PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Cap. 3º § 6º
MANOEL PINTO GUEDES, capitão
(atualizado em 03-novembro-2015
Fabricio Gerin
Capitão Manoel Pinto Guedes, batizado em dezembro de 1673 na Sé de São Paulo, filho de outro e Domingas Rodrigues de Escuderos.
(Certidão acostada ao Processo de Genere et Moribus de Simão Pinto Guedes, fls. 5v) Baptizei e pus os santos oleos a M.el filho de M.el Pinto e de sua mulher Domingas Roiz: forão padrinhos Bernabe de Mello Coutinho, e Catharina de Seq.ra. O L.do Matheos Nunes de Seq.ra. Declaro que este assento se acha feito no meyo de dous, dos quaes o immediato assima foi feito aos dez de dezembro de mil seiscentos settenta e trez, e o immediato q.e se segue p.a bayxo foi feito aos vinte e sinco do mesmo mez , e era, como delles consta.
Casou em 08-09-1698 na Sé de São Paulo, com Angela Machado e Silva, batizada em 15-02-1684 na Sé de São Paulo. filha de Jerônimo Machado e Silva e Maria Egipcíaca de Arzão.
Certidão acostada ao Processo de Genere et Moribus de Simão Pinto Guedes, fls. 5v. E logo em o d.o dia mez e era assima se receberão perante mim nesta Igreja Matriz Manoel Pinto filho de Manoel Pinto defunto, e de sua mulher Domingas Roiz com Angela Machada Sylva filha de Hyeronimo Machado Sylva, e de sua mulher Maria Egipciaca de Arzão defuntos forão testemunhas João de Crasto , ... Fonseca, e Maria Nunes de Siqueira, de que fiz este assento, em que me assignei. João Gonçalves da Costa. Declaro q.e o assento q.e no mesmo L.o se acha imediato assima foi feito aos oyto dias do mês de septembro de mil seiscentos e noventa e oyto annos como delle se vê.
Em 15-02-1684 Sé de São Paulo, Angela, filha de Jerônimo Machado e Silva e Maria Egipcíaca – padrinhos: Baltasar da Costa da Veiga e Angela de Siqueira),
Em 1726 acompanhou Bartolomeu Bueno da Silva em sua bandeira ao sertão dos Guaiases:
“Em 1726, com pouco mais de cinqüenta e cinco anos de idade, e com uma comitiva não inferior à primeira, deu Boeno princípio à segunda exploração, levando em sua companhia o Padre Antonio de Oliveira Gago, o Engenheiro Manoel de Barros, Manoel Pinto Guedes, e outros sujeitos, e esquecendo-se o seu nobre coração das contendas passadas, tomou novamente por sócio a seu genro João Leite da Silva Hortiz, e tendo caminhado por espaço de seis meses, e seguindo uma marcha mais bem dirigida, chegou às vizinhanças de Goyaz na distância de duas léguas, aonde o achado de uma caimba de freio, já corroída do tempo, e outros vestígios mais o convenceram, que estava em sítio trilhado por outros, que não fossem os Selvagens; daí a pouco alguns dos companheiros, que tinha mandado em busca de mel, e de caça, lhe apresentaram dois Índios já idosos, que lhe foram mostrar o lugar do primeiro arranchamento, onde está hoje o Arraial do Ferreiro, e onde Boeno se estabeleceu, e desta forma alcançou, a primeira palma de tantos trabalhos. Passando depois a examinar o terreno circunvizinho, deu com o Pouso, que seu pai tinha tomado junto ao Rio Vermelho, onde existe as casas do Reverendo Padre Lucas, e para ali fez mudar a nascente povoação, dando princípio desta forma ao Arraial de S. Anna, hoje Cidade de Goyaz: desde logo começaram a revolver o leito do rio no sítio, em que está a ponte do Meio, ou do Telles; o ouro entrou a descobrir-se em grande cópia, chegando a tirar-se meia libra em uma só baleada; e no lugar do Batatal, entre os Arraiais do Ouro Fino, e do Ferreiro, ainda apareceu em maior quantidade; de maneira, que sem muito custo cada trabalhador tirava o jornal de quatro, e cinco oitavas de ouro. Cheio de satisfação voltou Anhanguéra a S. Paulo, a dar conta de tão avultada descoberta, e para a mostra levou oito mil oitavas de ouro anunciando mais cinco córregos, em que tinha encontrado abundância dele: foi recebido do Ex. Governador com os louvores devidos a seus serviços relevantes, e conferindo-lhe o Título de Capitão Mor Regente, diversos Privilégios, entre eles o de adiministrar a Justiça, e o direito de dar sesmarias, com a promessa dos rendimentos das passagens dos rios, o enviou de novo ao lugar da sua glória. Prosseguiu Boeno nos seus trabalhos, que eram interrompidos de contínuo pelo Gentio Goyaz, que se tinha fortificado no terreno junto à confluência do Rio Vermelho, com o dos Bugres: foi pois indispensável domar, e afastar daqueles contornos a estes bárbaros, e usando-se do estratagema de se lhes prenderem as mulheres, deles se obteve o intento desejado” – “Memória sobre a Viagem do Porto de Santos à Cidade de Cuiabá” de Luiz D’Alincourt – 1825).
Em 1729 foram-lhe aforadas na vila de Curitiba 25 braças, pelas quais pagaria 1.500$ réis anuais à Câmara (“As sesmarias no Paraná no século XVIII” – fls. 84).
Em 1736 foi testemunha no Processo Matrimonial de Francisco de Oliveira Cordeiro e Maria Ribeiro da Silva, onde se diz: Capitão Manoel Pinto Guedes, natural da cidade de São Paulo, de 61 anos, que vive de suas agências – no mesmo ano foi testemunha no Processo Matrimonial de José Pires Bueno e Eufêmia Furquim de Godoy, onde se diz: Capitão Manoel Pinto Guedes, natural e morador nesta cidade de São Paulo, de 61 anos, que vive de suas agências.
Em 1737 foi testemunha no Processo Matrimonial de Euquério e Maria, onde se diz: Manoel Pinto Guedes, natural desta cidade de São Paulo, de 62 anos, que vive de suas lavouras.
Em 1747 foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Antonio de Toledo Lara, onde se diz: Manoel Pinto Guedes, casado, que vive de sua lavoura, natural e morador nesta cidade, de 72 anos – no mesmo ano foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Inácio Xavier Cardoso, onde se diz: Manoel Pinto Guedes, casado, natural e morador nesta cidade, que vive de sua fazenda, de 74 anos – e também no mesmo ano foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de João de Moraes e Aguiar, onde se diz: Manoel Pinto Guedes, casado, natural e morador nesta cidade, que vive de sua fazenda, de 72 anos.
Em 1748 foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Simplício de Moraes Henriques, onde se diz: Manoel Pinto Guedes, casado, natural e morador nesta cidade, que vive de suas fazendas, de 74 anos – no mesmo ano foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de José Correia Leite, onde se diz: Manoel Pinto Guedes, casado, natural e morador nesta cidade, que vive de suas lavouras, de idade de 74/75 anos.
Manoel faleceu em 14-11-1754 na Sé de São Paulo, com testamento de 09-11-1754 (acostado ao inventário da mulher, sendo testamenteiros seus filhos Padre Simão Pinto Guedes e Procópio Pinto Guedes, e seu genro Martinho Rodrigues Gato) – e foi sepultado na capela dos Terceiros de São Francisco. Angela faleceu em 27-04-1760 na cidade de São Paulo, com testamento de 20-03-1760, e inventário aberto em 23-09-1760 na cidade de São Paulo, em casas do defunto Manoel Pinto Guedes.
São Paulo, SP em 14-11-1754 fal. Manoel Pinto Guedes, natural desta, e nela casado com Angela Machada, sepultado na capela do terceiros de São Francisco – fez testamento – f.l. de Manoel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues – seus filhos: Padre Simão Pinto Guedes, Procópio Pinto, Maria Machada e Catarina Machada – testamenteiros: seu filho Padre Simão Pinto Guedes e seu genro Martinho Rodrigues Gato, e seu filho Procópio Pinto Guedes)
São Paulo, SP em 27-04-1760 fal. Angela Machada da Silva, viúva de Manoel Pinto Guedes, natural desta cidade, f. de Jerônimo Machado e Maria Egipcíaca, enterrada na Venerável Ordem de São Francisco – 4 filhos: Maria Machada, Catarina Machada, Procópio Pinto e o Reverendo Simão Pinto Guedes, e seus netos, filhos de Desidério Pinto – seus testamenteiros: seu filho Procópio Pinto Guedes e o Reverendo Doutor Simão Pinto Guedes.
SAESP – Inventário de Angela Machado e Silva: Auto de Inventário dos bens da defunta Angela Machado e Silva, mulher que foi do defunto Manuel Pinto Guedes, de que é inventariante o herdeiro testamenteiro Licenciado Procópio Pinto Guedes – aos 23/09/1760, nesta cidade de São Paulo, em as casas do defunto Manuel Pinto Guedes – inventário dos bens da defunta Angela Machado e Silva, mulher que foi do defunto Manuel Pinto Guedes – o herdeiro testamenteiro Procópio Pinto Guedes inventariante por estar de posse e cabeça de casal dos bens da dita defunta – declarou o dito herdeiro inventariante que seu pai faleceu haverá cinco ou seis anos com testamento, de que foi testamenteiro ele dito herdeiro, que já dera contas, e que a defunta inventariada sua mãe Angela Machado e Silva faleceu nesta cidade aos 08/05/1760, com seu testamento, de que ele herdeiro é testamenteiro, deixando vários herdeiros, filhos e netos órfãos havidos do único matrimônio contraído pelos ditos defuntos inventariados seus pais, que outro casal não tiveram.
– herdeiros: Maria Machado Pinto, casada com o Alferes Martinho Rodrigues Gato, moradores na freguesia de Santo Amaro; Catarina Machado Pinto, casada com José Álvares Torres, moradores na dita freguesia de Santo Amaro; Desidério Pinto Guedes, já defunto, e casado que foi com Quitéria de Oliveira, também já defunta, dos quais ficaram os filhos seguintes, que são netos e herdeiros deste casal, órfão a saber, Vitorino Pinto, de 17 para 18 anos, mais duas órfãs mais moças que o dito irmão, e sendo pequenas, seus pais levaram para Guayases, onde faleceram os ditos pais, e onde se acharam as ditas suas filhas com mais outra que cá se faleceu, mais tiveram nas ditas minas que ao certo não sabe ele inventariante quantos são, nem se existem vivos, nem suas idades, e nem lugar certo de sua habitação; Procópio Pinto Guedes, de maior, casado, inventariante e testamenteiro; o Reverendo Simão Pinto Guedes, clérigo do hábito de São Pedro, assistente em Goayases no arraial de São Miguel das Tesouras, com ocupação de vigário
– legatárias: Maria, engeitada, de 8 anos, que assiste na freguesia de Santo Amaro em companhia da herdeira Maria Machado Pinto; Gertrudes, engeitada, de 5 anos, que assiste na dita freguesia de Santo Amaro, em companhia da herdeira Catarina Machado Pinto – o inventariante testamenteiro Licenciado Procópio Pinto Guedes para tutor e curador de seus sobrinhos órfãos e netos herdeiros, filhos do defunto herdeiro Desidério Pinto Guedes, e legatárias engeitadas atrás nomeadas – escravos: mulata Teresa, de 25 anos; mulatinho, filho da dita, por nome Joaquim, de 8 anos; Damião, benguela, casado, de 56 anos; Simoa, mulher do dito, de nação mina, de 70 anos; crioula, filha dos ditos, por nome Inácia, de 20 anos, solteira; Maria, de nação benguela, solteira, de 40 anos; crioulinho, por nome Manuel, filho da dita, de ano e meio; crioulo, por nome Antonio, filho da dita Maria benguela, de 8 para 9 anos; mulatinho, por nome João, de 2 anos, o qual declarou o dito herdeiro inventariante deixar a defunta em sua terça a seu filho o herdeiro Reverendo Padre Simão Pinto Guedes; mulato, por nome Jerônimo, de 34 anos, oficial de sapateiro; Miguel crioulo, que se acha preso na vila de Itu por crime de ladrão, de 19 anos, que se aparecer a todo tempo do impedido, todo ou parte, dele dará novamente contas neste inventário; Luzia, de nação mina, ... faleceu depois da defunta fazer o seu testamento, mas antes de ela falecer.
