PROJETO COMPARTILHAR

Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira

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Cap. 3º § 1º

JOÃO PINTO GUEDES, capitão

(atualizado em 20-outubro-2018)

 

Fabricio Gerin

 

1- Capitão João Pinto Guedes, com 62 anos em 1730 e 65 anos em 1731. Inventariante materno.

(em 1730 foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Angelo de Siqueira, onde se diz: Capitão João Pinto Guedes, morador e natural do termo desta cidade de São Paulo, da freguesia de Santo Amaro, que vive de suas lavouras, de 62 anos – em 1731 foi testemunha no mesmo Processo, onde se diz: Capitão João Pinto Guedes, morador e natural do distrito desta cidade, na freguesia de Santo Amaro, de 65 anos).

Em primeiras núpcias casou com Catarina Barbosa de Lima, filha do Capitão José Nunes de Siqueira e Ana Barbosa de Lima. Catarina Barbosa de Lima faleceu em 03-03-1718, com inventário aberto em 19-07-1718 na freguesia de São João de Atibaia.

SAESP – Inventário de Catarina Barbosa de Lima: aos 19/07/1718, nesta cidade de São Paulo, onde veio João Pinto Guedes, morador na freguesia de São João, termo desta cidade, por ser notificado para fazer inventário dos bens que ficaram por morte e falecimento de Catarina Barbosa – estando presente o dito inventariante João Pinto Guedes, foi declarado que ficaram 5 filhos: Maria, de 22 anos; Inácio, de 19 anos; Teresa, de 18 anos; Tomé, de 16 anos; Rosa, de 13 anos – a dita defunta falecera aos 03/03/1718, e não fizera testamento – no mesmo dia, estando presente Manoel Pinto Guedes, foi nomeado curador dos menores, visto serem seus sobrinhos – bens de raiz: uma morada de casas de dois lanços de taipa de pilão, com seu corredor e quintal, cobertas de telha, na freguesia de São João de Atibaia; uma chácara na mesma freguesia, com casas de quatro lanços de paredes de mão, cobertas de palha, com duzentas braças de valo – entre os mais bens: a fazenda toda que está na loja – escravos: mulata Maria, de 45 anos; Miguel, recém-nascido, filho da dita; negro Luís, de 65 anos; negro João, de 30 anos; negra Marcelina, de 18 anos – entre as dívidas: deve Francisco Pinto Guedes, assistente nas minas do ouro, por um crédito seu corrente, 14 mil réis.

João Pinto Guedes passou a segundas núpcias em 29-06-1721 em Santo Amaro, com Leonor de Lemos e Moraes, viúva de Baltazar de Borba Gato, onde consta apenas “João Pinto Guedes, morador da freguezia de Atibaya”.

(Matriz de Santo Amaro/SP – Livro 1, fls. 8v) Aos vinte e nove dias do mez de junho de mil setecentos e vinte e hum annos, co commissam q. tive do Muito R. P. João de Pontes casey na forma do Sagrado Conc. Trid. a João Pinto Guedes morador da freguezia de Atibaya com Leonor de Lemos moradora nesta freguezia de S. Amaro, os quaes contrahentes me apresentarão provisão do M.to R. Vigr.o da Vara, em q. p.r ella constava serem sentenciados as duas certidoins dos seos parochos de hua e outra freguezia, e ... como os receby in facie Eclesie serviram p.r testemunhas Antonio Pinto Guedes, Luis Porrate Penedo e Moraes, Maria Pinto, e Isabel Barbosa de Lima, e p. constar fis este assento, da minha letra, e signal. S. Amaro dia, mês, e era ur supra. Jacinto Albuq.e Sar.a Sá e Mello.

Sem geração de João Pinto Guedes, Leonor de Lemos e Moraes faleceu em 02-08-1725 em Santo Amaro, com testamento de 1725, e inventário aberto em 27-08-1725 – no termo de óbito em Santo Amaro, é dito que “deixou também a Thome Pinto seo enteado hua rede branca com suas barandas; e a este mesmo lhe deixou por esmola o citio, q. tinha na paragem chamada Guarapiranga”; e em outro termo, feito em duplicata, é dito que: “deixou a Thomé Pinto filho de João Pinto seo marido hua rede branca com suas barandas, e por esmolla hu sitio q. tinha na paragem chamada Guarapiranga”.

Leonor foi casada primeira vez com Jerônimo Machado, de quem foi a terceira mulher, natural de Guimarães, filho de Cristovão da Silva e Maria Martins. Segunda vez, Leonor casou com Baltazar de Borba Gato, filho de Manoel Pacheco Gato e de Ana da Veiga Paes. Geração destes dois matrimônios em SL. 7, 58, 3-1.

(Matriz de Santo Amaro/SP – Livro 1, fls. 139) Aos dous dias do mês de agosto de mil sete centos e vinte e sinco annos faleceo da vida prezente Leonor de Lemos e Morais mulher de João Pinto Guedes de idade de sincoenta e tantos annos pouco mais, ou menos, com todos os sacramentos, e fes testam.to, e codecillo, e manda seja seo corpo amortalhado no habito do Patriarcha Sam Francisco, de q. he terceyra, e sepultada na Capella, e deixou hua capella de missas repartidas na forma seguinte: sinco a N. Senhora da Conceição; des a N. Senhora do Rozario, des a N. Senhora do Pillar, sinco a Sam Miguel, des a Santa do seo nome, e des pellas almas do Purgatorio. Deixou também a Thome Pinto seo enteado hua rede branca com suas barandas; e a este mesmo lhe deixou por esmola o citio, q. tinha na paragem chamada Guarapiranga, e não achey mais legados para delles fazer assento neste livro, de que de tudo fis este termo, em q. me assigney dia, mês e anno atrás declarado. Jacinto de Albuq.e Sar.a. Declaro q. forão testamenteyros da defunta Leonor de Lemos, e Morais seo filho Martinho Rodrigues em primeyro lugar; e Antonio Pinto Guedes, e Francisco Machado moradores nesta freguezia de Santo Amaro, e a testadora também dispõem em seo testam.to que seja sepultada na Igreja de Santo Amaro, donde era freguesa quando haja algum incomveniente por donde não poça ser levada a cidade, e sepultada na Capella da Ordem Terceyra de Sam Francisco, donde era irmãa, e manda se paguem as mezadas q. estiver devendo, de q. fis esta declaração dia, mês e era já declarado nesta freguezia de Santo Amaro, em q. me assigney. Jacinto de Albuq.e Sar.a.

 

(Matriz de Santo Amaro/SP – Livro 1a, fls. 2) Leonor de Lemos. Aos dois dias do mês de agosto de mil setecentos e vinte e sinco annos falleceo da vida prezente Leonor de Lemos e Moraes mulher de João Pinto Guedes de idade de sincoenta e tantos annos pouco mais ou menos com todos os sacramentos, e fez testamento, e codecillo, e manda seja seo corpo amortalhado no habito do Patriarcha São Francisco de que he terceira, e sepultada na Capella, e deixou hua capella de missas, repartidas na forma seguinte, sinco a N. Senhora da Conceypção, des a Nossa Senhora do Rozario, dez a Nossa Senhora do Pillar, sinco a São Miguel, des a Santa do seu nome, e dez pellas almas do Purgatorio = Deixou a Thomé Pinto filho de João Pinto seo marido hua rede branca com suas barandas, e por esmolla hu sitio q. tinha na paragem chamada Guarapiranga e não achey mais legados. A mesma testadora dispõem seja sepultada na Igreja do Senhor Santo Amaro donde era freguesa quando succeda algum incomveniente por donde não possa hir para a cidade para ser sepultado seo corpo na Capella da Veneravel Ordem Terceyra de São Francisco, e manda se paguem as mezadas que estiver devendo: foram seos testamenteyros em primeiro lugar seo filho Martinho Rodrigues, Antonio Pinto Guedes, e Francisco Machado moradores nesta freguezia de Santo Amaro de q. fis este termo, em q. me asigney. Dia, mez, e era ut supra. Jacinto Albuq.e Sar.a.

 

SAESP – Inventário de Leonor de Lemos e Moraes (tanto o testamento quanto o inventário estão muito danificados, quase ilegíveis): Autos: 27/08/1725 – inventariante: o Capitão João Pinto Guedes, seu marido – faleceu aos 02/08/1725 – Casou 3 vezes – 1ª vez com Jerônimo Machado e Silva (filhos: Baltazar de Lemos Machado, casado; ...; José; Jerônimo) – 2ª vez com Baltazar de Borba Gato (4 filhos: Martinho Rodrigues Gato, casado; Estevão Paes de Linhares, casado; Ana de Moraes, casada com ... Cardoso de Camargo, ausente nas minas de Cuiabá; Pedro, de 17 anos, solteiro) – 3ª vez com o inventariante, não teve filhos – bens de raiz: uma morada de casas sitas nesta cidade, no páteo da Matriz; um sítio na paragem chamada Guarapiranga, no bairro de Santo Amaro – doação de um ... que faz Leonor de Lemos e Morais a seu marido João Pinto Guedes na paragem chamada Guarapiranga – instrumento de escritura de doação de um sítio na paragem chamada Guarapiranga (14/03/1722): nesta cidade de São Paulo, cabeça da capitania de sua repartição, em casas de morada de João Pinto Guedes, apareceu presente sua mulher, Leonor de Lemos e Morais, perante as testemunhas adiante nomeadas, que ela, entre outros sítios que tinha, possuía também um sítio no campo chamada Guarapiranga, o qual disse ela o dava, cedia e traspassava na pessoa de seu marido João Pinto Guedes, e que nenhum seu herdeiro de qualquer grau lhe não poderá tirar.

