PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Família “Lobo da Silva Rios”, neste site.
PEDRO DA SILVA DE MIRANDA, capitão
Inventário
Museu Regional de São João del Rei
Tipo de Documento: Inventário
Ano: 1745
Caixa: 580
Inventariado: Capitão Pedro da Silva de Miranda
Inventariante:Lázaro da Silva de Miranda
Local: São João del Rei
Nº de Páginas: mais ou menos 300
Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira
fls. 01
Justificante Maria da Silva de Miranda, órfã que ficou do Capitão Pedro da Silva de Miranda já defunto, para efeito de recorrer ao Desembargo da B.ª (...).
Data: 26-10-1745
Local: Sítio e Roça de Santo Antonio do Rio das Mortes onde vivia e morava o Capitão de Cavalo Pedro da Silva de Miranda, já defunto.
fls. 02
Diz Maria da Silva de Miranda, filha do Cap.m P.º da Silva de Miranda e de Arcângela M.ª de Jesus (...).
Dizem Fran.co Lobo Rios, por cabeça de sua mulher Brizida da Silva de Miranda, e Maria da Silva de Miranda que o defunto pai das suplicantes (...).
Que faz Brizida da Silva de Miranda, casada com Francisco Lobo Rios; e seus irmãos Lázaro da Silva e Maria da Silva.
Auto de Inventário que foi fazer o Juiz Ordinário e órfãos pela lei Simão Moreira de Almeida, comigo Escrivão dos órfãos, dos bens que ficaram por falecimento do Capitão Pedro da Silva de Miranda, o que faleceu com seu solene Testamento, em a sua roça e casa no Rio das Mortes Pequeno aos 30 de Setembro de 1745 - Inventariante Lázaro da Silva de Miranda - dos bens que ficaram por falecimento de seu pai o Capitão Pedro da S.ª de Miranda.
Data: 25-10-1745
Local: Sítio e Roça do Rio das Mortes Pequeno onde vivia e morava o Capitão Pedro da Silva de Miranda.
Testamento
Saibam quantos este instrumento virem que no Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e quarenta e quatro anos, aos onze dias do mês de Novembro do dito ano nesta vila de São João del Rei, em casas de morada de Simão Moreira de Almeida, eu Pedro da Silva de Miranda estando em meu perfeito juízo e entendimento, temendo-me da morte e desejando por a minha alma no caminho da salvação por não saber o que Deus Nosso Senhor de mim quer fazer e quando será servido de me levar para si, faço este Testamento na forma seguinte:
(.................)
Rogo a Simão Moreira de Almeida e a meu filho Lázaro da Silva de Miranda e a Diogo de Abreu que por serviço de Deus e por me fazerem mercê queiram ser meus Testamenteiros (...)
(.................)
Declaro que sou natural do lugar de Santa Cruz do Termo da Vila de Passo Bispado de Miranda, filho legítimo de Manoel da Silva de Moraes e de sua mulher Maria de Miranda, já defuntos, e sou solteiro e que tenho três filhos naturais e legitimado por uma Provisão do Desembargador do Passo da cidade da Bahia, passada aos dezessete dias do mês de Maio de mil setecentos e quarenta e dois, os quais são Lázaro da Silva de Miranda, Brizida da Silva de Miranda e Maria da Silva de Miranda, os quais instituo por meus herdeiros nas duas partes do líquido de meus bens depois de pagas as minhas dívidas e da minha terça disponho (...).
(.................)
Deixo e ordeno aos meus Testamenteiros façam entregar ao Reitor do Colégio da Companhia do Rio de Janeiro, duzentos e seis mil réis para que este me faça a esmola de os remeter ao Procurador Geral da mesma Companhia do Reino de Portugal para que este remeta ao Procurador do Colégio da cidade de Bragança para efeito de os fazer entregar no Convento de Santa Clara da Vila de Vinhais a minha prima Ana Maria de São José, religiosa no dito convento (...) caso seja falecida o dito Procurador distribuirá a dita quantia pelos parentes pobres da dita religiosa (...).
(.................)
Deixo de esmola a Pedro da Silva, filho de Arcângela Maria, dois escravos que valem trezentos mil réis (...).
Deixo a Alexandre da Silva, filho da mesma, outros dois escravos do mesmo valor (...).
Deixo a João da Silva, da mesma forma filho da dita Arcângela, seiscentos mil réis (...).
Deixo pelo amor de Deus a Lucas, mulatinho filho de Rosa Mina, hoje liberta e casada com o meu escravo Bernardo Mina, a liberdade e duzentos mil réis.
Deixo a Antonio, mulatinho filho da mesma Rosa, também a liberdade e duzentos mil réis,
E caso que ambos de qualquer destes dois mulatinhos sejam falecidos ao tempo da minha morte, neste caso quero que qualquer deste dois legados passem a minha filha Brizida da Silva (...).
(.................)
Mando que cumpridos todos os meus legados acima declarados, de todos os remanescentes da minha terça se façam três quinhões em partes iguais, e uma destas partes deixo de legado a minha filha Brizida da Silva de Miranda (...).
(.................)
(...) roguei a Manoel de Andrade e Cunha que este me escrevesse (...).
Vila de São João del Rei, 11 de Novembro de 1744
Pedro da Silva
Abertura
Aos trinta dias do mês de Setembro de mil setecentos e quarenta e cinco (...) foi aberto este Testamento com que faleceu Pedro da Silva de Miranda.
Herdeiros:
01- Lázaro da Silva de Miranda, de idade de trinta e dois anos pouco mais ou menos.
02- Brizida da Silva de Miranda, de idade de vinte e oito anos, casada com Francisco Lobo.
03- Maria da Silva de Miranda, solteira, menor de vinte e três anos pouco mais ou menos.
Bens de Raiz:
- uma terras de plantas e capoeiras e matos virgens, canaviais e toda a mais planta que se acharão nas ditas terras e roça valada 4:080$000
- um serviço da Lagoa Verde 550$000
- outro serviço com lavra aberta na dita Lagoa Verde, ao pé do Rio das Mortes Pequeno 1:400$000
- outro serviço que foi do Capitão Antonio Rodrigues Coura e Lavras que foram do dito Coura 1:650$000
Monte Mor 20:069$327
Diz Maria da Silva de Miranda, órfã, moradora no sítio de Santo Antonio do Rio das Mortes Pequeno.