– bens de raiz: uma morada de casas sitas na cidade de São Paulo, na Rua da Freira, térreas, de paredes de taipa de pilão, cobertas de telhas, com seu quintal grande, de dois lanços grandes, que fazem canto com a mesma Rua, e da outra banda com casas de Luís Tavares; um sítio que é este sítio no termo da cidade sobredita de São Paulo, em o bairro dos Pinheiros, junto a Estrada, cercado de valos, com seu pasto fora do sítio cercado de valos com seus arvoredos ... paredes de taipa de pilão ... cobertas de telhas ... com o sítio de Margarida de Oliveira, e da outra com terras da aldeia dos Pinheiros; uma sorte de terras no morro do Tremembé, que parte com as do sítio do defunto Salvador Pires Monteiro, e da outra com Felipa de Camargo – certidão de José Pires Rosa, sargento do número de uma das companhias do regimento da praça de Santos: Certifico que sendo comandante do destacamento da cidade de São Paulo, no ano de 49, segundo a minha lembrança, com ordem do governador, prendi a Manuel Pinto Guedes para dar conta de uma arma com que desertou seu filho e fiado, soldado que foi da dita praça, Desidério Pinto Guedes, e por o dito fiador não ter na ocasião dinheiro, pagou seu genro Martinho Rodrigues Gato meia dobra da importância da dita arma, por resgatar seu sogro (23/05/1761) – aos 24/07/1761, presente o Doutor Manuel de Oliveira Coronel, nomeado como curador dos herdeiros ausentes, que é o Reverendo Padre Simão Pinto Guedes, e filhos do defunto herdeiro Desidério Pinto Guedes – termo de declarações feitas por parte de Ana Vieira da Silva, dona viúva do defunto herdeiro inventariante Procópio Pinto Guedes, que faz seu pai, o Capitão Inácio Vieira Antunes.
– testamento de Manuel Pinto Guedes (09/11/1754): testamenteiros, em primeiro lugar a meu filho o Reverendíssimo Padre Simão Pinto, em segundo a meu genro Martinho Rodrigues Gato, e em terceiro a meu filho Procópio Pinto Guedes; meu corpo será sepultado na capela da minha Venerável Ordem Terceira; declaro que sou natural desta cidade de São Paulo, filho de Manuel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues; declaro que sou casado com Angela Machado e Silva, da qual tive 10 filhos, dos quais somente 6 são vivos; nomeio e instituo por herdeiros universais meus filhos, o Padre Simão Pinto, Procópio Pinto Guedes, Maria Machado Pinto, Catarina Machado Pinto, e os filhos que ficaram por morte de meu filho Desidério Pinto; roguei a Martinho Pinto Rodrigues que por eu não poder escrever este por mim fizesse e comigo assinasse; cidade de São Paulo, nas casas de minha morada, 09/11/1754; cumpra-se: 14/11/1754.
– aos 27/11/1761 o Alferes Martinho Rodrigues Gato nomeado tutor e curador dos órfãos e engeitadas legatárias deste inventário, filhos do defunto herdeiro Desidério Pinto Guedes, netos da inventariada defunta, e ditas legatárias – testamento de Angela Machado (20/03/1760): testamenteiros, em primeiro lugar ao senhor Martinho Rodrigues Gato, meu genro, em segundo lugar a meu filho Procópio Pinto Guedes, e em terceiro lugar a meu filho o Padre Simão Pinto; declaro que sou terceira da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, nesta cidade de São Paulo, onde quero se me dê sepultura; declaro que sou natural desta cidade de São Paulo, f.l. de Jerônimo Machado e Maria Egipcíaca, já defuntos, ambos naturais desta mesma cidade de São Paulo; declaro que fui casada com Manuel Pinto Guedes, já defunto, de cujo matrimônio tivemos 10 filhos, dos quais são falecidos 6 e vivem 4: Maria Machado, Catarina Machado, Procópio Pinto e o Padre Simão Pinto, e destes já as fêmeas a saber Maria Machado e Catarina Machado já estão com que lhe toca, e só o Procópio Pinto e o Padre Simão Pinto são os que lhe falta, e em lugar de meu filho Desidério Pinto Guedes, já defunto, por também lhe não ter dado coisa alguma, estão seus filhos; declaro que tenho um sítio no caminho dos Pinheiros, e umas terras em Tremembé; declaro que ... da minha terça, se a houver, a deixo a Felisberta e a Gertrudes, engeitadas que estou criando em minha casa; declaro que deixo uma rede branca singela a meu neto Vitorino Pinto; cumpra-se: 07/05/1760.
Capitão Manoel Pinto Guedes e Angela Machado e Silva tiveram os filhos:
6-1 João batizado em 08-09-1700 em Santo Amaro. Não consta do inventário materno.
Santo Amaro em 08-09-1700 bat. João, f. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado – padrinhos: Manoel Peres Calhamares e Isabel João).
6-3 Catarina Machado Pinto
6-4 Desidério Pinto Guedes
6-5 Procópio Pinto Guedes, licenciado
6-6 Simão Pinto Guedes, reverendo padre doutor
Filhos naturais
6-1n Teresa Pinto
6-2n Ana Pinto Guedes
Exposta, legatária de Angela Machado:
6-1ex Gertrudes Maria
6-3 Catarina Machado Pinto (Catarina Pinto Guedes). Em 1729 habilitou-se para casar com Manoel Fernandes Moreira, filho do falecido Manoel Fernandes Moreira e Joana Francisca Moreira, naturais e moradores na vila de S. João da Foz Bispado do Porto. O casamento não se realizou, por desistência de ambos os nubentes.
ACMSP, Processo Matrimonial 4-3-14 Manoel Fernandes Moreira e Catarina Pinto, 1729: Diz Manoel Fernandes Moreira, f.l. de Manoel Fernandes Moreira, já defunto, e Joana Francisca Moreira, naturais e moradores da vila de São João da Foz, bispado e comarca do Porto, que ele suplicante pretende tomar o estado do matrimônio nesta cidade com Catarina Pinto, f.l. de de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado e Silva, todos moradores e fregueses nesta cidade, e porque para haver de conseguir quer justificar o vir ele suplicante de menor idade de sua pátria, e gastar 6 anos com um tio no mar e em vários portos, e não tem o suplicante feito maior assistência senão nesta dita cidade, onde haverá 3 para 4 anos.
– Com o favor de Deus quer casar Manoel Fernandes Moreira, f.l. de Manoel Fernandes Moreira, já defunto, e Joana Francisca Moreira, todos moradores da vila de São João da Foz, comarca da cidade do Porto, com Catarina Pinto Guedes, f.l. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado e Silva, todos moradores e fregueses da cidade de São Paulo.
– Testemunhas (28-03-1729, cidade de São Paulo): 1ª o Reverendo Padre Ventura dos Santos Teixeira, vigário da Paroquial Igreja de Santo Amaro, de 40 anos, tio por afinidade – 2ª Francisco Gomes Amado, morador nesta cidade, mestre-carpinteiro, de 47/48 anos – 3ª João de Araújo, morador nesta cidade, e nela casado, natural da cidade do Porto, que vive de sua agência, de 20 anos – 4ª André de Oliveira Nunes, natural e morador desta cidade, lavrador, de 25 anos – 5ª Manoel Ribeiro de Proença, morador nesta cidade, e nela casado, que vive de sua agência, de 48 anos.
- Manoel Fernandes Moreira, f.l. de Manoel Fernandes Moreira, já defunto, e Joana Francisca Moreira, naturais e moradores na vila de São João da Foz – em 08-05-1729 é apresentado no Processo um Termo de Desistência que fazem Manoel Fernandes Moreira e Catarina Machado: foi perguntado se consentira ela no ajuste do matrimônio que seu pai havia ajustado, e ela disse que ela não só ... de tal ajuste, nem com o dito Manoel Fernandes Moreira queria casar; como agora de presente não queria a dita moça Catarina Machado também ele não queria porque se dera assim fora mais por fazer a vontade de seu pai – um e outro de mútuo consentimento requereram que este termo se julgasse por sentença – assino a rogo de minha cunhada Catarina Machado: José de Aguirre do Amaral.
Catarina casou em 11-05-1729 na Sé de São Paulo, com José Álvares Tenório (José Álvares Torres), filho de José Álvares Torres e Ana Tenório, família “Clemente Álvares”.
Sé de São Paulo, 11/05/1729: José Álvares Torres, f.l. de José Álvares Torres e Ana Tenório, com Catarina Pinto Guedes, f.l. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado, todos fregueses desta cidade.
José Álvares Tenório faleceu em 23-09-1764 na cidade de São Paulo, e foi enterrado na dita cidade. Catarina faleceu em 31-07-1787 em Santo Amaro com testamento de 1787 (redigido na freguesia de Santo Amaro), e inventário aberto em 1790.
Santo Amaro, SP em 23-09-1764 fal. José Álvares Tenório, casado com Catarina Machado, de 55 anos – não fez testamento – natural desta freguesia – como faleceu na cidade de São Paulo, foi enterrado na dita cidade.
Santo Amaro, SP em 31-07-1787 faleceu Catarina Machado, viúva de José Álvares Torres, de 80 anos, natural e moradores nesta freguesia – fez testamento, e deixou por seus testamenteiros José Leme da Silva, e seu filho Manuel José Machado – sepultada dentro desta Igreja Matriz de Santo Amaro, na capela de Nossa Senhora do Rosário, de cuja confraria era irmã),
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventários e Testamentos não publicados
Pesq.: Fabricio Gerin
José Álvares Tenório 1766
Autos: 18/01/1766, nesta cidade de São Paulo – o defunto José Alves Tenório, morador que foi no distrito de Santo Amaro – declarante: a viúva cabeça de casal Catarina Machado – seu marido falecera nesta cidade aos 24/09/1764 – assina a rogo seu filho, o Reverendo Padre Inácio Alves Machado.
Título dos herdeiros:
1 o Reverendo Padre Inácio Alves Machado;
2 João José Ramos, maior de 25 anos;
3 Manoel José Alves, de 23 anos;
4 Ana Maria Alves, de 16 anos.
Termo de tutela e curadoria: ao Alferes Caetano Barbosa, parente dos órfãos.
Bens de raiz: uma morada de casas sitas na freguesia de Santo Amaro; um sítio na paragem Guarapiranga; uma morada de casas sitas na Rua da Freira, desta cidade de São Paulo.
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventários e Testamentos não publicados
Pesq.: Fabricio Gerin
Catarina Machado Pinto, 1790
Autos: 1790, nesta cidade de São Paulo – inventariante: o Alferes Manoel José Machado – inventariada: sua mãe Catarina Machado Pinto – foi declarado falecer a dita inventariada aos 28/07/1788 (sic), com seu solene testamento.
Título dos herdeiros:
- João José Ramos, ausente há mais de 20 anos para as partes do Cuiabá;
- o Padre Inácio Álvares Machado, ausente para as partes de Cima da Serra, onde está feito vigário há um par de anos;
- Manoel José Machado, herdeiro e inventariante;
- Ana Maria Pinto, falecida, da qual são herdeiros seus filhos: do 1º matrimônio, Francisco e Moraes, de ... anos; do 2º matrimônio, Maria, de ... anos, e Antonio, de ... anos.