 

João Pinto Guedes pode ter sido casado em terceiras núpcias com Maria Rodrigues da Conceição (em 30-10-1729 foi padrinho de batismo em Santo Amaro: João Pinto Guedes e sua mulher Maria Rodrigues, todos moradores desta freguesia).

Em 1735 era mestre-de-capela em Santo Amaro (neste ano testemunha no Processo Matrimonial de Antonio Pinto e Maria Franco, onde diz que é natural da cidade de São Paulo, de idade de 70 anos, que é irmão do avô do justificante, e diz também que sabia que Antonio Pinto era filho de Teresa Pinto, e que não teve notícia alguma de que este fora batizado, a razão de não saber foi que no tempo que nasceu o justificante, ele testemunha era morador na freguesia de São João de Atibaia).

Já era falecido em 1749 (conforme declaração de testemunha no Processo de Genere et Moribus do sobrinho Simão Pinto Guedes). Maria Rodrigues da Conceição faleceu em 22-07-1757 em Nossa Senhora do Monserrate da Cotia.

Cotia-SP igreja N Sra do Monserrate Maria Rodrigues da Conceição faleceu aos 22/07/1757 viúva de João Pinto, de 80 anos, sem testamento por não ter de que - foi enterrada dentro da igreja

Capitão João Pinto Guedes e Catarina Barbosa de Lima tiveram os filhos batizados na Sé de São Paulo:

1-1 Ana

1-2 Maria

1-3 José

1-4 Inácio Pinto Barbosa

1-5 Teresa Pinto Guedes

1-6 Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes

1-7 Rosa Pinto Barbosa

 

filhos naturais:

1-8n Francisco Pinto Guedes

1-9n Joana Pinto Guedes

 

1-1 Ana, batizada em 13-05-1691. Não consta do inventário materno.

S.Paulo, SP em 13-05-1691 bat.Ana, filha de João Pinto Guedes e Catarina Barbosa de Lima – padrinhos: o Capitão José Nunes de Siqueira e Domingas Rodrigues).

1-2 Maria, batizada em 30-11-1692.

São Paulo, SP em 30-11-1692 bat. Maria, filha de João Pinto Guedes e Catarina Barbosa – padrinhos: o Capitão Francisco Pinto Guedes e Mécia de Moraes.

1-3 José, batizado em 14-03-1694. Também não consta do inventário materno.

São Paulo, SP em 14-03-1694 bat.José, filho de João Pinto Guedes e Catarina do Prado – padrinhos: Gabriel Barbosa e Maria de Lima).

1-4 Inácio Pinto Barbosa, batizado em 09-08-1695. Casado em 13-01-1727 na vila de Itu, com Josefa de Oliveira Leme, filha de Antonio Pedroso de Oliveira e Maria Leme do Prado. casados em Itu aos 01-04-1704, neta paterna dos falecidos Tomas Mendes Barbosa e Lucrecia Pedrosa, neta materna do falecido Domingos Leme da Silva e Maria Cordeira. Josefa de Oliveira Leme não consta em SL. 2, 256, 3-3.

São Paulo, SP em 09-08-1695  bat. Inácio, f. de João Pinto e Catarina Barbosa – pp. ... da Mota Pinto e Catarina de Miranda).

 

Matriz de Nossa Senhora da Candelária de Itu/SP – Livro 1, fls. 87) Ignacio Pinto filho de Joam Pinto e de sua molher Catherina Barboza já defunta naturaes e moradores da cidade de S. Paulo se recebeo por palavras de presente com Josepha de Olivera filha de Antonio de Olivera e de sua molher Maria Leme do Prado naturaes desta proprea villa perante mi Felix Nabor Vig.o confirmado desta Igreja e Pedro de Morais com Francisco Bueno Maria Soares com Isabel Delgada aos treze de jan.o da sobredita era [1727]. Felix Nabor. Fran.co Bueno de Sa. Pedro de Morais e Siq.ra.

 

Itu, SP Igreja N.Sra. da Candelaria aos 01-04-1704 nesta matriz Antonio Pedroso de Oliveira, f. de Thomas Mendes Barbosa e de s/m Lucrecia Pedrosa, ja defuntos = cc Maria Leme do Prado, fa de Domingos Leme da Silva, já defunto e de Maria Cord.ª sua mulher, todos naturais e moradores nesta vila, foram test.: Pedro Leme, Nuno de Campos, Veronica de Jesus e Elena do Prado.

          Em 1738 Inácio já assistia nas minas do Cuiabá, onde batiza o filho Antonio.

Inácio Pinto Barbosa e Josefa de Oliveira Leme tiveram os filhos, q.d.:

1-4-1 João recebeu os santos óleos aos 13-02-1728 na Matriz de Itu.

Itu aos 13/02/1728 recebeu os santos óleos João, f. de Inácio Pinto Barbosa e Josefa de Oliveira – foi batizado em necessidade por Francisco Bueno de Sá.

1-4-2 Catarina aos 10-07-1729 na Matriz de Itu.

Itu aos 10/07/1729 bat. Catarina, f. de Inácio Pinto e Josefa de Oliveira – pp. o Reverendo Padre Francisco de Campos e Maria Leme do Prado.

1-4-3 Antonio, batizado na Matriz de Itu aos 09-04-1732

Itu aos 09-04-1732 bat. Antonio, f. de Inácio Pinto Barbosa e Josefa de Oliveira – pp. Inácio de Almeida Lara, casado, e Maria Cordeiro de Oliveira, mulher de Antonio de Moraes.

1-4-4 Inácio batizado em Cuiaba-MT em 13-07-1738.

Matriz do Senhor Bom Jesus da vila do Cuiabá aos 13/07/1738 bat. Inácio, f. de Inácio Pinto e Josefa Leme - pp. João Leme do Prado e Antonia Leme, viúva.

1-4-5 Tomé em Julho de 1743.

Matriz do Senhor Bom Jesus da vila do Cuiabá junho de 1743 - batizou o Reverendo Padre José Álvares Torres - Tomé, f. de Inácio Pinto Guedes e Josefa de Oliveira - pp. o Capitão Francisco Lopes de Araújo e Maria Correia de Moraes, mulher de Lourenço Soares de Brito.

1-4-6 Alferes Elesbão Pinto Guedes natural de Vila Real do Bom Jesus e Minas do Cuiabá.

Annaes do Sennado da Camara do Cuyabá, ano de 1785:

No dia 2 de dezembro, pelas 9 horas da noite, chega um próprio expedido pelo Alferes Elesbão Pinto Guedes ao capitão de granadeiros e comandante do quartel pago desta repartição, João José Guimarães, com cartas em que lhe noticia que o novo ministro, o Muito Reverendo Dr. Manoel Bruno Pina, provido visitador-geral de toda esta capitania, é chegado ao seu sítio.

 

(RHHGB, tomo XX – Diário da diligência do reconhecimento do Paraguai ... que compreende ... o reconhecimento do rio Cuiabá até a vila deste nome, e dela por São Pedro d’El Rei até Vila Bela (1786), fls. 324:

Em 29 (de agosto) saímos do Croará-açu com rumo geral a norte; meia légua acima está da mesma parte a boca do Croará-mirim, e um comprido monte adiante. Enfim com 4 léguas e meia de viagem pousamos defronte da boca do Aricá-açu, rio pequeno que entra no Cuiabá pelo lado do nascente; antes de chegar a esta barra está no lado oposto o engenho de Elesbão Pinto, primeiro estabelecimento deste rio).

1-4-7 Reverendo Vigário Francisco Pinto Guedes natural de Vila Real do Bom Jesus e Minas do Cuiabá. Em 1776, com 26 anos, morava com a tia Teresa Pinto Guedes, na “rua que vai da Travesa da Quitanda p.a a Cadea Velha”.

Lista geral de todo o povo desta cidade de São Paulo, 1776, Rua que vai da travessa da Quitanda para a cadeia velha: Teresa Pinto Guedes, solteira, de 80 anos / Ana Maria, exposta, de 40 anos / Francisco Pinto, sobrinho, agregado, de 26 anos, capelão extra-número da Sé.

