PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
S.L. 2º, 441, 1-2 Martha Esteves, casada com Antonio Barbosa.
Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)
Antonio Barbosa, falecido no sertão em princípios de 1646 (DBS. fls. 49) irmão de Domingos Barbosa Calheiros e de Francisco Barbosa, estes dois filhos de Domingos Barbosa e de Maria Rodrigues (SAESP vol. 11º e vol. 37º, neste site). Antonio não consta no testamento e inventários paterno e materno, provavelmente filho natural. (SL. 8º, 231, 3-1)
Casou com Maria Luiz. falecida em outubro de 1646, filha natural de Braz Esteves, inventariado em 1636 (SAESP vol.10º, neste site) (S.L. 2º, 441, Cap. 4º) aonde é citada como Martha Esteves (SL., 1º, 441, 1-2), tiveram, nascido por:
1- Maria, 1633 em 1658 já casada.
2- Domingos Barbosa, 1634
3- Antonio Barbosa, 1635
4- Francisco
5- Izabel, 1637 em 1658 já estava casada.
6- Manoel Luiz Barbosa, 1638
7- Jeronimo, citado no testamento paterno e não consta no materno.
8- Jose (citado como Jorge no testamento paterno e materno), 1643.
ANTONIO BARBOSA
Inventário e Testamento
(apenso o de sua mulher MARIA LUIZ)
Vol 34, fls 71
Data: 10-10-1646
Juiz: Dom Simão de Toledo
Avaliadores: Manoel das Cunha e Domingos Machado
Local: Vila de São Paulo, pousadas de Maria Rodrigues, a velha
Declarante: a viúva, assinou por ela Domingos Barbosa Calheiros
TITULO dos FILHOS:
(2 linhas inutilizadas)
vem depois do testamento:
TESTAMENTO
Invocações espirituais, encaminhamento da alma.
Sendo que Deus Nosso Senhor seja servido levar-me desta vida presente peço aos meus dois manos Francisco Barbosa e Diogo Barbosa façam do meu corpo enterrando-o como Deus for servido visto estarmos em terras desertas.
Declaro que sou casado com Maria Luiz a face da igreja da qual tenho oito filhos machos e duas fêmeas, o mais velho Domingos Barbosa o segundo Antonio, o terceiro Francisco, o quarto Manoel, Jerônimo, Jorge e duas fêmeas a mais velha Maria a segunda Izabel os quais são meus herdeiros legítimos.
Pede ofícios e missas.
Declarou dever ao Padre Manoel Nunes, já defunto, João Machado, Dº Coutinho, Lourenço Fernandes, ao defunto Sebastião Mendes, André Mendes Ribeiro, João Miz Bonilha, Belchior de Borba, Francisco Barreto, Miguel Vaz na Cananéia, Gaspar Gomes.
Declarou que deve a Frco Barreto cinco patacas; declaro q’ me deve, meu cunhado Bertolameu Esteves, madeyra p. humas casas de dous lansos.
Também lhe devia um (...) Oliveira e tinha um conhecimento em mãos de Manoel de Andrade na Cananéia.
Deixou a terça à mulher para fazer bem à sua alma.
Pediu aos irmãos Francisco Barbosa e Dos Barbosa fossem seus testamenteiros.
Declarou que as peças que tinha em casa e as que ora levava fossem tratadas como forras e que se dispusesse delas conforme o costume da terra.
E rogou ao padre Marcos Mendes fizesse e assinasse como testemunha aos (...) de maio(...).
Testemunhas: Belchior de Borba
Manoel de Burgos
Diogo Barbosa
João de Freitas
Antonio Dias de Moura
Manoel João
João Miz Bonilha
CUMPRA-SE: SP 8-9-1645 (sic) – Lima
CUMPRA-SE: SP, 16-9-1646 – Paulo de (...)
Seguem as avaliações
Rol de devedores e credores:
Diogo Tavares
Manoel de Siqueira
Padre Salvador de Lima do Canto
João Machado
Domingos Coutinho
Gaspar de Godoi
Igino Dias
Domingos Barbosa
Aleixo Jorge
Bastião Mendes
João Martins
André Mendes Ribeiro
João Martins Bonilha
Belchior de Borba
Francisco Barreto
Bito Antonio
Miguel Vaz morador em Cananéia
Gaspar Gomes morador em Santos
Manoel Pires, o velho
Domingos da Rocha
Lourenço Fernandes
Gente forra: 81
Procurador as lidem da viúva: Cristóvão Rodrigues de la Penha
Curador ad lidem dos órfãos: Capitão Domingos Barbosa Calheiros
Segue a partilha da gente forra entre os órfãos, a viúva e a terça
Os bens foram entregues a Domingos Barbosa para fazer leilão e pagar as dívidas por serem estas mais que a fazenda.
