PROJETO COMPARTILHAR
Coordenação: Bartyra Sette e Regina Moraes Junqueira
Famílias “Gomes Pinheiro” e “José de Barcellos Ferreira”, neste site.
ANA ROSA DE JESUS
Testamento
Arquivo Histórico Municipal de Franca-SP “Capitão Hipólito Antonio Pinheiro”
Tipo de Documento: Testamento
Ano: 1798
Testadora: Ana Rosa de Jesus
Testamenteiro: José Ferreira de Menezes
Disponibilizado por Walter Antônio Marques Lelis
Resumido por Projeto Compartilhar
Inventariada em São José
Inventariante: seu filho Capitão Manoel Gomes Pinheiro
Testamento (resumo)
Aos 20-09-1798 neste arraial do Rio do Peixe termo de Queluz Comarca de São João. Eu Ana Rosa de Jesus (...) ordeno este meu testamento.
Declaro que fui nascida e batizada na freguesia do Divino Espírito Santo da Ilha do Faial Bispado de Angra, filha legitima de Jerônimo Pereira e Maria de Faria, já falecidos.
Declaro que fui casada com Manoel Gomes Pinheiro de cujo matrimonio tivemos cinco filhos a saber: Claudio = Manoel = Hipólito = José = e Venâncio, a quem tenho pago as suas legitimas menos a Manoel, que ainda não recebeu, e a quem devo mais dez oitavas e nada mais lhe devo. Declaro que a legítima de Venâncio quero que se reparta por estes quatro irmãos igualmente por ser falecido da vida presente.
Declaro que fui casada segunda vez com José de Barcellos Ferreira de cujo matrimonio tivemos seis filhos a saber: Joaquim = Antonio = Heitor = Luciana = Rosa = e Anselmo, a quem tenho pago suas legitimas, menos ao Anselmo por ser falecido, cuja legitima se repartira por todos.
(...) meu corpo será sepultado na igreja ou capela mais próxima ao lugar do meu falecimento (...).
(...)
Instituo por meu testamenteiro em 1º lugar a meu genro e compadre Jose Ferreira de Menezes, em 2º lugar a meu filho Manoel Gomes Pinheiro, em 3º lugar a meu filho Heitor Ferreira de Barcellos.
Declaro que os bens que possuo é uma fazenda de cultura sita na aplicação da capela de Nossa Senhora do Desterro freguesia de São José comarca de São João del Rei, com casas de vivenda cobertas de telha, paiol também coberto de telhas, moinho (...). Os escravos são os seguintes (...).
Declaro que haverá cincoenta anos que o falecido meu marido Manoel Gomes Pinheiro comprou um negro por nome Manoel a um homem fulano de Matos. cujo nome ignoro, como também a quantia por quanto foi comprado, só sei que se deu em conta 32 oitavas, meu testamenteiro restituira aquilo que Direito for a quem pertencer (...). Declaro que no contrato dos Dízimos que foi administrador na freguesia de São José o Sargento Mor Domingos Barbosa Pereira, acho que devo restituir 30 oitavas, meu testamenteiro restituira a quem justo for.
Declaro que devo a meu filho Antonio Ferreira de Barcellos 40 oitavas de ouro (...)
Declaro que dei a minha neta e afilhada Ana Francisca, filha de meu filho Claudio, 50$000 rs cujos seu pai gastou por ter necessidade e ficou de segurar este dinheiro a dita menina em um crioulinho por nome João, cujo sua mãe e minha nora e comadre Bernardina lhe entregou, porem no caso da dita minha neta, ou seu marido, não querer que os ditos 50$000 rs fiquem incluídos e pagos naquele dito crioulo, neste caso que tomem no monte os 50$000 rs para se repartirem por todos os meus filhos.
Declaro que dei: a minha neta e afilhada Maria, filha de meu genro e compadre Jose Ferreira de Menezes (...); a minha neta e afilhada Lucinda, filha de meu filho Heitor, um crioulo (...); a minha neta e afilhada Rosa, filha de meu genro e compadre Antonio Vieira Velho (...);
Pedidos de Missas (...) para: meus dois falecidos maridos, e dois filhos, escravos falecidos, meu pai e minha mãe Jerônimo Pereira e Maria de Faria; pela alma de Ana Gomes.
(...) se restar alguma cousa de minha terça quero e mando que se reparta igualmente pelas duas minhas filhas Luciana Ferreira de Barcellos e Rosa Maria de Viterbo.
Declaro que dei a minha primeira filha que casei Luciana Ferreira de Barcellos, em pagamento de sua legitima e dote (...). Declaro que dei a minha filha Rosa Maria de Viterbo em pagamento de sua legitima e dote (...).
Dei a meu filho Heitor Ferreira de Barcellos (...).
(...) e deste modo hei por acabado este meu testamento por ser minha ultima vontade (...) pedi ao Padre Jose Joaquim de Andrade este por mim fizesse e como testemunha se assinasse, e eu me assino com meu sinal de que uso.
Aprovação: 29-09-1798 Arraial do Rio do Peixe termo da Real Vila de Queluz Comarca do Rio das Mortes em casa do Tenente Antonio Jose de Oliveira.
Abertura: aos 14-10-1798 me foi entregue este testamento de Ana Rosa de Jesus falecida no mesmo dia, mês e ano.
Aceitação: 25-10-1798 nesta Vila Real de Nossa Senhora da Conceição de Sabará e Cartório da Provedoria aí presente Jose Ferreira de Menezes e por ele me foi dito que por ser nomeado Testamenteiro em primeiro lugar fazia termo de aceitação.