 

Na “Relação Geral da Dioceze de S. Paulo suas Comarcas, Freguezias, Congruas, Uzos e Costumes – manuscrito de 1777, publicado na RIHGSP n° 4, às fls. 363, tratando-se da “Relação dos Ordinandos, que se acham promptos p.a receber Ordens Menores, e Sacras”, entre eles encontramos:

 “Francisco Pinto Guedes natural da Villa do Cuyabá Bispado do Rio de Janeiro ... de idade de trinta e hum annos”, e sobre eles é dito que: “todos estes dez pertendentes estudarão com aproveitamento trez annos Filosofia, e outros trez, Theologia Escholastica nas aulas dos Religiozos Franciscanos desta cidade, antes que Eu chegasse a ella; e depois freqüentarão os estudos de Theologia Moral, e Dogmatica com o mesmo aproveitamento outro triênio: e agora todas as tardes na minha prezença dão lição de Escriptura Sagrada, e fazem conferencias de Moral, a que Eu prezido: e desta sorte estão muito hábeis, e beneméritos, também pelos seus exemplares costumes, de serem ordenados, dando-me licença a Raynha Nossa Senhora”. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo especial, 1957, vol. 7-9, fls. 139: “Receberam Ordem de Presbítero, no ano de 1778: Francisco Xavier de Passos, Máximo da Silva Granito, Félix José de Oliveira, Domingos José Coelho, Francisco Pinto Guedes, Joaquim da Costa Resende, Manuel Jacinto de Sampaio, ...”. Aos 15/05/1778 batizou de licença em Santo Amaro: Reverendo Francisco Pinto Guedes.

Em 1779 era Vigário da freguesia de Araritaguaba (hoje Porto Feliz). Em 1782 era vigário encomendado da freguesia de Araritaguaba (hoje Porto Feliz), conforme nos conta Joaquim da Costa Siqueira, em suas “Crônicas do Cuiabá”, publicadas na RIHGSP n° 4, às fls. 216: “Chegado que foi o nosso devoto fundador, doutor José Carlos Pereira, a freguesia de Araraytaguaba, da comarca de S. Paulo, onde fazem desembarque os que vão destas minas pelos rios para os povoados, e achando ahi a nova imagem de Santa Anna do Sacramento, aquella que havia mandado vir do Rio de Janeiro para se collocar na sua freguezia, não lhe sofreu o ânimo passar adeante sem ver a imagem e fazer-lhe uma festa solemne. Assim o executou e no primeiro domingo que se seguiu, posta a Santa no thromno do altar-mor da egreja Matriz de Araraytaguaba, com o Santíssimo Sacramento exposto na custódia, que havia mandado também vir, que tinha a Santa na mão direita, se lhe cantou missa solemne, com sermão que pregou o reverendo Francisco Pinto Guedes, natural destas minas e vigário encommendado daquella freguezia”.

 

Annaes do Sennado da Camara do Cuyabá, ano de 1782:

Nos princípios de dezembro chegaram por terra a esta vila dois sacerdotes naturais destas minas, por nomes Francisco Xavier dos Guimarães Brito e Costa e José Manoel de Siqueira, que deram muito gosto a seus parentes, amigos e compatriotas por serem os primeiros filhos destas minas que foram ordenar-se no Rio de Janeiro; vieram cantar sua missa nova na Matriz desta vila no dia de Natal, em que pregou este, e este no dia 1 de janeiro próximo, em que pregou aquele; e suposto fosse o Padre Francisco Pinto Guedes o primeiro filho destas Minas que se ordenou de sacerdote, não teve os aplausos daqueles, porque o fez no bispado de São Paulo, como seu compatriota e não como filho, e não deu aos seus compatriotas o gosto de lhe aplaudirem a sua primeira missa.

 

Annaes do Sennado da Camara do Cuyabá, ano de 1786:

Tinha nosso Excelentíssimo General mandado pedir ao Muito Reverendo Vigário da Vara desta comarca, o Dr. Manoel Bruno Pina, 3 sacerdotes, 1 para capelão das demarcações, outro para render ao capitão do forte do Príncipe da Beira, e outro para coadjutor de Vila Bela, e sendo notificados os padres Francisco Xavier dos Guimarães Brito e Costa e Francisco Pinto Guedes, naturais destas minas, e o Padre José Luís de Queiroz, do Reino de Portugal, para marcharem para a capital, começaram a prontificar-se, e por fim se retiraram furtivamente em canoa na noite de 2 de outubro; fizeram-se todas as diligências para se aprisionarem, porém foi tal a violência com que viajaram, que mais parece que voavam do que navegavam, e ultimamente foram-se, deixando frustradas aquelas notificações e diligências.

 

1-5 Teresa Pinto Guedes, batizada em 24-10-1696 na Sé de São Paulo. Testamenteira do irmão Conego Tomé Pinto Guedes.

São Paulo, SP em 24-10-1696 bat. Teresa, filha de João Pinto Guedes e Catarina Barbosa – padrinhos: Manuel da Silva de Almeida e Mécia da Silva.

Em 03-06-1736 foi madrinha de batismo em Santo Amaro: o Reverendo Padre João Álvares Torres, sacerdote do Hábito de São Pedro, e Teresa Pinto, filha solteira de João Pinto Guedes, moradores na cidade de São Paulo.

Em 1765 morava com o irmão Cônego Tomé Pinto Guedes na Rua da Cadeia (“irmã e agregada do Rv.do Cônego Tomé Pinto Guedes, com quem vive”). Em 1766 também morava com o irmão Cônego Tomé Pinto Guedes na “rua da cadea q. princepia de Antonio Vaz the a D. M.a da S.a Leite”, juntamente com Ana Maria, exposta, solteira, de 30 anos.

Em 1775 morava na “rua p.a S. Francisco”, solteira, com 80 anos, juntamente com Ana Maria, exposta, de 35 anos, e Felícia, agregada, de 30 anos, e seu filho Manoel, de 3 anos.

 

-Em um Mapa de População da Cidade de São Paulo, de 1776, morava com o Padre Francisco Pinto Guedes, no fogo 252: O Padre Francisco Pinto Guedes, de 25 anos / Teresa Pinto / Ana Pinto, de 20 anos / Luzia, de 23 anos / Plácida, de 2 anos / Rita, de 28 anos / Rosa, de 45 anos.

-Em 1776 morava na “rua que vai da Travesa da Quitanda p.a a Cadea Velha”, solteira, de 80 anos, juntamente com Ana Maria, exposta, de 40 anos, e Francisco Pinto, “subr.o agr.” de 26 anos, “capelão extra numero da Sé”.

-Lista da freguesia da cidade de São Paulo, 1765, Rua da Cadeia: Teresa Pinto Guedes, irmã e agregada do Padre Cônego Tomé Pinto Guedes, com quem vive, de 60 anos.

-Lista de todos os povos, homens e mulheres, do distrito desta cidade de São Paulo, 1767, Rua da Cadeia: Teresa Pinto Guedes, irmã e agregada do Cônego Tomé Pinto, de 62 anos / Ana Maria, exposta, solteira, de 30 anos.

-Lista geral de todos os povos, homens e mulheres, do distrito desta cidade de São Paulo, 1775, Rua para São Francisco: Teresa Pinto, solteira, de 80 anos / Ana Maria, exposta, de 35 anos / Felícia, agregada, de 30 anos; Manoel, filho, de 3 anos.

-Lista geral de todo o povo desta cidade de São Paulo, 1776, Rua que vai da travessa da Quitanda para a cadeia velha: Teresa Pinto Guedes, solteira, de 80 anos / Ana Maria, exposta, de 40 anos / Francisco Pinto, sobrinho, agregado, de 26 anos, capelão extra-número da Sé.

-Lista geral de todo o povo desta cidade de São Paulo, 1777: Teresa Pinto Guedes, de 90 anos / Ana, exposta, de 30 anos / o Padre Francisco Pinto, agregado, de 25 anos / Agregados: Custódia liberta, de 16 anos; Francisca, de 16 anos; Rita, de 15 anos; Rita, de 38 anos; -Luzia, de 30 anos; Bento, de 4 anos; Jerônimo, de 20 anos / Escravos: Venâncio, de 20 anos; Hipólito, de 10 anos; Maria, de 40 anos.

-Lista geral de todo o povo desta cidade de São Paulo, 1778: Teresa Pinto Guedes, de 60 anos / Ana Maria, exposta, de 40 anos / Escravos: Venâncio, de 28 anos; Custódia, mulher, de 17 anos; Ana, nascida este ano; Rita, de 40 anos; Maria, de 40 anos; Joaquim, de 20 anos; Hipólito, de 12 anos; Bento, de 5 anos; Luzia, de 32 anos.

-Lista geral de todas as gentes da cidade de São Paulo, 1779: o Padre Francisco Pinto Guedes, de 32 anos / Teresa Pinto / Ana Pinto, de 20 anos / Luzia, de 23 anos / Plácida, de 12 anos / Rita, de 28 anos / Rosa, de 45 anos.

