PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Família “João Gonçalves de Mello”, neste site.
FRANCISCO FERREIRA DA SILVA
De Genere e Inventário
AEAM - Arquivo Eclesiástico da Arquidiocese de Mariana-MG
Documento: De Genere
Nome: Francisco Ferreira da Silva
Data:1797
Local: São João Del Rei
Referência: 0545/ A:04/ P: 0545
Transcrito por: Izabella Fátima Oliveira de Sales a pedido de Regina Junqueira
[fl1] [Moribus:]
[fl34v] [Batismo do Habilitando:]
(...) Aos 12/08/1772 nesta Capela de Nossa / Senhora do Pillar [ilegível, mais ou menos uma linha e meia] [trecho corroído] batizou e pôs os Santos Óleos = a Francisco filho / legítimo de Jose Ferreira da Silva natural da / Freguesia de Santa Crus de Albergaria a Velha / Bispado de Coimbra, e de Maria Cleofa Bue/na natural, e batizada nesta Freguesia de / Nossa Senhora do Pilar: foram padrinhos o / Padre Francisco Maria de Paula. Avós Paternos Ra/fael Fernandes da Silva natural da Fregue/sia de Albergaria a Velha, e Maria Mar/ques da Silva natural da Freguesia da Ribeira / de Fragoas Bispado de Coimbra, Maternos / João Gonçalves de Mello natural da Freguesia / de Santo Estevão do Arcebispado de Braga / Termos de Chaves, e Maria Cleofa Buena / Bispado de Mariana de que foi este assento = O Coadjutor Luis Pereira Gonzaga. (...)
[fl75] [Fraternidade:]
[fl76]
Diz Francisco Ferreira da Sylva (...) natural e batizado na Ca/pela de São Gonçallo do Brumado Filial da Matriz de São Jo-/ão de El Rey filho legítimo de José Ferreira da Silva e Ma/ria Cleofa Buenna, que por Graça de V.S. foi admitido / ao (...) seminário com intuito de ascender ao estado ecle/siático para que mostrou vocação aplicando-se aos estudos / e conduzindo-se regularmente e como o suplicante tem Inqui-/rições mandadas vir de Portugal pelas requisitorias enviadas deste Bispado pela parte de seus Avós pa-/ternos e Avô Materno, as quais há de apresentar, roga / o suplicante a piedade de V.S. se digne admiti-lo a ordens / e a justificar a fraternidade da Avó materna do suplicante / Maria Cleofa de Moura Buena com os Padres / Francisco Xavier de Moura , e Victorianno da Paixão pelos artigos seguintes: (...)
[fl76v]
(...) A avó do suplicante Marinna Cleofa / de Moura Buenna é inteira e legítima irmã / dos Padres Francisco Xavier de Moura e Victorianno da / Paixão ordenados canonicamente neste Bispado filhos / legítimos do Licenciado Antonio de Moura, e Rosa Maria Buenna de Moraes (...) todos naturais de / São João de El Rey
[fl80v] [Inquirição de Testemunhas:]
[fl81] [Testemunha:]
O Reverendo Francisco Xavier de Moi-/ra [sic] Sacerdote secular natural desta fregue-/sia de Nossa Senhora do Pillar da Vila de / São João de El Rey morador nesta sua fazen/da do Tanque onde vive de roça e usar suas ordens, engenho e lavras (...) 61 anos (...) e aos cos/tumes disse que era tio avô do Habilitando (...)
[fl81v] [Testemunha:]
O Reverendo Vitorianno da Paixão Sa/cerdote secular natural da freguesia de Nos-/sa Senhora do Pillar da Villa de São João del Rey morador nesta Fazenda do / Tanque onde vive do uso das suas ordens, e lavras de / (...) 64 anos
[Depoimento:] A testemunha era tio avô do Habilitando. [fl87v] [Sentença de Genere de Francisco Xavier de Moura e Victorianno da Paixão:] (...) Vistos estes autos de Inquirição de Genere / a favor dos habilitandos Francisco Xa/vier de Morais, [sic] e seus Irmãos Vitori-/ano da Paixão Correa, e Manoel Cor/rea de Oliveira, testemunhas inqui/ridas, e documentos juntos mostra-se que os habilitandos são naturais deste / Bispado, filhos legítimos do Licenciado / Antonio de Moura, natural da fregue-/sia de Santa Justa da Cidade de Lisboa / e de Rosa Maria Buena de Morais ex/posta, natural da Cidade de Sam Paulo, / neto pela parte paterna do Licenciado / Luis de Moura [Uquelem] [?] e sua mulher Luiza Monteira [trecho corroído, mais ou menos duas linhas] e pela [ilegível] [trecho corroído] Paes [ilegível] [trecho corroído] [fl88] do Prado naturais da Cidade de Sam / Paulo (...) Marianna 17/01/1758
[fl90v] [Registro de batismo da Mãe do Habilitando:]
(...) Aos 25/07/1747 na capela de Nossa Senhora / da Conceição filial desta Matriz de São / João de El Rey o Reverendo Manuel / Affonço capelão da dita Capela / batizou (...) a Maria / filha legítima de João Gonçalves de Mello e de / Maria de Moura – foram Padrinhos Padre [Orado] Silva de Miranda por seu por/curador Manuel do Spírito Santo e Maria Leme de Oliveira mulher de Ma/nuel Ferreira Pereira (...)