Treslado do testamento: 1787, na freguesia de Santo Amaro, eu Catarina Machado Pinto – testamenteiros: José Leme da Silva, Bento José de Sales, e meu filho Manoel José Machado – meu corpo seja sepultado na capela de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, da freguesia de Santo Amaro – sou natural da freguesia de Santo Amaro, f.l. do Capitão Manoel Pinto Guedes e Dona Angela Machado – fui casada com José Álvares Tenório, e tive 4 filhos: João, Inácio, Manoel e Ana – Santo Amaro, 18/06/1787.
Catarina Machado Pinto e José Álvares Tenório tiveram os filhos, batizados em Santo Amaro:
6-3-1 Maria batizada em 06-03-1730.
Santo Amaro aos 06/03/1730 bat. Maria, f.l. de José Álvares Torres, o moço, e Catarina Machado – padrinhos: José Álvares Torres, o velho, casado, e Maria Machado, também casada).
6-3-2 Pedro batizado em 07-07-1732,
Aos 07/07/1732 em Santo Amaro bat. Pedro, f.l. de José Álvares Torres, o moço, e Catarina Machado – padrinhos: Antonio Dias, solteiro, filho de Sebastião Dias Barreiros, e Maria Álvares Torres, filha solteira do Capitão José Álvares Torres, o velho, todos moradores nesta freguesia, exceto a madrinha, que é moradora na cidade de São Paulo.
6-3-3 João José Ramos batizado aos 11-10-1734. Em 1790 estava ausente para as partes do Cuiabá.
Santo Amaro aos 11/10/1734 bat.João, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Pinto Machado – padrinhos: Tomás Pais Colona, casado, e morador nesta freguesia, e Angela de Siqueira, mulher de Francisco Rodrigues dos Santos, moradora na cidade de São Paulo).
6-3-4 Padre Inácio Álvares Machado batizado em 05-10-1739.
Aos 05/10/1739 em Santo Amaro bat. Inácio, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Machado – padrinhos: Martinho Rodrigues Gato, casado, morador nesta freguesia, e Ana Tenório, mulher de José Álvares Torres, moradora na cidade de São Paulo.
Habilitou-se de genere em 1763. No Processo justifica a fraternidade de José Álvares Tenório, seu pai, com o Reverendo Matias Álvares Torres, e de Catarina Machado, sua mãe, com o Reverendo Simão Pinto Guedes
ACMSP, Processo de Genere et moribus 1-45-372 Padre Inácio Álvares Machado, 1763:
Diz Inácio Álvares Machado, clérigo tonsurado e capelão da Santa Sé, natural da freguesia de Santo Amaro – declara ser f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Machado, naturais desta cidade e casados na freguesia de Santo Amaro, n.p. de José Álvares Torres, natural da vila de Chaves do arcebispado de Braga, e Ana Tenório, natural da freguesia de Santo Amaro, n.p. de Manoel Pinto Guedes, natural desta cidade, e Angela Machado, naturais desta mesma cidade, e casados na mesma.
– Diz o Padre Inácio Álvares Machado que ele suplicante deseja saber a sua idade, por ignorarem seus pais a certeza, e pede que mande o vigário da freguesia de Santo Amaro, de onde é o suplicante natural, lhe passe por certidão o teor do assento, para o que declara ser f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Machado – justificar o habilitando as fraternidades de José Álvares Tenório, seu pai, com o Reverendo Matias Álvares Torres, e a de Catarina Machado, sua mãe, com o Reverendo Simão Pinto Guedes – Autos de justificação de fraternidade de José Álvares Tenório com o Reverendo Padre Matias Álvares Torres, e de Catarina Machado com o Reverendo Padre Simão Pinto Guedes – que seu pai é legítimo irmão do Reverendo Padre Matias Álvares Torres, por serem ambos filhos de José Álvares Torres e Ana Tenório, que é sua mãe Catarina Machado é legítima irmã do Reverendo Padre Simão Pinto Guedes, por serem ambos filhos de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado.
Na “Relação Geral da Dioceze de S. Paulo suas Comarcas, Freguezias, Congruas, Uzos e Costumes” – manuscrito de 1777, publicado na RIHGSP n° 4, às fls. 394, tratando-se da “Relação das Parochias de todo o Bispado de S. Paulo”
– “Freguesias em que os Parocos são juntam.te Vigarios da Vara, por ficarem m.to distantes das cabeças das Comarcas” – “Quadragesima Terceira Parochia” – “Nova Villa das Lages”, é dito que “o Vigario desta Igreja hé removivel, porque não hé colada, nem tem côngrua da Real Fazenda. O seo Paroco actual, e também Vigario da Vara hé Ignacio Alvares, natural deste Bispado, de idade de quarenta e dous annos. Sabe Moral, e hé de bons costumes. As conhecenças, e Pé de Altar rendem annualm.te cento e sincoenta mil reis pouco mais ou menos. Não tem Coadjutor, nem mais Sacerdote algum. Dista esta freguesia da cidade de S. Paulo, mais de duzentas legoas, e setenta da freguezia mais vizinha que hé Santo Antonio da Lapa”. Em 1790 estava ausente para as partes de Cima da Serra, onde está feito Vigário (distrito de Cima da Serra, Vacaria e Lages).
6-3-5 Tenente Manoel José Machado batizado aos 03-02-1743. Aos 07-02-1771 casou com sua prima Ana de Moraes de Camargo, filha de Fernando de Figueiró de Camargo, natural da cidade de S. Paulo e Isabel de Moraes, natural da Cotia, neta paterna de João de Figueiró da Silva e Mécia de Camargo, neta materna de José de Moraes Pires e Isabel Gonçalves - família Bento de Oliveira Pires, neste site.
Santo Amaro 03/02/1743 bat. Manoel José, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Machado Pinto – padrinhos: Simão Pinto Guedes, filho solteiro de Manoel Pinto Guedes, e Angela Machado, mulher do dito Manoel Pinto Guedes, moradores na cidade de São Paulo
Aos 07/02/1771 em Santo Amaro, (Manoel José Machado, natural desta freguesia, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Machado Pinto, aquele natural da cidade de São Paulo, esta desta freguesia, n.p. de José Álvares Torres e Ana Tenório, aquele natural de Portugal, cujo lugar me não souberam dizer, esta desta freguesia, n.m. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado, naturais desta mesma freguesia, com Ana de Moraes de Camargo, f.l. de Fernando de Figueiró de Camargo e Isabel de Moraes, aquele natural da cidade de São Paulo, e esta da freguesia da Cotia, n.p. de João de Figueiró da Silva e Mécia de Camargo, n.m. de José de Moraes Pires e Isabel Gonçalves, já defuntos, as naturalidades me não souberam dizer).
Manoel faleceu em Santo Amaro aos 17-07-1813:
Aos 17/07/1813 em Santo Amaro (no arrebalde desta freguesia – fal. sem testamento o Tenente Manoel José Machado, natural desta, de 70 anos, casado com Dona Ana de Moraes – seu corpo foi sepultado na capela da Ordem Terceira da Penitência da cidade de São Paulo, sendo recomendado com ofício solene na Igreja de São Francisco).
6-3-6 Agostinho batizado em 05-09-1746.
Aos 05/09/1746 em Santo Amaro bat. Agostinho, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Machado – padrinhos: Domingos, solteiro, filho de José Álvares Torres, da cidade de São Paulo, e Maria Machado Pinto, mulher de Martinho Rodrigues Gato.
6-3-7 Ana Maria de Jesus (Ana Maria Alves) batizada em 27-05-1749, casou duas vezes em Santo Amaro. Primeira vez aos 06-02-1771 com seu primo José de Moraes de Camargo, filho do falecido Fernando de Figueiró de Camargo e Isabel de Moraes, neto paterno de João de Figueiró da Silva e Mécia de Camargo, neto materno dos falecidos José de Moraes Pires e Isabel Gonçalves nesta família Cap.2º e família Bento de Oliveira Pires, neste site.
Aos 27/05/1749 em Santo Amaro (Ana, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Pinto – pp. Baltazar Rodrigues, solteiro, e Catarina Correia, mulher de João Esteves, freguês da cidade de São Paulo.
Aos 06/02/1771 em Santo Amaro, José de Moraes de Camargo, f.l. de Fernando de Figueiró de Camargo, já defunto, e Isabel de Moraes, aquele natural da cidade de São Paulo, e esta da freguesia da Cotia, n.p. de João de Figueiró da Silva e Mécia de Camargo, n.m. de José de Moraes Pires e Isabel Gonçalves, já defuntos, com Ana Maria de Jesus, natural desta freguesia, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Pinto Machado, naturais desta mesma freguesia, n.p. de José Álvares Torres, natural de Portugal, cujo lugar me não souberam dizer, e Ana Tenório, desta freguesia, n.m. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado, naturais desta mesma freguesia.
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventários e Testamentos não publicados
Pesq.: Fabricio Gerin
José de Moraes 1775
Treslado do apontamento: 18/10/1775, José de Moraes de Camargo, homem casado com Ana Maria, desta freguesia de Santo Amaro – antes de casar-se com a dita Ana Maria tivera uma filha natural por nome Brígida, que terá 8 anos, a qual se acha em sua companhia.
Autos: 06/11/1775, nesta cidade de São Paulo – declarante: a viúva inventariante Ana Maria Álvares – seu marido falecera aos 22/10 com uma apontamento, o qual não devia ter vigência por estar em tal tempo variado – um filho órfão por nome Francisco, de 2 anos, de seu único matrimônio com ela inventariante – assino a rogo da inventariante minha cunhada Ana Maria Alves, Anastácio de Moraes.
Herdeiro:
- Francisco, de 2 anos.
Termo de tutela e curadoria: a Anastácio de Moraes, cunhado da inventariante.
Diz Ana Maria Alves, que foi V.M. servido aceitar por tutor um cunhado da suplicante chamado Anastácio de Moraes, e como este foi preso por ir com outros na Real Expedição para o continente do sul, requer a suplicante remover a tutela na pessoa de João Vieira da Silva.
Diz Isabel de Moraes, moradora na freguesia de Santo Amaro, que ela suplicante recolheu para o seu poder uma menina chamada Brígida, filha natural do defunto José de Moraes, filho da suplicante, cuja menina se achava em casa de Ana Maria Machado, viúva do dito.
Diz Isabel de Moraes, da freguesia de Santo Amaro, que falecendo seu filho José de Moraes lhe ficou um filho órfão, neto da suplicante, do qual é tutor Luís Rodrigues Gato, e como este se ausentou de morada para a vila de Itapetininga, se acha o dito órfão sem tutor, o qual tem quatro tios irmãos de seu pai, Anastácio de Moraes, Vicente de Moraes, Fernando Antonio de Figueiró e Antonio Manoel de Camargo Pires, este também ausente – Juramento a Anastácio de Moraes, 14/04/1788.
Segunda vez aos 16-08-1780, Ana Maria casou com o Alferes Manoel José de Moraes, filho de Antonio Machado de Moraes e Maria de Jesus Vieira, neto paterno de Antonio de Moraes de Aguiar e Maria Machado, todos naturais de Santo Amaro, neto materno de Gualter Vieira Paes, natural de Portugal, e Joana da Silva, natural de Santo Amaro.
Aos 16/08/1780 em Santo Amaro, Manoel José de Moraes, natural desta freguesia, f.l. de Antonio Machado de Moraes e Maria de Jesus Vieira, n.p. de Antonio de Moraes de Aguiar e Maria Machado, todos naturais desta freguesia, n.m. de Gualter Vieira Paes, natural do Reino de Portugal, e Joana da Silva, natural desta freguesia, com Ana Maria Alves, natural desta freguesia, viúva de José de Moraes e Camargo.
