PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Família “Ana Maria de Jesus - Paiva Coimbra e Pereira da Cunha”, neste site.
DAMASO FERREIRA DA FONSECA
e
CONSTANÇA UMBELINA DA SILVA
Inventários
ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL PROF.ALTAIR JOSÉ SAVASSI
ID: 336 Caixa: 33B Ano:1865
Documento: Inventário
Inventariado: Damaso Ferreira da Fonseca
Inventariante: Constança Umbelina da Silva – viúva
Data de falecimento: 14 de julho de 1865, sem testamento
Local : Fazenda da Cachoeira, distrito de Santana do Deserto, Termo da cidade do Paraibuna
Transcrito e disponibilizado por Paulo Cezar Ribeiro Luz
Filhos:
1 – Carlos Ferreira da Fonseca, casado;
2 – Emília Mamede Ferreira cc José Theodoro Rodrigues;
3 – Francisco Ferreira da Fonseca , com 18 anos de idade;
4 - Manoel Ferreira da Fonseca, com 16 anos de idade;
5 – Maria Ferreira da Silva, com 10 anos de idade;
6 – Carlota Ferreira da Silva, com 8 anos de idade.
Curador nomeado: José Ribeiro Nunes
Louvados nomeados: José Domingos da Silva e José Alves da Motta
Bens de raiz:
- casa de sobrado na fazenda da Cachoeira 5:000$000
- uma casa hospital 500$000
- uma casa de recreio . 1:000$000
- uma casa de senzalas 600$000
- um paiol velho 300$000
- um chiqueiro 100$000
- uma casa de engenho de socar 2:000$000
- um moinho e monjolo 200$000
- as terras da fazenda da cachoeira 14:000$000
- frente de terras compradas a José Francisco Lopes 2:000$000
- 16.000 pés de café em muda . 800$000
- 20.000 pés de café de 4 anos avaliado a duzentos e quarenta réis o pé . 2:400$000
- 8.000 pés de café de 2 anos avaliado em cento e sessenta réis o pé 1.280$000
- uma casa de 60 palmos de depósito 200$000
- 2.000 telhas no rancho do cafezal 100$000
- 16.000 pés de café no Morro Redondo 3:200$000
- 20.000 pés de café 2:000$000
- 16.000 pés de café no terreno que foi de Francisco Antonio Gonçalves 1:200$000
- 5.000 pés de café que foram de Francisco Antonio Gonçalves 1:200$000
- 250 arrobas de café em cocô 3:250$000
Dívidas ativas:
- o casal possui na casa de José Marcelino da Costa e Sá, no Rio de Janeiro 1:501$755
- por crédito de Manoel Alves Garcia (10 % a/a) 6:400$000
- por crédito de Manoel Pereira da Silva 200$000
- por crédito de Leandro José da Fraga 160$000
- por crédito de José Theodoro Rodrigues 230$000
- por crédito de Manoel Alves Garcia 2:600$000
- por crédito de Francisco Antonio Gonçalves 600$000
- por crédito de José de Paula Frazão 73$000
- por crédito de José de Fraga 600$000
- por crédito de João Batista Xavier 300$000
Dívidas passivas:
- deve o casal a Bernardino da Silva Leal .................. o que for apresentado
- Constança Umbelina da Silva declara que o casal possui uma fazenda de cultura em Leopoldina, confrontando com Bernardino, com Francisco de Tal Lima, Machado, viúva de fulano Soares e outros cujo nome ignora.
Monte mor: 159:476$200
CONSTANÇA UMBELINA (FERREIRA) DA SILVA
Inventário
ARQUIVO HISTÓRICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA-MG
ID: 706 Cx: 95 (ou 99)B Ano: 1878
Documento: Inventário
Inventariada: Constança Umbelina Ferreira da Fonseca (Viúva de Damaso Ferreira da Fonseca)
Inventariante e testamenteiro: Manoel Ribeiro Ferreira da Fonseca (filho)
Local: distrito de Santana do Deserto, Freguesia de São Pedro de Alcântara, termo de Juiz de Fora, Minas
Data do falecimento: 2 de março de 1878
Abertura: Em 26 de março de 1878 foi aberto o testamento de Constança Umbelina Ferreira, falecida no Distrito de Santana do Deserto.
Viúva de Damaso Ferreira da Fonseca
Transcrito e disponibilizado por Paulo Cezar Ribeiro Luz
Herdeiros:
Filhos:
- Manoel Ribeiro Ferreira da Fonseca, casado;
- Maria Ferreira Rodrigues, casada com Antonio Tibúrcio Rodrigues;
- Emília Mamede Ferreira, casada com José Theodoro Rodrigues;
- Carlota Umbelina Ferreira, casada com Joaquim Calisto Rodrigues.
Netos:
- Carolina, de dez anos, filha de Carlos Ferreira da Fonseca, já falecido e de D. Maria Amélia Ferreira, sua tutora, sendo o curador da menor Carlos José Ribeiro.