8-11-1646: Domingos Barbosa Calheiros disse que estava de partida para fora da Capitania pelo que pediu que seu irmão Francisco fosse feito curador neste inventário.
Francisco recebeu as peças dos órfãos e jurou tomar conta deles, ensinar os bons costumes etc, dando por fiador Domingos Barbosa Calheiros.
Segue o leilão dos bens.
8-8-1647: O Juiz Dom Simão de Toledo expediu mandato de prisão contra Francisco Barbosa por não aparecer na vila para prestar contas e alhear as peças dos órfãos.
Seguem pedidos e quitações de dívidas, entre eles:
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MARIA LUIZ
Inventário e Testamento
Vol 34, fls 111
Data: 6-11-1646
Juiz: Dom Simão de Toledo
Avaliadores: Manoel das Cunha e Domingos Machado
Local: Vila de São Paulo
Declarante: Domingos Barbosa Calheiros
TESTAMENTO
19-10-1646, em Acuty termo da vila de São Paulo, em casa de Bartolomeu Esteves, feito a rogo por João de Godoy, por estar longe da vila e não haver oficial de justiça.
Faz invocações pias, pede para ser sepultada no Convento do Carmo, pede acompanhamento e missas.
Deixo por meu testamenteiro meu cunhado Francisco Barbosa pela confiança que nele tenho.
Declaro que fui casada com Antonio Barbosa que Deus tem em face da Igreja e tivemos de legítimo matrimônio sete filhos machos e fêmeas a saber: Domingos, Antonio Francisco, Manoel, Jorge, Maria e Izabel os quais são meus legítimos herdeiros...
Deixou o resto da terça para as filhas.
Declarou que há pouco tempo se fizera inventário dos bens da fazenda do casal e que ela ficara com sua parte e se deu a cada um dos filhos a sua parte.
Declarou que das peças tomava a sua terça Marcos e sua mulher Catarina que deixava ao filho Domingos, e as demais às filhas.
Declarou dever a Pedro de Moraes Madureira por um assinado que cobrou de Bernardo Gonçalves, Inocêncio de Brito e Felipe Moreira.
Devia um alqueire de trigo a Manoel Esteves, e ao irmão Braz Esteves uma pataca de uma peça do gentio da terra que lhe vendeu e não poderia ter vendido por ser forra.
TESTEMUNHAS: João de Godoy, João Leme, André Mendes Afonso, + de Bertolomeu Esteves, Francisco de Godoy, Fernando de Godoy, Miguel de Freitas – e houve impedimento de Mateus Miz e assinou Jacinto Moreira Preto. (Jacinto Alves Moreira na assinatura)
Cumpra-se: 21-10-1646 – Albernaz
Cumpra-se: 21-10-1646 – Freitas
Seguem as avaliações
Dividas: Deve Bras Esteves morador em quaoquaira 7$320
Rol de gente forra: 56
Peças dos órfãos foram entregues a Francisco Barbosa, seu curador
Segue leilão dos bens para pagar as dívidas
3-6-1653: Simão de Toledo manda que Francisco Barbosa fosse prestar contas dos órfãos.
18-3-1658: Apareceram João da Costa, Domingos Barbosa, Antonio Barbosa, Manoel Barbosa e o Capitão Domingos Barbosa Calheiros como procurador dos órfãos Jorge Esteves e declararam que as peças que ficaram por morte de seu pai e mãe tinham ficado incorporadas porque morrendo alguma corria por conta de todos e por ora todos eram casados menos um órfão e pediam para que se fizesse partilhas das peças para que cada um levasse o que fosse seu.
Receberam seu quinhão:
O órfão representado pelo curador Domingos Barbosa Calheiros
Domingos Barbosa
Antonio Barbosa
João da Costa
Manoel Luiz Barbosa
10-4-1662: conclusão dos autos feito por Antonio Raposo, escrivão de resíduos e capelas.
Vistas ao promotor que disse haver legados a cumprir.