PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

www.projetocompartilhar.org

 

 

S.L. 8º, 552, 1-3 Gaspar Vaz Cardoso, o moço, foi o 1.o marido de Antonia Ribeiro, fal. em 1680. Teve 2 f.os:

2-1 Valeriana da Paixão casada com Pantaleão Freire Pacheco.

2-2 Gaspar Vaz.

 

SL. 3º, 363, 1-7 Salvador de Miranda, casou-se em S. Paulo com Antonia Ribeiro, viúva de Gaspar Vaz Guedes, de Mogi das Cruzes. Faleceu Antonia Ribeiro em 1681 e teve os 3 f.ºs de seu 2.º marido 1-7, falecido em 1668:

2-1 Miguel de Almeida

2-2 Antonio de Almeida de Miranda foi casado com Catharina Dias, que depois casou com Manoel Gonçalves Morgado. Faleceu Antonio de Almeida Miranda com testamento em 1672 e teve os 5 f.ºs seguintes

3-1 Salvador de Miranda do Prado casado em 1697 em S. Paulo com Joanna Pires de Camargo.

3-2 Antonio de Miranda, casou-se

3-3 Manoel de Miranda, casou-se.

3-4 Antonio de Miranda, faleceu em 1697, casado com Izabel Garcez Moreira.

3-5 Joanna de Miranda, casou-se.

2-3 Maria Ribeiro, foi casada com Belchior de Godoy f.º de outro de igual nome e de Catharina de Mendonça.

 

Subsídios à Genealogia Paulistana (Bartyra Sette)

 

Antonia Ribeiro, falecida em 1680 e inventariada em 1681, casou primeiro com Gaspar Vaz Guedes o moço, de quem teve uma única filha (o filho Gaspar Vaz que está na GP não foi filho dela):

1- Valeriana da Paixão, póstuma, casou com Pantaleão Freire e em 1680 era viúva

 

Casou em segundas com Salvador de Miranda de quem teve quatro filhos machos e uma fêmea, conforme declarou em testamento:

2- Maria Ribeiro, casada com Belchior de Godoy Moreira falecido em 1680 (SAESP vol. 19º, neste site). Seu genro João Peres da Silva, marido de Maria de Godoy Moreira foi o testamenteiro de Antonia Ribeiro.

3- Miguel de Almeida, citado na GP, não comparece no inventário materno nem por si nem por herdeiros seus.

4, 5 – filhos machos, não comparecem no inventário materno nem na GP.

6- Antonio de Almeida Miranda, casado com Catarina Dias, (em 1680 Catarina estava casada com Manoel Gonçalves Morgado).

Antonio já era falecido em 1680, deixando filhos que foram tutelados por sua sogra, entre eles a filha Antonia, legatária da avó paterna.

 

Catarina Dias foi filha de Manoel Garcia Velho e Maria Moniz Costa, arrolada como filha do casal em SL 7º, 458, 2-7. Silva Leme não conseguiu identificá-la com a mulher de Antonio de Almeida Miranda e no vol 3º diz que foi filha de sí própria e segundo marido:

 

SL. 3º, 310, 3-12, Francisco Rodrigues do Prado (não vem no inventário, porem diz Pedro Taques ser filho de Francisco Borges e Luzia Rodrigues do  2-3) casou em S.Paulo com Catharina Dias filha de Manoel Gonçalves Morgado e de Catharina Dias, a contraente viuva de Antonio de Almeida de Miranda.

 

 


ANTONIA RIBEIRO

Inventário e Testamento

 

SAESP vol. 20, fls. 381 a  415

Testamento: 13-6-1680

Inventário: 10-6-1681

Local: bairro dos Pinhaes, termo da Vila de São Paulo, no sitio e fazenda da defunta.

Data: 9-12-1681

Juiz dos Órfãos: Salvador Cardoso de Almeida

Escrivão: Diogo Gonçalves Moreira

Avaliadores: Thomaz Mendes Barbosa e Jeronymo Pedroso de Oliveira

Declarante: o testamenteiro Antonio Peres, seu neto.

 

Título dos herdeiros:

- Valeriana da Paixão.

- os herdeiros órfãos de Antonio de Almeida de Miranda.

- Maria Ribeiro, dona viúva.

 

TESTAMENTO (resumo)

 

---- Padre Filho Espírito Santo (...).

Aos 13-6-1680 eu  Antonia Ribeiro faço este meu testamento.

(encomendação da alma).

Rogo a meu neto Antonio Peres e a João de Siqueira Ca--- queiram ser meus testamenteiros.

- que meu corpo seja sepultado na igreja de Nossa Senhora do Carmo.

(pedidos de missas).

Declarou que fui primeira vez casada com Gaspar ------ em face da igreja e dele tive uma filha por nome Valeriana a qual foi casada com Pantaleão Freire já defunto, a qual filha lhe dei dez peças do gentio da terra em dote de casamento sem mais outra cousa.

Declaro que fui segunda vez casada com Salvador de Miranda em face da igreja e dele tive quatro filhos machos e uma fêmea por nome Maria Ribeiro casada com Belchior Godoy ao qual lhe dei em dote nove peças do gentio da terra e o mais que constara do rol.

Declaro que estes filhos que nomeio são meus verdadeiros herdeiros da minha fazenda que se achar.

Declara bens.

Declaro que da legitima do defunto Antonio de Miranda meu filho já defunto se lhe entregue e inteirem a seus filhos meus netos assim como os mais herdeiros.

Declaro que deixo a minha neta Antonia filha do defunto meu filho Antonio de Miranda uma peça e assim mais deixo do remanescente de minha terça digo a minha filha Valeriana da Paixão deixo a peça acima dita e não a minha neta Antonia que foi erro de pena.