Ana Maria faleceu aos 02-08-1788 em Santo Amaro.
Aos 02/08/1788 no bairro de Guavirotiba, em Santo Amaro fal. Ana Maria Álvares, casada com Manoel José de Moraes, de 40 anos, natural desta freguesia e moradora no bairro de Guarivotiba – foi seu corpo sepultado dentro desta Igreja de Santo Amaro – não fez testamento.
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventários e Testamentos não publicados
Pesq.: Fabricio Gerin
Ana Maria Álvares, 1788
Autos: setembro de 1788, nesta cidade de São Paulo – declarante: o viúvo Manoel José de Moraes – declarou que sua mulher falecera sem testamento aos 02/08.
Título dos herdeiros:
1 Francisco, de 15 anos, do 1º matrimônio;
2 Maria, do 2ª matrimônio, de 8 anos;
3 Antonio, de 5 anos;
4 Maria, falecida depois da inventariada.
Diz Manoel José de Moraes, morador na freguesia de Santo Amaro, termo desta cidade, que faleceu sua mulher Ana Maria Alves, de cujo casal lhe ficaram filhos, e por que a falecida ... quando o suplicante casou com Maria, de cujo primeiro matrimônio lhe ficou um filho por nome Francisco, e é tutor do dito órfão Anastácio de Moraes, e porque este e um irmão da falecida, Manoel José Machado, são inimigos públicos do suplicante, e desejam fazer-lhe todo o mal que podem, e porque necessariamente neste novo inventário que o suplicante pretende fazer do seu casal se há de inteirar aquele órfão enteado do suplicante na meação de seu pai, e há de ser ouvido o tutor, poderá perturbar ao suplicante, e para evitar esta desordem.
Tutor dos órfãos Maria e Antonio: Mariano Branco Ribeiro.
Manoel José de Moraes passou a segundas núpcias aos 10-11-1789 com Ana Batista de Matos, filha do Capitão Bento José de Sales e Ana Maria de Eiró, neta paterna de Francisco de Sales Ribeiro e Maria Josefa de Matos, neta materna de João Moreira Garcia e Maria de Eiró
Aos 10/11/1789 em Santo Amaro, o Alferes José Manoel de Moraes, viúvo de Ana Maria Álvares, com Ana Batista de Matos, f.l. do Capitão Bento José de Sales e Ana Maria de Eiró, n.p. de Francisco de Sales Ribeiro e Maria Josefa de Matos, n.m. de João Moreira Garcia e Maria de Eiró.
6-3-8- Joaquim batizado aos 27-01-1753 em Santo Amaro.
Santo Amaro aos 27/01/1753 bat.Joaquim, f.l. de José Álvares Tenório e Catarina Machado – pp. Tomás Paes e Maria Barreiros, sua mulher).
6-4 Desidério Pinto Guedes, já falecido em 1754 (testamento paterno), foi casado com Quitéria Rodrigues (ou Quitéria Maria de Oliveira), já falecida em 1760 nas minas dos Guayazes (Goiás), deixando os filhos Vitorino Pinto Guedes e duas órfãs mais moças que o irmão, que (como diz o inventário de Angela Machado e Silva), sendo pequenas, seus pais levaram para Goiás, onde faleceram os pais – juntam-se a estas duas filhas que foram para Goiás, outra que cá se faleceu e outros mais filhos que tiveram nas ditas minas que ao certo não sabe ele inventariante Procópio Pinto Guedes quantos são, nem se existem vivos, nem suas idades e nem lugar certo de sua habitação.
Desidério e Quitéria tiveram os filhos:
6-4-1 Ajudante Vitorino Pinto Guedes, batizado aos 14-07-1744 na Sé de São Paulo. Foi com os pais cerca de 1760 para as minas de Goiases, onde foi morador no arraial do Pilar (freguesia de Nossa Senhora do Pilar das minas de Goiases). No Processo Matrimonial diz ter negócios entre São Paulo e a freguesia do Pilar.
Sé de São Paulo aos 14/07/1744 bat. Vitorino, f.l. de Desidério Pinto Guedes e Quitéria de Oliveira – pp. ... da Fonseca, solteiro, e Margarida de Oliveira ...).
Com provisão, aos 11-09-1787 casou com Maria Teresa de Moraes, batizada na Sé de S. Paulo aos 04-11-1758, filha do Licenciado Jeronimo Rodrigues e Maria Potencia Leite de Moraes
ACMSP, Processo Matrimonial 6-12-1766 Vitorino Pinto Guedes e Maria Teresa de Moraes, 1787:
Diz o Ajudante Vitorino Pinto Guedes que ele suplicante foi batizado nesta cidade, f.l. de Desidério Pinto Guedes e Quitéria Maria de Oliveira, e para efeito de tomar estado de casado nesta mesma cidade com Dona Maria Teresa de Moraes se lhe faz preciso justificar estado livre por ter andado por fora deste bispado alguns tempos para as partes da vila de Goyazes.
– Diz o Ajudante Vitorino Pinto Guedes que ele suplicante alcançou o despacho junto de V.M. para efeito de proceder sua justificação, e porque se acha impossibilitado de ir depor a presença de V.M. por causa de moléstia, pede a V.M. se digne dar comissão ao escrivão para lhe ir tomar depoimento em casa do Tenente Antonio Gonçalves da Silva, onde se acha o suplicante assistindo.
– Depoimento do justificante: em moradas do Tenente Antonio Gonçalves: disse que é natural desta cidade, filho dos pais declarados, de 15/16 anos saiu desta cidade, e tem negociado desta cidade para Goyazes, com negócio no arraial do Pilar da mesma comarca de Goyazes.
– Testemunhas, 07/09/1787 (cidade de São Paulo): 1ª Miguel Rodrigues, solteiro, natural da freguesia de São Pedro do Bragado, morador nesta cidade, que vive de seu negócio, de 56 anos – 2ª Guarda-mor Antonio da Silva Prado, casado, natural da vila de Jundiaí e morador desta cidade, que vive de seu negócio, de 36 anos – 3ª Vicente Luís de Brito, casado, natural e morador desta cidade, que vive de seu negócio, de 45 anos – Diz o Ajudante Vitorino Pinto Guedes que ele se fez proclamar para se casar com Dona Maria Teresa de Moraes, e não consta haver impedimento.
– Diz o Ajudante Vitorino Pinto Guedes que para casar com Dona Maria Teresa de Moraes, ambos desta cidade, se pretendem proclamar sábado do corrente e domingo, e porque se acha já aprontado com negócio e bestas para partir para as minas de Goyazes, e lhe causa grande detrimento a demora a espera de outro domingo para o último proclama, pede a V. Exa. Reverendíssima dispensar do último proclama.
– Com o favor de Deus quer casar o Ajudante Vitorino Pinto Guedes, f.l. de Desidério Pinto Guedes e Quitéria Maria de Oliveira, já falecidos, com Dona Maria Teresa de Moraes, f.l do Licenciado Jerônimo Rodrigues e Dona Maria Potência Leite de Moraes, ambos os contraentes naturais e batizados nesta cidade.
– 14/07/1744 (Sé de São Paulo): Vitorino, f.l. de Desidério Pinto Guedes e Quitéria de Oliveira – pp. João Raposo da Fonseca, solteiro, e Margarida de Oliveira, casada.
– 04/11/1758 (Sé de São Paulo): Maria, f. de Jerônimo Rodrigues e Maria Leite – pp. Manoel de Oliveira Cardoso e sua mulher Dona Manoela Angélica de ...
Sé de São Paulo, 11/09/1787: nesta capela do Rosário dos Pretos, o Ajudante Vitorino Pinto Guedes, f. de Desidério Pinto Guedes e Quitéria Maria de Oliveira, n.p. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado, não disseram os nomes dos avós maternos, com Dona Maria Teresa de Moraes, f. do Cirurgião-mor Jerônimo Rodrigues e Dona Maria Potência Leite de Moraes, n.p. de Jerônimo Rodrigues e Maria Martins, do bispado de Miranda, n.m. de João Leite de Moraes e Dona Maria de Lara de Almeida, todos naturais desta cidade, e fregueses juntamente, excetuando os expressados.
Ajudante Vitorino faleceu cerca de 1788 nas minas de Goiases. Maria Teresa, com dispensa do impedimento de consanguinidade em 4º grau, passou a segundas núpcias aos 05-01-1791 no oratório das casas de Dona Maria Potência Leite, com o Tenente-general Doutor José Arouche de Toledo Rendon, batizado na Sé de S. Paulo em 22-03-1756, filho do Mestre de Campo Agostinho Delgado e Arouche e Maria Teresa e Araújo.
ACMSP, Processo Matrimonial 6-28-1938 José Arouche de Toledo e Maria Teresa Rodrigues de Moraes, 1790:
Diz José Arouche de Toledo, desta cidade, que ... receber-se em matrimônio com Dona Maria Teresa ..., e para esse fim lhe é preciso afiançar os banhos ... Lisboa, e justificar estado livre.
– Que o justificante foi direito desta cidade à Universidade de Coimbra, onde residiu por 5 anos – Que da cidade de Coimbra voltou o justificante para a cidade de Lisboa, onde residiu 14 meses, e regressou para esta cidade, onde até agora tem residido.
– Diz José Arouche de Toledo, desta cidade, que ... de estado livre que faz perante V.S., pretende ... produzir por testemunha a seu irmão Francisco Leandro ... Toledo Rondon.
– Depoimento do justificante, Dr. José Arouche de Toledo: natural desta cidade de São Paulo, f.l. do ... – Testemunhas: 1ª Dr. Manoel Eufrásio de Azevedo, natural da praça da Nova Colônia do Sacramento e morador nesta cidade, onde vive de ser advogado dos auditórios, de 37 anos – 2ª José Antonio da Silva Paulista, casado, natural e morador desta cidade de São Paulo, onde vive de seus negócios, de 42 anos – 3ª Dr. Francisco Leandro de Toledo Rondon, do serviço de Sua Majestade, natural e morador desta cidade de São Paulo, que vive de seus bens, de 40 anos, irmão do justificante.
– Diz Maria Teresa Rodrigues de Moraes, desta cidade, viúva do Ajudante Vitorino Pinto Guedes, que ela suplicante ... se receber em matrimônio com José Arouche de Toledo ... justificar perante V.S. ser falecido o dito seu ... há 2 anos nas minas de Goyazes.
– Testemunhas: 1ª José Antonio da Silva Paulista, casado, natural e morador desta cidade, onde vive de seu negócio de fazenda sua, de 42 anos: ... o que sabe ele testemunha por ser público e notório, e por ver o inventário dos bens do dito falecido, nas mãos do testamenteiro dativo, fulano de tal Lisboa – 2ª Capitão Antonio da Silva Prado, casado, natural da vila de Jundiaí e morador nesta cidade de São Paulo, onde vive de seus negócios, de 40 anos: ... o irmão dele testemunha ... dizendo que tinha falecido e assistido ao enterro, e por isso avisara o Licenciado Jerônimo Rodrigues, pai da dita justificante para este mandar recado o que pertendia a mesma – 3ª Tenente Manoel Pacheco Gato, casado, natural da vila de Itu e morador nesta cidade de São Paulo, onde vive dos soldos que percebe de Sua Majestade no exercício militar, de 45 anos.
– Diz José Arouche de Toledo que pela certidão ... mostra achar-se dispensado por V.S. ... receber-se em matrimônio com Dona Maria Teresa de Moraes, e não há mais impedimento.