[fl91] [Casamento dos Pais do Habilitando:]
Aos 05/03/176[ilegível] [trecho corroído] na Capela Nossa Senhora / [ilegível] [trecho corroído, mais ou menos três linhas] [fl91v] (...) assistiu ao Sacramento do Ma/trimônio que celebraram Jose Fe/rreira da Silva, natural e batizado / na Freguesia de Santa Cruz de Alber/garia Velha Bispado de Coimbra / filho legítimo de Rafael Ferreira / da Costa, e de sua mulher Marianna / Marques da Silva já defunta, e Ma/ria Cleofa Buena natural e ba/tizada nesta Freguesia de Nossa / Senhora do Pilar filha legítima de / João Gonçalves de Mello e de Maria / Cleofa Buena de que foram testemunhas Francisco Xavier de Moura / e Manuel da Silva Villas frias (...)
FRANCISCO FERREIRA DA SILVA
Inventário
Extratos do testamento escrito em 1837:
“Sou ordenado em sacras”; “Filho legitimo de Jose Francisco da Silva e de Maria Cleofa Buena já falecidos”. Natural e batizado na “capela hoje matriz de Nossa Senhora da Conceição da Barra”. “Não Tenho ascendentes com direito de herança”. “Reconheço meus filhos pela minha fragilidade a Joaquim Ferreira que algum tempo existiu em minha companhia e se ausentou para o sertão onde consta estar casado. Reconheço também a Paschoa Xavier Ferreira casada com Simão Antonio de Siqueira e a Joaquina da Silva Xavier casada com Eugenio Martins Ferreira e a Maria Madalena que foi da família de Domingos Leme. Todos, filhos de mulheres solteiras e a todos estes quatro instituo meus herdeiros.”
“Nomeio testamenteiros em primeiro lugar a minha filha herdeira Joaquina da Silva Xavier unida a seu marido Eugenio Martins Ferreira; Em segundo lugar a minha filha Paschoa Xavier Ferreira unida a seu filho João Nepomuceno de Siqueira; Em terceiro lugar a Simão Antonio de Siqueira unido ao seu filho Francisco Simões Ferreira.”
Alguns Legados em missas, bens e dinheiro:
- “Pela alma de meu tio o padre Francisco Xavier de Moura”
- Um escravo doado ao filho de Páscoa chamado Francisco
- “À meu sobrinho Manoel, filho de João da Silva Pereira e de minha sobrinha Maria Madalena deixo 100.000 reis”.
- “À meu afilhado Jose, filho de meu compadre Francisco Joaquim de Resende e de minha sobrinha Ana Zeferina deixo 100.000 reis”.
Dados do Inventario:
Herdeiros os filhos naturais:
1- Joaquim Ferreira da Silva casado e morador segundo consta no Catalão. Província de Goiás;
2- Páscoa Maria Ferreira casada com Simão Antonio de Siqueira, aqui morador;
3- Joaquina da Silva Xavier casada com Eugenio Martins Ferreira;
4- Maria Madalena, solteira de idade 16 anos.
O inventariado era Vigário da Freguesia de Conceição da Barra
Folha 12/verso - O primeiro inventariante Eugenio Martins Ferreira anexa ao processo uma escritura passada em 1839 de um contrato de sociedade entre ele e o padre em que reúnem numa sociedade para administração comum de todos os bens dos dois. Nessa sociedade o padre Francisco entrou com a Fazenda do Tanque, suas benfeitorias e escravos no valor de 37.719.400 reis. O segundo sócio Eugenio com a Fazenda Santa Rosa e partes na Fazenda da Lagoa, com nove escravos tudo no valor de 8.006.490 reis.
Na fazenda do Tanque onde moravam todos, havia dois engenhos de moer cana, canaviais, gados, plantações e 55 escravos.
Os filhos herdeiros se desentenderam na divisão dos bens herdados e o inventario se estendeu por 15 anos ate 1858 quando foi feita a partilha.
O primeiro inventariante e também testamenteiro foi substituído pelo segundo testamenteiro, João Nepomuceno de Siqueira no correr do processo.
Folha 478 - Em uma das muitas alegações das partes, Eugenio declara que os outros herdeiros logo após o falecimento do padre se instalaram na Fazenda do Tanque e perturbaram o processo do inventario: “Simão e sua mulher com dois filhos se instalaram na fazenda vindo de Santo Antonio do Amparo e Joaquim veio do Sertão com filhos e filhas pequenos e não tinha nenhum escravo”. “Simão tratou com seu filho de raptar a órfã Maria Madalena. Ele tinha herdado alguma coisa de seu pai natural Brás Freire de Siqueira, mas nada fez e também estava sem recursos”.
Quando da partilha em 1858, Eugenio Martins Ferreira e sua mulher tinham se mudado para Alem Paraíba onde passaram procuração para se proceder à partilha.
Folha 503 – Partilha dos Bens novamente avaliados no valor de 46.797.628.
Outras informações:
- Francisco Ferreira de Siqueira é filho de Simão Antonio de Siqueira;
- A herdeira Maria Madalena na partilha esta casada com João Nepomuceno de Siqueira
- “ Diz Gabriel Ferreira da Silva por cabeça de sua mulher Emerenciana Cândida de Resende; Jose da Costa Rios, morador em São Gonçalo da Campanha por cabeça de sua mulher Maria Custodia de Resende e Antonio de Abreu Monteiro por cabeça de sua mulher Mariana Candida de Resende todas as três filhas de Francisco Joaquim de Resende que no inventario do padre Francisco Ferreira da Silva receberam legados ..”