com sua parenta Izabel Castanho, f.ª de Antonio Castanho da Silva e de Filippa Gago. Teve q. d.:

4-1 Filippa Gago, batizada em 1650 em Parnaíba, casou em 1682 em Itu com Paschoal Tavares, f.º do capitão Diogo da Costa Tavares e de Catharina de Lemos.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)

 

Antonio Castanho da Silva, nascido por 1611 (inventário paterno SAESP vol. 6º, neste site), falecido em 1648. Casou com Felipa Gaga e foram pais de:

- Izabel, nascida por 1646. Quando faleceu seu pai em 1648 ainda “mamava”, pelo que foi confiada à mãe.

 

 Segundo a GP seria Izabel Castanho, casada com Paulo de Anhaia, que batizaram filha Felipa Gago em 1650 em Parnaíba e a casaram em 1682 em Itu. (SL. 4º, 405, 3-4)

Há aqui um possível engano na data do batismo de Felipa ou então esta Felipa Gago não foi neta de Antonio Castanho, abaixo inventariado.

 

Aos 09.09.1651, em Parnaíba, Felipa Gago já estava casada em 2as. com Manoel Fernandes Adorno, cunhado de João de Anhaia que por sua vez foi cunhado de Serafino Correa. Manoel Fernandes Adorno faleceu antes de 16.04.1655.

 

ANTONIO CASTANHO DA SILVA, filho

Inventário e Testamento

 

Vol 36, fls 105 a 157

Autos do Inventário Data: 20-8-1648

Local: Vila de Santa Ana da Parnaíba

Juiz: Martim da Costa

Escrivão da Camara: Visente Roiz Bicudo

Avaliadores: Fran.co Nunes e Domingos Fr.ª, moradores nesta vila.

Declarante: Filipa Gaga moça dona viuva

 

Aos 26-2-1653 foi apresentado este testamento por Luis Castanho de Almeida como testamenteiro de seu irmão Antonio Castanho da Sylva, ante o R.do P.e Visitador e Juis dos Residuos Domingos Gomes Albernás.

 

----- Santissima.

------------- ---- anos, aos 25 dias... doente Ant.º Castanho da Silva, determinei fazer este meu testamento.

Encomenda a alma.

Rogo a meu irmão Luiz Castanho Dalmeida queira ser meu testamenteiro e curador de minha filha Yzabel e peço e rogo ------ meu irmão por algunes --------------- ou ------------------------------------ ser pesso e rogo a meu primo --------------------------.

Declaro que sou casado com Felipa Gaga filha de Paschoal Delgado Lobo e sua mulher Anna da Costa, da qual minha mulher Felipa Gaga tenho uma filha por nome Yzabel direita herdeira de minha fazenda.

Declaro que sou filho de Antonio Castanho da Silva e de Caterina Dalmeida casados em face da igreja já defuntos.

Declaro que o dito meu pai era natural de Tomar nas partes de Portugal adonde por falecimento de seus pais lhe ficaram bens ao dito meu pai; a saber uma capela com seus rendimentos / móveis como de raiz a nós pertencentes como legitimos herdeiros do dito meu pai, conforme cartas que minha mãe em sua vida teve de meus tios e tias irmãos de meu pai, dizendo que mandasse procurações para eles poderem documentar os ditos bens.

legados pios.

Mando se dê de minha fazenda a Manoel João Branco e a sua mulher ou herdeiros 10 patacas.

Declaro que estou pago e satisfeito do dote que meu sogro me prometeu.

------ do filho --------- minha -------- pelo curador que dela ´--------------------------- curador de uma orfão porque lhe pediu ---------- e tenho recebido somente 4 patacas ------------------- que minha terça se dem a minha prima Yzabel de Proença duas peças do gentio da terra por boas de que dela tenho recebido.

Declaro que fiz uma armação com João danhaya para os ------- todo o necessário para a dita viagem: com concerto de que a gente que trouxesse me havia de dar a metade.

Declaro assim mais outra armação com Antonio Roiz na mesma conformidade do que trouxer a metade.