– Diz José Arouche de Toledo, que para efeito ... com Dona Maria Teresa Rodrigues de Araújo, já ... V.S. dispensado de consanguinidade que havia entre ambos, necessita por certidão o teor dos proclamas – Pretendem casar-se José Arouche de Toledo e Dona Maria Teresa Rodrigues de Moraes, o contraente natural e batizado nesta cidade, f.l. do Mestre-de-Campo Agostinho Delgado de Arouche e Dona Maria Teresa de Lara ... ...
– 22/03/1756 (Sé de São Paulo): José, f. de Agostinho Delgado e Arouche e Dona Maria Teresa e Araújo – pp. José da Silva Ferrão, casado, e Maria da Assunção, solteira.
– 4º grau de consanguinidade – Dr. José Arouche de Toledo, natural da mesma cidade, f.l. do Mestre-de-Campo Agostinho Delgado e Arouche e Dona Maria Teresa de Lara e Araújo,com Dona Maria Teresa Rodrigues de Moraes, viúva do Ajudante Vitorino Pinto Guedes.
SP, SP aos 05/01/1791 no oratório das casas de Dona Maria Potência Leite, Doutor José Arouche de Toledo e Dona Maria Teresa Rodrigues – ele, f.l. do Mestre-de-campo Agostinho Delgado e Arouche e Dona Maria Teresa de Araújo – ela, viúva do Ajudante Vitorino Pinto Guedes – dispensados no 4º grau de consanguinidade – testemunhas: Mestre-de-campo Agostinho Delgado e Arouche e Doutor Francisco Leandro Xavier de Toledo e Rondon).
6-4-2 Maria, batizada aos 25-09-1746 na Sé de São Paulo, filha de Desidério Pinto Guedes e Quitéria Rodrigues.
SP, SP aos 25/09/1746 bat Maria, f.l. de Desidério Pinto Guedes e Quitéria de Oliveira – pp. Martinho Rodrigues Gato, casado, e Angela Machada, casada).
6-5 Licenciado Procópio Pinto Guedes, batizado em 22-07-1721 na Sé de São Paulo. Casado em 15-01-1757 na Sé de São Paulo, com provisão, com Ana Vieira da Silva, filha do Capitão Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva Ferreira, família “Francisco Vieira Antunes”, neste site.
ACMSP, Processo Matrimonial 4-65-442 Procópio Pinto Guedes e Ana Vieira da Silva, 1757: Dizem Procópio Pinto Guedes e Ana [Vieira] da Silva, todos deste bispado, que estão justos e contratados para celebrarem o sacramento do matrimônio, para o que foram denunciados, e não saiu impedimento – Com o favor de Deus quer casar Procópio Pinto Guedes, f.l. do Capitão Manoel Pinto Guedes, já defunto, e de Angela Machado e Silva, com Ana Viera da Silva, f.l. do Capitão Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva Ferreira, todos naturais e batizados nesta freguesia da cidade de São Paulo – 22-07-1721 (Sé de São Paulo): Procópio, f. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado – pp. Sebastião Fernandes do Rego e Mariana Caminha – 06-05-1739 (Sé de São Paulo): Bento e Ana, gêmeos, filhos legítimos de Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva – pp. Bento Tomé Rebelo Pinto e Margarida de Oliveira – Com o favor de Deus quer casar Procópio Pinto Guedes, f.l. do Capitão Manoel Pinto Guedes, já defunto, e de Angela Machado e Silva, com Ana Viera da Silva, f.l. do Capitão Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva Ferreira, todos naturais e batizados na cidade de São Paulo, e nela fregueses.
Sé de São Paulo, 15/01/1757: Procópio Pinto Guedes, natural desta cidade, f.l. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado, naturais desta cidade, n.p. de Manoel Pinto Guedes, natural de Sermelha, concelho de Penaguião, bispado do Porto, e Domingas Rodrigues, natural desta cidade, e de seus avós maternos não dá notícia, com Ana Vieira da Silva, f.l. de Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva, todos naturais desta cidade, n.p. de Luís Gonçalves e Luzia Rodrigues (sic), natural da vila de Palmela, do patriarcado de Lisboa, n.m. de Diogo da Silva e Catarina de Figueiró, naturais desta cidade – tt. o Padre Simão Pinto Guedes.
Procópio faleceu em 09-08-1761, com testamento, na cidade de São Paulo e inventário aberto em 31-10-1761.
São Paulo, SP em 09-08-1761 fal. Procópio Pinto Guedes, natural desta, f. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machada da Silva, casado com Ana Vieira – testamenteiros: seu sogro, ... Vieira ... e o Reverendo Doutor Simão Pinto Guedes, e José Rodrigues Gato).
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventários e Testamentos não publicados
Pesq.: Fabricio Gerin
Procópio Pinto Guedes, 1761
Autos: 31/10/1761, nesta cidade de São Paulo, em casas do Capitão Inácio Vieira Antunes – inventário dos bens do defunto, o Licenciado Procópio Pinto Guedes – inventariante: a cabeça de casal viúva, Ana Vieira da Silva, por razão de lhe ficarem filhas órfãs – declarou que seu marido falecera nesta cidade aos 09/10/1761, com seu apontamento, deixando 2 filhas, como também haver ficado pejada ela inventariante, todos havidos de seu único matrimônio, que outro não tivera – assino a rogo da inventariante minha sobrinha Ana Vieira da Silva, Francisco Xavier Gonçalves.
– órfãos: Angela, de 4 anos; Maria, de 2 anos completos aos 02/10; um póstumo no ventre dela inventariante, que espera em Deus venha a lume.
Termo de tutela e curadoria: o dito Capitão Inácio Vieira Antunes, tutor e curador dos órfãos seus netos.
Pertence ao defunto Licenciado Procópio Pinto Guedes um escravo mulatinho por nome Joaquim, filho da escrava mulata Teresa, de 8 anos, adjudicado para satisfação do funeral da defunta sua mãe Angela Machado e Silva.
Declarações da inventariante, 26/02/1762: declarou a inventariante que o póstumo que em princípio deste inventário declarou haver em seu ventre já veio a lume, batizou-se com o nome de São Procópio, e já faleceu haverá 15 dias – declarou que dos 14.400 réis que seu marido faz menção em seu testamento, pertence ao monte da fazenda dos defuntos seus sogros Manoel Pinto Guedes e Angela Machado – seu cunhado, o Tenente Baltazar Rodrigues Borba.
Diz o Capitão Inácio Vieira Antunes, como testamenteiro do defunto seu genro Procópio Pinto Guedes, que lhe é necessário o testamento deste.
– Treslado do testamento: 13/05, eu Procópio Pinto Guedes – testamenteiros: o Senhor Inácio Vieira Antunes, meu sogro, meu irmão, o Padre Simão Pinto Guedes, e meu sobrinho, José Rodrigues Gato – sou natural desta cidade de São Paulo, f.l. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado da Silva, já defuntos ambos, naturais da mesma cidade de São Paulo – sou casado com Ana Vieira da Silva, tivemos 2 filhas, Angela e Maria – meu sobrinho Antonio Branco – meu sobrinho José Rodrigues Gato – meu sobrinho Antonio Furtado, casado com Rita Machado, assistentes em Santo Amaro – meu primo Pedro Rodrigues, genro de meu tio Baltazar de Lemos Machado – quero que meu corpo seja sepultado na Sé desta cidade – cidade de São Paulo, 13/05/1761, Procópio Pinto Guedes.
Ana Vieira da Silva passou a segundas núpcias em 26-10-1762 na Sé de São Paulo, com provisão, com Cláudio Furquim de Almeida, batizado em 08-06-1727, filho de João da Cunha de Almeida e Maria Furquim da Silva (ou de Abreu).
ACMSP, Processo Matrimonial 4-77-564 Cláudio Furquim de Almeida e Ana Vieira da Silva, 1762: Dizem os contraente Cláudio Furquim de Almeida e Ana Vieira da Silva, viúva que ficou de Procópio Pinto Guedes, que eles se acham justos e contratados para se casarem, para cujo efeito apresentam seus banhos sem impedimento – Com o favor de Deus quer casar Cláudio Furquim de Almeida, f.l. do Capitão João da Cunha de Almeida, já defunto, e Maria Furquim da Silva, com Ana Vieira da Silva, viúva do Licenciado Procópio Pinto Guedes, f.l. do Capitão Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva Ferreira, os contraentes naturais e fregueses desta Sé – 09-08-1761 (Sé de São Paulo): fal. Procópio Pinto Guedes, natural desta cidade, f. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado da Silva, casado com Ana Vieira da Silva, enterrado na Sé – achou-se-lhe um testamento feito ... – 08-06-1727 (Sé de São Paulo): Cláudio, f. de João da Cunha de Almeida e Maria Furquim de Abreu – pp. Salvador Rodrigues do Prado e Leonor de Siqueira.
Sé de São Paulo, 26/10/1762: Cláudio Furquim de Almeida, f. de João da Cunha de Almeida e Maria Furquim da Silva, n.p. de Miguel de Almeida do Prado e Maria de Camargo, n.m. de Cláudio de Abreu e Leonor de Siqueira, todos naturais desta cidade, com Ana Vieira da Silva, viúva de Procópio Pinto Guedes, f. de Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva Ferreira, naturais desta cidade, n.p. de Luís Gonçalves Palmela, natural da vila de Palmela, e Águeda Vieira Antunes, natural desta cidade, n.m. de Diogo da Silva Ferreira, natural da vila de Santos, e Catarina Ribeiro de Figueiró, natural da freguesia de Santo Amaro, ambos os contraentes fregueses desta Sé.
Ana faleceu em 17-04-1778, com inventário aberto em 20-05-1778, e Claudio em 25-05-1783 com inventário aberto em 21-06-1783, ambos na vila de São Paulo. Deixaram filho único: João de Almeida Cunha, com 15 anos em 1778 e 20 anos em 1783.
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventários e Testamentos não publicados
Pesq.: Fabricio Gerin
Ana Vieira da Silva, 1778
Autos: 20/05/1778, nesta cidade de São Paulo – declarante: Cláudio Furquim de Almeida, viúvo – declarou que a inventariada falecera aos 17/04/1778, sem testamento, deixando 3 filhos: 2 filhas do seu 1º matrimônio com o defunto Procópio Pinto Guedes, e 1 do 2º matrimônio com ele inventariante.
Herdeiros do 1º matrimônio:
1 Angela Vieira, casada com Luís Mariano;
2 Maria Vieira, viúva.
Do 2º matrimônio:
1 João de Almeida Cunha, de 15 anos.
Tutor do órfão João: o Tenente Domingos Francisco de Andrade.
Bens de raiz: um sítio ao pé de Santana; umas terras na Serra.
Dívidas que se devem, que constam da folha de partilha do quinhão da legítima materna da defunta inventariada, que lhe tocou por falecimento de sua mãe, sogra dele inventariante, Dona Maria da Silva Ferreira.
Recebi de meu padrasto Cláudio Furquim de Almeida a conta de meu dote 53.790 réis, Maria Vieira da Silva, Santana 30/07/1778.
Recebi em conta de meu dote de meu sogro Cláudio Furquim de Almeida a quantia de 46.430 réis, Santo Amaro 30/07/1778, Luís Mariano de Camargo.
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventários e Testamentos não publicados
Pesquisa: Fabricio Gerin
Cláudio Furquim de Almeida 1783
Autos: 21/06/1783, nesta cidade de São Paulo
Inventariante: o herdeiro João de Almeida Cunha – falecera seu pai aos 25/05, sem testamento
Título do herdeiro:
- João de Almeida e Cunha, solteiro, de 20 anos
Diz Cláudio Furquim de Almeida, viúvo de Ana Vieira da Silva – João, filho dele suplicante (s/ data)
Procópio Pinto Guedes e Ana Vieira da Silva tiveram os filhos:
6-5-1 Angela Vieira da Silva em 1775 dispensados do 4º grau de consanguinidade, e do 4º grau de consanguinidade misto com o 3º, casou com Luís Mariano de Camargo, filho de Carlos de Figueiró de Camargo e Francisca de Moraes Pires, nesta família Cap. 2º § 5º.