1-6 Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, batizado em 01-01-1700 na Sé de São Paulo. Clérigo do Hábito de São Pedro. Cônego da Igreja Catedral da cidade de São Paulo.

São Paulo, SP em 01-01-1700 bat. Tomé, filho de João Pinto Guedes e Catarina Barbosa – padrinhos: Antonio Luís do Passo e Ana Luís, mulher de José Nunes de Siqueira). Licenciado. Mestre em Artes.

 

-Em 1733 foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Angelo de Siqueira, onde se diz: Licenciado Tomé Pinto Guedes, morador nesta cidade e dela natural, de 32 anos.

-Em 1735 foi testemunha no Processo Matrimonial de Lourenço Rodrigues do Prado e Marinha de Chaves, onde se diz: Reverendo Padre Licenciado Tomé Pinto Guedes, sacerdote do hábito de São Pedro, natural desta cidade, de 33 anos.

-Em 1747 foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Antonio de Matos, onde se diz: Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, natural e morador nesta cidade, de 47 anos. Em 1748 foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Antonio Manuel de Azevedo Cotrim, onde se diz: Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, natural e morador nesta cidade, de 48 anos – no mesmo ano foi testemunha no Processo de Genere et Moribus de Inácio Rodrigues Barbosa, onde se diz: Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes, natural e morador nesta cidade, de 48 anos.

-Em 1765 morava na hoje denominada Rua Quintino Bocaiúva, em São Paulo, na época conhecida como “Rua da Cadeia” e depois como “Rua do Cônego Tomé” e “Rua da Cruz Preta”.

          Reverendo Cônego Tomé Pinto faleceu em 28-06-1771 com testamento de 18-10-1762.

São Paulo, SP em 28-06-1771 fal. o Muito Reverendo Cônego Tomé Pinto – faleceu subitamente, porque o acharam morto na cama – fez testamento, em que se determina que seja sepultado na Sé, no carneiro dos Reverendíssimos Capitulares – sua testamenteira, Teresa Pinto, sua irmã.

 

SAESP, CO 455, Livro de Registro de Testamentos n° 1, fls. 77: testamento do Reverendo Cônego Tomé Pinto Guedes – testamenteiro o Licenciado Francisco Pinto Guedes – sacerdote do hábito de São Pedro, cônego da Igreja Catedral desta cidade de São Paulo – sou natural desta cidade de São Paulo, não tenho herdeiro algum, por serem já falecidos meus pais – deixo a minha irmã Teresa Pinto Guedes com a obrigação de conservar em sua companhia a Ana Maria do Rosário – meu irmão Inácio Pinto Barbosa, assistente nas minas do Cuiabá – 18-10-1762 - aprovação: 18/10/1762 – cumpra-se: 28/06/1771 – abertura: 28/06/1771.

 

 

Capitão João Pinto Guedes, filho de Manoel Pinto Guedes e Domingas Rodrigues de Escuderos, alem dos filhos legitimos teve os filhos naturais:

1-8n Francisco Pinto Guedes, filho natural de João Pinto Guedes, casou em 13-03-1729 em Santo Amaro, com Teresa Ribeira, filha de João Álvares Furtado e Maria Álvares Furtada.

(Matriz de Santo Amaro/SP – Livro 1, fls. 19v) Aos treze dias do mês de março de mil e setesentos e vinte e nove se receberão em minha prezencia os contrahentes Francisco Pinto Guedes f.o natural de João Pinto Guedes e de may incognhita com Thereza Ribr.a filha legitima de João Alv.res Furtado e de Maria Alv.res Furtada todos moradores e naturaes da Frg.a de S. Amaro forão recebidos in facie da Igreja na forma do Sagrado Concyllio Tr. forão test.as Semeão Home Mad.o e M.el Cardozo de Azevedo Isabel Pires Mad.o de q. fis este termo era ut supra. O P.e Ventura dos S.tos Teix.ra.

          Francisco faleceu em Atibaia em 27-07-1751. Teresa em 1767, com 60 anos, era agregada na casa do filho Antonio.

Atibaia, SP em 27-07-1751 fal. Francisco Pinto Guedes, casado – está enterrado dentro da Igreja Matriz, encostado a parede da parte do norte, debaixo do coro – não fez testamento)

          Foi filho de Francisco Pinto Guedes e Teresa Ribeiro Furtado, q.d.:

1-8n-1 Antonio Pinto Furtado batizado em 05-01-1730 em Santo Amaro. Em Atibaia aos 29-10-1753 casou com Maria da Silva Leite, ai batizada em 31-08-1732, filha de Pedro da Costa e Antonia da Silva Leite.

Santo Amaro 05/01/1730 bat.Antonio, f.l. de Francisco Pinto e Teresa Ribeiro Furtado – padrinhos: Júlio Álvares, casado, e Isabel de Lima da Silva, também casada.

 

ACMSP, Processo Matrimonial 4-55-350 Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva Leite, 1753:

Dizem Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva Leite, moradores na freguesia de São João de Atibaia, que eles suplicantes se acham contratados, sem impedimento algum.

– Quer casar Antonio Pinto Furtado, natural desta freguesia de Santo Amaro, e agora assistente na freguesia de São João de Atibaia, f.l. de Francisco Pinto Guedes e Teresa Ribeiro Furtado, com Maria da Silva Leite, moradora em São João de Atibaia, f.l. de Pedro da Costa e Antonia da ..., todos moradores e fregueses da sobredita freguesia de São João de Atibaia.

– 05/01/1730 (Santo Amaro): Antonio, f.l. de Francisco Pinto e Teresa Ribeiro Furtado – pp. Júlio Álvares, casado, e Isabel de Lima da Silva, também casada.

– Quer casar Antonio Pinto Furtado, natural desta freguesia de Santo Amaro, e agora assistente na freguesia de São João de Atibaia, f.l. de Francisco Pinto Guedes, já defunto, e ... Ribeiro, moradores que foram em Santo Amaro e ... nesta freguesia de São João, com Maria da Silva ..., f.l. de Pedro da Costa Colaço e Antonia da Silva Leite, fregueses desta freguesia de São João.

– 31/08/1732 (Atibaia): Maria, f. de Pedro da ... e Antonia da Silva – pp. eu, batizante, e Maria Rodrigues, solteira, filha de José Barbosa Pires.

 

Atibaia aos 29/10/1753 Antonio Pinto Furtado, natural da freguesia de Santo Amaro, f.l. de Francisco Pinto Guedes e Teresa Ribeiro Furtado, e Maria da Silva Leite, natural desta freguesia, f.l. de Pedro da Costa e Antonia da Silva Leite.

          Comparecem no censo de 1767, no bairro do Mato Dentro, com vários filhos:

[Mapa de População da freguesia de São João de Atibaia, 1767 – bairro do Mato Dentro: Antonio Pinto Furtado, de 30 anos, casado com Maria da Silva, de 28 anos, que vive de suas lavouras, que possui um sítio com suas casas de paredes de mão cobertas de palha, com suas terras, que possui dois cavalos – filhos do dito: Francisco, de 10 anos; Inácio, de 8 anos; Antonio, de 6 meses; Maria, de 7 anos; Gertrudes, de 4 anos; Ana, de 3 anos – mãe do dito na mesma casa: Teresa Ribeiro Furtado, de 60 anos, solteira ou viúva]

Em 1775 e seguintes comparecem no bairro do Campo Largo e após no bairro de Rio Abaixo:

Lista de todos os habitantes desta vila de São João de Atibaia, bairro do Campo Largo, 1775: Antonio Pinto Furtado, de 44 anos, Maria da Silva Leite, mulher, de 42 anos / Filhos: Inácio, de 18 anos; Antonio, de 7 anos; Bernardo, de 3 anos; Gertrudes, de 11 anos; Ana, de 9 anos.

Lista geral da vila de São João de Atibaia e seus distritos, bairro de Rio Abaixo, 1776: Antonio Pinto Furtado, de 44 anos, Maria da Silva, mulher, de 42 anos / Filhos: Inácio, de 19 anos; Antonio, de 8 anos; Bento mudo, de 4 anos; Gertrudes, de 12 anos; Ana, de 10 anos.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1777: Antonio Pinto Furtado, de 45 anos, Maria de Siqueira, mulher, de 43 anos / Filhos: Inácio, de 20 anos; Antonio, de 9 anos; Bernardo mudo, de 5 anos; Gertrudes, de 13 anos; Ana, de 11 anos.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1778: Antonio Pinto Furtado, de 46 anos, Maria de Siqueira, mulher, de 44 anos / Filhos: Inácio, de 21 anos; Antonio, de 10 anos; Bernardo mudo, de 6 anos; Gertrudes, de 14 anos; Ana, de 12 anos.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1779: Antonio Pinto Furtado, de 47 anos, Maria de Siqueira, mulher, de 45 anos / Filhos: Inácio, de 22 anos; Antonio, de 11 anos; Bernardo mudo, de 7 anos; Gertrudes, de 11 anos; Ana, de 13 anos.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1781: Antonio Pinto Furtado, de 49 anos, bastardo, Maria Leite de Siqueira, mulher, de 47 anos / Filhos: Inácio, de 24 anos; Antonio tonto, de 13 anos; Bernardo mudo, de 9 anos; Gertrudes, de 13 anos; Ana, de 15 anos.