- Oscar, de quatro anos, filho de Francisco Ribeiro Ferreira (já falecido) e de quem é tutor Alfredo Lino Ferreira
TESTAMENTO
Jesus, Maria e José. Em nome da Santíssima Trindade, Padre, Filho e Espírito Santo, em que eu Dona Constança Umbelina Ferreira firmemente creio, e em cuja fé protesto viver e morrer. Este o meu testamento e última vontade. Eu, D. Constança Umbelina Ferreira, achando-me de saúde e em meu perfeito juízo, mas temente a morte, faço meu testamento e disposição de última vntade pela forma que abaixo se segue: Declaro que sou católica, apostólica, romana, em cuja fé tenho vivido e pretendo morrer. Declaro que sou natural do Termo de Barbacena, filha legítima dos finados Capitão Manoel Ribeiro Nunes e de sua mulher Dona Carlota Theotonia da Silva. Declaro que fui casada e sou viúva do finado Damaso Ferreira da Fonseca, de cujo consorcio tivemos os seguintes filhos: Carlos Ferreira da Fonseca, hoje falecido; Dona Emília, casada com José Theodoro Rodrigues; Francisco Ferreira da Fonseca, hoje falecido; Dona Maria, casada com Antonio Tibúrcio Rodrigues; Manoel Ribeiro Ferreira da Fonseca; Dona Carlota Ferreira Rodrigues, casada com Joaquim Calisto Rodrigues; Damaso, que faleceu com nove anos de idade; João que faleceu com um mês de idade e mais um que morreu antes de receber o sacramento de batismo; sendo que os três últimos faleceram antes de seu pai. Nomeio para meus testamenteiros e executores das disposições de minha última vontade em primeiro lugar o meu filho Manoel Ribeiro Ferreira da Fonseca, em segundo lugar ao meu genro José Theodoro Rodrigues, e, em terceiro lugar ao meu genro Antonio Tibúrcio Rodrigues, a quem rogo queiram fazer o obséquio de serem meus testamenteiros, segundo a ordem em que se acham colocados. Deixo o prêmio de dois contos de réis ao que aceitar esta minha testamentária e o prazo de um ano para execução do testamento e prestação de contas em juízo. São meus herdeiros os meus filhos e da minha terça disponho da seguinte forma: Deixo livres os meus escravos Gabriel, africano, maior de sessenta anos e sua mulher Rita, crioula, maior de cinqüenta anos, a quem meu testamenteiro dará logo depois de minha morte as respectivas cartas de liberdade. Deixo a minha filha Emília, casada com José Theodoro Rodrigues a escravinha Umbelina, crioula, de doze anos de idade mais ou menos e filha dos meus escravos Gregório e Balduina. Deixo ao meu filho Manoel Ribeiro Ferreira, o escravo de nome Pio, crioulo, de dezesseis anos, filho dos meus escravos Anacleto e Gabriela. Deixo a minha filha Maria, casada com Antonio Tibúrcio Rodrigues o escravo Martiniano, crioulo, de dezesseis anos, filho dos meus escravos Cesário e Joana, já falecidos. Deixo a minha filha Carlota, casada com Joaquim Calisto Rodrigues, o escravo Agostinho, de doze anos de idade, mais ou menos, crioulo, filho de Gabriela e Anacleto. Deixo a minha neta Carolina, filha do meu finado filho Carlos Ferreira da Fonseca, a escravinha de nome Marcolina, de onze anos ou menos, crioula, filha de Baldoino e Gregório. O meu enterro e sufrágios por minha alma deixo a disposição do meu primeiro testamenteiro. Declaro mais, que sendo de avançada idade e sentindo-me cansada, entrego nesta data a administração de minha Fazenda a meu filho Manoel Ribeiro Ferreira da Fonseca, que entrará com os serviços de seus escravos em número de quatorze e sua administração pelo preço anual de cinco contos de réis líquidos e livres de toda e qualquer despesa, como tudo melhor constará de uma escritura pública que neste sentido temos de passar o qual vigo(sic) que meus herdeiros a respeitem. É minha vontade que seja inventariante de meus bens o meu primeiro testamenteiro o meu filho Manoel Ribeiro Ferreira da Fonseca. E cumpridas todas essas disposições testamentárias, deixo, e instituo herdeiro de todos os remanescentes de minha terça ao meu filho Manoel Ribeiro Ferreira da Fonseca, meu primeiro testamenteiro. Esta a minha última vontade e para depois de minha morte e por este testamento revogo qualquer outro. E por esta forma dou por findo este meu testamento, que a meu rogo escrevo o Dr. Marco;Lino d’Assis Tostes, o qual assino depois de ler e achar tudo conforme ditei a minha vontade. Cidade de Juiz de Fora, onze de dezembro de mil oitocentos e setenta e sete. Constança Umbelina Ferreira. Que este fiz e escrevi a rogo da testadora a Excelentíssima Senhora Dona Constança Umbelina Ferreira. Marcolino d’Assis Tostes.