PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Guarda Mor Francisco Vieira da Silva, natural de Santa Eulália de Ferrais, Arcebispado de Braga, filho de Antonio Vieira e Ignacia da Costa. Faleceu no Arraial da Itaberava, Termo da Vila de Queluz, Minas e Comarca do Rio das Mortes, com testamento redigido aos 20-3-1765 na Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto e aberto aos 26-11-1796.
Foi proprietário das fazendas Piranguinha e outra junto ao Rio Brajuba, ambas na Freguesia de Itaberava, em sociedade com João Rodrigues, assim como de casas no Arraial de Catas Altas.
Em seu testamento declarou ser solteiro, sem filhos, ficando seu pai por herdeiro.
Foram suas irmãs: Maria Vieira e Izabel Vieira, herdeiras no caso de falecer o pai antes do testador.
FRANCISCO VIEIRA DA SILVA, guarda mor
Inventário
Museu Regional de São João del Rei
Tipo de Documento: Inventário
Caixa: 362
Ano: 1797
Nº de Páginas: 48
Inventariado: Guarda Mor Francisco Vieira da Silva
Inventariante: Manoel Gonçalves Couto
Local: São João del Rei
Transcrito por: Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira
fls. 01
Inventário dos bens que ficaram por falecimento do Guarda Mor Francisco Vieira da Silva de quem é Testamenteiro o Guarda Mor Manoel Gonçalves Couto.
Data: 19-04-1797
Local: Arraial da Itaberava, Termo da Vila de Queluz, Minas e Comarca do Rio das Mortes
fls. 03 - Declaração
(...) declarou o Inventariante que o Guarda mor Francisco Vieira da Silva havia falecido na dita Freguesia da Itaberava com o seu solene Testamento (...).
Bens de Raiz:
- uma roça de milho por colher em espiga 72$000
- cento e cinquenta alqueires de arroz por colher na roça 30$000
fls. 16 - Testamento
Em nome de Deus Amém.
Saibam quantos este Público Instrumento de Testamento e última vontade virem que sendo no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e sessenta e cinco anos, nesta Vila Rica de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, aos vinte dias do mês de Março do dito ano.
Eu Francisco Vieira da Silva estando de saúde e em meu perfeito juízo temendo-me da morte faço este meu Testamento na forma seguinte:
(...............)
Declaro que sou natural de Santa Eulália de Ferrais, Arcebispado de Braga, filho legítimo de Antonio Vieira e de sua mulher Ignacia da Costa (...).
Declaro que nunca fui casado e nem tenho herdeiros que por direito herdem meus bens, mas que o dito meu pai Antonio Vieira o qual instituo e nomeio por meu legítimo herdeiro.
Peço em primeiro lugar ao Senhor Manoel Gonçalves Couto, em segundo lugar ao meu sócio João Rodrigues, em terceiro a Domingos [--parte danificada--] na cidade do Rio de Janeiro (...) queiram por serviço de Deus e por me fazerem mercê serem meus Testamenteiros (...)
(...............)
Meu corpo será amortalhado no Hábito de São Francisco (...)
(...............)
Declaro que tenho uma sociedade em igual parte com João Rodrigues em duas fazendas que possuímos: uma sita na Freguesia de Itaberava, Comarca do Rio das Mortes chamada da Piranguinha; e a outra sita na mesma Freguesia no Rio da Brajuba, Comarca da cidade na qual assiste meu sócio e Testamenteiro João Rodrigues.
Declaro que os escravos que possuímos nas duas fazendas no tempo presente são trinta e oito e bestas são vinte e tantas, e cavalos três.
Declaro que possuímos mais uma morada de casas sitas no Arraial de Catas Altas.
(...............)
Declaro que o sócio Francisco Vieira da Silva por comunicação [--parte danificada --]
(...............)
Declaro que sou testamenteiro do falecido Capitão Francisco de Araújo de Azevedo e meu testamenteiro tomará conta desta Testamentária (...).
(...............)
Declaro que se o dito meu pai e herdeiro for falecido antes da data deste meu Testamento instituo por minhas herdeiras em igual parte as minhas irmãs Maria Vieira e Isabel Vieira.
(...............)
Declaro que tudo o que remanescer de minha terça, depois de cumpridos os meus legados, meu Testamenteiro mandará dizer de missas por minha alma (...).
(...............)
(...) pedi e roguei ao Padre José Fernandes Salgado este por mim fizesse e como testemunha assinasse.
Vila Rica, 1765
Francisco Vieira da Silva
Abertura:
Aos vinte e seis de Novembro de mil setecentos e noventa e seis (...) foi apresentado este Testamento com que faleceu Francisco Vieira da Silva (...).