          Maria faleceu em 24-08-1782 e Antonio continua comparecendo nos censos:

24/08/1782 (Atibaia): fal. Maria da Silva, casada com Antonio Pinto Furtado, de 40 anos – sepultada no adro desta Matriz.

         Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1782: Antonio Pinto Furtado, viúvo, de 50 anos / Filhos: Inácio, de 25 anos; Antonio tonto, de 14 anos; Bernardo mudo, de 10 anos; Gertrudes, de 14 anos; Ana, de 16 anos.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1783: Antonio Pinto Furtado, viúvo, de 51 anos / Filhos: Inácio, de 26 anos; Antonio tonto, de 15 anos; Bernardo mudo, de 11 anos; Gertrudes, de 16 anos; Ana, de 14 anos.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1785: Antonio Pinto Furtado, viúvo, de 53 anos, bastardo / Filhos: Inácio, de 28 anos; Antonio tonto, de 17 anos; Ana, de 16 anos.

          Antonio Pinto Furtado faleceu em 06-01-1786, picado de uma cobra.

Atibaia aos 06/01/1786 picado de uma cobra faleceu Antonio Pinto Furtado, viúvo, de 64 anos – sepultado no adro desta Matriz – morava no Rio Abaixo).

Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva Leite tiveram os filhos, q.d.:

1-8n-1-1 Francisco com 10 anos no censo de 1767.

1-8n-1-2 Inácio Pinto da Silva com 8 anos. Em 03-10-1786 casou com Antonia de Lima, natural de Atibaia, filha de Antonio de Lima e Mariana da Rocha, moradores do Campo Largo

Aos 03/10/1786 em Atibaia, com Antonia de Lima (Inácio Pinto da Silva, natural e freguês desta vila, f.l. de Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva Leite, com Antonia de Lima, natural e freguês desta vila, f.l. de Antonio de Lima e Mariana da Rocha, moradores do Campo Largo.

         Comparecem no censo de 1786, Inacio com 29 anos e Antonia com 17.

[Mapa de População da vila de Atibaia, bairro do Rio Abaixo, 1786, fogo 67: Inácio Pinto da Silva, de 29 anos, bastardo / Antonia de Lima, de 17 anos / irmãos: Antonio tonto, de 18 anos; Ana, de 17 anos]

         Inácio faleceu aos 16-10-1787. Antonia comparece no censo do mesmo ano em companhia dos cunhados Antonio e Ana.

16/10/1787 (Atibaia): fal. Inácio Pinto da Silva, natural e freguês desta vila da Atibaia, do bairro de Rio Abaixo, de 25 anos, casado com Antonia de Lima, sem sacramentos por morrer de um desastre repentinamente – foi seu corpo sepultado no adro desta Igreja.

 

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1787: Antonia de Lima, viúva, de 18 anos, bastarda / Cunhado: Antonio Pinto, de 19 anos / Irmã: Ana, de 17 anos.

1-8n-1-3 Maria com 7 anos em 1767.

1-8n-1-4 Gertrudes Alves batizada em 16-11-1760. Em Atibaia aos 03-08-1784 casou com Manoel Pires, dai natural, filho de João Ribeiro do Prado e Escolástica Pires de Camargo.

Aos 16/11/1760 em Atibaia bat. Gertrudes, f. de Antonio Pinto e Maria da Silva – padrinhos: Antonio das Neves e sua mulher Isabel Maria de Camargo.

 

Aos 03/08/1784 em Atibaia, Manoel Pires, natural e freguês desta vila, f.l. de João Ribeiro do Prado e Escolástica Pires de Camargo, com Gertrudes Alves, f.l. de Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva Leite, natural e freguês desta vila, todos moradores em Rio Abaixo).

         Comparecem nos censos:

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1785: Manoel Pires de Camargo, de 21 anos, bastardo, Gertrudes Alves, mulher, de 18 anos.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1786: Manoel Pires de Camargo, de 22 anos, bastardo, Gertrudes Alves, mulher, de 19 anos / Filha: Joana, de 6 meses.

1-8n-1-5 Ana com 3 anos em 1767. Comparece no censo de 1787, com o irmão Antonio, em casa da cunhada Aantonia de Lima.

Relação e lista de todos os habitantes de São João de Atibaia, bairro de Rio Abaixo, 1787: Antonia de Lima, viúva, de 18 anos, bastarda / Cunhado: Antonio Pinto, de 19 anos / Irmã: Ana, de 17 anos.

1-8n-1-6 Antonio Pinto Furtado batizado em 01-08-1766. Aos 14-01-1812 casou com Francisca Maria ade Siqueira, filha de Bento Ribeiro do Prado e Isabel de Siqueira, todos bastardos.

Aos 01/08/1766 em Atibaia bat. Antonio, f. de Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva; n.p. de Francisco Pinto Guedes e Teresa Ribeiro Furtado, naturais de Santo Amaro; n.m. de Pedro da Costa e Antonia da Silva, natural de Parnaíba, e ele natural desta freguesia – padrinhos: Marcelino Delgado de Camargo, filho solteiro de Martinho Delgado e Isabel João, e Isabel Pires de Camargo, mulher de Antonio das Neves.

 

14/01/1812 (Atibaia): Antonio Pinto Furtado, f.l. de Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva, com Francisca Maria de Siqueira, f.l. de Bento Ribeiro do Prado e Isabel de Siqueira, todos bastardos, ambos os contraentes naturais e fregueses desta vila.

         Comparecem no censo de 1815, com vários filhos, enter eles:

Mapa geral dos habitantes moradores na vila de São João Batista de Atibaia, bairro do Campo Largo, 1815: Antonio Pinto, de 56 anos, Francisca Maria, mulher, de 20 anos / Filhos: Isabel, de 4 anos; José, de 3 anos; Delfina, de 6 meses / Planta para seu sustento / teve acréscimo da filha Delfina, que nasceu.

1-8n-1-6-1 Delfina, batizada em 16-08-1815.

10/08/1815 (Atibaia): Delfina, f. de Antonio Pinto Furtado e Francisca Maria, do bairro Campo Largo – pp. Bento Ribeiro, casado, e Manoela Rodrigues, mulher de Francisco Gomes.

1-8n-1-6-2

12/08/1817 (Atibaia): fal. Inácio, de 1 ano, natural desta vila, do bairro Campo Largo, f. de Antonio Pinto e Joana do Prado – a mãe é Francisca Maria.

 

1-8n-1-7 João batizado em 24-06-1769.

24/06/1769 (Atibaia): João, f. de Antonio Pinto e Maria da Silva Leite – pp. Manoel de Barcelos Henrique, casado, e Maria Leite Cardoso, todos desta freguesia.

1-8n-1-8 Bernardo batizado em 25-10-1772 e faleceu em 20-12-1784.

Aos 25/10/1772 em Atibaia bat. Bernardo, f. de Antonio Pinto Furtado, natural de Santo Amaro, e Maria da Silva Leite, natural desta freguesia e vila, onde moram, bastardos – pp. João de Siqueira Lima e sua mulher Maria de Siqueira, moradores nesta freguesia).

Aos 20/12/1784 em Atibaia faleceu Bernardo mudo, de 7 anos, filho de Antonio Pinto Furtado e Maria da Silva, moradores do Rio Abaixo – sepultado no adro desta Matriz).

1-8n-1-8 Joana batizada em 01-01-1776. Já era falecida em 1777.

Aos 01/01/1776 em Atibaia bat. Joana, f. de Antonio Pinto Furtado, natural da freguesia de Santo Amaro, e Maria da Silva Leite, natural desta vila – pp. Antonio Garcia e sua mulher Gertrudes da Cunha, todos bastardos, moradores desta vila.

1-8n-1-6

1-9n Joana Pinto Guedes, provavel filha natural do Cap. João Pinto Guedes. Casou com Martinho Rodrigues Tinoco, mestre-alfaiate

“Em São Paulo, Manoel Mendes dos Santos, após a morte de sua mulher, por 1716, Antonia da Conceição, colocou seu filho, João de Passos, para aprender o ofício de alfaiate com o mestre Martinho Rodrigues Tinoco. Na ocasião assinou um termo de compromisso pelo qual obrigava-se a pagar 30 mil réis ao mestre caso seu filho fugisse ou adoecesse”).