Assim mais declaro outra armação com Ant.º Alves do que trouxer dar-me a metade.

Declaro que tenho um livro de contas de minha letra - do que devo e do que se me deve, o qual livro entreguei a meu primo L.ço Castanho Taques.

Declaro que tenho e vou tendo contas por ser necessário com meu primo L.ço Castanho Taques, o que será aquilo que no seu livro de contas se achar.

O remanescente de minha terça se dê a minha filha.

(----) (...) que se assinaram oque ---- tabelião desta vila hoje vinte e cinco de julho ------------- e seiscentos e quarenta e oito anos. Ant.º Castanho da Sylva // + de Fr. de Alves / P.º de Souza P.to / Cristovão Ferrão / de + M.el Paes F.ª /

Aprovação: 1648 em o derradeiro dia do mes de julho.vila de Santa Ana da Parnaíba.

Cumpra-se 11-8-648 O Vigr.º Alvr.º Netto Bicudo //

Cumpra-se 12-8-1648 Martym da Costa //

 

Santo Ant. ajudará

Saibão quantos esta cedula de codisilho virem que no ano de 1648 eu Ant.º Castanho da Silva trata mandar fazer esse codesilho (...) devido como o mesmo testamento por ser minha ultima vontade.

Ordena missas e esmolas pias.

- mando se de a um pobre duas camisas e duas cerolas.

- mando se de a um moço de João Ribr.º de Proença por nome Luis duas varas de pano de algodão.

- mando se dê outras duas varas de pano a outro moço do dito João Ribr.º por nome Geronimo.

- declaro que devo a Martim da Costa 4 patacas as quais foram por Ant.º Dias e o não tenho assentado no meu livro de contas.

- declaro que tenho um conhecimento da quantia de 2$000 rs de Fr.co Sanches de que a conta do dito conhecimento tenho recebido duas galinhas.

- tenho outro conhecimento de Jorge Frz, morador na vila de São Sebastião de quantia de 2$000 rs.

- declaro que tenho umas terras conforme reza a escritura que me vendeu meu primo L.ço Castanho Taques

- peço a minha mulher Felipa Gaga nas terras que lavro minhas, deixe estar a minha prima Izabel de Proença até virem seus filhos do sertão e ela buscar onde estar.

(...) e pedi a meu primo Lço. Castanho Taques me fizesse este condesilho e se assinasse juntante comigo hoje 10-8-1648 - Lço. Castanho Taques / Ant.º Castanho da Sylva /

 

Quitações, (entre elas)

fls.114: digo eu Maria Leme que recebi de Luis Castanho dalmeida 16 patacas em dinheiro de contado a qual quantia pagou pelo defunto seu irmão, conforme reza a verba do testamento e roguei a meu neto Bras Mendes este fizesse e assinasse como testemunha. 1-11-1651 Bras Mendes / Maria Leme

 

fls. 120: digo eu Maria Nunes, que recebi pataca e meia que o defunto Ant.º Castanho da Silva era a dever a meu marido Ant.º dalmeida que Ds. haja e roguei a Baltezar Nunes este fizesse. hoje 13-3-650 Maria Nunes / Baltezar Nunes/

 

fls. 125 autos do inventário

 

Herdeiros desta fazenda:

a viuva Felipa Gaga e sua filha Yzabel.

 

Avaliações, dividas que devem a esta fazenda, dividas que esta fazenda deve a partes.

- devo ao órfão Pedro de que fui curador quatro patacas 1$280 rs.

 

E assim mais declarou a viúva que tinha uma escritura de terras de 600 braças as quais partem com o dito vendedor Lourenso Castanho Taques em guaramimi acamguava que confrontam e partem com João Glz.

 

Botou-se mais 8 braças de chãos na vila de Parnaíba confrontando com o Sr. Juiz Martim da Costa e declarava ela dita viuva que estes chãos lhe dera seu pai Paschoal Delgado em dote de casamento

 

Peças do gentio: declaração que fez a viúva de armações que fez para o sertão ao defunto como consta pela verba do testamento de homens que armou com negros e o mais necessário para a dita viagem. Assinou pela viúva seu procurador Ant.º de Souza Couto.