Sé de São Paulo, 28/02/1775: Luís Mariano de Camargo, f.l. de Carlos de Figueiró de Camargo e Francisca de Moraes, n.p. de Mateus de Figueiró e Mariana de Camargo, n.m. de José de Moraes e Isabel Gonçalves Paes, com Angela Vieira, f.l. de Procópio Pinto Guedes e Ana Vieira da Silva, n.p. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado, n.m. do Capitão Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva de Figueiró, todos naturais desta cidade, e das naturalidades dos mais não deram notícia
Ana faleceu aos 16-08-1789 em Monserrate da Cotia, e Luís Mariano passou a segundas núpcias aos 27-10-1789 na Cotia, com Escolástica Soares da Silva, filha de Baltazar Soares Borba e Maria Correa da Silva. Geração nesta família Cap.2º.
6-5-2 Maria Vieira da Silva batizada aos 08-10-1759 na Sé de São Paulo. Em 28-02-1775, com dispensa do impedimento de 3º grau misto com 4º de consanguinidade, casou com José Ribeiro de Figueiró, batizado na Sé de S. Paulo em 12-06-1745, filho de Bernardo Ribeiro de Figueiró e Ana Pedroso Nogueira, família "Miguel Fernandes Nogueira".
ACMSP, Processo Matrimonial 5-42-1128 José Ribeiro e Maria Vieira, 1775:
Autos de dispensa do 4º grau de consanguinidade misto com o 3º em que se acham ligados os oradores José Ribeiro e Maria Vieira – Dizem os oradores José Ribeiro e Maria Vieira, aquele natural da freguesia de Santo Amaro, onde é morador, e ela natural da freguesia da Sé desta cidade, e nela moradora, que eles se acham justos e contratados para se casarem, e não podem fazer por estarem ligados no 4º grau de consanguinidade misto com o 3º.
- Que Juliana Ribeiro e Catarina de Figueiró foram irmãs, e que da dita Juliana Ribeiro procedeu Bernardo Ribeiro, e deste José Ribeiro, orador; que da sobredita Catarina de Figueiró procedeu Maria da Silva Ferreira, e desta Ana Vieira, e desta Maria Vieira, oradora.
– Testemunhas: 1ª João Álvares Pestana, natural e morador desta cidade, que vive de suas lavouras, de 60 anos, parente dos oradores por afinidade – 2ª Joaquim Vieira da Silva, solteiro, natural de Santo Amaro e morador desta cidade, que vive de suas lavouras, de 30 anos – 3ª Antonio Francisco da Silva, casado, natural e morador desta cidade, que vive de suas lavouras, de 40 anos, parente dos oradores.
– Quer casar José Ribeiro de Figueiró, f.l. do Alferes Bernardo Ribeiro de Figueiró e Ana Pedroso Nogueira, com Maria Vieira, f.l. de Procópio Pinto Guedes e Ana Vieira da Silva, o contraente natural e batizado na Sé desta cidade de São Paulo e freguês desta freguesia, e a contraente natural e batizada na Sé – os contraentes andam impetrando dispensa do 3º grau misto ao 4º de consanguinidade.
– Autos de casamento de José Ribeiro e Maria Vieira – Diz José Ribeiro e Maria Vieira, que eles se acham contratados para receberem, dispensados no impedimento de consanguinidade em que se acham ligados – Quer casar José Ribeiro de Figueiró, f.l. do Alferes Bernardo Ribeiro de Figueiró e Ana Pedroso Nogueira, com Maria Vieira, f.l. de Procópio Pinto Guedes, já defunto, e Ana Vieira da Silva, o contraente natural e batizado na Sé desta cidade e freguês da freguesia de Santo Amaro, e a contraente natural e batizada nesta Sé, e nela freguês – os contraentes andam impetrando dispensa do 3º grau misto ao 4º de consanguinidade.
– 12/06/1745 (Sé de São Paulo): José, f.l. de Bernardo Ribeiro de Figueiró e Ana Pedroso Nogueira – pp. Antonio da Silva Brito, casado, e Clara Domingues do Prado, viúva.
– 08/10/1759 (Sé de São Paulo): Maria, f. de Procópio Pinto e Ana Vieira da Silva – pp. José Rodrigues Gato, solteiro, e Maria Machado, casada.
Sé de São Paulo, 28/02/1775: José Ribeiro de Figueiró, f.l. do Alferes Bernardo Ribeiro de Figueiró e Ana Pedroso Nogueira, n.p. de João de Mendonça de Gouveia e Joana Ribeiro de Figueiró, n.m. de Diogo Rodrigues de Medeiros e Isabel Pedroso, com Maria Vieira, f.l. de Procópio Pinto Guedes e Ana Vieira da Silva, n.p. de Manoel Pinto Guedes e Angela Machado, n.m. do Capitão Inácio Vieira Antunes e Maria da Silva de Figueiró, estes naturais desta cidade, e das naturalidades dos mais não deram notícias.
José Ribeiro faleceu aos 05/02/1776 com testamento. Em 1778 Maria Vieira requereu provisão para se casar com Salvador Leonardo de Oliveira, batizado em Santo Amaro em 05-03-1752, filho do falecido Antonio Rodrigues de Moura e Maria Paes de Abreu.
ACMSP, Processo Matrimonial 5-58-1326 Salvador Leonardo de Oliveira e Maria Vieira da Silva, 1778:
Dizem Salvador Leonardo de Oliveira e Maria Vieira da Silva, viúva de José Ribeiro, ambos os contraentes naturais desta cidade, que eles se acham apregoados, sem impedimento algum.
– Com o favor de Deus quer casar [Salvador] Leonardo de Oliveira, f. de Antonio Rod[rigues] de Moura e Maria Paes de Abreu, naturais e batizado na freguesia de Santo Amaro, com [Maria] Vieira da Silva, viúva de Jos[é Ribeiro] de Figueiró, natural desta cidade.
– 05/02/1776 (Sé de São Paulo): fal. José Ribeiro de Figueiró, natural ... desta freguesia, e nela casado com Maria ... ... fez testamento – sepultado ... ... Francisco.
– Com o favor de Deus quer casar Salvador Leonardo de Oliveira, f.l. de Antonio Rodrigues de Moura, já ..., e Maria Paes de Abreu, naturais e batizado na freguesia de Santo Amaro, com [Maria] Vieira da Silva, viúva de José [Ribeiro] de Siqueira, ambos os contraentes naturais e batizados na Sé de São Paulo.
– Com o favor de Deus quer [casar Sal]vador] Leonardo de Oliveira, f. de Antonio Rodrigues de Moura e Maria P[aes de] Abreu, naturais da freguesia de Santo Amaro, com [Maria] Vieira da Silva, viúva de José Ribeiro de Figueiró, natural e freguês ... São Paulo.
– 05/03/1752 (Santo Amaro): Salvador, f.l. de Antonio Rodrigues de ... e Maria Paes de Abreu – pp. o Coronel Francisco ... e sua mulher Dona Escolástica Jacinta Ribeiro Góes, moradores estes ... cidade..
Maria Vieira passou a segundas núpcias em 02-12-1778 em São Paulo, com o Capitão Salvador Leonardo Rolim de Oliveira, filho de Antonio Rodrigues de Moura e Maria Paes de Abreu.
Sé de São Paulo, 02/12/1778: Salvador Leonardo de Oliveira e Maria Vieira da Silva – ele natural e morador da freguesia de Santo Amaro, f.l. de Antonio Rodrigues de Moura e Maria Paes de Abreu, n.p. de Bernardo Antonio de Moura e Gertrudes Paes, n.m. de Estevão de Cubas Rangel e Isabel Paes e Oliveira, o pai e avós paternos da vila e freguesia de Sorocaba, a mãe e avós maternos desta freguesia – ela natural e moradora desta freguesia, f.l. de Procópio Pinto e Ana Vieira da Silva, viúva de José Ribeiro de Figueiró.
Salvador e Maria comparecem no censo da Cotia de 1797 e seguintes, ele com 44 anos, ela com 35, vários filhos, e a mãe Maria Paes de Abreu com 64 anos.
-Lista geral da 2ª companhia de ordenança da freguesia da Cotia, 1797: Salvador Leonardo de Oliveira, de 44 anos, Maria Vieira da Silva, de 35 anos / Filhos: Bento, de 11 anos; Inácio, de 9 anos; José, de 7 anos; Joaquim, de 5 anos; Francisca Maria, de 19 anos; Francisca, de 4 anos / Maria Paes de Abreu, mãe, agregada, de 64 anos / Escravos: 7.
-Lista geral da 1ª companhia de ordenança da freguesia da Cotia, 1797: o Alferes Salvador Leonardo, de 46 anos, Maria Vieira, mulher, de 30 anos / Filhos: Bento, de 15 anos; Inácio, de 13 anos; José, de 12 anos; Joaquim, de 6 anos; Francisca, de 18 anos; Francisca, de 6 anos / Escravos: 7.
-Mapa dos habitantes que existem na freguesia da Cotia e seu distrito, 4ª companhia, 1798: Capitão Salvador Leonardo de Oliveira, de 47 anos, Maria Vieira da Silva, mulher, de 38 anos / Filhos: Joaquim, de 8 anos; Francisca, solteira, de 21 anos; Francisca, de 6 anos; Joaquina, de 1 ano / Maria Paes de Abreu, viúva, mãe, de 66 anos / Escravos: Antonio Preto, casado, de 32 anos; Efigênia Preta, mulher, de 37 anos; Miguel Preto, solteiro, de 14 anos; Elias Preto, solteiro, de 11 anos; Gertrudes Parda, solteira, de 18 anos; Quitéria Preta, de 8 anos; Rita Preta, de 6 anos; Francisco Preto, de 1 ano / Planta para o gasto de sua casa / Tem suas criações: bezerros 8; poldros 4; poldras 2.
-Mapa geral dos habitantes existentes da freguesia da Cotia, 4ª companhia, bairro de Sorocamirim, 1810: Salvador Leonardo Rolim de Oliveira, natural desta cidade, de 58 anos, Dona Maria Vieira da Silva, mulher, de 50 anos / Filhos: Francisca, de 34 anos; Joaquim, soldado pago, ausente para o continente do sul, de 19 anos; Joaquina, de 12 anos; Maria, de 9 anos / Agregados: José Francisco, de 59 anos; Gertrudes Pedroso, mulher, de 18 anos; filhos destes: Jeremias, de 1 ano; Maria, de 3 meses / Escravos: Efigênia crioula, de 54 anos; Quitéria crioula, de 18 anos; Miguel crioulo, de 25 anos; Elias crioulo, de 23 anos / Lavrador / Plantou alqueires de milho 3; colheu alqueires de milho 400; alqueires de feijão plantou 3; colheu alqueires de feijão 60 / Subtraído o que gastou com sua família, vendeu alqueires de milho 200, a preço o alqueire 160 réis; de feijão vendeu 20, a preço o alqueire 640 réis, na mesma paróquia.
-Mapa geral dos habitantes existentes na freguesia da Cotia, 4ª companhia, 1811: Salvador Leonardo Rolim de Oliveira, natural de Santo Amaro, de 59 anos, Dona Maria Vieira da Silva, mulher, de 51 anos / Filhos: Joaquim, soldado pago desta cidade de São Paulo, de 20 anos; Francisca, de 35 anos; Joaquina, de 13 anos; Maria, de 10 anos; José, ausente para o Rio de Janeiro, de 22 anos / Escravos: Efigênia crioula, de 55 anos; Quitéria crioula, de 19 anos; Miguel crioulo, de 26 anos; Elias crioulo, de 24 anos / vive de negócios de mulas molares.