          Martinho era já falecido em 1737 (provisão do casamento da filha Rosa). Joana faleceu em 18-07-1752 na Sé de São Paulo

São Paulo, SP em 18-07-1752 fal. Joana Pinto Guedes, viúva de Martinho Rodrigues, moradora nesta cidade – sepultada na Igreja do convento do Carmo – fez testamento, sendo testamenteiros seus filhos João Pinto Rodrigues, Martinho Rodrigues e Manoel Caetano.

 

Joana Pinto Guedes e Martinho Rodrigues Tinoco tiveram os filhos, q.d.:

1-9n-1 Maria batizada aos 14/09/1710 em Santo Amaro

Santo Amaro aos 14/09/1710 bat. Maria, f. de Martinho Rodrigues Tinoco e Maria Pinto – pp. Manoel Pinto Guedes e Maria Pinto.

1-9n-2 Rosa Pinto Guedes batizada aos 22-02-1712 em Santo Amaro

Santo Amaro aos 22-02-1712 bat. Rosa, f. de Martinho Rodrigues Tinoco e Joana Pinto – padrinhos: Gaspar João do Passo e Maria Pinto.

          Em 1737 tirou provisão para casar com Manoel Caetano da Silva, natural de Santa Marinha de Pedreira, filho de Domingos Pereira da Silva e Luísa da Silva, naturais da vila do Arco, Bispado de Braga.

ACMSP, Processo Matrimonial 4-8-40 Caetano Manuel da Silva e Rosa Pinto Guedes, 1737:

Quer casar Manoel Caetano da Silva, f.l. de Domingos Pereira da Silva e Luísa da Silva, naturais da vila do Arco, Bispado de Braga, batizado em Santa Marinha de Pedreira, com Rosa Pinto Guedes, f.l. de Martinho Rodrigues Tinoco, já defunto, e Joana Pinto Guedes, naturais desta cidade de São Paul.

 – Diz Rosa Pinto Guedes, f.l. de Martinho Rodrigues Tinoco e Joana Pinto Guedes, o pai já defunto, naturais desta cidade, que ela suplicante para bem de se poder receber com Manuel Caetano da Silva, lhe é necessário certidão do pároco da freguesia onde a suplicante foi batizada, e como o fosse na de Santo Amaro, termo desta cidade.

– 22/02/1712 (Santo Amaro) bat. Rosa, filha de Martinho Rodrigues Tinoco e Joana Pinta – padrinhos: Gaspar João do Passo e Maria Pinta.

 

1-9n-3 João Pinto Rodrigues, testamenteiro materno.

1-9n-4 Martinho Rodrigues batizado aos 15-02-1724 na Sé de São Paulo, testamenteiro materno.

1-9n-5 Manoel Pinto Rodrigues Mestre-de-capela em Itu. Aos 04-02-1737 casou com Ana Paes Leme da Silva, natural de Itu, filha do falecido José Álvares Paes e Leonor Leme da Silva.

Itu 04/02/1737 Manoel Pinto Rodrigues, f.l. de Martinho Rodrigues, já defunto, e Joana Pinto Guedes, natural da cidade de São Paulo, casou com Ana Paes, f.l. de José Álvares Paes, já defunto, e Leonor Leme, naturais e moradores desta mesma vila.

          Ana, viúva, faleceu em 16-03-1786 com 74 anos declarados.

16/03/1786 (Itu) – fal. Ana Paes, de 74 anos, viúva de Manoel Pinto – foi sepultada na capela dos terceiros do Carmo desta Matriz.

Pais de, pelo menos:

1-9n-5-1 Mancio, batizado em 17-05-1739. Mâncio Pinto Rodrigues, na Ordem terceira do Carmo com assento na Sé de S. Paulo em 29-05-1767, casou com Ana da Costa Garcia, nascida aos 18-08-1739 filha de Feliciano da Costa e Ana (Francisca da Costa) Garcia (ou Ana Garcia de Jesus ou Ana Garcia da Silva), de Itu. Neta materna de nm de João Garcia “homem branco legítimo dos principais da mesma vila (Itu)”. Por algum motivo, mãe e avô de Ana se opunham a seu casamento com Mancio o que, na opinião de Mâncio, os levou a forjar falsa denuncia de copula ilícita entre ele Mancio e uma suposta filha bastarda de João Garcia.

 (Itu) aos 17/05/1739– Máncio, f. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes – pp. eu, Vigário José Pires Monteiro, e Luzia Leme da Silva.

 

ACMSP Dispensas Matrimoniais ano 1767

Autos de Casamento de Mancio Pinto e Ana da Costa Garcia 23-maio-1767

Diz Mancio Pinto, morador na vila de Itu, onde a requerimento de Ana da Costa Garcia, da dita vila, foi requerido e punido para com ela se casar como consta dos autos (...)

Mancio Pinto Rodrigues, f.l. de Manoel Pinto Rodrigues, ja defunto e de s/m Ana Paes da Silva, natural da vila de Itu = com Ana Paes Garcia da Costa, f.l. de Feliciano da Costa e de s/m Ana Garcia de Jesus, da mesma vila.

- Certidões: aos 17-maio-1739 nesta igreja matriz de N. Sra da Candelaria de Itu bat. a Mancio, f. de Manoel Pinto Rodrigues e de s/m Ana Paes; foram padrinhos o Reverendo Vigario Jose Pires Monteiro e Leonor Leme da Silva.

- aos 18-agosto-1748 nasceu Ana, f. de Feliciano da Costa e de s/m Ana Garcia de Jesus e aos 24 do dito mes e ano foi batizada; foram padrinhos Dr. Jose Nunes Garces por seu pp o Alf. João da Costa Aranha, e Gertrudes de Araujo Cabral mulher do dito alferes, moradora a madrinha nesta vila e o padrinho na cidade de São Paulo o qual é solteiro.

Impedimento, 24/11/1765: me disse Fuã, casada, desta vila, que Mancio Pinto não podia casar com sua sobrinha Ana Garcia da Costa, por ter tido cópula com ela dita impediente – Embargos: impedimento de afinidade por cópula ilícita em segundo grau de linha transversal de consanguinidade, o embargante tivera cópula ilícita com uma fulana, de quem sua futura esposa Ana Garcia da Costa era sobrinha, porém este impedimento se deve julgar falso, pela razão de que o embargante com esta fulana impediente chamada Joana ou Tomásia Garcia de nome que ao mais certo constar, nunca teve cópula alguma, só foi infamado na vila de Itu tanto por ela ser uma bastarda muito velha com setenta anos de idade, como porque nunca teve o embargante familiaridade ou consentimento algum .

Provará que o mesmo avô e também a mãe da dita esposa subornaram a impediente com promessas de uma saia de baeta para ir com este impedimento.

 Provará que o mesmo avô e mãe da mencionada esposa levaram tanto a mal este casamento que por todos os meios intentaram dissuadi-lo, já pretendendo espancar e maltratam a sua filha e neta.

Provará que suposto a impediente diga ser natural filha de João Garcia, avô materno da esposa, também se lhe não deve dar crédito, porque nunca na dita testemunha houve fama de que o dito Garcia fosse seu pai, a impediente mulher bastarda do gentio da terra, e o dito Garcia homem branco legítimo dos principais da mesma vila.

Com o favor de Deus querem casar Mancio Pinto Rodrigues, f.l. de Manoel Pinto Rodrigues, já defunto, ... ... Paes da Silva, com Ana da Costa Garcia, ... Feliciano da Costa e Ana G... da Silva, os contraentes naturais desta vila de Itu

 

Sé de São Paulo, 29/05/1767: na capela dos terceiros de Nossa Senhora do Carmo –Mâncio Pinto Rodrigues, f. de Manoel [Pinto Ro]drigues e Ana Paes da Silva, com Ana da [Costa], f.l. de Feliciano da Costa e Ana ..., naturais ambos da vila de Itu, e ambos meus fregueses.

1-9n-5-1-1 Francisca Maria de Paula, batizada aos 10-07-1768 na Sé de S Paulo. Em Itu aos 31-07-1786 casou com Matias Teixeira da Silva, filho de Antonio Teixeira da Silva e Gertrudes Furquim da Luz. Geração na família Claudio Furquim Frances.

1-9n-5-2 Manoel Pinto Rodrigues batizado em Itu-SP aos 21-11-1741. Casou em Cunha-SP aos 09-09-1778 com Ana Jacinta de Gouvea, filha de Francisco Rodrigues de Carvalho, natural do Rio de Janeiro e de Flora Maria de Siqueira, natural de Cunha, neta paterna de João Rodrigues, natural da freguesia de Simão bispado de Leiria, neta materna de Manoel Gomes de Siqueira, natural de Cunha e de Ana Carvalho de Sousa, natural de Parati - família “João Rodrigues Villa Verde”.

Itu aos 21/11/1741 bat. Manoel, f. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes – pp. o Sargento-mor João de Souza Rodrigues e ... de Jesus.