 

Partilha do gentio da terra entre a viúva e a órfã Izabel.

 

fls. 134 - termo de curadoria - dando cumprimento ao testamento em que o defunto queria fosse curador de sua filha Izabel, seu irmão Luiz Castanho e ausente a Lourenço Castanho Taques seu primo e visto Luis Castanho ser ausente e estar presente na terra seu primo Lourenço Castanho Taques o juiz o fez curador da dita órfã.

E visto que a órfã não ser de idade de dois anos e mamar ainda, requereu o curador a deixasse ficar com a sua mãe.

 

Arrematações,

 

fls. 136: Soma a fazenda 44$070 rs e as dividas 67$560 rs e por serem mais as dividas que a fazenda mandou o juiz que se não fizesse partilhas.

 

fls. 141: 29-9-1648 requerimento que fez Lourenço Castanho Taques ao juiz para desistir da curadoria da órfã Izabel para prover em Luis Castanho da Silva irmão do dito defunto e fazer-lhe entrega dos papeis e mais coisas como testamenteiro e curador do dito defunto.

 

fls. 146 - aos 9-9-1651 nesta vila de Santa Ana de Parnaíba pareceu parte ante o Juiz ordinário e dos órfãos Alberto Lobo a saber M.el Adorno e Luis Castanho dalmeida e pelo dito M.el Frz Adorno foi lançado mais neste inventário 300 braças de terras de testada em Hybituruna e meia légua de sertão e cinco por tais o que tudo lançava por estar casado com a viúva Felipa Gaga e se não haver lançado por esquecimento ao tempo de se fazer este inventário (...) (aa) Luis Castanho dalm.da / M.el Frz Adorno /

 

Foram feitas partilhas das novas peças e terras lançadas neste inventário

 

fls. 150: recebi de meu sobrinho Gp.ar de Britto 5 patacas e 4 vinteins que me entregou pelo Sr. Luis Castanho que o dito senhor manda entregar a filha de Jorge Glz. que Ds tem, o qual dinheiro entregarei a sua avó minha tia Ilena da Silva pela ter em casa e ser sua curadora e por ter recebido a dita quantia passei esta quitação por mim feita e assinada em Santos 20-6-1652 Inacio Bandr.ª/

 

fls. 151 e sendo feitas e acabadas estas partilhas mandou o juiz fazer este termo de declaração e obrigação de como M.el Adorno casado com a viuva ficava obrigado a pagar o resto das dividas.

 

Dinheiro dado a ganhos.

 

fls. 152 aos 20-3-1652 a Mel Frz Adorno 6$000 rs a ganhos, deu por fiador a seu cunhado João danhaia. Pagou aos 4-3-1653 6$480 rs e retomou a ganhos.

 

fls. 155: aos 16-4-1655 nesta vila de Santa Ana de Parnaíba por João d’Anhaia foi dito que seu cunhado M.el Frz Adorno já defunto estava a dever neste inventário e sendo ele fiador a qual quantia vinha ele dito João d’Anhaia pagar e que o queria tomar a ganhos que importava o principal e ganhos 7$453 rs, deu como fiador a Domingos Bicudo de Britto.

Aos 19-7-1656 João d’Anhaia reformou o supra e deu como fiador a seu cunhado Serafino Correa- 8$295 rs.

 

fls. 157: aos 11-4-1676 nesta vila de Santa Ana da Parnaíba por mandado do Juiz dos Órfãos Baltezar Carrasco dos Reis lhe fiz este inventário para nele mandar o que for servido de que fiz este termo de conclusão. Eu M.el Franco de Brito escrivão dos órfãos o escrevi.

Seja notificado João de Anhaia para que em termo de cinco dias aparece perante mim para dar conta do que se lhe dever do inventário ------- aceitara ----- que constar dever, e a mesma diligencia se faça com os ----- que constar, não haverem dado satisfação ao que são obrigados sob pena de se proceder contra eles na forma da lei. Parnaíba de abril cinco de 676 anos. Carrasco //