-Mapa geral dos habitantes existentes na freguesia de Nossa Senhora das Dores de Una, 1813: Salvador Leonardo Rolim de Oliveira, natural de Santo Amaro, de 61 anos, Dona Maria Vieira da Silva, mulher, de 53 anos / Filhos: Joaquim, soldado pago, de 22 anos; Francisca, de 37 anos; Maria, de 12 anos / Escravos: Efigênia, de 57 anos; Quitéria, de 21 anos; Miguel, de 28 anos; Elias, de 26 anos; Paula, de 31 anos; Maria, de 14 anos / Agricultor / Colheu milho alqueires 400, alqueires de feijão 50 / Subtraído o que gastou em sua família, vendeu 200 alqueires de milho a preço de 200, alqueires de feijão 20 a 960, tudo na mesma paróquia / Falta nesta lista sua filha Joaquina, de 15 anos, que se casou este ano, e foi morar neste mesmo distrito com seu marido.
6-5-2-1 Francisca Maria, com 19 anos em 1797 e 37 anos em 1813, muito provaelmente a filha de Maria Vieira e seu primeiro marido Jose Ribeiro de Figueiró.
6-5-2-2 Bento com 15 anos em 1797.
6-5-2-3 Inácio, batizado em 20-11-1785. Com 13 anos em 1797.
20/11/1785 (Santo Amaro) bat. Inácio, f. do Alferes Salvador Leonardo de Oliveira e Maria Vieira – pp. Antonio de Camargo Pontes e sua mulher Maria Paes de Siqueira, fregueses da Cotia.
6-5-2-4 José batizado em 01-01-1788. Com 12 anos em 1797. Em 1811 José, ausente para o Rio de Janeiro, de 22 anos.
01/01/1788 (Santo Amaro) – na Sé de São Paulo – José, f. do Alferes Salvador Leonardo e Maria Vieira da Silva – pp. o Dr. José Vaz de Carvalho e sua mulher Dona Escolástica Joaquina Antonia de Macedo, por procuração que em seu nome apresentou o Alferes José de Andrade Vasconcelos, fregueses da cidade.
6-5-2-5 Joaquim batizado em 18-06-1790. Em 1810, soldado pago, ausente para o continente do sul.
18/06/1790 (Santo Amaro) – na Sé da cidade de São Paulo – Joaquim, f. do Alferes Salvador Leonardo de Oliveira e Maria Vieira da Silva, fregueses desta freguesia de Santo Amaro – pp. o Capitão-mor Joaquim dos Santos e sua mulher Dona Antonia Joaquina Mendes, por procuração que em seu nome apresentou o Reverendo Padre Bartolomeu Pereira Mendes, fregueses da Sé de São Paulo.
6-5-2-6 Francisca batizada em 17-01-1792. Francisca Maria de Borges aos 26-11-1806 na Cotia casou com Manoel Leite de Barros, filho de Joaquim Leite de Barros e Francisa Xavier de Araujo, naturais de Mogi das Cruzes-SP.
17/10/1792 (Santo Amaro) – na aldeia de Mboy – Francisca, f. do Alferes Salvador Leonardo de Oliveira e e Maria Vieira da Silva, desta freguesia – pp. Antonio Bicudo de Brito e sua mulher Francisca Vieira da Silva, fregueses da Cotia.
Cotia, SP aos 26-11-1806 na capela de N. Sra das Dores de Una filial da freguesia de S. Roque, com provisão, Manoel Leite de Barros, f.l. de Joaquim Leite de Barros e Francisa Xavier de Araujo, nts da vila de Mogi das Cruzes deste bispado = cc Francisa Maria de Borges, natural de Santo Amaro, f. do Cap. Salvador Leonardo Rolim de Oliveira, n. da freg. de Santo Amaro e de s/m Maria Vieira da Silva, n. da Sé de S. Paulo. O contraente np de Antonio Leite de Barros e de s/m Josefa Cardosa do Prado nts da cidade de S. Paulo, nm de Jose Gabriel de Araujo, n. da vila de Santos e de s/m Catarina Cardosa n. da cidade de S. Paulo. A contraente np de Antonio Rodrigues de Moura n. da vila de Sorocaba deste bispado e de s/m Maria Paes de Abreu n. da cidade de S. Paulo, nm de Procopio Pinto Machado e s/m Ana Vieira da Silva nts da cidade de S. Paulo.
6-5-2-7 Gertrudes, batizada na Cotia em 13-11-1794. Não consta no censo de 1797.
13/11/1794 (Cotia) – Gertrudes, f. do Alferes Salvador Leonardo de Oliveira e Maria Vieira da Silva, do bairro Circunvizinho – pp. o Alferes Antonio Joaquim de Oliveira e sua mulher Gertrudes Jesuína de Oliveira, fregueses da vila de Taubaté.
6-5-2-8 Felix, batizado aos 21-01-1796 na Cotia. Não consta no censo de 1797.
21/01/1796 (Cotia) – Felix, f. do Alferes Salvador Leonardo de Oliveira e Maria Vieira da Silva – pp. o Capitão José Ortiz de Camargo, solteiro, e Josefa Ribeiro, mulher de André Gonçalves Cadaval.
6-5-2-9 Joaquina, em 01-04-1798. Casou em 1813 segundo o censo: “Falta nesta lista sua filha Joaquina, de 15 anos, que se casou este ano, e foi morar neste mesmo distrito com seu marido”.
01/04/1798 (Cotia) – Joaquina, f. do Alferes Salvador Leonardo de Oliveira Rolim e Dona Maria Vieira da Silva – pp. Antonio Gonçalves Cadaval, filho solteiro de André Gonçalves Cadaval, e sua mãe viúva, Josefa Ribeiro.
6-5-2-10 Maria, com nove anos em 1810 e 14 anos em 1813.
6-5-3 Procópio, filho póstumo de Procopio Pinto Guedes. Faleceu em fevereiro de 1762: “
Inventário paterno 31/10/1761:
Declarações da inventariante, 26/02/1762: declarou a inventariante que o póstumo que em princípio deste inventário declarou haver em seu ventre já veio a lume, batizou-se com o nome de São Procópio, e já faleceu haverá 15 dias.
6-6 Reverendo Padre Doutor Simão Pinto Guedes, batizado em 01-11-1724 na Sé de São Paulo. Habilitado de Genere et Moribus em 1747, Clérigo do Hábito de São Pedro. Licenciado, Mestre em Artes.
(Certidão acostada ao Processo de Genere et Moribus de Simão Pinto Guedes, fls. 5v) Ao primeyro dia do mês de novembro de mil settecentos e vinte e quatro annos baptizei e puz os santos óleos a Simão filho de Manoel Pinto Guedes e de sua mulher Angela Machada: forão padrinhos Luis Rodrigues Villares, e Maria Leite Beata. Bento Curvello Maciel.
(ACMSP Processo de genere et moribus do Padre Simão Pinto Guedes, 1-19-190, 1747:
Diz Simão Pinto Guedes, natural e morador da cidade de São Paulo deste Bispado, f.l. de Manuel Pinto Guedes e Angela Machado e Silva, naturais da dita cidade, n.p. de Manuel Pinto Guedes, natural de Mesão Frio, lugar de Sermelha, concelho de Penaguião, freguesia de Nossa Senhora de Sedielos, Arcebispado da cidade do Porto, cuja inquirição junto oferece tirada do lugar declarado, requisitória do Bispado do Rio de Janeiro (cuja inquirição já está admitido por Sua Excelência, provando fraternidade), e Domingas Rodrigues de Escudeiro, natural da dita cidade de São Paulo, cuja inquirição se acha no Cartório deste Juízo Eclesiástico, por comissão ao Juízo Eclesiástico desta cidade, e a sentença extraída do processo junto oferece; n.m. de Jerônimo Machado Silva, natural da vila de Guimarães, Arcebispado de Braga, e Maria Egipcíaca de Arzão, natural da dita cidade de São Paulo – Diz Simão Pinto Guedes, clérigo tonsurado, morador e natural desta cidade, que neste Juízo se acha uma inquirição de justificação de genere a favor dele suplicante, tirada por requisitória do Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Bispo que Deus haja em a vila de Guimarães, Arcebispado de Braga, por parte de seu avô materno Jerônimo Machado e Silva, que ele pessoalmente entregou fechado e lacrado em segredo de justiça ao escrivão da Câmara deste Juízo, e porquanto para requerer o que for a bem de sua justiça, e mais requisitos, para as Ordens a que está admitido, lhe é necessário que o referido escrivão da Câmara Eclesiástica faça termo de abertura e junto com os papéis que se acharem no Juízo, e mais a justificação de fraternidade, faça conclusos a Vossa Senhoria para julgar a inquirição por provada ou não provada, e deferir-lhe em modo de ele suplicante poder continuar com os seus requerimentos – o habilitando Simão Pinto Guedes por seu pai Manuel Pinto Guedes e mãe Angela Machado e Silva, por sua avó paterna Domingas Rodrigues de Escudeiro, e materna Maria Egipcíaca de Arzão, naturais todos desta freguesia, é cristão-velho e de limpo sangue, e por tal é conhecido, sem fama ou rumor algum em contrário, é o que me consta por informação de pessoas que me parece são de qualidade que se encomenda neste mandado, e assim o juro in verbo sacerdotis – se mostra pela justificação de fraternidade apensa ser o habilitando filho legítimo de Manuel Pinto Guedes, e este irmão legítimo de João Pinto Guedes, pai do Muito Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, e ambos filhos legítimos de Manuel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues de Escudeiro, que vem a ser avós paternos do habilitando, os quais por inquirição da sua naturalidade foram julgados por cristãos-velhos inteiros e limpos de sangue, como se vê da sentença de inquirições de genere do Muito Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, primo do habilitando, no 4º apenso, e se mostra que o habilitando pela parte materna é filho de Maria Egipcíaca de Arzão, natural desta cidade, inteira e legítima cristã-velha, como se vê das testemunhas de f. até f. e de Jerônimo Machado Silva, da vila de Guimarães, Arcebispado de Braga, como se vê da verba do testamento com que faleceu, pela certidão a f. do 1º apenso, e suposto se passasse requisitória para a dita vila e nela não desse pessoa alguma notícia do dito Jerônimo Machado Silva, bem claro está e da mesma requisitória se vê pela idade das testemunhas, ainda não serem nascidas quando o dito Jerônimo Machado Silva veio para esta cidade, porque pela inquirição do 1º apenso se vê que o dito Jerônimo Machado Silva veio para esta cidade há mais de 90 anos, quase um século, em que prescreve a memória mais privilegiada, e que viveu sempre nesta cidade e nela foi casado 3 vezes, e conforme a opinião dos doutores tão permanente domicílio se reputa naturalidade, e pelo mandado e testemunhas do 1º apenso se vê concludentemente que o dito Jerônimo Machado Silva foi sempre e em tão longo tempo tido, havido e reputado por inteiro e legítimo cristão-velho, e de limpo sangue, tanto assim que como ... teve do segundo matrimônio 2 filhos, religiosos ... da Ordem Seráfica, Frei Estevão e Frei Inácio – Autos de Justificação de Fraternidade a favor de Simão Pinto Guedes: Diz Simão Pinto Guedes, clérigo tonsurado, que sendo admitida a sua inquirição de genere pelo Excelentíssimo Senhor Bispo, e aprovar por parte de seu pai Manuel Pinto Guedes em como era irmão inteiro de João Pinto Guedes, de quem é filho o Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, habilitado por este Juízo, com mudança que tem havido de escrivães do Juízo, se desencaminhou de forma a sua justificação que por mais diligências que tem feito o suplicante, como informará o escrivão se for necessário, todas ...rão inúteis, por se não acharem, e porque novamente quer justificar em como ele suplicante é filho legítimo de Manuel Pinto Guedes, e este irmão inteiro de João Pinto Guedes, por serem filhos legítimos de Manuel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues de Escudeiro, moradores nesta cidade, onde se receberam, e que do dito João Pinto Guedes, irmão do pai do suplicante, nasceu o Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, que se acha habilitado por este Juízo – Autos de Justificação a favor de Simão Pinto Guedes, do que nela se declara: Diz Simão Pinto Guedes que, passando requisitória para o Arcebispado de Braga, para a vila de Guimarães, se averiguar a limpeza de seu sangue e de seu avô materno Jerônimo Machado e Silva, se fez diligência necessária, porém não se achou notícia alguma do referido seu avô, e com razão, porque este passou para este estado a mais de 95 anos, pois faleceu nesta cidade há 52 anos, tendo sido casado 3 vezes, e do 2º matrimônio teve a mãe do suplicante, na era de 1684, como se mostra da certidão junta, porque o suplicante deseja muito servir a Deus e a Igreja no estado de sacerdote, e há tanta falta de clérigos para o serviço dela, como se experimenta na Sé, quer o suplicante justificar os itens abaixo: que Jerônimo Machado e Silva veio de Portugal para esta cidade há mais de 90 anos, que foi casado nesta cidade 3 vezes, e sempre aqui assistiu e não foi mais ao Reino, e teve do 2º matrimônio a Angela Machado e Silva, sua filha, mãe do suplicante, que do 1º matrimônio teve 2 filhos que foram religiosos de São Francisco, em cuja religião se ... inquirições e foi terceiro da referida Venerável Ordem, e ministro dela, sempre tido e havido por cristão-velho sem rumor ou fama em contrário – às fls. 58-59 consta certidão do Juiz dos Órfãos tirada dos autos de inventário de Jerônimo Machado e Silva, onde consta ser natural da vila de Guimarães, filho de Cristovão da Silva e Maria Martins, o qual foi casado 3 vezes, a 1ª com Maria Fernandes, filha do Capitão Estevão Fernandes Porto e Isabel Pacheca.