 

ASBRAP 10 por Joaquim Roberto Fagundes - Casamentos da Matriz de Cunha (1778-1803) aos 09-09-1778 Manuel Pinto Rodrigues, f. de Manuel Pinto Rodrigues, n. em S. Paulo e de Ana Paes Leme da Silva, n. em Itu, np de Martinho Rodrigues Tinoco e de Joana Pinto das Neves, naturais da vila de Santos, nm de Jose Alvares Pais e de Leonor Leme da Silva, naturais de Itu; = com Ana Jacinta de Gouveia, fa. de Francisco Rodrigues de Carvalho, n. no Rio de Janeiro e de Flora Maria de Siqueira, n. em Cunha, np de João Rodrigues, n. no bispado de Leiria, freguesia de Simão, nm de Manuel Gomes de Siqueira, n. em Cunha, e de Ana Carvalho de Sousa, n. em Paraty. Tt. José Alves de Oliveira e o cap. Vitoriano dos Santos Sousa.

1-9n-5-3 José, batizado em 31-10-1745.

31/10/1745 (Itu) bat.José, f. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes – pp. José de Campos Monteiro, casado, e sua filha Inês Monteiro de Campos, solteira.

1-9n-5-4 Joaquim em 11-08-1748.

11/08/1748 (Itu) bat.Joaquim, que nasceu aos 5, f. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes – pp. José Ponce Dinis, solteiro, e Maria Ribeiro de Toledo, viúva.

1-9n-5-5 Vitor em 16-04-1751.

16/04/1751 (Itu) bat.Vítor, que nasceu aos 12 do mesmo mês, f.l. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes – pp. Francisco Leme de Alvarenga e Rosa de Oliveira, sua mulher.

1-9n-5-6 Inácio Pinto Rodrigues Paes Leme, batizado em 07-12-1754 em Itu, onde foi Mestre-de-capela, depois de casado. Soldado da Cavalaria, em 1787 justificou estado livre para se casar com Maria Gertrudes da Assunção, batizada aos 07-10-1771 na Sé de S. Paulo, filha de Nicolau Borges, natural de Portugal e Agueda Rodrigues do Rosário, natural da Sé de S. Paulo.

ACMSP, Processo Matrimonial 6-8-1726 Inácio Pinto Rodrigues e Gertrudes Maria da Assunção (sic), 1787:

Auto de estado livre de Inácio Pinto Rodrigues.

– Diz Inácio Pinto Rodrigues, natural da vila de Itu, soldado da cavalaria, que se lhe faz preciso justificar o seu estado livre, porque transitou no continente do sul.

– Testemunhas, 24/10/1787 (cidade de São Paulo) – Depoimento do justificante: disse que é natural da vila de Itu, f. de Manoel Pinto e Ana Paes Leme, de sua naturalidade veio a esta cidade assentar praça no regimento de voluntários, e marchando para o sul, fez fez alto no campo aberto cinco léguas distante do Rio Pardo, onde estiveram nove meses, e daí passaram ao Rio Grande, abarracados no campo distante catorze léguas da praça, onde residiram dez ou onze meses, e daí passaram a paragem estreita, também campo aberto, pouco adiante do primeiro barracamento, onde estiveram cinco meses, e daí passaram para a paragem Itahym catorze léguas do Rio Grande, onde estiveram quatro meses, depois passaram Laguna, onde estiveram na praça cinco meses, e quatro meses em um presídio no campo distante da Laguna cinco léguas, daí para Santos, e depois para esta cidade, onde existe, conservando-se sempre solteiro.

– 1ª Floriano Xavier, solteiro, natural e morador desta cidade, que vive de soldo que percebe de Sua Majestade, de 31/32 anos – 2ª Joaquim José Pinto, casado, natural e morador desta cidade, que vive do soldo de Sua Majestade na praça de soldado, de 31 anos – 3ª José de Brito, solteiro, natural da freguesia de Santo Amaro, morador nesta cidade, que vive do soldo que percebe de Sua Majestade, de 29 anos.

– Autos de casamento de Inácio Pinto Rodrigues e Gertrudes Maria da Assunção (sic).

– Diz Inácio Pinto Rodrigues, que ele se acha proclamado com Gertrudes Maria da Assunção (sic), e não consta haver impedimento.

Querem casar Inácio Pinto Rodrigues com Maria Gertrudes da Assunção, o contraente f.l. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes Leme, já ambos defuntos, natural e batizado na vila de Itu, a contraente f.l. de Nicolau Borges e Águeda Rodrigues do Rosário, natural e batizada nesta Sé de São Paulo.

– 07/10/1771 (Sé de São Paulo): Maria, f. de Nicolau Borges e Águeda Rodrigues do Rosário – pp. o Capitão José de Araújo Ferraz, casado, e Manoela Angélica do Sacramento, solteira, filha de João Pereira, todos desta freguesia.

– Com o favor de Deus quer casar Inácio Pinto Rodrigues Paes Leme, f.l. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes da Silva Leme, ambos já defuntos, com Maria Gertrudes da Assunção, f.l. de Nicolau Borges e Águeda Rodrigues do Rosário, o contraente natural e batizado nesta vila, e de presente assistente na cidade de São Paulo, e a contraente natural e batizada na cidade de São Paulo, onde são fregueses.

– 07/12/1754 (Itu): Inácio, que nasceu aos 28/11, f. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes – pp. o Capitão João Martins Barros e sua mãe Maria ... da Silva, viúva.

         O casal comparece nas listas da 2ª companhia das ordenanças de S. Paulo, com filhos:

-Lista da 2ª companhia das ordenanças desta cidade de São Paulo, Pátio de São Gonçalo, 1795: Inácio Pinto, soldado pago, de 36 anos, Maria Gertrudes, mulher, de 22 anos / Filhos: Jerônimo, de 4 anos; Eugênio, de 1 ano / Joaquim, enjeitado, de 10 anos / Escrava: Felipa, de 50 anos.

-Lista da 2ª companhia das ordenanças desta cidade de São Paulo, rua que vai para a casa da pólvora, 1795: Inácio Pinto, de 0, Maria Gertrudes, de 24 anos / Jerônimo, filho, de 5 anos / Escravos: 2.

-Lista da 2ª companhia da ordenança desta cidade de São Paulo, rua que vai do Pátio de São Gonçalo, cemitério, e outros becos, 1797: Inácio Pinto, de 51 anos, Maria, de 25 anos / Jerônimo, filho, de 6 anos / Escravos.

 

1-9n-5-6-1 Jerônimo Pinto Rodrigues, batizado na Sé de S. Paulo em 03-10-1790. Habilitou-se de “genere et moribus” em 1819:

03/10/1790 (Sé) bat. Jerônimo, f. de Inácio Pinto Rodrigues e Maria Gertrudes da Assunção – pp. José de Brito, solteiro, e Francisca de Paula de Oliveira, casada.

 

ACMSP, Processo de genere et moribus 2-53-1196 Jerônimo Pinto Rodrigues, 1819:

Autos de genere a favor de Jerônimo Pinto Rodrigues - Diz Jerônimo Pinto Rodrigues, natural e batizado na Sé desta cidade de São Paulo, f.l. de Inácio Pinto Rodrigues, natural da vila de Itu deste bispado, e Maria Gertrudes, desta mesma Sé, n.p. de Manoel Pinto Rodrigues, natural da dita Sé, e Ana Paes, da sobredita vila de Itu, e m. de Nicolau Borges, natural de Portugal, ignorasse a freguesia e bispado, e Águeda Rodrigues do Rosário, natural desta mesma Sé, que ele suplicante, para melhor servir a Deus e a Igreja, deseja abraçar o estado clerical.

– Testemunhas, 03/09/1819 (cidade de São Paulo): 1ª José Joaquim Monteiro, solteiro, natural da freguesia da Sé desta cidade, onde mora e vive de seu ofício de alfaiate, de 38 anos – 2ª Antonio José Pedro, casado, natural da Sé desta cidade, onde mora e vive de sua ocupação de ..., de 53 anos – 3ª João José Garcia, casado, natural da vila de Parnaíba e morador desta Sé, onde vive de suas agências ..., de ... anos – 4ª Francisco Xavier de Almeida, homem casado, natural da Sé desta cidade de São Paulo, onde mora e vive de seu negócio de molhados, de 60 anos – 5ª Francisco Xavier Lopes, casado, natural da Sé desta cidade, onde mora e vive de seu ofício de sapateiro, de 72 anos – 6ª Mariana da Conceição, solteira, natural desta cidade de São Paulo, onde mora e vive de seu negócio de molhados, de 40 anos – 7ª ... Maria do Rosário, viúva, natural da vila de Jundiaí, ... nesta cidade, onde vive ..., de ... anos – 8ª José Luís Costa, casado, natural da Sé desta cidade, onde mora e vive de seu ofício de alfaiate, de 68 anos – 9ª ... – Testemunhas, 23/08/1819 (vila de Nossa Senhora da Candelária de Itu: 1ª Gabriel de Castro Adorno, natural, batizado e morador nesta vila de Itu, que vive de criar seus animais, de ...4 anos: conheceu a Inácio Pinto Rodrigues, qu viveu nesta vila na ocupação de Mestre da Capela; conheceu a Manoel Pinto Rodrigues, que viveu nesta vila de ser Mestre da Capela e advogar.