E assim mais deixo uma peça a minha neta - Moreira mulher de Antonio Peres, o remanescente de minha terça deixo a minha neta Antonia filha de meu filho Antonio de Miranda.

(...) e por não saber escrever roguei a Manuel Bicudo assinasse por mim com as testemunhas abaixo assinadas aos 13-6-1680.- Anna Ribeiro - Manuel Bicudo - Lourenço de Amores de Siqueira - Gervasio Lobo de Oliveira - Domingos de Amores de Almeida.

Cumpra-se como nele se contem. São Paulo 14 de maio de 681 anos - Barreto.

Cumpra-se como nele se contem. São Paulo 14 de maio de 1681 anos - Godoy.

 

Recibos pios (a partir de 14-5-1681).

 

fls. 390 - Digo eu Manuel Gonçalves Morgado que é verdade que por ordem de minha sogra Maria Moniz da Costa curadora de minha enteada recebi o remanescente da terça que a defunta Antonia Ribeiro deixou, do testamenteiro Antonio Telles (sic) da Silva  e outrossim recebi mais à ordem do dita minha sogra  3$660 réis que consta haver herdado meu antecessor Antonio de Miranda por morte de seu pai Salvador de Miranda e como recebi tudo da mão do dito testamenteiro me obrigo ------ minha sogra ou a quem o juiz dos órfãos ordenar e por verdade passei esta para descargo do dito testamenteiro por mim feita e assinada hoje onze de junho de seiscentos e oitenta anos.- Manuel Morgado.

 

Digo eu Valeriana da Paixão que é verdade que recebi do testamenteiro Antonio Peres da Silva uma peça que minha mãe me deixou na verba do testamento (...). 11 de junho de 1681 - Assino como testemunha e por minha constituinte Valeriana da Paixão - Antonio da Cunha Ca--.

 

Digo eu Antonio Peres da Silva que estou entregue de uma peça que a defunta minha avó Antonia Ribeiro deixou a minha mulher Maria de Godoy Moreira a qual me entregou o testamenteiro João de Siqueira e outrossim estou entregues de 2$000 réis pelos gastos da revista do testamento e por verdade passei de minha letra e sinal hoje 11 do mês de junho de 681 anos - Antonio Peres da Silva.

 

fls. 391 - Citação aos 4-6-1681 a viúva Maria Muniz como tutora e curadora de seus netos filhos que ficaram de Antonio de Miranda para que por si, ou por seus procuradores esteja presente para as partilhas que se há de fazer no sitio que ficou de Antonia Ribeiro e por ser os ditos órfãos herdeiros nela a dita Maria Muniz será citada por si, e tutora de seus netos (...).

 

(...) citei a Maria Muniz por si e seus netos órfãos de quem é curadora (...) e me deu em resposta que para as partilhas nomeadas fazia e instituía por si em nome de seus curados por procurador nas ditas partilhas a seu genro Manuel Gonçalves Morgado para requerer toda a justiça dos ditos órfãos (...).

 

fls. 393: Petição:

Valeriana da Paixão, moradora na vila de São Paulo que ela suplicante é filha legitima de Gaspar Vaz Guedes e de Antonia Ribeiro que foram moradores na vila de Santa Ana das Cruzes de Mogi e a dita sua mãe se casara segunda vez com Salvador de Miranda de que tiveram herdeiros. E ora presente é falecida sua mãe Antonia Ribeiro e deixou uma verba de seu testamento em como havia dotado a ela dita suplicante (...) as verbas do testamento do avô dela suplicante o capitão Gaspar Vaz Guedes onde deixa declarado as peças que lhe couberam de sua legitima (...) onde declara as partilhas que se fizeram entre si, e sua mãe como assim mais o teor de  outra verba do testamento de seu avô onde diz que se entregue as peças que lhe couberam ao capitão Jose Preto que Deus haja em cuja casa se alimentou e a casou de sua casa dando-lhe o que lhe coube de folha de partilha e legitima do defunto seu pai (...)

 

Translado autentico do pedido na petição das verbas conteudas na petição.

 

Verba do testamento do Capitão Gaspar Vaz Guedes (resumo)

Mandei meu filho Gaspar Vaz o qual era filho família ao sertão e tornando a esta vila trouxe umas trinta peças e se meteu em minha casa como de antes e nesse tempo se casou tendo a gente junta como trouxe sem me dar parte delas e morreu e se fez partilha com sua mulher Antonia Ribeiro ficando prenhe de que veio a parir uma menina; se os meus herdeiros acham que não estão satisfeitos peçam partilhas de ametade e a outra ametade lhe fique de seu trabalho.

Deixou-me por herdeiro de sua terça aonde a menina lhe coube 14 cabeças e a sua mãe coube 15.

Estas peças da órfã mando que se entreguem a meu genro Jose Preto e que as tenha em seu poder até ser de idade que se possa casar. (.....)

 

Avaliações, gente da terra.

 

fls. 401  foram citados a viuva Valeriana da Paixão, a viúva Maria Ribeiro e Antonio Cardoso da Cunha procurador de Valeriana da Paixão e a Manuel Gonçalves Morgado procurador ad lidem dos herdeiros de Antonio de Almeida de Miranda e a viúva Maria Ribeiro respondeu que não queria entrar a colação que não queria nada das partilhas todos os mais dizem que querem herdar (...).

 

Monte para se partir entre 3 herdeiros (a viuva Maria Ribeiro, a viuva Valeriana da Paixão e aos órfãos que ficaram de Antonio de Almeida), coube a cada um 20$773 réis