Em 1760 assistia nos Guaiases (Goiás) no Arraial de São Miguel das Tesouras, conforme consta do inventário materno.
De acordo com a “História da antiga Capela da Ordem Terceira da Penitência de São Francisco em São Paulo 1676-1876”, de Frei Adalberto Ortmann, era Vice-Comissário da Ordem Terceira nas Minas do Pilar, onde foi delegado pelo Comissário frei Antonio de Santana Galvão (1776-80).
Foi confirmado Vice-Comissário pelo Ministro Provincial da Ordem, frei José dos Anjos Passos (1781-83).
Em 1787, no Processo Matrimonial do sobrinho Vitorino Pinto Guedes, se diz Vigário da Vara e Juiz das Dispensas, Justificações, Casamentos, Capelas e Resíduos no arraial de N. S. do Pilar dos Goiases (Vigário da Vara das Minas do Pilar).
6-7n Teresa Pinto, filha natural do Capitão Manoel Pinto Guedes. Casou com Salvador Duarte, de quem foi a primeira mulher.
Salvador Duarte, natural de S. Paulo, filho de Duarte Borges e Paula Bueno e viúvo de Teresa Pinto. Em Prados-MG aos 04-05-1736 casou com Paula Ferreira, natural de Camargos-MG, filha de João Rodrigues da Gama e Maria Carneiro - família “Salvador Duarte”, neste site.
Prados, MG Igreja N Sra da Conceição aos 04-05-1736 nesta matriz Salvador Duarte, f.l. Duarte Borges e Paula Bueno, viuvo de Teresa Pinto, natural da cidade de S. Paulo = cc Paula Ferreira, n. destas Minas, da freguesia dos Camargos, filha de João Rodrigues da Gama e Maria Carneyro, ambos deste Bispado do Rio de Janeiro. Test.: Padre Manoel Gomes da Costa e o Lic. Francisco Jose Nunes.
Teresa e Salvador tiveram, pelo menos:
6-7n-1 Antonio Pinto, teve por padrinhos “Manoel Pinto Guedes, avô materno do justificante, e Angela Machada, mulher do dito Manoel Pinto”. Com 20 anos em 1735 requereu provisão para se casar com Maria Franco, filha de Teodósia, serva de Maria da Rocha. Maria, batizada em Mogi das Cruzes em 13-06-1713, era viúva de Manoel Franco moradores que foram em Mogi das Cruzes.
ACMSP, Processo Matrimonial 4-6-22 Antonio Pinto e Maria Franco, 1735:
Diz Antonio Pinto, f.l. de Salvador Duarte e Teresa Pinta, moradores na freguesia de Santo Amaro, termo desta cidade, e hora assistente na freguesia ou vila de Santana das Cruzes de Mogi, que ele está contratado para casar com Maria Franca, filha de Teodósia, servos de Maria da Rocha, dona viúva, moradores na sobredita vila.
– por não ajuntar certidão de idade, que se lhe não acha no livro dos batizados, quer justificar com testemunhas que bem o conheçam, em como tem idade para poder tomar o dito estado.
– Quer casar Antonio Pinto, f.l. de Salvador Duarte e Teresa Pinta, moradores nesta freguesia de Santo Amaro, com Maria Franca, serva de Maria da Rocha, viúva que ficou do defunto Manoel Franco, moradores da vila de Santana das Cruzes de Mogi.
– 13/06/1713 (Mogi) bat. Maria, filha de Teodósia, serva do Capitão Manoel Franco de Brito – padrinhos: João Pedroso Moreira e Marquesa da Rocha.
– Diz Antonio Pinto, f.l. de Salvador Duarte e Teresa Pinta, moradores na freguesia de Santo Amaro, termo desta cidade, que ele suplicante está contratado para se receber na vila de Mogi, e porque para este fim se lhe manda ajuntar certidão de idade, e desta se não acha assento no livro da matrícula da dita freguesia, quer justificar em como é batizado, mas como esta justificação não pode fazer o suplicante nesta cidade por ser pobre, e achar mais conveniente à sua pobreza fazê-la na dita freguesia de Santo Amaro, por lá se acharem as ditas testemunhas.
– testemunhas (Santo Amaro, 14/07/1735): 1ª João Pinto Guedes, natural da cidade de São Paulo, morador nesta freguesia de Santo Amaro, e nela mestre da capela, de 70 anos, irmão do avô do justificante – sabia que Antonio Pinto era filho de Teresa Pinta, e que não teve notícia de que este fora batizado, mas supõe que o não deixaria de ser, e a razão de não saber foi que ao tempo que nasceu o justificante era a testemunha morador em a freguesia de São João da Tibaya – 2ª Antonio Pinto Guedes, natural da cidade de São Paulo, morador na freguesia de Santo Amaro, que vive de sua lavoura, de 68 anos, irmão do avô do justificante – não sabia onde o justificante fora batizado – 3ª Maria da Anunciação, beata professa de Nossa Senhora do Carmo, natural da cidade de São Paulo, e moradora na freguesia de Santo Amaro, que vive debaixo do amparo de seu tio o Padre João de Pontes, de 60 anos – disse que sabia de certo que o justificante fora batizado, e que foram seus padrinhos Manoel Pinto Guedes, avô materno do justificante, e Angela Machada, mulher do dito Manoel Pinto, e lhe parece que fora batizado nesta freguesia por seu tio o Padre João de Pontes, com licença do Reverendo Pároco da cidade de São Paulo, de onde eram fregueses – 4ª João Moreira Garcia, natural e morador na freguesia de Santo Amaro, que vive de sua lavoura, de 36 anos – ouvira dizer que o justificante fora batizado e que foram padrinhos Manuel Pinto Guedes e Angela Machada, e que não sabia onde fora batizado, se na cidade de São Paulo, onde eram fregueses seus pais, ou nesta freguesia de Santo Amaro, com licença do pároco da cidade de São Paulo – 5ª Inês da Anunciação, natural da cidade de São Paulo, e moradora nesta freguesia de Santo Amaro, beata professa do Carmo, que vive debaixo do amparo de seu tio o Padre João de Pontes, de 58 anos – sabia que o justificante fora batizado, e que seus padrinhos foram Manoel Pinto Guedes e Angela Machada, sua mulher, e que terá o justificante 20 anos.
6-8n Ana Pinto Guedes, filha natural do Capitão Manoel Pinto Guedes. Casou com José de Aguirre do Amaral.
Em 1729, no Processo Matrimonial de Manoel Fernandes Moreira e Catarina Machado Pinto, filha de Manoel Pinto Guedes: “assino a rogo de minha cunhada Catarina Machado: José de Aguirre do Amaral”.
José e Ana tiveram, pelo menos:
6-8n-1 João batizado em 19-08-1725 em Santo Amaro.
Santo Amaro aos 19/08/1725 bat. João, f. de José de Aguirre do Amaral e Ana Pinto Guedes, fregueses da Matriz da cidade de São Paulo – padrinhos: Matias da Silva, casado e morador da dita cidade, e Maria Leite, beata da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, moradora e freguesa da freguesia de Santo Amaro).
6-1ex Gertrudes Maria, filha de pais incognitos, exposta em casa de Manoel Pinto Guedes e legatária de Angela Machado. Em 16-11-1769, na Sé de São Paulo, casou com Paulo Caetano da Silva, filho de Manoel Caetano da Silva e Rosa Maria Pinto.
[DAESP – Habilitação à herança, Paulo Caetano da Silva, 1770: Paulo Caetano da Silva, justificante – 27/02/1770, nesta cidade de São Paulo – Diz Paulo Caetano da Silva, por cabeça de sua mulher Gertrudes Maria, exposta em casa do defunto Manoel Pinto Guedes, e legatária de Angela Machado, que da certidão do reverendo doutor cura da Sé desta cidade, que com esta oferece, consta o casamento do suplicante e como casou – Diz Paulo Caetano da Silva, f.l. de Manoel Caetano da Silva e Rosa Maria, morador nesta cidade, que ele quer casar com Gertrudes Maria, exposta em casa do defunto Manoel Pinto Guedes, e como é legatária da defunta Angela Machado, e precisa de licença do meritíssimo juiz dos órfãos para o estado que pretende – Diz Paulo Caetano que para bem de sua justificação, lhe é necessário por certidão o teor do termo de casamento do suplicante com Gertrudes Maria do Rosário, exposta em casa de Angela Machado, viúva de Manoel Pinto Guedes – 16/11/1769 (Sé): Paulo Caetano da Silva, f. de Manoel Caetano da Silva e Rosa Maria Pinto, natural desta cidade, os avós não disseram, e Gertrudes Maria, f. de pais incógnitos, natural desta mesma cidade, exposta que foi em casa de Manoel Pinto Guedes – 27/02/1770 (nesta cidade de São Paulo): 1ª tt. Manoel Caetano da Silva, natural do concelho de Basto, e morador nesta cidade, casado, que vive de seu ofício de seleiro, de 56 anos, pai do justificante; 2ª tt. João Garcia da Fonseca, natural desta cidade e morador na mesma, casado, que vive de sua agência, de 22 anos; 3ª tt. Roberto da Rocha da Trindade, natural desta cidade e morador na mesma, que vive de sua arte de cabeleireiro, de 30 anos – Diz o Capitão Inácio Vieira Antunes, do termo desta cidade, que ele suplicante como procurador do Dr. Padre Simão Pinto Guedes tem a notícia em como anda em praça uma morada de casas sitas no canto que vai para a Rua da Freira, as quais foram do casal do defunto Manoel Pinto Guedes, e foram inventariadas por este juízo e se adjudicou para pagamento do dito reverendo seu herdeiro, e para os órfãos do defunto Desidério, também herdeiro – termo de praça de uma morada de casas sitas no canto da Rua da Freira, 28/06/1770]