– Diz Jerônimo Pinto Rodrigues, natural e batizado na Sé desta cidade, f.l. de Inácio Pinto Rodrigues e Maria Gertrudes, que ele suplicante necessita da certidão do seu batismo.

– 03/10/1790 (Sé de São Paulo): Jerônimo, f. de Inácio Pinto Rodrigues e Maria Gertrudes da Assunção – pp. José de Brito, solteiro, e Francisca de Paula de Oliveira, casada.

– Diz o Padre Jerônimo Pinto Rodrigues, desta vila, que ele necessita que o reverendo vigário desta lhe passe por certidão o teor dos assentos de batismo de Inácio Pinto Rodrigues, f.l. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes, e o assento de casamento desta com Manoel Pinto Rodrigues, assim mais o teor do assento de batismo da dita Ana Paes, f. de José Álvares e Leonor Leme da Silva.

– 07/.../1754 (Itu): na Senhora do Monte do Carmo desta vila, Inácio, nascido aos 28/11, f. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes – pp. o Capitão João Martins Barros, solteiro, e sua mãe Maria Leme da Silva, viúva .

-30/05 (Itu): Ana, f. de José Álvares e Leonor Leme da Silva – pp. José Correia Fonseca e Angela Ribeiro.

– 04/02/1737 (Itu): ... Pinto Rodrigues, f.l. de ... já defunto e ... ...tural da cidade de ... ... f.l. de .... e Leonor Leme, naturais e moradores desta mesma vila.

– Diz Jerônimo Pinto Rodrigues, que ele suplicante necessita por certidão o teor do assento do batismo do seu avô paterno Manoel Pinto Rodrigues, f. de Martinho Rodrigues e Joana Pinto Guedes, do casamento de Nicolau Borges com Águeda Rodrigues do Rosário, e do batismo desta, do casamento de Inácio Pinto Rodrigues com Maria Gertrudes, e do batismo desta, o que tudo se há de achar nos livros da freguesia da Sé desta cidade.

– 07/10/1771 (Sé de São Paulo): Maria, f. de Nicolau Borges e Águeda Rodrigues do Rosário – pp. o Capitão José de Araújo Ferraz, casado, e Manoela Angélica do Sacramento, solteira, filha de João Pereira.

– 15/02/1724 (Sé de São Paulo): Martinho, f. de Martinho Rodrigues ... e Joana Pinto – pp. ... Rodrigues Marques e Teresa Pinto ....

– 20/11/1787 (Sé de São Paulo): Inácio Pinto Rodrigues, natural desta, f.l. de Manoel Pinto Rodrigues e Ana Paes, com Maria Gertrudes da Anunciação, natural desta cidade, f.l. de Nicolau Borges e Águeda Rodrigues.

– 07/07/1753 (Sé de São Paulo); Nicolau Borges, viúvo de Maria Barbosa, f. de José Rodrigues e Maria Gomes, naturais da vila de Frágoas, e morador nesta freguesia, n.p. de avós de quem ... notícia, n.m. de Antonio ... mesma vila, e não sabe também ... ...terna, com Águeda Rodrigues dos ..., desta freguesia, f. de ... do Reino de Portugal ... ... mesma freguesia, n.m. de Antonio da Costa, natural do mesmo Reino, e da freguesia e da sua naturalidade não dá notícia, e de Marta da Assunção, natural desta mesma freguesia.

– revendo os livros dos batizados neles se não acha o assento de batismo de Águeda Rodrigues – nada mais se continha nos ditos assentos supra, os quais todos são os próprios, apesar do erro que há no nome do assento de batismo de Manoel Pinto Rodrigues, filho de Martinho Rodrigues ora referido.

– Diz Jerônimo Pinto Rodrigues, natural da freguesia da Sé desta cidade, morador na vila de Itu, que ele suplicante está admitido a diligências de genere, porém não pode conseguir sentença por falta das diligências de seu avô materno Nicolau Borges, natural da Europa portuguesa, que pela nímia antiguidade se não sabe de que bispado, e pela falta do batismo de sua avó Águeda Rodrigues do Rosário, natural da Sé desta mesma cidade, porém apareceu o assento de seu casamento, pelo que suplica e pede a V. Exa. R.ma pelo amor de Deus seja servido dispensar com o suplicante na falta das diligências do dito seu avô, e nas certidões dos batismos dele e da dita sua avó Águeda Rodrigues.

 

A “Arte explicada de contraponto” de André da Silva Gomes, Régis Duprat et al., fls. 9:

Jerônimo Pinto Rodrigues pertencia a uma família que forneceu a Itu, cidade localizada a 75 quilômetros a oeste-noroeste da capital paulista, uma linhagem de mestres-de-capela, no século XVIII (Duprat, 1982).

Seu pai e seu avô paterno era mestres-de-capela. A principal fonte histórica de informação sobre Jerônimo Pinto Rodrigues é o seu processo de Genere et Moribus – ACMSP, Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo, Livro 2-53-1196 – iniciado no dia 1º de maio de 1819, no qual o requerente pede ordens sacras de diácono e presbítero e termina, com sentença para matrícula nas ordens requeridas, a 17 de março de 1820 (Duprat, 1985, p. 58-59).

Jerônimo Pinto Rodrigues era natural de São Paulo, em cuja Sé foi batizado aos 13 de outubro de 1790. Era filho legítimo de Inácio Pinto Rodrigues, natural de Itu, e de Maria Gertrudes, natural de São Paulo, também batizada na Sé a 7 de outubro de 1771. O casamento dos pais realizou-se em São Paulo a 20 de novembro de 1787; após o nascimento de Jerônimo o casal se transferiu para Itu, onde Inácio viveu como mestre-de-capela.

A página do “Genere et moribus” de Jerônimo, que contém o termo de batizado de seu pai, Inácio, não permite a leitura integral; supomos, entretanto, que ele tenha nascido no ano de 1754. Os avós paternos de Jerônimo eram Manuel Pinto Rodrigues, nascido e batizado em São Paulo a 15 de fevereiro de 1724, e Ana Pais, natural de Itu e filha de José Álvares e de Leonor Leme da Silva. Seu avô, Manuel Pinto Rodrigues, foi para Itu, igualmente, como mestre-de-capela, tendo ali também exercido a profissão de advogado, “patrocinando causas”, no linguajar da época. Seus avós maternos foram Nicolau Borges, português, e Águeda Rodrigues do Rosário, natural de São Paulo. Os bisavós paternos de Jerônimo foram Martinho Rodrigues e Joana Pinto Guedes, da qual certamente provém o seu primeiro sobrenome.

A partir de 1800, o mestre-de-capela Inácio Pinto Rodrigues e seus filhos Vítor Antonio, Joaquim e Jerônimo, participam das atividades musicais vinculadas aos ofícios religiosos da Irmandade do Santíssimo Sacramento que funcionava na matriz de Nossa Senhora da Candelária de Itu (Duprat, 1982).

No período de 1801 a 1826 a família Pinto Rodrigues integra o grupo musical liderado pelo padre Jesuíno do Monte Carmelo que compõe para os ofícios da Semana Santa e tem Inácio Pinto Rodrigues por mestre-de-capela e mais tarde Jerônimo Pinto Rodrigues com contralto e, a partir de 1820, dentre outros, também como mestre-de-capela já ordenado sacerdote.

Jerônimo Pinto Rodrigues foi professor de música e de latim do Colégio Ituano e seu diretor em 1845, vigário da vara de Itu, mestre-de-capela da igreja matriz e conservador da igreja do Bom Jesus (Sergl, 1991, p. 76). Assumiu em 1843 o cargo de zelador-capelão por falecimento de frei Pedro da Anunciação (Nardy, 1928, I, p. 80), e o exerceu até o seu falecimento em 1849.

 

1-9n-5-6-2 Higino batizado em 21-11-1793.

Aos 21/11/1793 (Sé) bat. Higino, f. de Inácio Pinto Rodrigues e Maria Gertrudes da Assunção – pp. João ... e sua mulher Francisca Xavier de Jesus.

 

1-9n-5-7ex Gertrudes, exposta à porta de Manoel Pinto Rodrigues em 18-07-1752 em Itu e batizada em 20 do mesmo mês.

20/07/1752 (Itu) bat. Gertrudes, exposta aos 18 deste mês as 7 para as 8 horas da noite à porta de Manoel Pinto Rodrigues na Rua das Baratas – pp. o mesmo Manoel Pinto Rodrigues e sua mulher Ana Paes, meus fregueses e moradores desta vila e freguesia.